Você está na página 1de 14

 Hióide – parte responsável pela depressão da

SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
mandíbula. Recebe a inserção da musculatura
Conjunto de órgãos e tecidos independetes. abaixadora.
Anatomia Funcional: • Ossos (componentes esqueléticos e
ATMs) • Músculos • Ligamentos • Dentes e estruturas de
suporte

SISTEMA MASTIGATÓRIO

 Responsável pela mastigação, fala e deglutição,


sendo composto por ossos, articulações,
ligamentos, dentes e músculos que são regulados
e coordenados por um sistema de controle
neurológico.

 Constituintes ósseos sistema mastigatório: ossos


temporais, ossos maxilares, mandíbula e hioide.

COMPONENTES ESQUELÉTICOS

• Maxila e Mandíbula – suportam os dentes

• Ossos temporais – suporta a mandíbula em sua


articulação com o crânio.
 Parede lateral do
crânio; 1. Côndilo
 Origem do músculo 2. Disco articular (ajuda a deslizar) Vem
acompanhado do côndilo. Se não vier há
temporal.
deslocamento do côndilo – estalido.
 Abriga a fossa
mandibular, pela qual
MAXILA
a mandíbula se articula
com o crânio por meio das ATMs.
 Aloja estruturas anátomo-funcionais: órgãos da
audição e nervo facial.
 Maior interesse para a Oclusão.
 Relação otorrino com DTM: região inervada. Se
côndilo estiver pressionando a região próxima do
ouvido irá causar dor.
Fossa mandibular unida ao côndilo da
mandíbula por ligamento. Eminência
articular.
Fossa mandibular: Processo de remodelação
(amamentação)

 Maxila: parte fixa


 Extrusões dentárias podem interferir na função
 Processo estilóide: pode se apresentar alongado, normal do sistema mastigatório.
dificultando abertura da boca – dor e desconforto.
Interesse para DTM. MANDIBULA
Síndrome de Eagle: alongamento do
Rica inserção muscular: elevadores e depressores da
processo estiloide.
mandíbula.
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR  Parte anterior do disco funde-se à cápsula articular
e possui inervação do feixe sup. do mm.
Constituintes:
pterigóideo lateral.
• Superfícies articulares (fossa mandibular, osso temporal e
 Porção posterior do disco forma a zona bilaminar
côndilo)
ou coxim retrodical, ricamente inervado e
• Disco articular
vascularizado.
• Ligamentos extracapsulares
• Cápsula articular (irá abrigar o liquido sinovial para não
vazar)
• Membrana sinovial
• Líquido sinovial (lubrificação)

Articulação Temporomandibular:
 Movimentos da mandíbula em torno de um osso fixo: o
temporal.
 Rotação e translação são os dois movimentos básicos
da ATM.
 Disco articular interposto entre estruturas ósseas.
 Sinovial, bicondilar. (possui liquido e dois condilos)
 Proporciona movimentos de dobradiça – Ginglemoidal CÁPSULA ARTICULAR
(rotação)
 Movimentos de deslize/deslocamento – Artroidal  Circunda a superfície articular, formando um
(translação) compartimento fechado;
 Tecnicamente considerada articulação  Tecido fibroso, com flexibilidade para permitir os
ginglimoartroidal (movimento de rotação e translação). movimentos articulares;
 Abertura, fechamento, protrusão, lateralidade e  Produz o líquido sinovial: lubrificação da
retrusão mandibular. articulação e nutrição dos seus componentes.
 Função de amortecer e distribuir as pressões.

MEMBRANA SINOVIAL

 Reveste internamente a cápsula articular.


 Líquido sinovial: viscoso, composto por plasma
sanguíneo, proteínas e ácido hialurônico.
•Funções:
 Lubrificar superfícies intra-articulares.
 Atenuar atritos.
 Nutrir tecido de revestimento ósseo.
 Drenar detritos.

