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YOGA ASANAS e PRANAYAMA (revisão feita por Maharishi Mahesh Yogi em 1977)
Apostila refeita por Eliceu Máximo Filho (EMF) em 2009
Supõe-se que existam ao todo centenas de milhares de Asanas (posturas de Yoga), dentre as quais 8400 são mantidas
pela Tradição da Yoga. “Asanas traduz-se como assento: são posturas de alongamento, que atuam na base para
nosso desenvolvimento (o corpo)”(EMF).
São transmitidas, no entanto, 84 posturas clássicas descritas por essa Tradição. Destas, foram selecionadas 12 com o
fim exclusivo de regeneração do corpo físico e abertura do potencial mental. Estas 12 fazem parte da Primeira Série de
Asanas. Para praticantes habituais há uma Segunda Série e depois uma Terceira Série.
Para se ter saúde é preciso que se faça alguma coisa com o corpo de maneira que ele se torne mais flexível e normal.
“Criar flexibilidade no corpo desenvolve a flexibilidade da mente” (EMF).
A vantagem das Yoga Asanas sobre outros sistemas é que não consomem energia. Ajudam o corpo a restaurar a
energia e a força e promovem a saúde, mantendo as condições normais do corpo (Saúde).
A sua prática diária durante 10 minutos, seguidos de 5 minutos de Pranayama (e para os iniciados, de Parah Kriya) e de
20 minutos de Parah Dhyana [Meditação Transcendental], é recomendada àqueles que procuram o desenvolvimento
harmonioso do corpo e da mente. Esta prática diária promove saúde e produz uma sensação maravilhosa de se estar
aumentando a força mental e física. “Começamos a sentir um bem-estar físico no dia a dia, uma sensação física
semelhante como a do espreguiçar de um gato” (EMF).
A prática das Asanas ajudará a tornar o sistema todo muito natural, e à medida que as mudanças forem ocorrendo, nos
sentiremos cada vez melhor fisicamente. As anormalidades do corpo e da mente irão se ajustando e dentro de poucas
semanas nos sentiremos sensivelmente mais relaxados e mais saudáveis. Nossa energia e estabilidade mental
aumentarão.
“Estas posturas, como que dissolvendo os nós de estresse, facilitam o processo de eliminação das tensões, que
ocorrerá em níveis mais profundos e sutis com a prática da Parah Kriya (respiração) e Parah Dhyana (meditação)”
(EMF).
Após beber qualquer líquido esperamos 15 minutos antes de começar as Asanas. Caso tomemos nosso café da manhâ,
esperamos 1 hora. Para uma refeição completa esperamos 2 horas.
Nos vestimos com roupas confortáveis e amplas que permitam o livre movimento dos membros. Movimentos estes
que devem ser lentos, nunca bruscos.
Sempre que sentirmos uma limitação da amplitude dos alongamentos, dobramos até onde der e quando começamos
a sentir tensão, permanecemos nesta posição durante o tempo prescrito e consideramos a asana terminada.
A maneira ideal de praticar as Yoga Asanas é estender um cobertor ou colchonete de espuma no chão, garantindo
assim bom conforto. Praticamos de preferência em local arejado, voltados para o Leste de manhã e ao Oeste pela
tarde. Em silêncio.
“Para aqueles que já possuem instrução em Parah Kriya, lembrem-se da Respiração ensinada durante a prática das
Asanas e da Atenção às partes do corpo requisitadas” (EMF).
Em poucos dias com a prática regular do programa (Asanas, Parah Kriya, Parah Dhyana e repouso), você será capaz de
se curvar o suficiente para que a asana seja praticada como se deve.
Esta primeira série de posturas deverá ser praticada durante um período de 6 meses antes de se receber a Segunda
Série de Asanas, e mais outros 6 meses para se receber a Terceira Série de Asanas. O corpo irá se tornando
naturalmente mais flexível para o recebimento das outras séries.
YOGA ASANAS (posturas selecionadas)
Sentamo-nos confortavelmente com as pernas cruzadas (em posição de lótus ou semi-lótus). Fechamos os olhos por
cerca de meio minuto, em Silêncio. Levamos nossa atenção para nossos corpos e meio-ambiente. “Oferecemos nossa
prática ao nível mais profundo de nossa Existência - ao Ser e ao Universo” (EMF). Abrimos os olhos e começamos a
seqüência aqui indicada, uma após outra.
1. VITALIZAÇÃO DO CORPO:
I. Sentamo-nos confortavelmente. Após friccionar as mãos palma contra palma, pressionamos o alto da
cabeça com as palmas e os dedos de ambas as mãos, e gradativamente começamos a pressionar e
descomprimir, movendo a pressão e descompressão das mãos pelo rosto, pescoço, até o tórax e coração.
II. Repetindo o friccionar das mãos, pressionamos o alto da cabeça com as palmas e os dedos das mãos, como
feito anteriormente, só que descendo pela nuca e ombros, até o coração.
