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ARTE Tendências simbolistas e decorativas

CAPÍTULO 3
nas artes e na literatura
1o ano – 2o bimestre

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CA

TENDÊNCIAS SIMBOLISTAS
E DECORATIVAS NAS
ARTES E NA LITERATURA

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ARTE Tendências simbolistas e decorativas
CAPÍTULO 3
nas artes e na literatura
1o ano – 2o bimestre

Contexto histórico

• N as últimas duas décadas do século XIX, há crescente desapontamento dos


artistas perante o fracasso das ideias desenvolvimentistas e a tentativa frustrada
de transformação da sociedade burguesa industrial.
• Surge na França um movimento exclusivamente poético que propõe uma reação de
busca da transcendência pela arte e pelos sentidos.
•  A obra Flores do mal (1857), do poeta Charles Baudelaire (1821-1867), abre caminho
para essa nova estética.
• Em 1881, essa nova manifestação é rotulada de Decadentismo.
• Surgem na França seus mais importantes expoentes: Paul Marie Verlaine (1844-1896),
Jean-Nicolas Arthur Rimbaud (1854-1891) e Stéphane Mallarmé (1842-1898).
• Mais tarde, ainda na França, o Simbolismo chega às artes visuais.

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CAPÍTULO 3
nas artes e na literatura
1o ano – 2o bimestre

Simbolismo no Brasil

•  Início em 1893: publicação das obras Missal e


Broquéis, do poeta Cruz e Sousa (1861-1898).
•  O s poemas foram a forma mais utilizada pelos
simbolistas brasileiros.
• Forte rejeição pelos admiradores do Parnasianismo.
• Maiores representantes: Cruz e Sousa e
Alphonsus de Guimaraens (1870-1921).

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CAPÍTULO 3
nas artes e na literatura
1o ano – 2o bimestre

O teatro simbolista

• Mundo retratado de modo subjetivo, sugerindo mais do que descrevendo.


• Unidade do texto perde importância.
• Personagens constituem representações de ideias e sentimentos.
• Fusão das percepções de som, luz, cor e movimento ganha destaque nas encenações.
• A utores simbolistas consagrados: os dramaturgos Maurice Maeterlinck (1862-1949), belga,
e Henrik Ibsen (1828-1906), norueguês; e os escritores August Strindberg (1849-1912),
sueco, e William Butler Yeats (1865-1939), irlandês.

Teatro simbolista no Brasil

• Produção pequena.
• P rincipais dramaturgos: Roberto Gomes (1882-1922), com Canto sem
palavras, e João do Rio, pseudônimo de Paulo Barreto (1881-1921), com Eva.
•  Em 1933, Paulo Magalhães (1900-1972) monta A comédia do coração, na
qual estão presentes personagens simbólicos, como a dor, a paixão e o ciúme.

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CAPÍTULO 3
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1o ano – 2o bimestre

O Simbolismo e sua relação


com o Impressionismo

• O Impressionismo encontrava inspiração no mundo real e, segundo alguns


artistas que surgiam, era incapaz de alcançar os objetivos transcendentes aos
quais a arte deveria dedicar-se.
• Originou-se assim, nas artes visuais, o Simbolismo, que pretendia fazer do objeto
artístico uma plataforma para ideias imateriais, emoções e espiritualidade.
• Esse conteúdo metafísico deveria ser passado para o espectador simbolicamente,
por meio de cores e formas desconectadas de seus significados físicos.
• Os temas das pinturas simbolistas frequentemente eram inspirados na religião,
na mitologia ou em rituais e atitudes misteriosas.
• Propunha-se o interesse pelo sensorial em detrimento do intelectual.

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CAPÍTULO 3
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Artistas simbolistas relevantes

• E sse momento histórico favoreceu a formação de artistas com obras híbridas, como o
pintor Henri de Toulouse-Lautrec (1864-1901), que conviveu com os impressionistas e foi
influenciado por eles, principalmente por Degas, e também criou as bases para o que depois
foi chamado de Art Nouveau. Pode ser chamado de pós-impressionista.
• Gustave Moreau (1826-1898) iniciou sua carreira como realista, mas adotou posteriormente
a estética simbolista. Foi um dos impulsionadores do Simbolismo na pintura.
• O pintor e artista gráfico austríaco Gustav Klimt (1862-1918) foi influenciado pelo
Impressionismo, pelo Simbolismo e pela arte decorativa – sobretudo pela Art Nouveau –,
construindo uma obra distante das classificações muito fechadas.
• O pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944) sofreu influência do Simbolismo e,
mais tarde, ao conciliar os princípios simbolistas a uma expressão trágica, filiou-se
ao Expressionismo.
• N a escultura destacou-se Auguste Rodin (1840-1917), que deu forma a O pensador (1903).
• No Brasil, a nova estética está presente em parte das pinturas de Eliseu Visconti (1866-1944)
e Rodolfo Amoedo (1857-1941).

