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Disciplina: FLS5938 - Raça, Gênero e Sexualidade: Interseccionalidade e

Marcadores Sociais da Diferença.


Professora Ministrante: Profa. Dra. Carolina dos Santos Bezerra Perez
Monitor: Mestrando Felipe Paes Piva
Docente responsável: Profa. Dra. Heloisa Buarque de Almeida
Nº de créditos: 8
Duração: 12 semanas
2º semestre de 2023

Aulas às 2as feiras, das 19h00 às 23h00, início em 07 de agosto, pela plataforma google
meets.
Todo material da disciplina será disponibilizado nesse link:
https://drive.google.com/drive/folders/1U434cj9To6vkukn_YNjV6wQqvjsHmHXV?usp=drive
_link
As aulas serão gravadas.

Objetivos:

● Compreender as relações entre corpo, poder e identidade a partir das


discussões teóricas sobre raça, gênero e sexualidade na contemporaneidade;
● Desenvolver uma discussão histórica e teórica sobre a abordagem da
interseccionalidade e dos marcadores sociais da diferença, suas
contribuições, as disputas e reflexões críticas situadas nesse campo, a partir
de perspectivas latino-americanas.
● Apresentar as principais correntes e discussões teóricas sobre esses campos
na formação do pensamento social brasileiro e a contribuição do campo
antropológico a debates políticos mais amplos.
● Situar teoricamente o processo de biologização dos conceitos de raça e
gênero;
● Problematizar os impactos das manifestações sociais da necropolítica, os
discursos antigênero e de ódio.

Justificativa:

Pensar as desigualdades e as disputas de narrativas dos grupos


subalternizados da sociedade brasileira é um dos atravessamentos que permeiam
os temas de pesquisa da docente ministrante do curso. Nesse contexto, a disciplina
pretende pensar algumas relações entre corpo, poder e identidade na formação

1
antropológica e das ciências sociais brasileira e latino-americana na
contemporaneidade, a partir da compreensão da disputa entre os conceitos de
raça/etnia, cultura, gênero, classe, sexualidade e o debate sobre a
interseccionalidade articulado aos marcadores sociais da diferença. Historicamente,
as relações étnico-raciais, de gênero e sexualidade no Brasil e na América Latina
foram objeto de análise e pesquisa desde a fundação e consolidação do campo das
ciências sociais brasileiras. Portanto, o curso aborda uma importante discussão para
a formação de docentes, pesquisadores, cientistas sociais, ativistas e profissionais
atuantes em diversas áreas de formação, de forma interdisciplinar.
Ao problematizar as teorias racistas e antirracistas, que sustentam o racismo,
preconceito e discriminação ainda tão presente na sociedade brasileira, articuladas
com as teorias biologizantes das diferenças sexuais, vislumbramos o machismo, o
sexismo e a lgbttifobia que reiteram os padrões e as normatividades de gênero que
tanto produzem as violências físicas e simbólicas vivenciadas cotidianamente, pelas
mulheres, populações negras, quilombolas, indígenas, grupos LGBTQIAPN+, etc.
Propomos problematizar a diversidade dos pensamentos intelectuais na formação
das ciências sociais brasileiras de forma interseccional, atentando para as dimensões
de raça, gênero, classe, sexualidade, geração, território e religião tanto dos
intelectuais, como dos grupos e comunidades por eles pesquisados.

Conteúdo

I – Formação sócio-cultural do povo brasileiro:


a) Escola Nina Rodrigues e a Antropologia no Brasil
b) Relações étnico-cordiais e o mito da democracia racial
c) Identidade nacional versus identidade negra
d) Negritude, branquitude e a política do branqueamento
e) Raça e gênero na antropologia brasileira

II – Racialização do Sexo e Sexualização da Raça


a) Influência da abordagem de Foucault e dos estudos sobre sexualidade

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b) A biologização do sexo e da raça
c) Inventando o sexo
d) Corpo e identidade
e) A política do sexo

