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Análise Dimensional e Semelhança - FT1
Análise Dimensional e Semelhança - FT1
Fenômenos de Transporte 1
Análise Dimensional e Semelhança
Fenômenos de Transporte 1 2
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Análise Dimensional e Semelhança
Como os estudos experimentais geralmente são caros, é necessário
realizar o mínimo de experimentos e isso é feito usando a técnica
chamada análise dimensional, que é baseada na noção de
homogeneidade dimensional.
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Análise Dimensional
Em certas situações são conhecidas as variáveis envolvidas no fenômeno
físico, mas não a relação funcional entre elas. A análise dimensional
permite associar variáveis em grupos adimensionais.
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2
Quantidade Símbolo Dimensões
Comprimento l L
Tempo t T
Massa m M
Força F ML/T2
Velocidade v L/T
Aceleração a L/T2
Gravidade g L/T2
Área A L2
Vazão Q L3/T
Fluxo de massa Qm M/T
Pressão p M/LT2
Tensão τ M/LT2
Massa específica ρ M/L3
Peso específico γ M/L2T2
Viscosidade dinâmica μ M/LT
Viscosidade cinemática ν L2/T
Tensão superficial Fenômenos de Transporte
σ 1 M/T2 5
x1 f x2 , x3 , x4 ,...., xn
em que n representa o número total de variáveis. Em referência, x1 é a
variável dependente e x2, x3, xn, são as variáveis independentes.
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Teorema Pi de Buckingham (Teorema dos Π)
O teorema afirma que (n – m) grupos adimensionais de variáveis, chamado
parâmetro Π, em que m é o número de dimensões básicas incluídas nas
variáveis, podem ser relacionados por:
1 f1 2 , 3 ,...., n m
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4
Fenômenos de Transporte 1 9
5
4º Passo – Selecione como parâmetros repetentes, igual ao número de dimensões
primárias, e incluindo todas as dimensões primárias ρ,v, D.
r = m = 3 parâmetros repetentes
(ρ, v, D, Δp, μ, l, e)
Formando as equações dimensionais, temos:
1 a v b D cp 2 d veD f
3 g v h D il 4 jv k D le
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1 a vb D cp 2 d veD f
a b d e
M L
3 L c M
2
M 0 L0 T 0 M L
3 L f M
M L T
0 0 0
L T LT L T LT
M :a 1 0 a 1 M :d 1 0 d 1
L : 3a b c 1 0 b 2 L : 3d e f 1 0 e 1
T : b 2 0 c0 T : e 1 0 f 1
1 1 v 2 D 0 p 2 1 v 1 D 1
p
1 2
v 2 vD
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3 g v h D il 4 jv k D le
g h j k
M L M L
3 L i L M 0
L0 T 0
3 L l L M 0
L0 T 0
L T L T
M :g 0 g 0 M : j0 j0
L : 3g h i 1 0 h0 L : 3 j k l 1 0 k 0
T : h 0 i 1 T : k 0 l 1
l e
3 0 v 0 D 1 l 4 0 v 0 D 1 e
D D
6º Passo – Certifique-se que cada grupo obtido é adimensional.
p l e
1 2 3 4
v 2 vD D D
A relação funcional é: 1 f 2 , 3 , 4
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Q f D, , p
Q D p n = 4 parâmetros dimensionais
L3 FT 2 F (Base F, L, T): D, ρ, p → m = 3
L
T L4 L2 n – m = 1 adimensional
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Q D p
1 D a b p c Q 3
L FT 2 F
b c L
a FT 2 F L3 T L4 L2
L 4 2
F 0 L0T 0
T
L L
a 2
F :b c 0
L : a 4b 2c 3 0 b 1 1 D 2 1 2 p 1 2 Q
2
T : 2b 1 0 c 1
2
Q 1 2 p
1 2 1 2 Q CD 2
D p
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Semelhança
A semelhança é uma indicação de que dois fenômenos têm um mesmo
comportamento.
Na mecânica dos fluidos o termo semelhança indica a relação entre dois
escoamentos de diferentes dimensões, mas com semelhança geométrica
entre seus contornos.
O escoamento de maiores
dimensões é denominado
protótipo, e o escoamento de
menor escala é denominado
modelo.
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Semelhança
Grande parte dos projetos de engenharia que envolve estruturas,
aeronaves, navios, portos, barragens, poluição do ar e da água,
frequentemente utilizam modelos.
Com o desenvolvimento de um
modelo adequado é possível
predizer, sob certas condições,
o comportamento do protótipo.