DISCO ARTICULAR

 Tecido fibrocartilaginoso, que não se regenera se


for danificado.
 Delgado nas regiões central e intermediária (1-2
mm), com bordas anterior e posterior mais
espessa (3-4mm).
 Diminui o atrito entre as superfícies ósseas
durante movimentos mandibulares.
 Divide a ATM em duas cavidades articulares:
superior e inferior.
MÚSCULOS DA FACE MÚSCULO TEMPORAL

 ELEVAÇÃO

• Origem: na área lateral do crânio.


• Inserção: no processo coronóide e borda anterior do
ramo da mandíbula.
• Três grupamentos distintos de
fibras:
1. Verticais – anteriores
2. Oblíquas – médias
3. Horizontais – posteriores.

 Função: posicionamento mandibular Fibras:


MÚSCULOS CERVICAIS
 Anteriores (verticais): ação de elevação
• Estabilização do crânio – permitem movimentos  Médias (inclinadas): ação de elevação
controlados da mandíbula.  Posteriores (horizontais): ação de
retrusão
• Esternocleidomastóideo, trapézio e demais músculos
cervicais posteriores. Tem papel mais pronunciado no
posicionamento mandibular do que na força
mastigatória.

MÚSCULO PTERIGOIDEO MEDIAL

 ELEVAÇÃO

• Localização: face interna do


ramo da mandíbula.
• Origem: na fossa
pterigóidea
MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
• Inserção: no ângulo
1. Masseter mandibular, na face interna.
2. Temporal • Ação: elevação da
3. Pterigóideo medial mandíbula, em sinergismo
4. Pterigóideo lateral com mm. masseter e temporal.

MASSETER

 ELEVAÇÃO

Músculo elevador mais potente, com grande força


mastigatória.

Feixe superficial:
• Origem: no arco zigomático
• Inserção: no ramo e ângulo da
mandíbula.
 Movimento para cima e para
frente.

Feixe profundo:
• Origem: na porção temporal do arco zigomático.
• Inserção: na face lateral do ramo mandibular.
 Movimento para cima e ligeiramente para trás.
MÚSCULO PTERIGOIDEO LATERAL  Receptores neurais: ATMs, língua e lábio (instinto
do bebê ao amamentar para sobrevivência –
 PROTRUSÃO E LATERALIDADE SUCÇÃO)
 Fortalecimento da musculatura e ATMs (coloca
força no movimento no começo com isso
fortalece)

1. Feixe Superior:
• Origem: na superfície
infratemporal da asa maior do esfenóide.
• Inserção: na margem anterior do disco da ATM.  Pacientes desdentados totais: PROGNATISMO
(Quando paciente perde os dentes o ângulo da
2. Feixe inferior: mandíbula volta a abrir).
• Origem: na face lateral da lâmina lateral do processo  Busca por equilíbrio em áreas sensoriais,
pterigóide. estabelecidas em fases pré e pós natais: posição
• Inserção: fóvea pterigoidea natural em resposta ao desequilíbrio da perda dos
dentes.
 Função:
• Contração de ambos simultaneamente: protrusão da DESENVOLVIMENTO DOS DENTES
mandíbula.
“A cronologia de erupção na dentição decídua e mista nos
• Apenas um contrai: a mandíbula é levada para o lado
explica porque a natureza geneticamente e funcionalmente
oposto ao que contraiu, fazendo movimento de
determina prioridades quanto ao aparecimento de certos
lateralidade.
grupos de dentes antes dos outros”.
Ex: Pterigoideo lateral direito contrai, o esquerdo relaxa, e
há deslocamento da mandíbula para lado esquerdo.  Incisivos: primeiro obstáculo ao movimento
retilíneo da mandíbula. (precisa ir pra baixo e pra
frente para conseguir amamentar)
FISIOLOGIA DA OCLUSÃO

 MIH: máxima intercuspidação habitual (quando GUIA INCISIVO


paciente está ocluindo)
 PROTRUSÃO – PRECISA DESOCLUIR TODOS OS
Posição em que ocorre o maior número
DENTES POSTERIORES.
possível de contatos entre os dentes
 MÚSCULO PTERIGÓIDE LATERAL
superiores e inferiores.
 Proteger ATMs e músculos durante os movimentos
protrusivos;
 Fatores externo e internos podem gerar um
 Padrão funcional para os músculos pterigóideos
desequilíbrio do sistema e causar dor.
laterais durante os movimentos protrusivos.

