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Profª. Ms.

Lorena Simonassi

PSICOLOGIA SOCIAL
E DA SAÚDE

Psicologia Social LIVRO 2

e da Saúde

1ª EDIÇÃO

WebAula 2
GOIÂNIA
Centro Universitário de Goiás UNIGOIÁS
2021
PSICOLOGIA SOCIAL E DA SAÚDE

Organização
Pró-Reitoria de Ensino a Distância
Profª. Ms. Mayra Caiado Paranhos

Catalogação: Biblioteca Anhanguera Autora


____________________________________________________________
Profª. Ms. Lorena Simonassi
Psicologia Social e da Saúde - WebAula 2 / Mayra Caiado
Paranhos (organizadora); Lorena Simonassi – Goiânia : Centro
Universitário de Goiás UNIGOIÁS, 2020.
12 p. : il.

ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X
Produção
1. Psicologia Social e da Saúde. I. Paranhos, Mayra Caiado. II.
Simonassi, Lorena. IV. Título. Supervisão do Processo Instrucional (SPI)
CDU: 658 Supervisora Prof.ª Esp. Karina Adorno de La Cruz
____________________________________________________________
Instrução de Material Didático Impresso (IMADIM)
Diagramador Hugo Sávio de Carvalho Melo

Revisor de Língua Portuguesa


Profª. Ms. Mairy Aparecida Pereira Soares Ribeiro

2021
Direitos exclusivos em língua portuguesa cedidos ao
Centro Universitário de Goiás UNIGOIÁS
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site: www.anhanguera.edu.br
WEBAULA 2
SUMÁRIO
PSICANÁLISE –
A PRIMEIRA ABORDAGEM

WEBAULA 2
Psicanálise – A primeira abordagem............................ 5
2.1 Introdução...................................................................... 5
2.1 INTRODUÇÃO
2.2 O que é psicanálise? ...................................................... 5
2.3 Divisão da mente: Consciente e Inconsciente............ 6 Olá pessoal! Neste módulo de
Psicanálise vocês poderão conhecer
2.4 Estruturas da Personalidade........................................ 7
um pouco sobre a psicanálise, o que
2.5 Estágios do desenvolvimento sexual......................... 10 é a consciência e o inconsciente, as
2.6 Conclusão..................................................................... 12 formas de personalidade que temos,
como nossa vida mental é regulada e os
estágios do desenvolvimento sexual que ocorrem na infância e
afetam a vida adulta. A Psicanálise foi a primeira abordagem
surgida na Psicologia. Foi apresentada por Freud e outros e,
concebeu-se como um conhecimento mentalista e não cientí-
fico, mas comumente usada em várias áreas. Vamos conhecer
esta abordagem!

2.2 O QUE É PSICANÁLISE?

Freud, considerado o pai da Psicanálise, teve sua forma-


ção em Medicina e mais tarde fez um curso de Psiquiatria em
Viena, em 1873 e isto o levou a buscar os estudos sobre sinto-
mas mentais e distúrbios físicos. Freud apresentou uma nova
área do conhecimento humano, uma nova forma de ver e pen-
sar o mundo: as neuroses, a infância, a sexualidade, os relacio-
namento humanos, a subjetividade, a sociedade e outros
assuntos sobre a essência humana.

