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Planificação – Debate

Introdução;
3 argumentos;
3 contra-argumentos;
Bom dia, no debate de hoje nós decidimos defender a tese de que a infância tem
influências e repercussões na vida adulta. De facto, este tema interessa-me(nos)
muito, uma vez que a infância é um período bastante único e marcante da nossa
vida. Julgo que é um assunto que deve ser debatido na opinião pública,
especialmente em relação a questões de saúde pública e a outras influências
socioeconómicas da nossa atualidade.
By: Johnston M V ou Johnston, Michael V., et al. "Sculpting the developing brain." Advances
in pediatrics 48 (2001): 1-38.

Advances in pediatrics, (2001) Vol. 48, pp. 1-38


Em primeiro lugar, o cérebro de uma criança durante a sua primeira década de
desenvolvimento é muito neuro plástico, ou, por outras, palavras possui a capacidade
de se adaptar e desenvolver técnicas face à estimulação de ambientes externos.
Porém, o mesmo não se pode dizer sobre os adultos, que apesar de os cérebros serem
”flexíveis”, não tem o mesmo grau ou capacidade de se adaptar que uma criança ou
até adolescente. Por conseguinte, podemos considerar a infância como uma fase
crucial no desenvolvimento de circuitos no cérebro face uma vasta quantidade de
problemas a que é exposta. Deste modo, podemos afirmar que este período influencia
de uma forma extensa a personalidade de um adulto.
Por exemplo, num estudo realizado na Universidade de São Paulo pretendia-se estudar
a relação entre maus-tratos durante a infância e o desenvolvimento de transtornos de
personalidade. Mais da metade (53,6%) dos adultos da Grande São Paulo relatou
alguns traumas na infância, sendo as mais comuns a morte parental, o abuso físico e a
violência familiar. Em geral, estas experiências não ocorreram de maneira isolada,
especialmente as consideradas mais graves, como o abuso sexual. Também foi elevada
a prevalência de transtornos de personalidade: 6,8% dos adultos apresentaram algum
transtorno, sendo mais comum o Cluster C (4,6%), seguido pelos Clusters A (4,3%) e B
(2,7%). Conclui-se, portanto, que os expostos têm uma probabilidade aumentada de
patologia da personalidade, quadros com significativas repercussões funcionais, e
mesmo que não desenvolvam transtornos, terão maiores dificuldades em estabelecer
relações com íntimas com os seus mais chegados.
Para além disso, segundo um artigo publicado pelo instituto Hoffman do Brasil, por
causa do funcionamento do cérebro humano e das normas sociais, dificilmente o antes
fica para trás, e, em geral, a interferência da infância na vida adulta é muito intensa,
mesmo que nem sempre seja percetível. De acordo com este artigo, tomamos cerca de
35 000 decisões por dia, pelo que, na minha opinião, é difícil acreditar, com base nesta
informação, de que a infância não tenha um papel ativo na tomada das nossas
decisões.
Com isto tudo explicado sucintamente, podemos proceder à resposta da pergunta que
nos foi colocado, sendo a nossa resposta afirmativa.
Argumentos
"A personalidade é moldada pelas experiências e interações durante os primeiros anos
de vida. As características observadas na infância, como temperamento e padrões de
comportamento, muitas vezes persistem na vida adulta." - Citação de Robert McCrae,
psicólogo da personalidade.
Contra-argumentos
Terapia e Intervenções Psicológicas:
Resposta
Estabilidade da Personalidade ao Longo do Tempo:
Estudos indicam que certos traços de personalidade têm uma considerável
estabilidade ao longo do tempo. Características fundamentais da personalidade, como
extroversão ou introversão, tendem a permanecer relativamente consistentes ao
longo da vida, o que pode tornar difícil alterar padrões de comportamento enraizados
desde a infância.
Contra-argumentos

Neuroplasticidade

Resposta

Fatores Biológicos e Genéticos:


Aspectos biológicos e genéticos também desempenham um papel na formação da
personalidade. Algumas características de personalidade têm uma base genética e
podem ser mais difíceis de modificar por meio de intervenções comportamentais ou
terapêuticas.
Influência Duradoura de Experiências Precoces:
Experiências significativas na infância, especialmente aquelas relacionadas a traumas
ou falta de apoio emocional, podem deixar uma marca profunda na personalidade. O
impacto duradouro dessas experiências pode resultar em padrões de comportamento
arraigados e respostas emocionais persistentes que são difíceis de modificar.
Conclusão
Apesar de existirem vários meios para mudar o nosso comportamento no dia a dia,
esse são limitados, pelo que se pode afirmar que a infância determina, de um modo
geral, a pessoa em que nos tornamos.

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