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KARIN LIDIANY DOS SANTOS - RA: 201451937

LÁYRA SCHIAVON - RA: 201452893

NEURÔNIOS ESPELHO

JAÚ
2021
Histórico
Descobertos por Rizzolatti e seus colaboradores, os neurônios espelho foram
descritos inicialmente em estudos com macacos, os neurônios espelho são células neurais
responsáveis por auxiliar no comportamento observado.
Percebeu-se que esses neurônios localizados lobo frontal disparavam quando o
macaco realizava ações específicas ou ao observar a mesma ação realizada por outro animal
ou estudioso; o lhe permitia dar significado a ação para que a mesma seja compreendida o
que pode ou não ser seguido de etapas conscientes o que permitiria uma compreensão mais
abrangente dos eventos através de mecanismos cognitivos mais sofisticados, visto que esses
neurônios podem ser ativados apenas pela relação direta com uma determinada ação.

Em humanos
Desde a descoberta dos neurônios espelho em macacos, estes foram associados ao
comportamento de imitação humano, por exemplo. Entretanto, estudos sugerem que existe
um sistema de neurônios espelho distribuído por diversas áreas do cérebro humano.
Especialistas demostraram através de exames de tomografia e ressonância
magnética a ativação dessas áreas, confirmando os resultados anteriores. Por exemplo, a
mesma área é ativada quando a pessoa cheira algo que lhe causa nojo da mesma forma em
que a mesma região é ativada quando a própria pessoa sente nojo sem necessariamente
cheirar algo.
Estes estudos mostram que as áreas correspondentes os neurônios espelho não
estão ligadas apenas a observação, mas tem servido de base para a apropriação simbólica de
atos motores e, provavelmente, estando ligados a outras tarefas como o reconhecimento da
lateralidade de partes do corpo por exemplo.
Desempenhando um papel crucial no comportamento humano, os neurônios
espelho são ativados ao observar alguém independente da memória, permitindo não apenas
as compreensões da ação, mas também se suas ações.

Habilidades sociais e empatia


Habilidades sociais são a forma como interagimos com uma ou mais pessoas
levando em consideração os conceitos que precisamos na hora de nos expressar. O que está
profundamente ligado aos neurônios espelho, visto que estes captam a intenção dessas
ações e fornecem bases biológicas ao comportamento social.
A emoção, representada principalmente pela expressão facial, cuja
configuração é comum a todos os seres humanos, pode ativar os neurônios-
espelho do córtex pré-motor. Esses neurônios levariam uma "cópia" do seu
padrão de ativação à área somatossensorial e à ínsula, ativando-as, analogamente
com o que ocorre quando o observador espontaneamente expressa uma emoção.
(Ferreira, Cecconello e Machado, 2017)
Assim, emoções também podem ser espelhadas, por exemplo ao observarmos
alguém chorar as lágrimas podem nos remeter a lembranças e a compreender
emocionalmente o sujeito, a isso damos o nome de empatia.
Durante o desenvolvimento das habilidades sociais a aplicabilidade do afeto ao
outro, pode vir a deliberar espelhamentos do processo cognitivo através da análise do
comportamento alheio, devido a grupos de neurônios espelhos identificarem e processarem
a intencionalidade de tais atos.
Do ponto de vista do desenvolvimento, crianças com melhores habilidades sociais
tendem ser mais afetivas, empáticas e a reconhecer falsas crenças.
A ativação de neurônios-espelho não é o único mecanismo biológico que o
cérebro tem para entender as intenções inerentes nas ações dos outros, entretanto
permitem um entendimento do comportamento do outro a partir da emulação do
comportamento. Os NE representam parte do processo de empatia, podendo ser
vistos como uma espécie de indicador biológico da competência social do
indivíduo (Iacoboni, 2009; Casile’ et al., 2011; Fogassi & Rizzolatti, 2013 apud
Ferreira, Cecconello e Machado, 2017)

Neurônios espelhos e autistas


O Transtorno de espectro autista demostra a falha do sistema de neurônios espelho
devido a seus portadores possuírem dificuldades em compreender e imitar sentimentos tais
como alegria, medo ou tristeza, o que acarreta prejuízos no campo social e de
aprendizagem.
O desajuste da codificação sensorial do autista prejudica o processo de criação de
sentido que é essencial para construção da relação entre o individuo e o mundo. A
significação ocorre a partir de cada experiência do indivíduo com o mundo.
E essas funções são atribuídas aos neurônios espelho e são exatamente as que se
encontram alteradas nos autistas.
Tem-se relacionado o transtorno de espectro autista ao neurônios espelho devido a
condição do contexto da dificuldade o interacional, social e linhaguar dos portadores de
autismos. Pessoas portadoras de autismo apresentam dificuldade de se realacionar e
colocar-se no lugar do outro o que lhe causa comportamento retraído fazendo com que ela
se feche em seu próprio mundo.
A realçado entre é o transtorno de espectro autista pois a pessoa com autismo tem
dificuldade em comunicar-se e interagir. Além, afetar o sistema nervoso pode afetar os
neurônios espelho que possui função na imitação dos gestos e mesmo o autismo não
possuindo cura, uma intervenção poderia significar uma melhorar na vida dos autistas.

Considerações finais
Os neurônios espelhos tratam-se de uma célula caral estudada primeiramente em
macaca os e que ao logo desses estudos percebeu-se que estás não eram ativas apenas
durante a repetição de uma tarefa mas sim, permitiam a compreensão mais abrangente dos
eventos e mecanismos mais sofisticados.
Dessa maneira, chegou-se à conclusão tratarem-se de partes afetas em portadores
do espectro autista visto que estes possuem dificuldade de imitação e é socialização,
aspectos integralmente ligados aos neurônios espelhos.
Referências bibliográficas

COSTA, IRANNY SOUSA MARINHO. A RELAÇÃO DOS NEURÔNIOS-ESPELHO


E O AUTISMO NA APRENDIZAGEM. Orientador: Profª. Me. Nara Wanda Zamora
Hernandez. 2017. 54 f. Trabalho de Conclusão de curso (Bacharel em Psicologia) - Centro
Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA)., Palmas - TO, 2017.

FERREIRA, V.R.T.; CECCONELLO, W.W.; MACHADO, M.R. Neurônios-


espelho como possível base neurológica das habilidades sociais. Psicol. rev. (Belo
Horizonte) vol.23 no.1 Belo Horizonte jan./abr. 2017

LAMEIRA, Allan Pablo. NEURÔNIOS ESPELHO. Psicologia USP Psicologia USP,


2006, 17(4), 123-133. , [s. l.], ano 206, v. 17, ed. 4, p. 123 - 133, 2006.

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