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Laboratorial Química Farmacêutica II

TRABALHO 2- ANÁLISE E DOSEAMENTO DE ACICLOVIR EM COMPRIMIDOS

Fundamento Teórico:

MONOGRAFIA BP 2001
Aspeto- pó cristalino, branco ou quase branco;
Solubilidade- pouco solúvel no etanol a 96 %;
Antivírico- vírus do herpes humano;
Forma Farmacêutica: comprimidos doseados a 200 mg de
substância ativa

Objetivos:

1. Pesquisa de Substâncias Aparentados do Aciclovir


2. Identificar o aciclovir em comprimidos
3. Determinar o teor de aciclovir por comprimido (doseamento) com base na BP 2001

Metodologias:

o Ensaio de Identificação- ensaio semi-quantitativo, por cromatografia analítica em camada fina em


que a fase estacionário é o gel de sílica HF254 e a fase móvel é uma mistura de amónia, metanol e
diclorometano ( 0, 2; 2; 8).
o Revelação física, reversível, por luz UV a 254 nm (por contraste)
o Pulverização de cerca de ¼ do peso médio de 1 comprimido
o Extração sólido-líquido, em banho ultrassom, com hidróxido de sódio 0,1 M.
o Neutralização do meio e regeneração da forma ceto
o Espectrofotometria no UV a 255 nm,, usando ácido clorídrico como solvente de compensação,
apresentado o espetro num intervalo 230-350 nm.
o Cálculo do teor de aciclovir por comprimido, pela lei de Lambert-Beer e comparação com valores
previstos na BP 2001

Tatiana de Jesus Veiga Alves


3º ano 2023/2024
Química Farmacêutica II
Reações Químicas:

Parte 1: Análise

Ensaio das Substâncias Aparentadas

Solução 1: Pulverize o correspondente a 0,25 g de aciclovir, transfira para tubo rolhado e adicione 10 mL de
dimetilsulfóxido. Agite durante 15 minutos e filtre. (Solução de Aciclovir)

Solução 2: Dilua 0,7 volumes da solução 1 a 100 volumes com dimetilsulfóxido. (Solução Padrão)

Aplique 2 Ul de cada uma das soluções, numa placa de gel de sílica HF254 (0,25 mm). Proceda à eluição
com uma mistura de 2 volumes de uma solução de amónia 13,5 M, 20 volumes de metanol e 80 volumes
de diclorometano. Revele o cromatograma utilizando luz ultravioleta a 254 nm. As manchas secundárias,
com valores de Rf superiores ao valor de Rf da mancha principal do cromatograma obtido com a solução 1,
não devem ser mais intensos do que a mancha do cromatograma obtido com a solução 2 (0,7 %).

1. A solução de Aciclovir e a solução padrão já estão previamente preparadas.


2. Cromatografia:
2.1. Preparar a fase móvel: (200 ul de amónia com a micropipeta, 2ml de metanol
com a pipeta graduada e 8 ml de diclorometano com proveta) - Tudo é realizado
na HOTTE.
2.2. Após estar tudo medido colocar tudo na proveta e com a rolha misturar
todos os componentes de seguida transferir para a câmara da fase móvel.
2.3. Preparar a placa de gel de sílica: (aplicar 2 ul com a micropipeta da solução
padrão e problema, secar com o secador e colocar a eluir).
2.4. Retirar a placa e deixar secar.
3. Revelação: Revelar o cromatograma com luz UV a 245 nm, desenhando o que vemos na placa.
(Solução de Aciclovir tem de ser mais intensa que a padrão.