 Dentes definem padrão de atividade muscular.


PRIMEIROS MOLARES

 Uma dor pode ser de origem de um trauma  Maior estabilidade à mandíbula, evitando que seja
oclusão. Precisa ser investigado. Existem muitas deslocada para distal e pressione a região retro
dores que podem ser da face e não do dente. discal.

DESENVOLVIMENTO DA O CLUSÃO

 Recém-nascido: remodelando da fossa articular.


No momento da amamentação sofre movimento
de vai e vem.
 Disto-oclusão: não tem dente na mandíbula.
Ângulo todo aberto. Fossa praticamente reta.
 Retrodiscal: sensível e inervado.
CONCEITOS  Técnica Frontal
o Paciente em posição horizontal,
 RELAÇÃO com a cabeça para trás (evitar ação
CÊNTRICA: muscular);
 Relação condilar o Boca aberta 1 mm; o Leve
 Forma mais pressão e movimentos oscilatórios,
benéfica a uma manipula a mandíbula para RC;
pessoa o Dedos: desprogramadores
 Maior conforto oclusais.
muscular
 Importante na  Desprogramadores oclusais:
reabilitação oral o Jig de Lucia
o Leaf Gauge
 Côndilos alojados nas fossas articulares em
equilíbrio postural (musculatura em equilíbrio), Colocação de disposivitos que permite o afastamento dos
sem contato dental. Ponto inicial de qualquer dentes posteriores. São mantidos de 5 a 15 min para
movimento mandibular. promover a desmemorização do reflexo proprioceptivo dos
dentes e da musculatura.
 Posição mandibular na qual os músculos
abaixadores e elevadores encontram-se em
equilíbrio.

 RELAÇÃO OCLUSÃO CÊNT RICA:


 Possui dentes relacionados
 Dentes em MIH
 Côndilo também está em relação cêntrica.
 DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO – DVO:
 Côndilo e dentes em harmônia.
 Distância vertical da mandíbula em
ROC = MIH + RC
relação à maxila quando os dentes estão
(Posição mais estável que possa existir. Não em oclusão.
existe contato pré-maturo, não existe
problema muscular. Máximo de estabilidade.)

 ESPAÇO FUNCIONAL LIV RE:


 Espaço de função
 Espaço de fala, pronuncia
EFL = 3mm
 OBTENÇÃO DA RELAÇÃO CÊNTRICA:
 Técnica de Peter Dawson  DIMENSÃO VERTICAL DE REPOUSO – DVR:
o Paciente é colocado numa  Boca em repouso
posição reclinada na cadeira e deve ficar  Musculatura em repouso
o mais relaxado possível.  Boca pouco aberta
o Leve pressão dos polegares para
baixo, e dos outros para cima, faz
movimentos oscilatórios na mandíbula
para RC;
o Paciente vai fechando a boca até
que sinta o contato inicial.
DVR = DVO + EFL MOVIMENTOS MANDIBULARES

Podem ser cêntricos ou exêntricos.


(Medida da comissura labial até
comissura do olho)  Cêntricos: côndilo está na rotação. Abertura de
pequena amplitude (rotação). Abertura máxima
Existem outras formas de medir a (translação). Abertura de pequena amplitude
DVR acontece na mastigação.

 Excêntricos: mandíbula tem rotação e translação.


