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E. E. E.F. M.

CORA CORALINA
AVALIAÇÃO BIMESTRAL DE MATEMÁTICA
ALUNO:
TURMA: 8 TURNO: DATA:____/____/2023
PROFESSORA: CAMILA MORAES NOTA:
VALOR: 10,0 PONTOS

LÍNGUA PORTUGUESA – 8.º ANO/EF


Segue abaixo a relação de Objetos de Conhecimentos e Habilidades que serão verificados na
Avaliação de Recuperação.

OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES


(EF08LP08) Identificar, em textos lidos ou de produção própria, verbos
na voz ativa e na voz passiva, interpretando os efeitos de sentido de
sujeito ativo e passivo (agente da passiva).
Morfossintaxe
(EF08LP13) Inferir efeitos de sentido decorrentes do uso de recursos de
coesão sequencial: conjunções e articuladores textuais.

(EF08LP16) Explicar os efeitos de sentido do uso, em textos, de


estratégias de modalização e argumentatividade (sinais de pontuação,
Modalização
adjetivos, substantivos, expressões de grau, verbos e perífrases verbais,
advérbios etc.).
(EF69LP05) Inferir e justificar, em textos multissemióticos – tirinhas,
charges, memes, gifs etc. —, o efeito de humor, ironia e/ou crítica pelo
Efeitos de sentido
uso ambíguo de palavras, expressões ou imagens ambíguas, de clichês, de
recursos iconográficos, de pontuação etc.
(EF69LP27) Analisar a forma composicional de textos pertencentes a
gêneros normativos/ jurídicos e a gêneros da esfera política, tais como
propostas, programas políticos (posicionamento quanto a diferentes ações
a serem propostas, objetivos, ações previstas etc.), propaganda política
Análise de textos (propostas e sua sustentação, posicionamento quanto a temas em
legais/normativos, propositivos e discussão) e textos reivindicatórios: cartas de reclamação, petição
reivindicativos (proposta, suas justificativas e ações a serem adotadas) e suas marcas
linguísticas, de forma a incrementar a compreensão de textos pertencentes
a esses gêneros e a possibilitar a produção de textos mais adequados e/ou
fundamentados quando isso for requerido.

Reconstrução da textualidade e (EF69LP48) Interpretar, em poemas, efeitos produzidos pelo uso de


compreensão dos efeitos de senti- dos recursos expressivos sonoros (estrofação, rimas, aliterações etc),
provocados pelos usos de recursos semânticos (figuras de linguagem, por exemplo), gráfico-
linguísticos e multisse- mióticos -espacial (distribuição da mancha gráfica no papel), imagens e sua relação
com o texto verbal.
01. Analise o emprego das conjunções “e” e “por isso” na tira e responda à questão. (1,0)

ARRUDA, Maria Tereza R. Campos. Projeto Athos: língua portuguesa, 8.º ano – São Paulo: FTD, 2014. p. 265.

No primeiro quadrinho, há um período composto por coordenação ou subordinação? JUSTIFIQUE


a resposta.
02. Leia o texto.