III – O potencial da interseccionalidade como teoria social crítica e ferramenta


metodológica

a) Racismo e Sexismo na Sociedade Brasileira


b) Por um feminismo afro-latino-americano
c) Amefricanidade, pretuguês e epistemicídios
d) Hipersexualização do corpo negro: imaginário e estereótipos
e) Corpo, poder e identidade

IV- Sexo, Raça e Gênero: descolonizando epistemes


a) O legado de Frantz Fanon
b) Tornar-se negro: o inconsciente e a dimensão subjetiva
c) Violência, memória e subjetividade: o racismo cotidiano
d) Estratégias de combate à violência, extermínio e necropolítica direcionada
à corpos puníveis e matáveis,
e) Agência, Políticas, Sujeitos e Direitos

Método:

O curso será ministrado de forma remota e contará com aulas expositivas,


diálogos com produções artísticas e culturais e se utilizará de apresentações em
power point, utilização de vídeos, filmes, imagens, músicas e demais recursos
didáticos-pedagógicos. Serão propostas apresentações de seminários de leitura
pelos discentes.

Critérios de avaliação:

A avaliação será diagnóstica, dialógica e processual e se utilizará dos


seguintes recursos:

a-) Atividade avaliativa 1 (30% da nota final): Apresentação de seminário ou


algum produto entregue em uma outra linguagem: vídeos, fotografias, desenhos,

3
performances, execuções musicais, material didático ou instrutivo, material
técnico, curadoria ou qualquer outra expressão/linguagem que esteja dentro da
sua área de pesquisa e que tenha relação com a disciplina.

b) Atividade Avaliativa 2 (70% da nota final): Trabalho final escrito individual


(pode ser no formato artigo) ou uma carta (epistolografia) de 6 a 10 páginas. Para
a carta vocês irão escolher alguém (pode ser família, colegas, personalidades
famosas, figuras públicas ou imaginárias, etc.) para a qual escreverão contando
sobre como foi o curso, as leituras e discussões que fizemos. Procure observar o
que mais te impactou/sensibilizou e como esses conhecimentos estarão
presentes na sua vida daqui pra frente. Qualquer um dos gêneros textuais
escolhidos deverá apresentar relações entre a bibliografia discutida na disciplina
e a pesquisa da/o discente em curso na pós-graduação.

c-) A participação e a presença também farão parte da avaliação e serão


acompanhadas por meio dos relatórios das aulas gerado pela Plataforma Google
Meet, nos quais aparecem os horários de entrada, saída e período de
permanência nas aulas pelos discentes.

1ª aula – 07/08/2023 – Apresentação da disciplina, dos/as/es alunos/as/es,


organização dos seminários e avaliações, introdução aos temas.

2ª aula – 14/08/2023 – Relações étnico-cordiais e o mito da democracia racial

Bibliografia básica:
MUNANGA, Kabengele. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade
nacional versus identidade negra. 3.ed. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2008.
(Capítulo I: Conceito e História da Mestiçagem, páginas 17 a 47)
CARNEIRO, Sueli. O mito da democracia racial. In: LAMOUNIER, Bolívar. (Org)
Brasil & África do Sul: uma comparação. São Paulo: Editora Sumaré: Idesp, 1996.

Bibliografia complementar:

FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. Rio de Janeiro: Livraria José Olímpio
Editora, 1966. (Prefácio e Capítulo 1 – Características gerais da colonização
portuguesa no Brasil).
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. Rio de Janeiro: Editora José
Olympio, 1994. (Capítulos 3 – A Herança Rural e Capítulo 5 – O Homem Cordial).
FERNANDES, Florestan, 1920-1995. A integração do negro na sociedade de
classes: o legado da raça branca. 3. Ed. São Paulo: Ática, 1978. (Capítulo
DAMACENO, Janaína. Os segredos de Virgínia: estudo de atitudes e preconceito de
cor na São Paulo dos anos 1940-1950. In: PINTO, Ana Flávia Magalhães;

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CHALHOUB, Sidney (Orgs.). Pensadores negros, pensadoras negras: Brasil,
séculos XIX e XX. 2. ed. Belo Horizonte: Fino Traço, 2020. p. 287- 308.