(lateralidade, protusão, abertura máxima)
FENÔMENO DE CHRISTENSEN

 Contato apenas nos anteriores,  Lado de trabalho côndilo desloca pouco, só


com desoclusão dos posteriores. rotacional. Em torno do seu próprio eixo.
 Lado de balanceio côndilo translada. Sai do eixo.
 Topo a Topo
 Músculos envolvidos: pterigoideo lateral.
 Protrusão – Guia incisivo
 O pteriogoideo que mais está trabalhando é o lado
de balanceio.

 Côndilos: movimento para frente LATERALIDADE


simultaneamente. Predomina translação, quase
 Guia canina: O canino inferior desliza na
não há rotação condilar.
concavidade palatina do canino superior,
• Acionamento simultâneo dos mm. pterigóideos
desocluindo os demais dentes, tanto do lado de
laterais.
trabalho quanto do lado de balanceio.

GUIA CANINA

 Limita o movimento mandibular


 Estabelecimento de um padrão funcional dos
músculos pterigóideos laterais.
 Implementar um padrão de contração muscular
durante a lateralidade.  Côndilo do lado de trabalho: pequeno movimento
de rotação e leve movimento para lateral (para
(Se não tem os caninos pode lesionar porque os lado externo).
côndilos podem invadir o espaço do disco Não tem • mm. pterigóideo lateral relaxado.
limite de movimento.)
 Côndilo do lado de balanceio: translada pelo
tubérculo articular, indo para baixo, anterior e
para dentro.
• mm. pterigóideo lateral contrai.

ABERTURA MÁXIMA

Côndilos: movimento de rotação e de translação do côndilo


pelo tubérculo articular.

SEGUNDOS MOLARES DECÍDUOS • Acionamento simultâneo dos mm. pterigóideos laterais,


juntamente aos mm. supra-hióideos (mandíbula para baixo)
 Mecanismo protetor das guias incisivo e canino;
 Restabelecimento da oclusão, OC e DVO; DECOMPOSIÇÃO DOS MOVIMENTOS
 Forças no sentido do longo eixo do dente. MANDIBULARES

- Plano sagital

- Plano Frontal

- Plano Horizontal
CURVA SPEE - alguns suportam maior carga e devem proteger os demais
- Canino é o guia de desoclusão porque tem uma raiz
 Visão lateral alongada e está afastado do côndilo.
 Ao traçar uma linha imaginária passa uma linha
pelas cúspides Anteriores protege posteriores: por conta das guias.
 “linha imaginária desenhada através das pontas No momento da guia incisivo desloclui todos os outros.
das cúspides vestibulares dos dentes posteriores Na hora que realiza guia em canino também deslocui
acompanhando o plano de oclusão. Convexa para os demais. Nessa desoclusão evita hiperatividade
a parte posterior e côncava para a inferior. muscular, evita contatos prematuros e traumas dos
dentes posteriores.

Posterior protege anterior: posterior é mais forte.


Resultante de força é pelo longo eixo do dente. Se não
tiver os posteriores a força vai ser toda nos anteriores.
Anteriores vao vestibularizar e abrir em leque
perdendo consequentemente suporte periodontal.

OCLUSÃO BALANCEADA BILATERAL

 Além de tocar canino toca outros dentes

Utilizada em prótese total.

OCLUSÃO BALANCEADA UNILATERAL

CURVA DE WILSON  Toca mais de 1 dente apenas de um lado (tem que


tocar apenas o canino)
 Visão frontal
 “linha imaginária traçada pelas cúspides Tem mais toques na lateralidade no lado de
vestibulares linguais dos dentes posteriores do trabalho.
direito ao esquerdo. Formando um plano oclusal
curvo.”

ABERTURA EM LEQUE

 Perda de suporte posterior - dentes anteriores


vestibularizam e abrem em leque

OCLUSÃO MUTUAMENTE PROTEGIDA

 Anterior protege posterior (protege por conta das


guias)
Muito benéfico para o sistema mastigatório, pois não
gera pressão na ATM.