III. Seguramos as pontas dos dedos e da mão direita entre a palma e os dedos da mão esquerda, de maneira
que a palma da mão esquerda esteja voltada para baixo. Gradativamente, bombeamos ao longo do braço,
alcançando o ombro, tórax e o coração.
IV. Como anteriormente, seguramos as pontas e os dedos da mão direita entre a palma e os dedos da mão
esquerda, de maneira que agora a palma da mão esquerda esteja voltada para cima. Gradativamente
bombeamos ao longo do braço, alcançando o ombro, tórax e o coração.
V. Repetimos os movimentos III e IV, segurando as pontas dos dedos da mão esquerda.
VI. Agora começamos com o pé direito. Com a mão direita seguramos as pontas dos dedos do pé direito,
enquanto a mão esquerda pressiona a sola do pé. Em seguida estimulamos a articulação do pé, e bombeamos
ambas as mãos ao longo do tornozelo, calcanhar, panturrilha, joelho, coxa, chegando até a região do umbigo.
VII. Repetimos o movimento anterior com o pé e perna esquerda até a região do umbigo.
VIII. Com as pontas dos dedos encontrando-se no umbigo e ambas as mãos sobre o abdômen, bombeamos
ambas as mãos em direção ao coração.
IX. Usando ambas as mãos, e começando no cóccix, subimos bombeando ambas as mãos através das costas,
até onde seja possível. Mantemos nossa mão esquerda nesta posição, e daí levamos nosso braço direito por
cima do ombro até encontrarmos com nossa mão direita a esquerda, e levamos ambas em direção ao
coração.
2. BALANÇO E BICICLETA:
Sempre mantemos movimentos vagarosos
(como explicado abaixo),
I. Deitamo-nos de costas (decúbito dorsal), e dobramos os joelhos em direção ao tórax, juntando-os com as
mãos cruzadas sobre os mesmos, e a cabeça um pouco elevada, sem encostar no chão.
II. Rolamos para o lado direito até que a cintura toque o chão – nossa cabeça acompanha o movimento de
torção em direção à direita. Impulsionamos o corpo para o lado esquerdo com auxílio dos cotovelos até que a
cintura esquerda toque o chão e a cabeça gire na mesma direção. Fazemos este movimento por 5 vezes de
cada lado.
III. Deitados de costas, dobramos as pernas, pondo as mãos sobre as coxas, próximo dos joelhos.
Movimentamos as pernas com movimentos de bicicleta, de tal forma que enquanto uma perna esteja
esticada na horizontal, a outra esteja dobrada. Fazemos este movimento por 10 vezes cada perna, lentamente,
e com a cabeça apoiada no chão.
II. Dobramos a outra perna, até que o calcanhar pressione o períneo (região localizada entre o ânus e órgãos
sexuais).
III. Levantamos os braços e em seguida, vagarosamente, dobramos o corpo junto com os braços para a frente,
segurando o centro do pé direito com ambas as mãos, e se possível tocando o chão com os cotovelos e o
joelho com a testa. Permanecemos por uns 10 segundos na postura, e voltamos à posição original.
II. Esticamos nossos braços e dobramos o corpo em direção aos pés. Se possível colocamos o joelho sobre a
testa e os cotovelos no chão. Permanecemos por 10 segundos, e voltamos à posição original.
II. Levantamos devagar as pernas até meia posição vertical. Quando a cintura começar a se levantar, sustente
os quadris com as mãos e ajudamos a levantar a cintura até a posição onde os olhos vêem os dedos dos pés.
Permanecemos na postura por uns 15 segundos e seguimos direto à próxima.
II. Voltamos lentamente à postura invertida, permanecemos mais uns 10 segundos, e depois baixamos as
pernas, mantendo a cabeça no chão e relaxando deitados de costas por uns 10 segundos.
I. Deitamos de bruços (decúbito ventral), com as palmas das mãos voltadas para baixo, à altura dos ombros, e
colocamos nosso queixo no chão.
II. Levantamos as costas lentamente até onde podemos, mantendo a cabeça para cima, com os olhos voltados
para o alto, sem a ajuda dos braços (as mãos e as pernas permanecem no chão). Permanecemos uns 10
segundos.
III. Voltamos lentamente à posição original, colocando o rosto de lado. Repousamos, e repetimos 3 vezes.
9. SALABHASANA – Postura do Gafanhoto
IV. Permanecemos uns 10 segundos e voltamos à posição original. Repousamos e repetimos 3 vezes.
NOTA – Caso não seja possível levantar as duas pernas juntas, comece a praticar a postura
levantando primeiro uma perna e depois a outra.
II. Dobramos a perna esquerda, colocando o pé no chão à altura e externamente ao joelho direito.
III. Viramos o tronco para o lado esquerdo, abraçando com o braço direito nossa perna esquerda.
IV. Levamos o braço esquerdo para trás da cintura direita, começando um movimento lento e giratório do
corpo, cabeça e olhos para o lado esquerdo, até onde pudermos. Permanecemos nesta posição por uns 10
segundos. Voltamos lentamente à posição original.