3ª aula – 21/08/2023 – a) Raça e gênero na antropologia brasileira

Bibliografia básica:
CORRÊA, Mariza. O mistério dos orixás e das bonecas: raça e gênero na
antropologia brasileira. Etnográfica, Vol. IV (2), 2000, pp. 233-265.
FIGUEIREDO, Ângela. Dialogando com os estudos de gênero e raça no Brasil. In:
SANSONE, Livio Sansone & PINHO, Osmundo Araújo (Orgs.). Raça: novas
perspectivas antropológicas. 2 ed. Ver. Salvador: Associação Brasileira de
Antropologia: EDUFBA, 2008.

Bibliografia complementar:
LANDES, Ruth. A Cidade das Mulheres. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002 [1967].
FIGUEIREDO, Ângela; Pinho, Osmundo. Idéias Fora do Lugar e o Lugar do Negro
nas Ciências Sociais Brasileiras. Estudos Afro-Asiáticos, Ano 24, n. 1, p. 189-210,
2002.
HEALEY, Mark. “Os Desencontros da Tradição em Cidade das Mulheres: Raça e
Gênero na Etnografia de Ruth Landes”. Cadernos Pagu, v. 6/7., pp. 153-200, 1996.

Apoio:
- Podcast EP #5 – Zora Hurston e as Negras Antropologias | Um sopro de vida na
academia sob a lente dos "outros" clássicos. Conversas da Kata • Sep 28, 2020.
Disponível em: https://anchor.fm/conversas-da-kata/episodes/EP-5---Zora-Hurston-
e-as-Negras-Antropologias--Um-sopro-de-vida-na-academia-sob-a-lente-dos-
outros-clssicos-ek1ant
- Filme A Cidade das Mulheres, direção de Lázaro Faria, 2005. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=zFWy3mwyRes&ab_channel=V%C3%ADdeosP
an-Africanos

4ª aula – 28/08/2023 – Negritude, branquitude e a política do branqueamento.

Bibliografia básica:
BENTO, Cida. O Pacto da Branquitude. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.
(Capítulos: 1 ao 6 – Páginas 5 a 51).

MUNANGA, Kabengele. Negritude: usos e sentidos. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1988.
(Capítulos: Introdução à Diferentes Acepções e Usos da Negritude – Páginas 6 a 56)

5
SOUZA, Neusa Santos. Tornar-se negro ou As vicissitudes da identidade do negro
brasileiro em ascensão social. Rio de Janeiro: Zahar, 2021. (Capítulos: 1 –
Antecedentes históricos da ascensão social do negro brasileiro, 3 – Narcisismo e
Ideal do ego e 4 – A história de Luísa)
NOGUEIRA, Isildinha Baptista. “Cor e Inconsciente”. In: KON, Noemi Moritz; SILVA,
Maria Lúcia da; ABUD, Cristiane Curi (orgs.). O Racismo e o Negro no Brasil. São
Paulo: Editora Perspectiva, 2017.

Bibliografia complementar:
BENTO, Maria Aparecida Silva. Branqueamento e Branquitude no Brasil. In: BENTO,
Maria Aparecida Silva & CARONE Iray. Psicologia Social do Racismo: estudos sobre
branquitude e branqueamento no Brasil. Petropólis, RJ: Vozes, 2002.
KON, Noemi Moritz; SILVA, Maria Lúcia da; ABUD, Cristiane Curi (orgs.). O Racismo
e o Negro no Brasil. São Paulo: Editora Perspectiva, 2017.
AUDEBERT, Cédric et al. “Negritude e relações raciais: racismo e antirracismos no
espaço atlântico”. Horizontes Antropológicos, v. 28, n. 63, 2022.