 Posterior protege anterior


Resultante horizontal de força nos dentes anteriores.
Os dentes posteriores possuem contatos
mais fortes, e os anteriores contatos mais
suaves.

- Os dentes devem atuar em grupo especializados


ARTICULADOR PASSO A PASSO ARTICULADOR

 Dispositivo mecânico para fixar os modelos, a fim 1. Plastificação de godiva e coloca-se no garfo de
de registrar as relaçõess maxilo-mandibulares e mordida.
reproduzir os movimentos mandibulares. 2. Levar o garfo no boca do paciente até que ocorra
solidificação da godiva. (Demarcar ponta das
 VANTAGENS: cúspides)
 Visão geral dos dentes e das estruturas adjacentes; 3. Posicionar o garfo de mordida na boca do paciente
 Ausência de tecidos moles; (paciente apoia com os polegares)
 Visualização em regiões de difícil acesso; 4. Afrouxar os parafusos do arco facial
 Reprodução dos movimentos mandibulares sem a 5. Introduzir o arco facial no garfo de mordida.
interferência do sistema neuro-muscular. 6. Introduzir as olivas nos condutos auditivos
externos e apertar os parafusos de fixação do arco
7. Colocar o relator násio na barra transversal do
arco facial e o nasio do paciente.
 INDICAÇÕES: 8. Apertar o parafuso de fixação do garfo de mordida
 Análise oclusal funcional
 Enceramento diagnóstico Sem asa – grampo e depois lençol
 Planejamento protético
Com asa- lençol e grampo juntos
 Confecção de próteses e de laminados cerâmicos
 Aparelhos oclusais

DISTURBIOS OCLUSAIS
TIPOS : Os distúrbios oclusais trazem consequências como abfrasão
oclusal acentuada, bruxismo e alterações neuromusculares
 Articulador não ajustável (Charneira)
das ATMs.
 Reproduz apenas movimentos de
abertura e fechamento; Não reproduz
TRAUMA OCLUSAL
corretamente o arco de fechamento
mandibular.  TRAUMA OCLUSAL PRIMÁRIO
 Distância entre o eixo de rotação maxilar  Causa lesão por forças oclusais excessivas em um
e os dentes muito pequena. periodonto sadio.
 Necessidade de mais ajustes clínicos.  Não há perda de inserção, é reversível, deve-se
 Vantagens: Facilidade de montagem; Baixo custo. eliminar a causa (força oclusal excessiva).
 Desvantagens: Eixo de rotação irreal; Não
reproduz movimentos laterais; Maior tempo  TRAUMA OCLUSAL SECUNDÁRIO
clínico para ajustes.  Causa lesão por forças oclusais excessivas em um
periodonto com doença periodontal inflamatória.
 Articulador semi ajustável (ARCON)  Periodontite avançada, com perdas de inserção
 Permitem três tipos de ajustes: acentuadas.
1. Distância intercondilar;
2. Inclinação do côndilo (Guia condilar); - 30°
3. Ângulo de Bennett (lateralidade) – 15°
CONTATO OCLUSAL

 Arco de fechamento próximo do real É o contato entre as superfícies oclusais dos dentes
antagonistas ao final do movimento de fechamento da
 Articulador totalmente ajustável mandíbula.
 Reproduzem aproximadamente todos os
movimentos mandibulares..  CONTATO OCLUSAL CÊNTRICO
 Contato fisiológico que dá estabilidade mandibular no
fechamento.
 Forças dirigidas para o longo eixo dos dentes;
 Oclusão ideal, não há distúrbios oclusais;
 Contato cúspide-fossa.
 As tensões induzidas nos músculos para manter
 CONTATO OCLUSAL PREMATURO DEFLECTIVO uma posição mandibular compensadora para
 Não fisiológico; acomodar um distúrbio oclusal podem levar ao
 Dificulta ou impede o fechamento da mandíbula em apertamento dentário.
ORC, gerando um deslize da mandíbula para anterior,  Apertamento: em noite de sono, os dentes podem
em direção à linha média ou contrário à linha média; ficar mantidos em contato oclusal forçado por até
 Instabilidade aos côndilos, hiperatividade muscular e 4 horas, enquanto, na normalidade ao longo dia,
estresse ao periodonto. esses contatos decorrentes de função (mastigação,
deglutição e fala) totalizam em torno de 10
INTERFERÊNCIA OCLUSA L minutos.