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A arquitetura Art Nouveau

• O estilo decorativo Art Nouveau floresceu nos Estados Unidos e na maior


parte da Europa Ocidental entre 1890 e a Primeira Guerra Mundial.
• C aracterísticas básicas: de um lado, certa preferência pela ornamentação
curvilínea, de caráter naturalista; de outro, apreço pelo refinamento
no emprego de materiais de todo tipo, inclusive o ferro, trabalhados
artesanalmente e aproveitados em todas as suas possibilidades plásticas,
como cor e textura.
•  A Art Nouveau britânica, cujo principal arquiteto foi Charles Rennie
Mackintosh (1868-1928), adotou a simplificação de volumes e a estilização
formal dos elementos, buscando a máxima expressividade de paredes e vãos.
• O trabalho do catalão Antoni Gaudí (1852-1926) apresenta semelhanças
com a vertente orgânica da Art Nouveau franco-belga, mas sua genialidade
vem da vontade pessoal de aproximar-se da “arquitetura natural”, obra de
Deus. Obras mais famosas: o Templo da Sagrada Família e os edifícios de
apartamentos, como a Casa Batlló (1904) ou a Casa Milà (1906-1912).
•  O estilo Art Nouveau teve grande destaque na arquitetura, mas não foi
exclusivamente arquitetônico. Houve também manifestações nas artes
aplicadas, como as artes gráficas, o mobiliário e a ilustração.

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1o ano – 2o bimestre

Principais correntes musicais na primeira metade do século XX

Neoclassicismo

•  Antirromantismo: música mais abstrata, desvinculada


de ideias filosóficas e complexidades excessivas.
• Uso intensivo da tonalidade ampliada.
• O compositor russo Igor Stravinski (1882-1971) foi o
principal representante dessa tendência.

Dodecafonismo

• Idealizado pelo músico austríaco Arnold Schönberg


(1874-1951).
• Cada obra dodecafônica partia de uma ordenação das
doze notas da escala cromática, chamada “série”, fixada
pelo compositor.
• M elodias e acordes formavam-se com as notas que essa
série oferecia, respeitando a ordem determinada pelo
compositor.

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Nacionalismo

• Combinava as características essenciais da música popular de cada


país com as novas técnicas de composição, para conseguir uma música
radicalmente moderna, afastada de toda estampa folclorista.
• Compositor mais representativo do novo nacionalismo: o húngaro Béla
Bartók (1881‑1945).

Música nacionalista no Brasil

• Geração precursora do nacionalismo constituída de compositores com


formação europeia, como Francisco Manuel da Silva (1795-1865), o
compositor do Hino Nacional, Leopoldo Miguez (1850-1902), Henrique
Oswald (1852-1931) e Alexandre Levy (1864-1892).
• M aior compositor nacionalista brasileiro: Heitor Villa-Lobos (1887-1959).
• Outros grandes nomes no movimento: Radamés Gnattali (1906-1988),
Camargo Guarnieri (1907-1993) e Alberto Nepomuceno (1864-1920),
considerado o iniciador do movimento nacionalista no Brasil.

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

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SÉCULO XX: INÍCIO


DAS VANGUARDAS
HISTÓRICAS

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

Contexto histórico das vanguardas no século XX


Movimentos Precursor ou
País de origem Características
de vanguarda idealizador
• Geometrização das formas.
• Decomposição da perspectiva e
fragmentação do olhar.
Pablo Picasso
• Visão simultânea de um objeto a
Cubismo (1881-1973) e
França e Espanha partir de diversos ângulos.
(1907) Georges Braque
• Influência no surgimento da
(1882-1963)
poesia concreta.
• Destruição da sintaxe tradicional
na literatura.
• Abolição do passado: rejeição aos
Filippo Tommaso cânones do passado.
Futurismo
Itália Marinetti • Exaltação da vida moderna.
(1909)
(1876-1944) • Arte dinâmica.
• Imagem veloz da modernidade.