Apoio
Documentário: Vista minha pele. Direção: Joel Zito Araújo. Duração: 24 min, Brasil,
2003. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LWBodKwuHCM
Documentário: UM GRITO PARADO NO AR (Unfinished Shout) Direção: Leonardo
Souza. Duração: 21 min, Brasil, 2020. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=V4WHFs8PGm0
Entrevista de Neusa Santos Souza ao Programa Espelho. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=eugWGvhG48o&t=182s
Entrevista de Cida Bento no Programa Roda Viva. TV Cultura, 02/05/2022.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pA7bZnpRWnY&t=4s

5ª aula – 11/09/2023 – Influência da abordagem de Foucault e dos estudos sobre


sexualidade

Bibliografia básica:
FOUCAULT, Michel. Aula de 17 de março de 1976. In: Em defesa da sociedade:
curso no Collège de France. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade: A vontade de saber, Vol. 1, Rio de
Janeiro, Graal, 1977. (Capítulo 4 – O dispositivo de sexulidade).
FOUCAULT, Michel. Microfisica do poder. 8ª ed. - Rio de Janeiro: Edições Graal,
1989. (Capítulos: 9 - Poder-corpo, 11 – Genealogia e Poder e 12 – Soberania e
Disciplina).

6
Apoio:
Curso de Extensão FFLCH/USP: "Poder e Performatividade Pública: introdução a
Judith Butler e Michel Foucault" / Profa. Jacqueline Moares Teixeira. Disponível em:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLy0IdlptYwJYP0ai263znT4-gokzf8fi1

6ª aula – 18/09/2023 – a) A biologização do sexo e da raça

Bibliografia básica:
LAQUEUR, Thomas: Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud, Rio de
Janeiro, Relume-Dumará, 2001. (Capítulos: 1 – Da linguagem e da carne e 6 – O
sexo socializado).
MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo,
identidade e etnia. In: BRANDÃO, André Augusto P. Brandão. Programa de
Educação sobre o negro na Sociedade Brasileira.Niterói: EdUFF, 2000.
FAUSTO-STERLING, Anne. Dualismos em duelo. Cadernos Pagu, Campinas, n.
17/18, pp. 09-79, 2002.
STOLKE, Verena. O enigma das interseções: classe, "raça", sexo, sexualidade: a
formação dos impérios transatlânticos do século XVI ao XIX. Rev. Estud. Fem., Abr
2006, vol.14, no.1, p.15-42.

Bibliografia complementar:
PRECIADO, Paul: Testo Junkie: sexo, drogas e biopolítica na era
farmacopornográfica. São Paulo, N-1 Edições, 2018. (Capítulos: Tecnogênero e
Farmacopoder).
CURIEL, Ochy. La Nación Heterosexual: Análisis del discurso jurídico y el régimen
heterosexual desde la antropología de la dominación. Bogotá, Brecha Lésbica y en
la frontera, 2013. (Capítulo: La concepción heterosexual de la familia en la
Constitución -páginas 125 a 156).

7ª aula – 25/09/2023 – A política do sexo


Bibliografia básica:

SCOTT, Joan. “Gênero: Uma categoria útil de análise histórica.” Educação e


Realidade, Porto Alegre, v.16, n.2, p. 5-22, jul./dez. 1990.
STOLCKE, Verena: “Sexo está para gênero assim como raça para etnicidade?”,
Estudos Afro-Asiáticos, n. 20, 1991
RUBIN, Gayle: “O Tráfico de Mulheres: notas sobre a “economia política” do sexo”
in: Políticas do Sexo, São Paulo, Ubu Editora, 2017
BUTLER, Judith: Problemas de Gênero. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. 2003.
(Capítulo 1: Sujeitos do sexo/gênero/desejo - páginas 7 a 60).

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Bibliografia complementar:

MOORE, Henrietta: "Compreendendo Sexo e Gênero" In: Tim Ingold (org.)