Parte 2: Doseamento
Pese 10 comprimidos e calcule o peso médio (p). Pulverize e tome o peso p1, correspondente a cerca de
0,25p. Transfira com a ajuda de 30 mL de solução de hidróxido de sódio 0,1 M para um balão de 50,0 mL.
Agite durante 15 minutos em banho de ultrassons,
complete o volume, homogeneíze e filtre. A 7,5 mL
do filtrado, adicione 25 mL de água e 2,9 mL de
solução de ácido clorídrico 2 M em balão de 50,0 mL e
complete o volume com água. Transfira 2,5 mL desta
solução para um balão de 25,0 mL, complete o
volume com solução de ácido clorídrico 0,1 M e
homogeneíze. Determine a absorvência desta solução
no máximo de absorção em 255 nm, utilizando solução de ácido clorídrico 0,1 M como solvente de
compensação. Calcule o teor de aciclovir por comprimido, usando o valor de 560 como valor da
absorvência específica.

1. Pesar 10 comprimidos e calcular o peso médio (p)- Já está calculado e diz na caixa, ou seja, este
passo não se realiza).
2. Pulverizar 1 comprimido em almofariz de porcelana e pesar ¼ do peso médio para o vidro de
relógio (p1).
3. Transferir, com o funil de sólidos, com a ajuda de 30 ml de hidróxido de sódio (não precisa de ser
certo é a olho, ou seja, deitamos até achar que se perfazeu 30 ml), para um balão de 50ml (Lavar
bem o vidro de relógio e o funil com pipeta de Pasteur. Deitamos uma
quantidade para o tudo de ensaio e procedemos à limpeza);
4. Colocar a agitar no banho ultrassons durante 15 minutos. (Colocar sem
rolha na garra descendo para água, não pode tocar na cesta de ferro)
5. Completar o volume e homogeneizar muito bem!
6. Filtrar para um tubo de ensaio
Filtro de pregas- Utilizar funil de colo longo. Aderir o filtro com a própria
solução virando diretamente. Inicialmente filtra-se com o tubo de ensaio,
quando esta solução já estiver límpida (altura de 1 dedo- de forma a ter
tempo de o filtro aderir bem), coloca-se a filtrar para outro. Filtra-se sempre
com a vareta quase que a fazer uma decantação que é para o filtro de
pregas ficar bem aderido. Fez-se dois filtros de pregas para ter certeza que
ocorreriam menos erros, para além disto trocamos 3x de tubo de ensaio
para a solução ficar ainda mais límpida.
7. Do segundo filtrado, medir 7,5 ml com um a pipeta graduada para um balão de 50 ml e adicionar
25 ml de água (um pouco menos que o balão a olho) e 2,9 ml de ácido clorídrico 2M (na HOTTE).
Completar o volume com água e homogeneizar.) (PORQUÊ não adicionamos logo toda a água
diretamente? Porque a reação da água em cima do ácido clorídrico é uma reação exotérmica, desta forma
temos de adicionar alguma água antes como camada para puder adicionar o ácido e só depois podemos
perfazer em segurança visto que a reação já ocorreu.
8. Transferir 2,5 ml desta solução para um balão de 25 ml e completar o volume com ácido clorídrico
de 0,1 M e homogeneizar.
9. Determinar a absorvência desta solução no máximo de absorção em 255 nm, utilizando o ácido
clorídrico 0,1 M como solvente de compensação – Lâmpada de Deutério logo cuvetes de quartzo
(transparentes);

No espectrofotómetro:

1. Lavar bem as 2 cuvetes com etanol (x2);


2. Secar as cuvetes;
3. Lavar as 2 com os solventes (ácido clorídrico) (x2);
4. Programa- AUTO ZERO (está feito quando aparecer START)
5. Lavar a cuvete com a nossa amostra (x2);
6. Ler 3x.
7. Retirar as cuvetes, lavar com etanol e desligar o
equipamento.