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

Movimentos Precursor ou
País de origem Características
de vanguarda idealizador
• Manifestações do mundo interior.
Edvard Munch • Representação da angústia e do
Expressionismo Alemanha e
(1863-1944) sofrimento humanos.
(1910) Noruega
e outros • Expressão dos horrores da guerra.
• Imagens distorcidas do mundo.
• A mais radical das vanguardas.
• Desejo de chocar e escandalizar.
Dadaísmo Tristan Tzara • Espontaneidade artística.
(1916) Suíça (1896-1963) • Anarquia de valores e de
propostas estéticas.
• Deboche, agressividade e ilogismo.
• Valorização do sonho, do
inconsciente e da fantasia.
• Influências da psicanálise.
• Automatismo da escrita e da arte.
Surrealismo André Breton
França • Arte livre da razão, expressão direta
(1924) (1896-1966)
das zonas ocultas do ser.
• Representação do ilógico,
do devaneio, da loucura, por
associações inusitadas.

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

O Cubismo

• Começa com experiências de Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963)


entre 1906 e 1909: Cubismo experimental.
• E m 1906, Picasso tem contato com influências decisivas para sua trajetória artística e
para a história da arte: morte do pintor pós-impressionista Paul Cézanne, quando a obra
desse artista passa a ser ainda mais valorizada; relevos ibéricos de Osuna, de formas
simples e estilizadas e com grande força expressiva; e arte africana, cujas máscaras têm
uma corporeidade imponente e abstrata.
• Rompe com os princípios da tradição clássica e busca novas soluções para a representação
artística: decomposição, fragmentação e geometrização das formas.
• O objeto é fragmentado em planos pictóricos (Cubismo analítico) e, depois, adicionam-se
elementos reais e pintados que fazem alusão ao objeto principal (Cubismo sintético).
• Também se associaram ao Cubismo: Juan Gris (1887-1927); Fernand Léger (1881-1955),
grande influência para a pintora modernista brasileira Tarsila do Amaral; e Robert
Delaunay (1885-1941).

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

O Cubismo no Brasil

• No Brasil, a convivência entre escritores e pintores dessa escola resultou em pinturas que
traziam ideias filosóficas e poéticas.
• O movimento também ensejou em nosso país o surgimento da chamada poesia concreta.
•  V ários poetas brasileiros tomaram emprestadas as ideias do Cubismo: Augusto de
Campos (1931), Décio Pignatari (1927-2012), Haroldo de Campos (1929-2003) e
Ferreira Gullar (1930-2016).

Consequências do Cubismo

• A moda de “cubificar” a visão das coisas difundiu-se como algo associado à ideia de
parecer moderno e de vanguarda.
• O movimento demonstrou que a pintura pode fazer parte de uma reflexão intelectual.
• V ários outros movimentos aproveitaram características do Cubismo, entre eles o
Futurismo, o Expressionismo e o Dadaísmo.
• Um grupo de “puristas” quis reduzir o Cubismo a uma fórmula matemática, gerando
organizações geométricas e influenciando muito a arquitetura moderna.

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

Pablo Picasso

• Muito jovem, assimilou a herança


pós-impressionista e depois passou por um
período de simbolismo impressionista dividido Picasso e os anos 1930
em duas fases: “fase azul” (1901-1904) e
“fase rosa” (1905-1907). • E m 1933, o pintor desenha a capa
• B oa parte de sua obra realizada a partir de 1925 da revista surrealista Minotaure.
deve ser entendida no contexto da poética Adotada como símbolo da força do
surrealista. subconsciente, a figura do Minotauro
•  E m As três dançarinas (1925), apesar dos seria reproduzida em outras obras.
elementos do Cubismo sintético, as figuras são • Em Mulher chorando (1937), usa
distorcidas, sugerindo uma violência irracional. recursos expressionistas, cubistas
Pela primeira vez, aparecem na tela do artista e surrealistas em alusão a uma
imagens características do Surrealismo. dor intensa.
•  Forte semelhança entre os conflitos • Ainda em 1937, concebe sua
emocionais de Picasso e a fascinação obra-prima, Guernica, com base em
surrealista pelo “amor louco”. suas impressões sobre a Guerra Civil
• O artista também investigou novas espanhola (1936-1939). Pintada em
possibilidades escultóricas, propondo o cinco semanas, a obra se consolidou
desaparecimento da massa e da solidez, como como símbolo da arte moderna e da
em Monumento a Apollinaire (1928). luta antifascista.

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

O Neoclassicismo musical do século XX

• I niciado na época da Primeira Guerra Mundial, o Neoclassicismo foi uma das correntes
dominantes da música europeia no início do século XX.
•  E m reação ao Romantismo, voltou-se aos padrões estéticos do final do século XVIII e do
Classicismo, mas manteve as conquistas harmônicas, rítmicas e melódicas da modernidade.
• O objetivo era criar uma música mais abstrata, que não significasse nada além de si mesma.