Companion Encyclopedia of Anthropology, London, Routledge, 1997. (tradução de
Júlio Assis Simões).
MCCLINTOCK, Anne. Couro imperial: raça, travestismo e o culto da domesticidade.
Cadernos Pagu 2003, n.20, pp.7-85
ALMEIDA, Heloisa B.: Gênero. Blogs de Ciência da Universidade Estadual de
Campinas: Mulheres na Filosofia, V. 6 N. 3, 2020, p. 33-43, ISSN 2526-6187
(https://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/genero/)

8ª aula – 02/10/2023– Racialização do Sexo e Sexualização da Raça

Bibliografia básica:
VIGOYA, Mara Viveros. La sexualización de la raza y la racialización de la sexualidad
en el contexto latinoamericano actual. Revista Latinomericana de Estudios de
Familia. Vol. 1, enero - diciembre, 2009. p. 63 – 81.
CANESSA, Andrew. El sexo y el ciudadano: Barbies y reinas de belleza en la era de
Evo Morales. In: Raza, etnicidad y sexualidades: ciudadania y multiculturalismo en
America Latina. Coleccion Lecturas CES. https://doi.org/10.5281/zenodo.811083
PISCITELLI, Adriana. Interseccionalidades, categorias de articulação e experiências
de migrantes brasileiras. Sociedade e Cultura, Vol.11, nº 2, jul/dez. 2008, p. 263-273.
VERGÈS, Françoise. Extrair/Danificar/Reparar. Revista de Antropologia da UFSCar,
[S. l.], v. 13, n. 2, p. 137–154, 2022. DOI: 10.52426/rau.v13i2.391. Disponível em:
https://www.rau2.ufscar.br/index.php/rau/article/view/39

Bibliografia Complementar:
VIGOYA, Mara Viveros. De quebradores a cumplidores: sobre hombres,
masculinidades y relaciones de género en Colombia. Universidade Nacional de
Colombia. Facultad de Ciencias Sociales, Centro de Estudios Sociales. Fundación
Ford. PROFAMILIA Colombia , 2002.
MOUTINHO, Laura. “Diferenças e desigualdades negociadas: raça, sexualidade e
gênero em produções acadêmicas recentes”. Cadernos Pagu, 42, 2014.

9ª aula – 16/10/2023 – Interseccionalidade e Marcadores Sociais da Diferença

Bibliografia básica:

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DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo, 2016. (Capítulos 2
– O movimento antiescravagista e a origem dos direitos das mulheres, 3 – Classe e
raça no início da campanha pelos direitos das mulheres, 4 – Racismo e movimento
sufragista feminino e 11 – Estupro, racismo e o mito do estuprador negro).
LORDE, Audre. “Não existe hierarquia de opressão - Idade, raça, classe e gênero:
mulheres redefinindo a diferença”. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de.
Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo,
2019.
VIGOYA, Mara. La interseccionalidad: una aproximación situada a la dominación.
Debate Feminista, 52, 2016. Disponível em:
https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.df.2016.09.005
HILL COLLINS, Patricia; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo,
2020. (Capítulos 1 – O que é interseccionalidade, 2 - A interseccionalidade como
investigação e práxis críticas e 8 - A interseccionalidade revisitada).

Bibliografia Complementar:
HILL COLLINS, Patricia. Se perdeu na tradução? Feminismo negro,
interseccionalidade e política emancipatória. Parágrafo, vol. 5, n.1, jan/jun de 2007.
HIRATA, Helena. “Gênero, raça e classe: interseccionalidade e consubstancialidade
das relações sociais”. Tempo Social, v. 26, n. 1, 2014, pp. 61-73.
CRENSHAW, Kimberley: Documento para o encontro de especialistas em aspectos
da discriminação racial relativos ao gênero. Rev. Estud. Fem. [online]. 2002, vol.10,
n.1 [cited 2018-05-03], pp.171-188
HENNING, Carlos Eduardo. Interseccionalidade e pensamento feminista: As
contribuições históricas e os debates contemporâneos acerca do entrelaçamento de
marcadores sociais da diferença. Mediações, Londrina, Vol. 20 nº. 2, Jul./Dez. 2015,
p. 97-128.
RIOS, Flavia, PERES, Olívia, RICOLDI, Arlene: “Interseccionalidade nas
mobilizações do Brasil contemporâneo” , Lutas Sociais, São Paulo, vol.22 n.40, p.36-
51, jan./jun. 2018.