 Contato oclusal não fisiológico;


 Dificulta ou impede os movimentos mandibulares
excursivos de protrusão, trabalho e balenceio.

 INTERFERÊNCIA OCLUSAL PROTUSÃO:


 Não há guia anterior (fenômeno de
Christensen);
 Instabilidade condilar, hiperatividade
muscular;
 Forças laterais entre os dentes antagonistas.

PARAFUNÇÕES
 INTERFERÊNCIA OCLUSAL LATERALIDADE (LADO
DE TRABALHO) Hábito de ranger ou apertar os dentes, roer unhas, chupar
 Ausência de guia em canino; dedos, morder bochechas, mascar chicletes.
 Instabilidade condilar, hiperatividade
muscular; Podem causar:
 Forças laterais entre os dentes
 Desgaste excessivo dos dentes
antagonistas.
 Dor muscular e/ou articular
 INTERFERÊNCIA OCLUSAL LATERALIDADE (LADO  Desvios nos movimentos mandibulares e
DE BALANCEIO) articulares
 Ausência de guia em canino;  Degeneração articular,
 Instabilidade condilar, hiperatividade  Descompasso côndilo-disco
muscular;  Hipertrofia muscular
 Forças laterais entre os dentes  Limitações nos movimentos
antagonistas.  Lesão periodontal

DISTÚRBIOS OCLUSAIS As atividades parafuncionais são aquelas que


ocorrem sem qualquer propósito funcional e
 Migrações dentárias caracteriza-se por contrações musculares prolongadas
 Restaurações ou próteses com contatos oclusais diurnas ou noturnas, podendo afetar a dentição, o
não fisiológicos Periodonto, os músculos mastigatórios e as
 Ausência de dentes. articulações temporomandibulares.
 Restauração em infraoclusão.
 Extrusão dos superiores: ajuste oclusal prévio. Quando a hiperatividade muscular provocar
 Extrusão dentária alguma alteração na mecânica mastigatória, as
estruturas mais fracas mostrarão sinais de colapso.
BIOMECÂNICA DOS DIST ÚRBIOS OCLUSAIS
BRUXISMO
 ATM no lado de balanceio: é comprometida por
uma força muscular 2x maior, que a pressiona e Caracteriza-se pelo hábito inconsciente de apertar e ranger
induz uma resposta nos músculos desse lado para os dentes sem objetivo funcional.
aliviar a tensão induzida.
O fator psicológico tem sido observado como um dos
 Sintomas: induz tensão sobre os músculos, ATM,
agravantes de condições musculares alteradas.
periodonto ou dentes.
Estudos têm revelado que pessoas expostas a vários fatores
estressantes demonstram um aumento da hiperatividade.

 MUDANÇAS PROLIFERATIVAS
 Organismo tenta compensar uma alteração
 Aposição óssea no côndilo e/ou disco;
 Hipercementose;
 Exostose do osso alveolar;
 Espessamento da lâmina dura e do ligamento
periodontal.