Morador de rua 'usa' máquina de cartão para pedir esmola no semáforo


"Ô Japonêeees, vem cá! Esse negócio que você inventou de passar cartão vai sair no jornal!", grita o
mecânico do outro lado da avenida Rudge, no Bom Retiro, região central. "Japonês" é Alessandro de Assis
Koga, 36 — completados nesta terça-feira (30) —, um cara bastante improvável. Nissei, ele diz ter vivido
oito anos no Japão trabalhando em fábricas como a Suzuki.
No canteiro central da avenida, mora numa barraca de lona mais limpa e arrumada que muita casa.
Sobrevive do que arrecada no semáforo — e para isso "usa" uma máquina de cartões de crédito e débito.
Improvável, mas não impossível. "Boa tarde, abençoado. Fortalece o meu lado? Não tem trocado? Sem
problema", apresenta a maquininha ao motorista de uma SUV preta. "Crédito é, no máximo em cinco
parcelas, ok?", completa ele — sem explicar inicialmente que, na verdade, a máquina não funciona.
Vez por outra, causa espanto nos motoristas que param na esquina da Rudge com a rua Norma
Pieruccini Giannotti, bem em frente à sede da LBV (Legião Brasileira da Boa Vontade) — um prédio amplo
com o rosto de Jesus Cristo pintado na fachada.
Para quem arregala o olho, ele se explica. Achou a máquina jogada na esquina durante uma madrugada
chuvosa. Até funcionava na hora, mas não é para isso que ele quer. "Quem vai me dar o cartão assim? O
negócio é que faz o cara prestar atenção em você, dar risada", afirma.
Para quem arranca com o carro, faz cara feia ou parece estar morrendo de medo, melhor não
explicar nada, só agradecer. "Se não der certo, é porque não ia dar de jeito nenhum mesmo", diz a
companheira de Alessandro, Regiane Souza Rodrigues, 43 — a responsável pelo asseio impecável da barraca.
Juntos há quatro anos, os dois não se largam. "Desculpe a bagunça e não ter nada para te oferecer, só
essas balinhas", diz à reportagem a mulher nascida em Belém. Quem trabalha por ali conhece bem o casal.
"São gente boa, não causam problema com ninguém e são extremamente limpos", diz o mecânico Everton
de Oliveira, 34, ainda se divertindo com a exposição do "Japonês". Alessandro aprendeu a "não causar
problema" quando foi para a rua. Há regras a serem seguidas. A avenida onde ele vive tem três faixas
de cada lado; a mais perto da calçada é
reservada às mulheres e aos mais velhos.
O casal está há cerca de um ano com a barraca no local. Antes do inverno, o "rapa" (fiscalização
municipal) costumava tirá-los. "Agora, com o frio, ninguém incomoda, não", afirma Regiane. Nenhum dos
dois têm qualquer tipo de documento — segundo eles, levados pelo "rapa"
— o que costuma causar ainda mais dificuldades. "A gente fazia uns cursos aí pelo Boracéa", afirma a
mulher. "Agora acabou tudo, não tem mais nada".
A prefeitura diz que o centro de acolhida atende atualmente 1.320 moradores em situação de rua e
que os cursos continuam normalmente...
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016. Acesso em: 01 set.2016. (Adaptado).

No texto I, predominam informações ou comentários sobre o assunto? JUSTIFIQUE sua resposta, incluindo, na
justificativa, um exemplo do texto. (1,0)

03. Leia o texto.

Prezado editor,
Li a matéria publicada na edição de 6 de julho, sobre os acidentes envolvendo motociclistas, e
De acordo com o texto, o leitor escreve para contestar o conteúdo de uma matéria jornalística publicada.
a) O que o leitor está contestando? JUSTIFIQUE. (1,0)

b) EXPLIQUE qual é a lógica utilizada pelo remetente da carta para sustentar seu argumento de
contestação. (1,0)

04. Leia o texto.

ALGUMAS FLORES
O quitandeiro Manuel transportava entre os seus legumes e verduras um ramo de flores. Escolhia a
mais bonita e dizia: “Esta é para a menina”. A menina olhava para a flor, tomava-lhe o perfume, não se sentia
digna de tanta maravilha e colocava-a num copo, diante do Santo ou levava-o para a professora. (Houve um
tempo em que as crianças, espontaneamente, sabiam amar e venerar.)
Minha amiguinha Josefina passava o dia a fazer raminhos de flores que as senhoras daquele tempo
usavam no peito ou na cintura.
[...]
Houve um tempo em que os namorados se comunicavam através das flores; não sei se diriam sempre
coisas belas; mas as palavras de que se utilizavam eram rosas, cravos e cravinas, dálias e violetas, um
dicionário imenso e colorido, que se dispunha de diferentes modos, como fazem os poetas. Lia-se flores
como, hoje, através do alfabeto. Talvez com essa linguagem poética as pessoas se entendessem melhor.
MEIRELES, Cecília, Crônicas para jovens. São Paulo: Global, 2012. p. 30. (Fragmento).

Qual é a importância das flores para a construção do sentido dessa crônica? (1,0)

05. Leia o anúncio a seguir.


UNIMED. Folheto; maio. 2017
a) No anúncio, destacam-se duas expressões: “Sorria” e “Faça as contas”. IDENTIFIQUE o modo verbal a
que pertencem as formas verbais presentes nas expressões e EXPLIQUE a importância desse modo para o
anúncio cumprir sua finalidade. (1,0)

b) EXPLIQUE como pode ser entendida a expressão “Sorria” no contexto do anúncio. (0,5)

06. Leia os textos.


TEXTO I

Sabiás Românticos
Se eu disser que o mês de agosto chega no bico dos sabiás – quem vai entender? Quem vai me
entender, se eu disser que entre as névoas da manhã, sabiás invisíveis — nas mangueiras? Nos ipês? —
anunciam o céu azul e o dia mesmo? Ninguém sabe mais o nome das aves. As aves desapareceram com as
muralhas de cimento armado, com os fios que cruzam os ares, com a fumaça e os ruídos da cidade hostil.
MEIRELES, Cecília. Crônicas para Jovens. São Paulo:Global, 2012. P. 21. (Fragmento)

