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XXVII Encontro Nacional de Fı́sica da Matéria Condensada 1

Estudo de Vacância Induzida em Nanotubo


Jussane Rossato, Ronaldo Mota
Universidade Federal de Santa Maria - RS
Rogério José Baierle
Centro Universitário Franciscano, Santa Maria - RS
Adalberto Fazzio
Instituto de Fı́sica da USP

Usando cálculos de primeiros princı́pios com o DFT estudamos, passo a passo, o processo de formação de
vacância em nanotubo de carbono. Em particular exploramos a formação de vacância via a aplicação de forças
capazes de gerar o rompimento das ligações quı́micas entre um átomo e seus vizinhos mais próximos, gerando
o tubo com a vacância e um átomo separado.
Para simular a formação de vacância, passo a passo, adotamos para a análise um tubo semicondutor (13,0)
com diâmetro de 10.42 Å, o qual é deformado via à aplicação de uma força sobre um único átomo, que é
assumida como sendo induzida pela ponteira de um microscópio de força atômica. Duas possibilidades foram
consideradas: (i) o átomo é empurrado de fora para dentro e (ii) puxado de dentro para fora, em ambos os
casos perpendicular ao eixo do nanotubo. Esta força é aplicada ao átomo variando a posição do mesmo, passo
a passo, em relação à posição inicial de tal maneira que após cada passo o sistema é relaxado, com excessão do
átomo sobre o qual a força é aplicada. Para simularmos um tubo grande sobre uma superfı́cie plana, adotamos
uma supercélula, onde os átomos dos anéis da interface e aqueles da fileira oposta da aplicação da força são
mantidos fixos.
Para realizarmos os cálculos utilizamos o código computacional SIESTA, o qual resolve de forma auto-consistente
as equações de Kohn-Sham via a aproximação da densidade local para o termo de exchange-correlação.
Do ponto de vista das propriedades eletrônicas, determinamos como varia o gap do semicondutor, originalmente
da ordem de 0.65 eV, e as respectivas estruturas de bandas para o tubo com uma vacância simples, o qual
apresenta um nı́vel desocupado dentro do gap, como para o tubo com a vacância mais o átomo de carbono dentro
do tubo ou fora, os quais apresentam dois nı́veis desocupados no gap, associados ao defeito. Investigamos para
cada caso a ordem de rompimento das ligações encontradas nas etapas da formação da vacância, mostrando que
as ligações paralelas ao eixo do tubo são rompidas antes que as demais.
Observamos uma grande elasticidade do sistema, tal que o rompimento total das ligações ocorrem quando
deslocamos o átomo a uma distância de 4.68 Å e 4.16 Å para dentro e para fora do tubo, respectivamente.
Calculamos a energia de formação da vacância simples (6.26 eV) e usando o nosso procedimento, (6.48 eV) e
(6.51 eV) para dentro e para fora, respectivamente. A análise das densidades de cargas na região, antes e após
o rompimento, permitem elucidar a natureza e as intensidades das ligações envolvidas.

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