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1.3. Conexão (CPC 54 e 55). Para haver conexão, são necessárias duas ou mais ações. Entre
essas deverá haver identidade da causa de pedir (fatos e fundamentos jurídicos) ou de pedido. Não
há necessidade de haver identidade de partes, para que opere-se a conexão.
1.3.1. Procedimento. Cabe às partes arguirem a conexão de causas. Isto pode dar-se
tanto pelo autor, quanto pelo réu. Quando o autor ajuíza uma ação ciente de que é conexa a outra,
que já está em trâmite, cumpre-lhe informar tal situação na petição inicial e requerer que a inicial
seja distribuída por dependência (p. ex., embargos de terceiro, CPC 676, e embargos à execução,
CPC 914, § 1º); quando cabe ao réu alegar a conexão de causas, deve fazê-lo em preliminar de
contestação (CPC 337, VIII). A decisão sobre a conexão não é passível de ser atacada por agravo de
instrumento, razão pela qual caberá às partes, querendo, dela recorrerem em sede de preliminar de
apelação (CPC 1.009, § 1º).
1.3.2. Os processos conexos serão julgados pelo Juízo prevento (CPC 58), sendo
considerado prevento o Juízo onde primeiro foi registrada ou distribuída a petição inicial (CPC 59).
1.3.3. A conexão pode ser conhecida ex officio pelo Juízo, que, se assim o reconhecer,
determinará, alternativamente, (i) a remessa do processo ao Juízo prevento ou (ii) que o processo
que tramita em outro Juízo lhe seja remetido, quando é o Juízo prevento.
1.3.5. Limites impeditivos da reunião de processo por conexão: (i) critério temporal
(CPC 55, § 1º); (ii) diferença de procedimentos, p. ex., não se pode reunir, por conexão, um
processo de execução de título extrajudicial e uma ação de cobrança, ainda que exista identidade de
credor e devedor nos dois processos; há, entretanto, uma exceção, que é a hipótese de o autor abrir
mão do procedimento que lhe seja mais favorável e litigar em ambos processos pelo procedimento
comum; (iii) só há conexão quando se tratar de competência relativa (territorial e quanto ao valor da
causa), ou seja, não se reúnem processos quando há diferente competência absoluta (material ou
funcional), por exemplo, não se pode reunir ação de divórcio que tem por fundamento violência
doméstica e ação de indenização que tenha o mesmo fundamento, vez que esta deve tramitar no
Juízo Cível, quanto aquela no Juízo de Família.
1.4. Continência (CPC 56). Há continência quando houver identidade de partes e de causa de
pedir e, ainda, o pedido de um dos processos é mais abrangente que o do outro.
1.4.1. Procedimentalmente, a continência opera-se tal qual a conexão. A única
diferença, é que, depois de reunidos os processos, aquele que for menos abrangente deve ser extinto
sem análise do mérito, cabendo julgar apenas o processo mais abrangente.
1.5.1. Hipóteses em que ocorre o conflito de competência: (i) quando dois ou mais
Juízos declaram-se competentes para processar e julgar a causa; (ii) quando dois mais Juízos
declaram-se incompetentes; (iii) quando há controvérsia entre dois ou mais Juízos sobre a reunião
de processos.
1.5.2. Deve o juiz, ex officio, suscitar o conflito de competência quando entender que (i)
não deve julgar o processo que lhe foi remetido, (ii) solicita a remessa de um processo para julgar e
esta solicitação não é acolhida, (iii) entende haver conexão de processos e o Juízo no qual tramita o
processo conexo recusa-se a remetê-lo ao Juízo prevento ou, (iv) ainda, não recebe o processo que
lhe foi remetido.
c) decorrido o prazo fixado pelo relator, com ou sem a(s) manifestação(ões) do(s)
juiz(es) o relator abrirá vistas ao MP para manifestar-se em cinco dias.
2.1. Partes. As partes precisam ser qualificadas (CPC 319, II) e, a partir desta qualificação é
possível, ainda que pode exclusão, determinar de modo ao menos aproximado, de que tipo de
processo não se está a tratar.
2.2. Fatos. Tratam-se de elemento anterior ao processo, e valorados juridicamente pelo direito
material, e que são trazidos ao processo pois é dos fatos que deriva e surge a pretensão do autor.
2.3. Fundamentos jurídicos. Elementos de direito material que a parte autora (envolvida nos
fatos) sustenta que incidem sobre tais fatos, bem como dos quais se pretende extrair consequências
práticas.
2.4. Pedido. Providência que a parte autora pretende receber do Poder Judiciário. É o pedido
que define a natureza jurídica do processo.