TEXTO II

OLHE O PASSARINHO
Brasil é o segundo país do mundo com a maior diversidade de aves, que podem ser observadas em
serras, parques e chapadas de Norte a Sul. Conhecida internacionalmente como birdwatching, a observação
das aves vem ganhando cada vez mais adeptos e novos destinos no Brasil.Atualmente são 35 mil o número de
birdwatchers, de acordo com a Avistar Brasil, ONG que organiza o maior encontro de observação de aves da
América Latina.
Quem quer virar um birdwatcher pode começar pelas aves mais comuns, como bem-te-vi, sabiá-
laranjeira, beija-flor e periquitos.
Folha de São Paulo: 30 mar. 2017. Turismo, D1,4.

Os textos I e II apresentam, em sua temática, abordagem relacionada a pássaros. Que visão tem o locutor do
texto II sobre esse assunto? JUSTIFIQUE a sua resposta. (1,0)

07. Leia o poema.

Paraíso
Se esta rua fosse minha, eu
mandava ladrilhar,
não para automóvel matar gente, mas
para criança brincar.

Se esta mata fosse minha, eu


não deixava derrubar.
Se cortarem todas as árvores,
onde é que os pássaros vão morar?

AGUIAR, Vera (Coord.); CASTILHOS,Laura; JACOBY, Sissa. Poesia fora da estante. 23.
ed. Porto Alegre: Projeto, 2015.p. 115 ( Fragmento)

IDENTIFIQUE a conjunção que liga as orações em destaque e EXPLIQUE o sentido que essa
conjunção estabelece entre elas, considerando as intenções do eu lírico. (0,5)
8. Leia o texto.

Coragem
“A pior coisa do mundo é a pessoa não ter coragem na vida”. Pincei essa frase do relato de uma moça
chamada Florescelia, nascida no Ceará e que passou ( e vem passando) poucas e boas: a morte da mãe
quando tinha dois anos, uma madrasta cruel, uma vida sem porto fixo, sem emprego fixo, mas com sonhos
diversos que lhe servem de sustentação. Ela segue em frente porque tem o combustível que necessitamos
para trilhar o longo caminho desde o nascimento até a morte. Coragem.
Quando eu era pequena, achava que coragem era o sentimento que designava o ímpeto de fazer coisas
perigosas, e por perigoso eu entendia, por exemplo, andar de tobogã, aquela rampa alta e ondulada em que a
gente descia sentada sobre um saco de algodão ou coisa parecida.
Por volta dos nove anos, decidi descer o tobogã, mas na hora H, amarelei. Faltou coragem. Assim
como faltou também no dia em que meus pais resolveram ir até a Ilha dos Lobos, em Torres, num barco de
pescador. No momento de subir no barco, desisti. Foram meu pai, minha mãe, meu irmão, e eu retornei
sozinha, caminhando pela praia, até a casa da vó.
Muita coragem me faltou na infância: até para colar durante as provas eu ficava nervosa. Mentir para
pai e mãe, nem pensar. Ir de bicicleta até ruas muito distantes de casa, não me atrevia. Travada desse jeito,
desconfiava que meu futuro seria bem diferente do das minhas amigas.
Até que cresci e segui medrosa para andar de helicóptero, escalar vulcões, descer corredeiras d’água.
No entanto, aos poucos fui descobrindo que mais importante do que ter coragem para aventuras de fim de
semana, era ter coragem para aventuras mais definitivas, como a de mudar o rumo da minha vida se preciso
fosse.
Coragem, mesmo, é preciso para terminar um relacionamento, trocar de profissão, abandonar um país
que não atende nossos anseios, dizer não para propostas lucrativas porém vampirescas, optar por um caminho
diferente do da boiada, confiar mais na intuição do que em estatísticas, arriscar-se a decepções para conhecer
o outro lado da vida convencional. E, principalmente, coragem para enfrentar a própria solidão e descobrir o
quanto ela fortalece cada ser humano.
Não subi no barco quando criança – e não gosto de barcos até hoje. Vi minha família sair em expedição
pelo mar e voltei sozinha pela praia, uma criança ainda, caminhando em meio ao povo, acreditando que era
medrosa. Mas o que parecia medo era a coragem me dando as boas-vindas, me acompanhando naquele recuo
solitário, quando aprendi que toda escolha requer ousadia.
MEDEIROS, Marta. A graça das coisas. Porto Alegre – RS: L&PM, 2014. p.90-91 (adaptado).