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Semelhança
Ensaios em túneis de vento de um modelo em escala oferecem a
vantagem de serrem mais econômicos e realizados em um tempo menor
do seria um teste de um modelo em escala plena (protótipo).
Semelhança
Túnel de vento.
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Semelhança
Para que haja similaridade entre o protótipo e o modelo devem ser
atendidas as seguintes condições:
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Semelhança
Semelhança cinemática – refere-se a dois fluxos de diferentes escalas
geométricas mas que têm o mesmo formato das linhas de corrente
(equivalência dos campos de velocidades).
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Semelhança
Semelhança dinâmica – exige que em pontos geometricamente
semelhantes haja semelhança das forças envolvidas, que sejam do
mesmo tipo, sejam paralelas e que a relação entre forças tenha o mesmo
valor em todos os pontos (implica a existência de semelhança geométrica
e cinemática).
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Teoria dos modelos
A teoria dos modelos pode ser desenvolvida a partir da análise
dimensional. Mostramos que qualquer problema pode ser descrito em
função de um conjunto de termos pi:
1 p ( 2 p , 3 p ,K, np )
Se esta equação descreve o comportamento de um protótipo, uma relação
similar pode ser escrita para o modelo deste protótipo:
1m ( 2 m , 3m ,K, nm )
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2m 2 p
3m 3 p
M M
nm np
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Teoria dos modelos
O valor medido no modelo, Π1m, será igual ao valor de Π1p do protótipo,
desde que os outros termos pi sejam iguais.
As condições especificadas pela igualdade dos outros termos pi fornecem
as condições de projeto do modelo e são conhecidas como condições de
semelhança ou leis do modelo.
Suponha que as forças inerciais, forças de pressão, forças viscosas e
forças de gravidade estejam presentes, então a semelhança requer que,
nos pontos correspondentes dos campos de escoamento:
FI FI FI
FI FI FI
Fp F Fg
m Fp p m F p m Fg p
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Teoria dos modelos
As relações mostram que:
Fp Fp FI FI
FI FI
F F
FI m FI p m F p g m Fg p
Eu f (Re, Fr )
Concluímos que: se o número de Reynolds e o número de Froude são os
mesmos no modelo e no protótipo, o número de Euler também deve ser o
mesmo, garantindo a semelhança dinâmica.
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Teoria dos modelos
Podemos escrever a razão da força inercial como:
FI m mm a m
const.
FI p mpa p
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Exemplo: Que velocidade deveria ser selecionada em um túnel de
vento no qual um modelo de automóvel em escala 1:9 deve simular
uma velocidade de 12 m/s? Despreze efeitos de compressibilidade.
vL vL
Re m Re p Re
ν
vmLm vpL p
νm νp
Fonte: https://autoentusiastas.com.br/2016/03/tunel-vento-para-design
Lp m 9
vm vp 12 v m 108 m / s
Lm s 1
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Geométrica
vL v2 Semelhança
Análise dimensional → Re ; Fr completa
Cinemática
ν Lg Dinâmica
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Qual fluido escolher? 2
v 2m vp
vmLm vpL p Fr m Fr p
Re m Re p Lm gm Lpgp
νm νp
v 2m L g v 2m 1
2
m m 2
v L vp Lpgp vp 2
νm m m νp (1)
vpL p
vm
0 , 7071
Subst. na eq. (1):
vp
1
ν m 0 ,7071 10 6 m 2 / s
2
ν m 3,536 10 7 m 2 / s
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Bibliografias Consultadas:
BISTAFA, S. R., Mecânica dos Fluidos – Noções e Aplicações, Editora Edgard Blucher, 2010.
BRUNETTI, F., Mecânica dos Fluidos, 2ª Edição, São Paulo: Editora Pearson, 2008.
CANEDO, E. L., Fenômenos de Transporte, 1ª Edição, Rio de Janeiro: LTC, 2010.
FILHO, W. B., Fenômenos de Transporte para Engenharia, 2ª Edição, Rio de Janeiro: LTC, 2012.
FOX, R. W.; McDonald, A. T., Introdução à Mecânica dos Fluidos, 6ª Edição, Rio de Janeiro: LTC, 2006.
LIVI, C. P., Fundamentos de Fenômenos de Transporte: Um Texto para Cursos Básicos, 2ª Edição,
Rio de Janeiro: LTC, 2012.
POST, S., Mecânica dos fluidos aplicada e computacional. Editora LTC, Rio de Janeiro, 2013.
POTTER, M. C. e WIGGERT, D. C., Mecânica dos Fluidos. 3ª Edição, Editora Cengage Learning, São
Paulo, 2004.
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