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

Músicos neoclássicos notáveis

Igor Stravinsky (1882-1971) Sergei Prokofiev (1891-1953)


•  A ssimilou diversas tendências musicais para criar uma • Em suas composições, usou uma
obra própria em uma linha de progresso e com grande linguagem inovadora, mas sem
projeção futura. abandonar a tonalidade, e foi um
• Sua música é totalmente objetiva, opondo-se ao hábil instrumentista.
subjetivismo romântico, e suas sonoridades contrastam • Nos Estados Unidos e em Paris,
com as refinadas harmonias impressionistas. sua música se caracterizou por
• S eu primeiro êxito foi obtido com o balé O pássaro de fortes dissonâncias e ritmos
fogo (1909-1910). Compôs também obras dramáticas, violentos. Exemplo: O amor das
como a ópera Édipo Rei (1927). três laranjas (1921).
• Em seu regresso à União Soviética,
Erik Satie (1866-1925) em 1934, suas obras adotaram
• A pós uma primeira etapa impressionista, reagiu uma linguagem menos severa.
também contra a influência de Debussy, compondo Exemplo: Romeu e Julieta (1938).
músicas carregadas de humor ácido e antirromânticas.
• Por volta de 1920, propiciou a formação do Grupo Dimitri Shostakovich (1906-1975)
dos Seis, de tendência anti-impressionista, que Compôs um grande número de
adotou o lema da “arte despojada”. O grupo de jovens sinfonias, destacando-se a Sétima,
compositores teve como figuras principais Darius inspirada na invasão alemã e
Milhaud, Arthur Honegger e Francis Poulenc. conhecida como Leningrado (1941).

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

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SÉCULO XX: INÍCIO


DAS VANGUARDAS
HISTÓRICAS

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

Contexto histórico das vanguardas no século XX


Movimentos Precursor ou
País de origem Características
de vanguarda idealizador
• Geometrização das formas.
• Decomposição da perspectiva e
fragmentação do olhar.
Pablo Picasso
• Visão simultânea de um objeto a
Cubismo (1881-1973) e
França e Espanha partir de diversos ângulos.
(1907) Georges Braque
• Influência no surgimento da
(1882-1963)
poesia concreta.
• Destruição da sintaxe tradicional
na literatura.
• Abolição do passado: rejeição aos
Filippo Tommaso cânones do passado.
Futurismo
Itália Marinetti • Exaltação da vida moderna.
(1909)
(1876-1944) • Arte dinâmica.
• Imagem veloz da modernidade.

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

Movimentos Precursor ou
País de origem Características
de vanguarda idealizador
• Manifestações do mundo interior.
Edvard Munch • Representação da angústia e do
Expressionismo Alemanha e
(1863-1944) sofrimento humanos.
(1910) Noruega
e outros • Expressão dos horrores da guerra.
• Imagens distorcidas do mundo.
• A mais radical das vanguardas.
• Desejo de chocar e escandalizar.
Dadaísmo Tristan Tzara • Espontaneidade artística.
(1916) Suíça (1896-1963) • Anarquia de valores e de
propostas estéticas.
• Deboche, agressividade e ilogismo.
• Valorização do sonho, do
inconsciente e da fantasia.
• Influências da psicanálise.
• Automatismo da escrita e da arte.
Surrealismo André Breton
França • Arte livre da razão, expressão direta
(1924) (1896-1966)
das zonas ocultas do ser.
• Representação do ilógico,
do devaneio, da loucura, por
associações inusitadas.

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

O Cubismo

• Começa com experiências de Pablo Picasso (1881-1973) e Georges Braque (1882-1963)


entre 1906 e 1909: Cubismo experimental.
• E m 1906, Picasso tem contato com influências decisivas para sua trajetória artística e
para a história da arte: morte do pintor pós-impressionista Paul Cézanne, quando a obra
desse artista passa a ser ainda mais valorizada; relevos ibéricos de Osuna, de formas
simples e estilizadas e com grande força expressiva; e arte africana, cujas máscaras têm
uma corporeidade imponente e abstrata.
• Rompe com os princípios da tradição clássica e busca novas soluções para a representação
artística: decomposição, fragmentação e geometrização das formas.
• O objeto é fragmentado em planos pictóricos (Cubismo analítico) e, depois, adicionam-se
elementos reais e pintados que fazem alusão ao objeto principal (Cubismo sintético).
• Também se associaram ao Cubismo: Juan Gris (1887-1927); Fernand Léger (1881-1955),
grande influência para a pintora modernista brasileira Tarsila do Amaral; e Robert
Delaunay (1885-1941).

