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CONCURSO DE PESSOAS
Elementar é o dado essencial da figura típica sem o qual ela não subsiste. Dica: é o caput do artigo.
Ex. matar alguém por motivo fútil. Se você tirar o “matar”, não subsiste a figura do homicídio. Se
você tirar o “alguém”, também não subsiste o homicídio. Porém, se tirar o “motivo fútil”, ainda
subsiste o homicídio, pois o motivo fútil é uma circunstância.
Circunstância é o dado acessório da figura típica que orbita as elementares e tem como função
influir na dosagem da pena.
2) Teoria pluralista: não é adotada como regra no nosso Código Penal, é adotada como exceção.
- Previsão da conduta de cada colaborador em um tipo autônomo. Ex. corrupção e aborto. Aquele
que recebe responde por corrupção passiva e aquele que oferece responde pela corrupção ativa. No
aborto, a mulher gestante responde pelo aborto e o terceiro responde por outro crime.
- Cooperação dolosamente distinta – art. 29, § 2º, CP: se um dos colaboradores só aceitou participar
de um crime menos grave. Consequência: responderá nas penas deste, ou seja, nos limites do seu
dolo. Se previsível o resultado mais grave, a pena poderá ser aumentada da metade.
1) Pluralidade de pessoas
2) Liame subjetivo: é a aderência de uma vontade a outra. A defesa sempre ataca o liame subjetivo,
para quebrar o concurso de pessoas. Se o MP diz que tem o liame, tem o concurso de pessoas, tendo
o concurso de pessoas as elementares se comunicam, então basta provar que um dos sujeitos
praticou a ação e todos responderão pelo mesmo crime (teoria monista). A defesa tem que dizer
que não há o liame subjetivo, e não tendo o liame subjetivo não tem concurso de pessoas então a
acusação vai ter que provar exatamente o que cada um fez.
3) Relevância da colaboração
Observação2: O art. 29, § 1º manda reduzir de 1/6 a 1/3 se a participação for de menor importância.
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AUTORIA COLATERAL
É a prática coincidente da mesma infração penal por dois ou mais sujeitos sem o liame subjetivo.
Ex. A e B querem matar C. A e B ficam escondidos, mas uma não sabe do outro, não há o liame
subjetivo entre eles e cada um dá um tiro. A perícia prova que o tiro que matou foi de A, então A
responde por homicídio consumado e B responde por tentativa de homicídio. Se a perícia não pode
concluir qual foi o tiro letal, A e B respondem por tentativa de homicídio.
Lembrar que se não se sabe na autoria colateral quem provocou o resultado todos responderão no
máximo pela tentativa.
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Lembrar que a além das hipóteses do art. 581, o Recurso em sentido estrito é previsto em leis
especiais como o art. 294, p. único, do CTB. Este artigo fala da decisão sobre suspensão liminar do
direito de dirigir.
Das hipóteses que consta no art. 581, há algumas que NÃO cabe mais RESE por mudanças na
doutrina e na jurisprudência.
- Inciso XI – decisão que concede ou revoga o sursis. Esta decisão ocorre no momento da sentença,
logo cabe apelação e não RESE.
APELAÇÃO RESE
Se for do art. 593, I – condenação Sursis Ganha a apelação
e absolvição
Se for do art. 593, II – decisões Revoga o sursis Ganha o RESE
definitivas ou com força de
definitivas
A sentença diz que condena e decide sursis. Quanto a condenação, cabe apelação. Quanto ao sursis,
caberia RESE. Não pode fazer dois recursos, a apelação ganha.
- Inciso XVII – decisões sobre unificação de penas (tem dois sentidos: 1 – reunião das penas para
verificar se o limite de 30 anos do art. 75, CP, foi obedecido / 2 – reconhecimento tardio de crime
continuado ou concurso formal pelo juiz das execuções criminais). Como a unificação das penas é
feita pelo juízo da execução, cabe agravo em execução e não RESE
- Inciso XIX – decretar medida de segurança. Como a medida de segurança é decretada na sentença
ou no juízo de execução, caberá apelação ou agravo em execução
- Inciso XX, XXI e XXII – impõe medida de segurança – não cabe mais recurso
- Inciso I – da decisão que rejeita denúncia ou queixa. Não importa o motivo da rejeição ou não
recebimento.