Nota-se no texto uma exposição subjetiva sobre o conceito de coragem. Nessa exposição, como a coragem foi
definida? JUSTIFIQUE com elementos do texto. (1,0)

09. Leia o texto a seguir.

LAMENTO PELA CIDADE PERDIDA


Minha querida cidade, que te aconteceu, que já não te reconheço? Procuro-te em todas as tuas
extensões e não te encontro. Para ver-te, preciso alcançar os espelhos da memória. Da saudade. E então sinto
que deixaste de ser, que estás perdida.
Ah! cidade querida, edificada entre água e montanha, com tuas matas ainda repletas de pássaros; com
teus bairros cercados de jardins e pianos; com tuas casas sobrevoadas por pombos, eras o exemplo da beleza
simples e gentil. De janela a janela, cumprimentavam-se os vizinhos; os vendedores, pelas ruas, passavam a
cantar; as crianças eram felizes em seus quintais, entre as grandes árvores; tudo eram cortesias, pelas
calçadas, pelos bondes, ao entrar por uma porta, ao sentar a uma mesa.
Bons tempos, minha querida cidade, em que éramos pobres e amáveis! Sabíamos ser alegres, mas não
tanto que ofendêssemos os tristes; e em nossa tristeza havia suavidade, porque éramos pacientes e
compreensivos. Acreditávamos nos valores do espírito: e neles fundávamos a nossa grandeza e o nosso
respeito. Mesmo quando não tínhamos muito, sabíamos partilhar o que tivéssemos com amor e delicadeza.
Passávamos pelo povo mais hospitaleiro do mundo, mas esquecíamos a fama, para não nos envaidecermos
com ela.
Ah! cidade querida, tinhas festas realmente festivas, com sinos e foguetes, procissões e préstitos,
comidas e doces tradicionais. Continuávamos o passado, embora caminhando para o futuro. Tínhamos
carinho pela nossa bagagem de lembranças, pela experiência dos nossos mortos, que desejávamos honrar.
Prezávamos tanto os nossos avós como desejávamos que viessem a ser prezados os nossos filhos. Éramos
elos de uma corrente que não queríamos, de modo algum, obscurecer. Éramos modestos e cordiais, sensíveis
e discretos.
E eis que tudo isso, que era a tua virtude e o teu encanto, desapareceu de súbito, porque uma ambição
de grandeza e riqueza toldou a tua beleza tranquila. Como resistiriam os pássaros e as flores aos teus
agressivos muros de cimento armado? E os jovens, bruscamente desorientados? Ah! não se pensou nisso...
E assim, minha querida cidade, a juventude tem perdido a generosidade, a maturidade tem esquecido
sua prudência, e a velhice sua sabedoria: todos aqui têm ficado menores, e meio pobres, à medida que
aumentam a tua riqueza e a tua grandeza. E então eu me pergunto que grandeza, que riqueza são essas que
fazem diminuir e empobrecer os teus habitantes. Que fundamento funesto existe nessa riqueza e nessa
grandeza que, à sua sombra, os homens se tornam mesquinhos, perversos, ardilosos de pensamento e ferozes
de coração.
Ah! cidade querida, bem sei que tudo isto foi feito por aqueles que não te amaram: os que não te
entenderam nem protegeram. Mas, prisioneira agora de tantas emboscadas — poderemos ainda salvar-te?
Arrancar-te às falsidades em que te enredaram? Restituir-se o antigo rosto, simples e natural, onde beleza e
bondade se confundiam? Poderemos tornar a ver-te, cordial e afetuosa como foste, sem pecados e crimes em
cada esquina, — sem este peso de egoísmo e vaidade, de cobiça e de ódio que hoje toldam e enegrecem a tua
verdadeira imagem?
MEIRELES, Cecília. Crônicas para jovens. São Paulo: Global, 2012. p. 65-66.

Leia o seguinte comentário.

“A crônica foi um exercício cotidiano de expressão em torno das questões que ocuparam grande
parte da vida de Cecília Meireles.”
CUNHA, Antonieta. In: MEIRELES, Cecília. Crônicas para jovens. São Paulo: Global, 2012. (Fragmento).

a) Pode-se afirmar que o Texto Lamento pela cidade perdida, Cecília Meireles, exemplifica esse
comentário? JUSTIFIQUE sua resposta com elementos do texto.(0,5)

b) Releia este trecho.

“Minha querida cidade, que te aconteceu, que já não te reconheço?”.

Nesse trecho, nota-se que a autora Cecília Meireles coloca a cidade como sua interlocutora. Qual é a
intenção da cronista ao “conversar” com a cidade?(0,5)

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