 MUDANÇAS PATOLÓGICAS OU DEGENERATIVAS


 Dor de cabeça crônica
 Distúrbios na ATM (perfuração do menisco,
osteoporose da fossa);
 Desgaste prematuro dos dentes;
 Fratura de cúspide;
 Pulpites;
 Dor facial;
 Dor no pescoço e no ombro;
 Espasmos musculares;
DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR (DTM)
 Reabsorção do osso alveolar;
 Desarranjo periodontal.  É um tipo de dor orofacial;
 Conjunto de condições musculoesquelética e
DTM PROCESSO MULTIFA TORIAL neuromuscular que envolvem os músculos da
Pode ser: mastigação, a articulação temporomandibular (ATM)
ou ambos.
 Genéticos;
 Psicológicos; DTM – ETIOLOGIA
 Traumáticos;
 Multifatorial: vários fatores etiológicos
 Patológicos;
desencadeantes.
 Ambientais; Qualquer desarmonia que ocorre nas relações
 Comportamentais; morfofuncionais dos dentes, suas estruturas de
 Neuromusculares; suporte; maxilares; articulações
 Oclusais. temporomandibulares; músculos da mastigação;
músculos dos lábios, língua, pescoço e os
 Tratamentos diversos: suprimentos vasculares e neurais das estruturas
 Odontologia; supracitadas.
 Fisioterapia; O fator emocional é o componente determinante da
 Psicologia; maior parte dos quadros de DTM.
 Fonoaudiologia; Pode estar associada a: ansiedade, depressão,
 Nutrição; problemas otológicos ou neurológicos, dores
 Medicina. generalizadas no pescoço, ombros, costas e quadril.

CAPACIDADE ADAPTATIVA OU TOLERÂNCIA

 Fatores que determinarão se o paciente apresenta


ou não a desordem serão a tolerância fisiológica e
a tolerância estrutural do indivíduo
 Quando as exigências funcionais sobre a ATM
aumentam, ocorre uma alteração compensatória
para competir com os ajustes das funções
musculares e articulares.
 Se qualquer estrutura sofrer uma força superior à Sensibilidade nos músculos da mastigação e na
sua capacidade, com certeza ocorrerá colapso e as ATM à palpação; Ruídos articulares; Limitação de
consequências aparecerão em forma de D O R , abertura de boca; Trismo muscular.
DESEQUILÍBRIOS, DESARRANJOS, RUÍDOS, etc
EXAME – OCLUSÃO (INTRABUCAL)
DTMS – QUEIXAS MAIS COMUNS
Análise para diagnóstico oclusal: deve ser em Relação
 Dor nos músculos mastigatórios; Cêntrica, partindo de um posição sem contatos
 Dor na região pré-auricular ou ATM; interdentários, para então descobrir os contatos
 Limitação e assimetria nos movimentos mandibulares; prematuros e interferênciais oclusais.
 Sons na articulação;
 Hipertrofia dos músculos mastigatórios; EXAME – IMAGEM
 Desgaste oclusal atípico associado à parafunção;  Radiografias: panorâmica e transcraniana
 Dores de cabeça, ouvido, facial e mandibular.  Tomografia computadorizada
 Imagens por ressonância magnética
ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS

 33% da população adulta São exames complementares, e devem ser


 Gênero feminino (5:1) [fator hormonal] solicitados APENAS quando realmente for
 18 a 45 anos: estrógeno e progesterona! preciso!!!
 15% tem necessidade de tratamento  Eletromiografia: Sensores de superfície.
 40 a 75% da população tem algum sinal ou sintoma amplificadores que captam o sinal elétrico do
relacionado à DTM, sem necessidade de intervenção músculo e registram no aparelho ou computador.

DTM – ETIOLOGIA DISFUNÇÕES MUSCULARES

 Fator Desencadeante/ Precipitante: A queixa predominante de pacientes com desordens