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2.3 DIVISÃO DA MENTE: 2.4 ESTRUTURAS DA PERSONALIDADE
CONSCIENTE E INCONSCIENTE
Antes de falar das estruturas da personalidade é impor-
Os processos conscientes são uma parte da mente. A tante definir o que é a personalidade do ponto de vista da Psi-
parte responsável por tudo que está ciente num dado momento, canálise, ok?
ou seja, aquilo que temos acesso no nosso dia a dia. Aquilo que
é apresentado em nossa realidade e vivência diária, ou seja, o Personalidade são características que definem os padrões
nosso dia a dia. pessoais e sociais de um indivíduo, sendo que cada pessoa possui
uma personalidade específica e única moldada até certa idade
Por exemplo: Hoje terei que trabalhar para receber meu na infância.
salário no final do mês para pagar as contas. No entanto, minha
realidade é de que meu salário poderá ser cortado porque faltei Para Freud, os seres humanos estão sempre em conflito e
alguns dias sem justificativa. buscando solução mentais para os conflitos de nossas vidas.
Para isto, ele propôs que existem três elementos mentais ou psí-
O carro quebrou e pre- quicos que guiam nossas vidas o tempo inteiro:
ciso sair. Tenho duas saídas:
Não sair e deixar para depois
ou ir de Uber, Ônibus ou
Metro. O Id faz menção a parte da nossa personalidade que é
biológica ou herdada. Representa nossa herança genética em
Os processos inconscientes são as partes que nunca foram relação aos nossos instintos animais e inconscientes. O id
conscientes e que não são acessíveis a consciência. É o local representa nossos impulsos, nossos instintos não civilizados,
onde fica o material de nossas vidas que foram reprimidos ou nossa parte irracional onde agimos sem controle e sem pensar
censurados (os traumas familiares ou escolares). Estes conteú- no que vem depois. Ele é regido pelo prazer e quando agimos
dos não são excluídos ou perdidos, mas só podem ser acessados através dele estaremos sempre tentando reduzir tensões de
e retornam à consciência com as técnicas apropriadas. forma que a vida fique mais tolerável ou tranquila. O Id não
mede consequências e por ele, fazemos o que queremos na hora
Por exemplo: Recebi meu salá- que bem entendemos, ele se mantém bem longe da realidade.
rio hoje e paguei minhas contas todas,
mas não consigo guardar dinheiro. Vamos entender o termo acima sublinhado?
Descobri no processo terapêutico que
quando era criança passei muitas Instintos: são fontes internas de estimulação.
dificuldades financeiras (necessidades básicas de comida e rou- Podem ser instintos de vida e instintos de morte.
pas) e isto me tornou uma pessoa tensa e ansiosa. Hoje, em fun- Os instintos de vida estão relacionados à sobrevi-
ção deste trauma no passado, não consigo reter dinheiro por vência da espécie e à autopreservação. Fome, sede, sexo...
nada, o que sobra eu gasto com o que nunca tive no passado.

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Os instintos de morte estão relacionados à vontade O Ego tenta manter nós, Seres Humanos, saudáveis men-
de destruir, estragar, aniquilar. Masoquismo, sadismo, talmente, ele equilibra a vida mental do ser humano quando o
suicídio, agressão, ódio, vingança. indivíduo tende a ser muito “ID” ou ser muito “SUPEREGO”.

Mas como o Ego funciona?


Mas como o ID age?
Por exemplo:
Por exemplo:
1. Se uma pessoa age roubando algo que ela nunca teve, 1. Se uma pessoa está passando necessidade de fome ou
independentemente do motivo, podemos dizer que seu ID está roupas, ela deverá agir procurando emprego, vivendo dentro
fora de controle. de suas condições, reduzindo gastos e buscando formas de
resolver os problemas. Assim, estaria agindo o EGO.
2. Se uma mulher assedia um homem no ambiente de
trabalho sem pensar nas consequências, podemos dizer que 2. Se uma mulher está interessada em
seu ID está fora de controle. um colega de trabalho, ela poderá conver-
sar com ele de forma sútil e educada fora de
3. Se estou dirigindo na rua e seu ambiente de trabalho e em contextos
alguém “fecha” meu carro ou colidi que não a prejudiquem. Assim, estaria
nele e, eu desço gritando, berrando ou agindo o EGO.
agredindo, posso dizer que não tenho
controle do meu EU ou não tenho 3. Se estou dirigindo na rua e alguém “fecha” meu carro
autocontrole e com isto, podemos dizer que seu ID está fora de ou colidi nele e, eu desço conversando, tranquilizando todos,
controle. trocando telefones e ligando para a seguradora para solucionar
todos os problemas, posso dizer que tenho controle do meu EU
ou tenho grande autocontrole e com isto, podemos dizer que
seu EGO está te controlando.
O Ego é o mediador do Id com a realidade. Ele segura o
Id e facilita a interação entre ele e a realidade. O Ego é respon-
sável por garantir a sanidade, saúde e segurança da personali-
dade do indivíduo, freando o Id em todas as suas loucuras e É o elemento psíquico da personalidade que representa a
insanidades. Desta forma, o ego sabendo e entendendo da rea- total moralidade e ética. Ele se desenvolve na infância quando
lidade e, a importância de se fazer o certo na sociedade, regula assimilamos regras e normas passadas pelos pais, escola e a
o Id não permitindo os seus devaneios e sua vida instintiva e sociedade. Ele tenta buscar a perfeição. O superego limita tudo
desregrada. O Ego também equilibra o superego, impedindo que esteja fora dos padrões normais na sociedade, ou fora do
que ele transforme a pessoa em um robô seguidor de normas e que ele acha real. Nenhuma regra ou norma deve ser burlada e
regras e sem ação própria. o indivíduo deve ser criterioso no seguimento de sua vida. O

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Superego não aceita erros e deslizes. O Superego é totalmente órgãos sexuais) pela própria criança ou por um adulto que o
contra o Id e tenta freá-lo em todos os sentidos. Ele é o oposto faça em atividades normais do dia a dia (dar banho na criança)
do Id. ou infelizmente em atividades anormais (abusos).

