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EDIÇ ÃO
Redação
Isadora Oliveira
Julio Fernandes de Jesus
Luiz Scola
Yuri Franco
Seleção e Revisão
Yuri Rafael Franco
Editoria e Design
Jennifer Santos
Revista Fisio em Evidência Outubro | 2023
VISÃO GERAL
A dor patelofemoral (DPF) atinge principalmente adultos jovens fisicamente ativos e tem
como origem aspectos multifatoriais, com pacientes apresentando sintomas associados a dor como
evitação, pensamentos catastróficos e baixo auto-eficácia.
Além disso, a literatura recente mostrou que auto-eficácia e depressão são fortes fatores
prognósticos para dor e disfunção em queixas crônicas músculo esqueléticas em geral, evidenciando
que as intervenções baseadas na melhora da dor relacionada ao medo e aumento de atividade física
devem ser parte das estratégias de auto-manejo.
Por isso, o estudo que discutiremos hoje teve como objetivo estabelecer a viabilidade
e aceitabilidade de conduzir um ensaio clínico randomizado que avalie a clínica e o custo-benefício
e melhora dos níveis de atividade física de um programa de exercício de auto-manejo da carga para
população com dor patelofemoral comparada com fisioterapia convencional.
METODOLOGIA
Em um estudo de viabilidade controlado,
randomizado, pragmático e de métodos mistos,
60 participantes com DFP (57% mulheres;
idade média de 29 anos) foram recrutados
em uma clínica de fisioterapia em um hospital
universitário do Reino Unido e alocados
aleatoriamente para receber um programa
de exercícios de auto-manejo com carga
(n = 30) ou fisioterapia convencional (n = 30).
O protocolo completo está no protocolo do
estudo publicado previamente.
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Revista Fisio em Evidência Outubro | 2023
RESULTADOS
A taxa de recrutamento foi de cinco participantes por mês; a taxa de consentimento foi
de 99%; a adesão às consultas de intervenção foi de 87%; a completude dos dados do questionário
foi de 100%; e a adesão à aplicação da intervenção foi de 95%.
Três diários de exercícios foram devolvidos aos seis meses (5%). Aos seis meses, foram
devolvidos 25 cadernos de questionários (nove no grupo autogerido carregado, 16 no grupo
de fisioterapia habitual), com uma taxa de retenção total de 42%.
Aos seis meses, 56% (5/9) dos entrevistados no grupo autogerido com carga e 56% (9/16)
no grupo de fisioterapia habitual foram classificados como “recuperados”.
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VISÃO GERAL
METODOLOGIA
Este estudo foi uma revisão sistemática com meta-análise, que avaliou a eficácia
de intervenções destinadas a mudar os padrões de movimento em pessoas com dor patelofemoral.
Os autores realizaram uma busca sistemática em várias bases de dados, incluindo estudos
randomizados controlados que avaliaram intervenções para dor patelofemoral. As intervenções
avaliadas foram aquelas destinadas a mudar os padrões de movimento em pessoas com dor
patelofemoral. Os comparadores incluíram outras intervenções ou nenhum tratamento.
Os desfechos avaliados foram dor, função e qualidade de vida. Os estudos incluídos foram ensaios
controlados aleatorizados. Além disso, os estudos deveriam estar disponíveis em inglês, espanhol
ou português e ter sido publicados até 31 de dezembro de 2020.
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Revista Fisio em Evidência Outubro | 2023
RESULTADOS
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Revista Fisio em Evidência Outubro | 2023
VISÃO GERAL
METODOLOGIA
Esse foi um estudo transversal que avaliou características do controle neuromuscular
de sujeitos saudáveis e também de indivíduos que sofreram a lesão do LCA – tratados cirúrgica
ou conservadoramente – e que já haviam recebido liberação para o retorno à prática esportiva
(um ano pós-lesão/tratamento). Os participantes tinham idade entre 16 e 60 anos, eram fisicamente
ativos e não tinham queixas e/ou limitações clínicas.
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Revista Fisio em Evidência Outubro | 2023
RESULTADOS
Por outro lado, mas ainda sobre este mesmo desfecho; os homens do grupo LCA-R
apresentaram maior pré-ativação do vasto medial e menor do bíceps femoral (p=0,025 e 0,003,
respectivamente) quando comparados ao LCA-I. Os participantes do sexo masculino do grupo
LCA-C também apresentaram menor pré-ativação de bíceps femoral em comparação com o LCA-I
(p=0,019).
A atividade reflexa dos grupos musculares testados (teste da translação anterior da tíbia)
nas mulheres participantes, demonstraram diferenças (deficiências de ativação) durante a fase média
do reflexo de latência, uma vez que foram detectadas alterações das características eletromiográficas
do semitendíneo entre as participantes dos grupos LCA-R quando comparados com o LCA-I
(p =0,015). Porém e durante a fase de resposta de latência longa, foram detectadas diferenças
para o vasto medial das mulheres do grupo LCA-R quando comparados com os grupos LCA-C
(p=0,015) e LCA-I (p =0,049).
LIMITAÇÕES
› Realização de análises estatísticas com testes parcialmente adequados para os tipos de desfechos
e característica de amostra, o que pode novamente comprometer os resultados e conclusões.
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Revista Fisio em Evidência Outubro | 2023
VISÃO GERAL
Porém, as lesões mais comuns que acometem essa estrutura são as lesões degenerativas
que está inerente a qualquer população e não somente a população atlética. Talvez,
por essa característica se faz necessário repensar a real necessidade de passar por procedimentos
cirúrgicos como primeira escolha.
Sendo assim, esse estudo ele traz esse comparativo de forma mais coerente trazendo
os pontos de evolução clínica e critérios mais claros para que possa tomar uma decisão mais concreta
sobre esses casos de lesões degenerativas de menisco medial.
METODOLOGIA
Uma pesquisa bibliográfica foi realizada nas bases de dados PubMed, EMBASE, Scopus
e PEDro em maio de 2019 para identificar todos os ensaios clínicos randomizados (ECR) comparando
a cirurgia artroscópica ao tratamento conservador de meniscos degenerados dolorosos,
mas estáveis. A qualidade dos ECRs foi avaliada usando a Avaliação de Risco de Viés da Cochrane.
RESULTADOS
Ao final de todo o processo de eligibilidade dos artigos encontrados nas buscas, ficaram para
avaliação apenas dez estudos. Com isso, foi possível obter uma amostra total de 1525 pacientes
com idade média de 54 anos. Todos os estudos tinham como intervenção a meniscectomia parcial
do menisco medial associado a alguma intervenção controle, que em oito desses estudos foram
exercícios.
Sobre os desfechos de dor e função foi visto que não houve diferenças entre os estudos
para esses desfechos, sendo as condutas conservadoras com resultados similares ao tratamento
cirúrgico. Um ponto interessante para a discussão é que houve situações em que o paciente precisou
evoluir do tratamento conservador para o cirúrgico em média essa troca aconteceu em cerca
de 19 a 33% das amostras dos estudos adicionados a revisão.
LIMITAÇÕES
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REFE RÊNCIA S