10. Apresentar o espetro, no intervalo de 230 a 350 nm, onde a solução deve apresentar um máximo
de absorção a 255 nm e um ombro largo a cerca de 274 nm.
Resultados e Cálculos:
P1 = 0,1292 g p (10 comprimidos) = 0,510 g
P1´= 0,1294 g A= 1,347 nm
P1 ´´ = 0.1291 g £ = 560 nm
P1 = 0,1292 g

Lei de Lambert- Beer-

C (g/100 ml) = A/ E
C (g/100ml) = 1, 3257 / 560
C (g/100 ml) = 0,002403 g/100 ml

0,002403g ------------------------------------------
100 ml
3º Diluição X ------------------------------------------ 25 ml (3 Diluição)
X = 6,0076 x 10 -4

6,0076 x 10 -4 ---------------------------------------- 2,5 ml (2 filtrado)


2º Diluição Y ----------------------------------- 50 ml
Y = 0,01201518

0,0120518 ---------------------------------- 7, 5 (1º filtrado)


1º Diluição Z--------------------------------- 50 ml
Z= 0,08010

0,08010----------------------------- 0,1292 (peso médio de 0,25 de 10 comprimidos)


A--------------------------------- 0,510 (peso médio 10 comprimidos)
A= 0.316189 g x 1000
A= 316 mg
Teor ( %) = m ( aciclovir por comprimido) x 100
M teoria
Teor (%) = 158 %

Conclusões:
Em relação ao ensaio semi-quantitativo de identificação, este trata-se de um ensaio limite,
uma vez que controla a quantidade de impurezas num determinado produto. Neste ensaio
procuramos a existência de produtos de degradação do aciclovir (soluções aparentadas).

O arrastamento na placa pode existir devido a 2 fatores:

o O composto não está de todo na forma livre;


o O composto existe em alta concentração;

Desta forma os compostos não conseguem avançar todos ao mesmo tempo. Já na solução
diluída a mancha é menos intensa, mas mais perfeita.

O aciclovir possui uma amina primária, que tem caráter básico e por isso poderia ionizar. Assim utilizando a
amónia de modo a evitar a ionização.

Na nossa placa obtivemos 2 manchas, contudo 1 delas (S2) estava menos nítida logo em baixas
concentrações, teríamos de comparar esta mancha com a obtida das soluções aparentadas no local ,
no entanto não conseguimos visualizar manchas das soluções aparentadas logo estas estão ainda menos
concentradas que a solução 2 o que permite concluir que poderíamos usar a solução diluída como um
método terapêutico visto se assemelhar muito às soluções aparentadas, sendo isto uma opção mais barata.

Em relação ao doseamento do aciclovir obtivemos um rendimento de 158.0 % pelo que podemos afirmar
que não se encontra de acordo com a farmacopeia britânica 2001 (cujo limite está descrito entre 95.0 % a
105.5 %).

Visto este valor ser muito alto a filtração pode não ter sido feita da maneira correta, tendo passado alguns
excipientes pelo filtro, no entanto foi um valor geral a inúmeras experiências o que indica que o erro se
encontra no procedimento de forma geral e não no uso humano individualizado.

TRABALHO 3- SÍNTESE E IDENTIFICAÇÃO DA SULFANILAMIDA


A- SÍNTESE DA P-ACETOAMIDOBENZENOSULFONAMIDA

Fundamento Teórico

Cristais Brancos
Ponto de Fusão- 164,5 – 166,5 ºC
pKa- 10,43
Solubilidade- 1g em 37 ml etanol em 5 ml de acetona
Praticamente insolúvel em clorofórmio, éter dietílico, éter de
petróleo
Ação Antibacteriana (bactérias gram +)

Objetivos:

1- Sintetizar a p-acetoamidobenzenosulfamida
2- Isolar a p-acetoamidobenzenosulfamida
3- Purificar a sulfonamida obtida por cristalização do etanol
4- Analisar o ponto de fusão pelo método do capilar
5- Determinar o rendimento

Metodologias

Síntese da sulfanilamida através da trasnofrmação de p-acetoamidobenzenosulfonilo em p-


acetoamidobenzenosulfamida, na presença de solução em amónia a 25 % e banho de vapor com refluxo.

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