I. Ficamos de pé com as pernas juntas, e os pés no chão, estabelecendo contato com o solo com os dedos dos
pés.
II. Levantamos os braços até juntarmos as mãos na posição de fura-bolos (Kali mudra). Permanecemos
na postura por uns 10 a 15 segundos com a consciência atenta aos dedos dos pés segurando o chão ao
mesmo tempo em que o dedo indicador fura o céu. Mantemos a respiração adequada às asanas que
aprendemos junto com a Parah Kriya.
II. Levantamos os braços, dobrando lentamente o corpo para frente até alcançar os dedos dos pés com as
mãos, e a testa sobre os joelhos. Permanecemos na postura por uns 10 segundos.
I. Deitamos de costas (decúbito dorsal), coluna reta e braços entreabertos ao longo do corpo com as palmas
das mãos voltadas para cima e as pernas entreabertas. Levamos nossa atenção à totalidade do corpo, ao peso
do mesmo e ao contato com o solo. Percebemos o ritmo natural da respiração. Permanecemos assim durante
1 a 2 minutos.
“Prana é a energia vital presente no Universo e no Ar, é a vida dentro de nós mesmos. Yama é movimento.
Pranayama é o movimento do Prana, isto é, da vida dentro de nós”(EMF).
Exercício útil e rápido para o desenvolvimento físico, psíquico, mental e espiritual do homem.
PURAKA – inspiração
RECHAKA – expiração
Nas Asanas aprendemos a “estar” para cada vez mais chegarmos a “Ser”. Na respiração consciente descobrimos o
modo de “atuar”, modo este que a vida emprega em nós para chegarmos à expressão espontânea e total de nossa vida
através de nosso próprio atuar.
“A cada estado emocional e mental temos uma respiração correspondente. As técnicas de Pranayama e Kriya atuam
diretamente nesta conexão entre a mente e o corpo (“a respiração”) dissolvendo bloqueios internos para o pleno
fluir de nossa próprias vidas”(EMF).
Nas Asanas aprendemos a desfazer as contrações inconscientes que nos impedem de adotar uma postura interna e
externa correta. Nos Pranayamas aprendemos a nos expressar sem interferência de modo livre e natural.
As Asanas são o aspecto estático de nosso desenvolvimento, os Pranayamas são o aspecto dinâmico.
As Asanas preparam nosso corpo para a respiração correta, mecanicamente, e os Pranayamas fazem o mesmo, porém,
dinamicamente.
Tudo converge harmoniosamente para a mesma finalidade: integrar, desenvolver e liberar os vários níveis de nossa
personalidade.
“Nesta seqüência de atividades (Asanas, Parah Kriya, Parah Dhyana e repouso) começamos a atuar em um nível
mais grosseiro, o corpo, que é o “assento”, a base para nossa evolução. Passamos para um nível mais sutil, a
respiração, conexão entre a mente e o corpo. Chegamos daí à meditação, que nos possibilita, através do repouso
profundo em nossa fisiologia e da ordem observada em nossos cérebros, dissolvermos blocos de tensão e stress, e
estabelecermo-nos em nosso Centro – o nosso Ser – este é o caminho do místico, cuja jornada e busca de soluções
se encontra dentro – a Jornada Interior”(EMF).
VII. Inspire novamente pela mesma narina direita, Desvela e expressa espontaneamente níveis
soltando o ar pela narina esquerda. mais profundos de nossa personalidade.
Aumenta a concentração.
VIII. Repita este exercício durante uns 5 minutos.
Provê profundo relaxamento ao corpo e a
mente.
A respiração Ujjayi é utilizada segundo as instruções dadas em sigilo no curso Residencial junto com as Asanas
e com a Parah Kriya.
Os benefícios dela são imensos. Este tipo de Pranayama produz pressão positiva e negativa nos pulmões e na
cavidade abdominal. Causa, portanto, efeitos benéficos nos órgãos internos.
“O Pranayama Ujjayi utilizado junto com as Asanas tem um efeito fortemente purificador. Tão importante
quanto a respiração é nossa Atenção (Consciência focalizada). Esta respiração atua diretamente no chakra
laríngeo, que está associado a Akasha, o Éter, o espaço, onde ficam acumulados os sanskaras (partículas
kármicas). Quando o praticamos, em acordo com as instruções recebidas, é como se fosse um grande
aspirador purificando os diferentes aspectos de nosso eu (corpo, 5 sentidos, mente, intelecto e
coração)”(EMF).
I. Quando inspiramos e expiramos, o ar deve tocar a garganta produzindo um som, um leve roçar do gogó.
“Todas as fases das Asanas e dos Pranayamas, bem como a Meditação devem ser executados com suavidade e
comodidade, evitando-se que a qualquer momento surja sensação de sufocação ou cansaço – SEM
VIOLÊNCIA”(EMF).
JAI GURU DEV