* Cabe também da decisão que recebe parcialmente. Não é possível rejeição parcial de denúncia ou
queixa, porém se o juiz receber parcialmente cabe RESE buscando total recebimento.
* Da decisão que julga improcedente a exceção não cabe recurso, cabe no máximo ação impugnativa
- Incisos V e VII – da decisão que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança,
indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder liberdade provisória ou relaxar a
prisão em flagrante
* Se indeferir pedido de anulação, não cabe recurso, mas tão somente HC.
* Aplica-se o inciso XV a decisão do juízo a quo que não conhece, não recebe, a apelação. A apelação
passa pelo juízo de admissibilidade ou juízo de prelibação no juízo de 1º grau. Ele não julga o recurso
ele apenas vê se está tudo certo para mandar para o Tribunal. Se o juízo do 1º grau não admitir, cabe
RESE.
* Antes a deserção na apelação existia em duas hipóteses: quando o sujeito recebe o direito de
recorrer em liberdade e foge. E não recolhimento de custas.
Atualmente, a hipótese da fuga não existe mais, ou seja, não pode declarar a apelação deserta pela
fuga. Se o juiz julga deserta a apelação pela fuga, cabe RESE. Súmula 347, STJ esclareceu a
inviabilidade de deserção pela fuga.
O querelante que não recolhe custas para apelar, pode ter a apelação julgada deserta.
* Da decisão que não determina a suspensão, é controverso o cabimento, mas prevalece a negativa.
2ª posição: é possível aplicação analógica em especial do inciso XVI, contra a decisão que apesar do
disposto no art. 366, do CPP, deixa de suspender o processo ou antecipa as provas sem urgência.
PROCEDIMENTO DO RESE
- Razões ao Tribunal
* Súmula 707, STF: constitui nulidade a falta de intimação de denunciado para oferecer
contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação de
defensor dativo.
* Possibilidade do juízo de retratação. Se positivo, e couber recurso pela outra parte, pode
simplesmente pedir a subida.
O art. 589, p. único, disciplina que em caso de retratação, se cabível RESE da decisão retratada a
parte sucumbente (que perdeu a retratação) poderá pedir que o recurso suba ao Tribunal por mera
petição.
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* SÃO TRÊS ARTIGOS DE FUNDAMENTO: ART. 581 (HIPÓTESE DE CABIMENTO), ART. 588 (RAZÕES) E
ART. 589 (RETRATAÇÃO)*
PROBLEMA 40
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ...
Autos nº
JOÃO ALVES DOS SANTOS, já qualificado nos autos, por seu advogado que esta subscreve,
vem pela presente interpor RECURSO EM SENTIDO ESTRITO com fulcro no artigo 581, XV, do Código
de Processo Penal, dispensando prazo para oferecimento das razões (ou minuta) que seguem em
anexo.
Termos em que,
pede deferimento.
Local, data.
Advogado
OAB nº ...
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Autos nº
Egrégio Tribunal
Colenda Câmara
JOÃO ALVES DOS SANTOS, já qualificado nos autos, por seu advogado que esta subscreve,
vem pela presente oferecer razões de RECURSO EM SENTIDO ESTRITO, com fulcro no artigo 588 do
Código de Processo Penal, nos termos que passa a expor:
DOS FATOS
DO DIREITO
É que o interesse na justa punição permite à vítima compreender que a lesão sofrida não foi
um acidente, mas sim o efeito de um ilícito praticado por terceiro.
PEDIDO
Requer seja conhecido e provido o presente recurso para que seja conhecido e regularmente
processado o recurso de apelação, por ser medida de Direito.
Local, data.
Advogado
OAB nº ...