10ª aula – 30/10/2023 – O potencial da interseccionalidade como teoria social crítica


e ferramenta metodológica.

GONZALEZ, Lélia. “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. In: HOLANDA, Heloisa


Buarque de. Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro:
Bazar do Tempo, 2019.
GONZALEZ, Lélia. “Por um feminismo afro-latino-americano”. In: HOLANDA, Heloisa
Buarque de. Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro,
Bazar do Tempo, 2020.

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Leituras Complementares:
CARNEIRO, Sueli. “Mulheres em movimento: contribuições do feminismo negro”. In:
HOLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento feminista brasileiro: formação e
contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.
NASCIMENTO, Beatriz. “A mulher negra no mercado de trabalho” e “A mulher negra
e o amor”. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento feminista brasileiro:
formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.
RATTS, Alex. Eu sou atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São
Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Instituto Kuanza, 2007.

Apoio:
VENCEDORA SLAM GRITO FILMES 2017 "GABZ" | Poeta: Gabrielly Nunes:
https://www.youtube.com/watch?v=kZhPvruoeFw
CULTNE - Lélia Gonzalez - Pt 1: https://www.youtube.com/watch?v=o9vOVjNDZA8
CULTNE - Lélia Gonzalez - Pt 2: https://www.youtube.com/watch?v=aiTfzVKhsGw
MULHERES F*DA: LÉLIA GONZALEZ | Tempero Drag -
https://www.youtube.com/watch?v=E_ZuzM3vIBc
LÉLIA GONZALEZ: O RACISMO ESTRUTURAL | Jaqueline Conceição:
https://www.youtube.com/watch?v=X2ruqJntOWc
Especial Beatriz Nascimento - 1988 | CULTNE | Mulher Negra
A menina que nasceu sem cor (Poesia Completa) – Midria Pereira:
https://www.youtube.com/watch?v=Vy0Colqv_a0

Bibliografia básica:

ANPOCS E ANPED – DE 18 A 27 DE OUTUBRO

11ª aula – 06/11/2023 –Corpo, poder e identidade: imaginário e estereótipos

Bibliografia básica:
SEGATO, Rita Laura. O édipo brasileiro: a dupla negação de gênero e raça. Série
Antropologia, 400, 2006.
ANZALDÚA, Gloria. "Falando Em Línguas: Uma Carta para as Mulheres Escritoras
do Terceiro Mundo." In: Revista Estudos Feministas, 8, n°. 1, 2000.
CABNAL, Lorena. Feminismos diversos: el feminismo comunitario. Barcelona:
ACSUR-Las Segovias, 2010.
CURIEL, Ochy. “Construindo metodologias feministas a partir do feminismo
decolonial”. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de. Pensamento feminista hoje:
perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro, Bazar do Tempo, 2020.

Bibliografia complementar:
10
hooks, belll et all. Otras inapropiables. Feminismos desde las fronteras: Bell Hooks,
Avtar Brah, Chela Sandoval, Gloria Anzaldúa, Aurora Levins Morales, Kum-Kum
Bhavnani, Margaret Coulson, M. Jacqui Alexander, Chandra Talpade Mohanty.
Madrid: Traficantes de Sueños - Mapas. 2004.
LORDE, Audre. As ferramentas do senhor nunca derrubarão a casa-grande; Idade,
raça, classe e sexo: as mulheres redefinem a diferença. In: LORDE, Audre. Irmã
outsider. Belo Horizonte: Autêntica, 2019. p. 135-153.
PEREIRA, Luena N. Alteridade e raça entre África e Brasil: branquidade e
descentramentos nas ciências sociais brasileiras. Revista De Antropologia, 63(2),
2020.
COLLINS, Patricia Hill. “Mammies, matriarcas e outras imagens de controle”. In:
Pensamento feminista negro. São Paulo: Boitempo, 2019.