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

O Cubismo no Brasil

• No Brasil, a convivência entre escritores e pintores dessa escola resultou em pinturas que
traziam ideias filosóficas e poéticas.
• O movimento também ensejou em nosso país o surgimento da chamada poesia concreta.
•  V ários poetas brasileiros tomaram emprestadas as ideias do Cubismo: Augusto de
Campos (1931), Décio Pignatari (1927-2012), Haroldo de Campos (1929-2003) e
Ferreira Gullar (1930-2016).

Consequências do Cubismo

• A moda de “cubificar” a visão das coisas difundiu-se como algo associado à ideia de
parecer moderno e de vanguarda.
• O movimento demonstrou que a pintura pode fazer parte de uma reflexão intelectual.
• V ários outros movimentos aproveitaram características do Cubismo, entre eles o
Futurismo, o Expressionismo e o Dadaísmo.
• Um grupo de “puristas” quis reduzir o Cubismo a uma fórmula matemática, gerando
organizações geométricas e influenciando muito a arquitetura moderna.

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

Pablo Picasso

• Muito jovem, assimilou a herança


pós-impressionista e depois passou por um
período de simbolismo impressionista dividido Picasso e os anos 1930
em duas fases: “fase azul” (1901-1904) e
“fase rosa” (1905-1907). • E m 1933, o pintor desenha a capa
• B oa parte de sua obra realizada a partir de 1925 da revista surrealista Minotaure.
deve ser entendida no contexto da poética Adotada como símbolo da força do
surrealista. subconsciente, a figura do Minotauro
•  E m As três dançarinas (1925), apesar dos seria reproduzida em outras obras.
elementos do Cubismo sintético, as figuras são • Em Mulher chorando (1937), usa
distorcidas, sugerindo uma violência irracional. recursos expressionistas, cubistas
Pela primeira vez, aparecem na tela do artista e surrealistas em alusão a uma
imagens características do Surrealismo. dor intensa.
•  Forte semelhança entre os conflitos • Ainda em 1937, concebe sua
emocionais de Picasso e a fascinação obra-prima, Guernica, com base em
surrealista pelo “amor louco”. suas impressões sobre a Guerra Civil
• O artista também investigou novas espanhola (1936-1939). Pintada em
possibilidades escultóricas, propondo o cinco semanas, a obra se consolidou
desaparecimento da massa e da solidez, como como símbolo da arte moderna e da
em Monumento a Apollinaire (1928). luta antifascista.

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

O Neoclassicismo musical do século XX

• I niciado na época da Primeira Guerra Mundial, o Neoclassicismo foi uma das correntes
dominantes da música europeia no início do século XX.
•  E m reação ao Romantismo, voltou-se aos padrões estéticos do final do século XVIII e do
Classicismo, mas manteve as conquistas harmônicas, rítmicas e melódicas da modernidade.
• O objetivo era criar uma música mais abstrata, que não significasse nada além de si mesma.

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ARTE CAPÍTULO 4 Século XX: início das vanguardas históricas
1o ano – 2o bimestre

Músicos neoclássicos notáveis

Igor Stravinsky (1882-1971) Sergei Prokofiev (1891-1953)


•  A ssimilou diversas tendências musicais para criar uma • Em suas composições, usou uma
obra própria em uma linha de progresso e com grande linguagem inovadora, mas sem
projeção futura. abandonar a tonalidade, e foi um
• Sua música é totalmente objetiva, opondo-se ao hábil instrumentista.
subjetivismo romântico, e suas sonoridades contrastam • Nos Estados Unidos e em Paris,
com as refinadas harmonias impressionistas. sua música se caracterizou por
• S eu primeiro êxito foi obtido com o balé O pássaro de fortes dissonâncias e ritmos
fogo (1909-1910). Compôs também obras dramáticas, violentos. Exemplo: O amor das
como a ópera Édipo Rei (1927). três laranjas (1921).
• Em seu regresso à União Soviética,
Erik Satie (1866-1925) em 1934, suas obras adotaram
• A pós uma primeira etapa impressionista, reagiu uma linguagem menos severa.
também contra a influência de Debussy, compondo Exemplo: Romeu e Julieta (1938).
músicas carregadas de humor ácido e antirromânticas.
• Por volta de 1920, propiciou a formação do Grupo Dimitri Shostakovich (1906-1975)
dos Seis, de tendência anti-impressionista, que Compôs um grande número de
adotou o lema da “arte despojada”. O grupo de jovens sinfonias, destacando-se a Sétima,
compositores teve como figuras principais Darius inspirada na invasão alemã e
Milhaud, Arthur Honegger e Francis Poulenc. conhecida como Leningrado (1941).

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