Por exemplo: Fase Oral


Vai do nascimento até os dois anos de idade. Durante
1. Uma pessoa nunca passará este período a estimulação da boca é a principal fonte de esti-
necessidades básicas (comida e rou- mulação (sugar, morder e engolir). A satisfação inadequada
pas) porque ela guarda todo dinheiro (falta ou excesso) pode produzir uma personalidade do tipo
que sobra, pensa sempre no futuro, oral, ou seja, uma pessoa preocupada com hábitos bucais como
nunca gasta com nada que não seja fumar, beber, beijar, fofocar, comer, etc.
essencial, não sai dos limites de forma alguma. E não age no
ímpeto e impulso. Assim, estaria agindo o SUPEREGO. Fase Anal
Vai dos 2 aos 4 anos de
2. Uma mulher NUNCA ficaria interessada em um idade. A satisfação é transferida
colega de trabalho, porque isto é inaceitável e inadmissível em da boca para os anus e então a
seu ambiente organizacional. Vai contra todos os seus valores criança tem prazer na região
morais e éticos. Assim, estaria agindo o SUPEREGO. anal. Esta fase coincide com o
treino da higiene pessoal e com
Bom, o ego deve, então, tentar retardar os ímpetos agres- isto a criança pode expelir ou
sivos e sexuais do id, perceber e manipular a realidade para reter a fezes. Os problemas nesta fase podem produzir um
aliviar a tensão e lidar com a busca incessante do superego pela adulto anal-expulsivo, que se caracteriza pela sujeira, desperdí-
perfeição. Na vida podemos apresentar esta desregulação o cio e extravagância ou um adulto-retentor que se caracteriza
tempo inteiro, o importante é centralizarmos nosso dia a dia por excesso de limpeza, arrumação e compulsão.
para que o EGO nos domine e os outros estejam em equilíbrio.
Fase Fálica
Ocorre por volta dos 4 anos de idade. Nesta fase a criança
2.5 ESTÁGIOS DO gosta de fazer carícias em si mesmo, descobrir seus órgãos
DESENVOLVIMENTO SEXUAL sexuais e exibir os mesmos. Nesta fase a criança torna-se cons-
ciente das diferenças entre os sexos femininos e masculinos, ou
Freud estava bem convencido de que os distúrbios neu- seja, nós somos diferentes biologicamente por nossos órgãos
róticos na fase adulta tinham suas origens em fases da vida da sexuais.
criança (nascimento até os 5/6 anos anos) onde elas tenham
sido excessivas ou inadequadamente estimuladas nas regiões Fase da Latência
da boca, anus e órgãos sexuais. Freud faz um paralelo entre o Ocorre entre os 5 ou 6 anos até a puberdade. É o período
prazer sexual e a descoberta destas três regiões (boca, anus e onde a criança pode estar iniciando seus primeiros passos na

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escola e no mundo fora de casa, e por isso, está desenvolvendo
suas habilidades sociais, suas interações com outras crianças e
outros adultos que não fazem parte do seu círculo social fami-
liar. Nesta fase, os desejos sexuais já começam a se tornar
reprimidos, singulares e particulares. Situações inadequadas
nesta fase podem acarretar imaturidade e futuros problemas
de relacionamento pessoal em situações de namoros, casamen-
tos e outros, além de excesso de pudor e moralidade.

2.6 CONCLUSÃO

Finalizamos o conteúdo sobre a Psicanálise e suas rela-


ções com ao vida e o mundo. Espero que tenham aprendido
sobre a vida mental dos seres humanos. Como a consciência e
o inconsciente trabalham, as funções do Id, Ego e Superego e
as fases Oral, Anal, Fálica e Latência, e mais ainda, esperamos
que vocês saibam observar e lidar um pouco com cada uma
destas questões no dia a dia e driblar situações que possam
causar traumas e problemas maiores em nossas vidas.

Referências

Pedroza, S.L.R. Psicanálise e Educação: análise das


práticas pedagógicas e formação do professor. São Paulo:
2010.

SCHULTZ,D.P. ; SCHULTZ, S.E. História da Psicolo-


gia Moderna. São Paulo: Cengage Learning, 2014.

Imagens: Banco institucional Shutterstock.

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