12ª aula – 20/11/2023 – O legado de Frantz Fanon: violência, memória e


subjetividade: o racismo cotidiano

Bibliografia básica:
FANON, Frantz. Pele Negra, Máscaras Brancas. São Paulo: Ubu, 2020. (Introdução
e Capítulos 1 e 5 – O negro e a linguagem. - A Experiência Vivida do Negro).
FANON, Frantz. Os condenados da terra.Juiz de Fora: Editora UFJF, 2005. (Capítulo
1 – Sobre a violência).
KILOMBA, Grada. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de
Janeiro: Cobogó, 2019. (Introdução e Capítulos 1 e 2 – A máscara. – Quem pode
falar?).

Bibliografia complementar:
FAUSTINO, Deivison Mendes. Frantz Fanon: capitalismo, racismo e a sociogênese
do colonialismo. In: SER Social, Brasília, v. 20, n. 42, p. 148-163, jan.-jun./2018
FAUSTINO, Deivison Mendes. O mal-estar colonial: racismo e o sofrimento psíquico
no Brasil. In: Clínica & Cultura v. 8, n. 2, jul-dez 2019, p. 82 - 94
MAGNO, Patrícia. Carlos; PASSOS, Rachel Gouveia. (Org.). Direitos humanos,
saúde mental e racismo: diálogos à luz do pensamento de Frantz Fanon. Rio de
Janeiro: Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro.

13ª aula – 27/11/2023 – Estratégias de combate à violência, extermínio e


necropolítica direcionada à corpos puníveis e matáveis.

Bibliografia básica:
11
HARTMAN, Saidiya. Vidas Rebeldes, Belos Experimentos: Histórias íntimas de
meninas negras desordeiras, mulheres encrenqueiras e queers radicais. São Paulo:
Fósforo, 2022. (Capítulos: Uma nota sobre o método, Livro 1: Ela caminha a esmo
pela cidade, A terrível beleza do gueto e Uma figura menor).
MBEMBE, Achille. Necropolítica. São Paulo: n-1 edições, 2018.
BUTLER, Judith. Introdução: vida precária, vida passível de luto. In: Quadros de
Guerra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.
NASCIMENTO, Beatriz. Uma história feita por mãos negras: relações raciais,
quilombos e movimentos. Organizador: Alex Ratts. Rio de Janeiro: Zahar. 2021.
(Capítulos: “Parte III - O quilombo como sistema alternativo”).

Bibliografia complementar:
FIGUEIREDO, Ângela; GROSFOGUEL, Ramón. “Racismo à brasileira ou racismo
sem racistas: colonialidade do poder e a negação do racismo no espaço
universitário”. Sociedade e Cultura, Goiânia, v. 12, n. 2, p. 223-234, jul./dez. 2009.
SOARES, Maria Andrea dos Santos. Antinegritude: ser negro e fobia nacional.
Horizontes Antropológicos, 28(63), 165–194, 2022.
Dossiê “Dessenhorizar a universidade: 10 anos da lei 12.711, ação afirmativa e
outras experiências”. Disponível em: https://www.scielo.br/j/mana/i/2022.v28n3/
ALVES, Jaime Amparo. “Necropolítica racial: A produção espacial da morte na cidade
de São Paulo”. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as,
vol. 1, n. 3, pp. 89-114, 2011.
NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro no Brasil, processo de um racismo
mascarado. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra S.A., 1978.
NASCIMENTO, Abdias do. Quilombismo: Documentos de uma militância pan-
africanista. Brasília: Fundação Cultural Palmares. Editorial Independente, 2002..

Apoio:
Orí (Raquel Gerber, 1989). Link: Ori - Documentário - Beatriz Nascimento. Disponível
em: https://www.youtube.com/watch?v=y20K-0UBOUA

ENTREGA DO TRABALHO FINAL - 15 de dezembro de 2023

12
Bibliografia

AHMED, Sara. Complaint!, New York, USA: Duke University Press,


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