Causam o início da disfunção. musculares é a mialgia. A dor pode levar a uma restrição do
movimento mandibular.
 Fator Predisponente:
Predispõem o paciente ao risco de DTM ou do CONTRATURA MUSCULAR PROTETORA
desenvolvimento da dor orofacial. HISTÓRIA CLÍNICA:
 Injúria causada por injeção anestésica
 Fator Perpetuante:  Injúria causada por abertura ampla decorrente de
Interferem no tratamento e controle tratamento dental prolongado
 Trauma
Fatores etiológicos diferentes podem  O evento ocorreu há 1 ou 2 dias
desempenhar papel predisponente, precipitador e  Resposta imediata à impulsos alterados, estando
perpetuante. relacionada com o evento que causou.
 Não é uma condição patológica, mas uma resposta
 Predisponente: bruxismo, apertamento, má oclusão fisiológica normal do sistema muscular;
 Precipitante: microtrauma, restauração, stress  O estiramento muscular dá origem a um reflexo que
psicológico. gera contração dos músculos, induzido pelo SNC;
 Perpetuador: ansiedade, depressão, bruxismo,  Pode evoluir para mioespasmo
apertamento.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS:
DTM – SINAIS E SINTOMAS  Limitação funcional;
 Pode haver sensação de fraqueza muscular;
 Sintomas mais comuns:  Em repouso, mínima dor. Em função, dor aumentada.
DOR nos músculos da mastigação; DOR nas ATMs;
DOR na cabeça e na orelha; Distúrbios auditivos, TRATAMENTO:
como o zumbido.  Terapia de suporte: restringir o uso da mandíbula
dentro do limite indolor, dieta pastosa;
 Sinais mais comuns:  Analgésico por curto período;
 Terapia de relaxamento muscular simples.
MIOESPAMO MIOSITE
CARACTERÍSTICAS: CARACTERÍSTICAS:
 Contração muscular involuntária, súbita, anormal,  Inflamação local do músculo resultante de causa local
induzida pelo SNC; (traumas externos, apertamento, acidentes, tensão
 Queixa de mialgia relacionada a algum evento que muscular prolongada).
alterou a estrutura, só que perpetuada por mais  Leva à mialgia (dor) mesmo em repouso, havendo
tempo; exacerbação da dor quando em função.
 Geralmente acompanhada por dor localizada e
enrijecimento prolongado do músculo, podendo gerar EXAME CLÍNICO:
trismo. Músculos extremamente doloridos à palpação.
 Não é tão comum;
TRATAMENTO:
 A dor aumenta com a função, e pode até desaparecer
 Terapia de suporte: restrição dos movimentos
em repouso.
mandibulares, alimentação pastosa ou líquida.
O paciente relata súbita restrição de movimentos
mandibulares, usualmente acompanhados por  Placa oclusal miorrelaxante;
rigidez muscular.  Anti-inflamatórios não esteroidais;
 Fisioterapia.
TRATAMENTO:
 Terapia de suporte: restringir o uso da mandíbula
DESLOCAMENTO DO DISC O ARTICULAR
dentro do limite indolor, dieta pastosa;
 Placa oclusal miorrelaxante;  Caracterizadas por uma relação anormal entre o
 Analgésicos; disco articular e do côndilo.
 Fisioterapia (calor, spray anestésico, calor úmido,  Um descompasso entre disco e côndilo pode, na
massagem, ultra-som). translação, provocar ruídos articulares ou
estalidos.
DOR MIO-FASCIAL DE PONTOS ÁL GICOS (TRIGGER-
POINTS OU PONTOS GATILHOS) POSSÍVEIS CAUSAS:
 Pressão excessiva na ATM (apertamento ou trauma
Dor miogênica regional caracterizada por áreas de tecido
com dentes ocluídos) pode alterar o fluido sinovial
muscular hipersensitivas. lubrificante entre a superfície superior do disco e a
eminência, criando uma área de resistência ou de
CARACTERÍSTICAS:
adesão (componente friccional prejudicial);
 Fonte de dor profunda constante (pode criar pontos
 Desequilíbrio da atividade muscular.
álgicos não somente na fonte, como também à
distância);  Afinamento da borda posterior do disco: perda da
capacidade de auto assentamento do disco.
 Aumento do nível de estresse emocional (pode iniciar
ou ativar os pontos gatilhos);
 Sobrecarga muscular; DESLOCAMENTO DO DISC O ARTICULAR COM
 Pontos gatilhos idiopáticos. REDUÇÃO
CARACTERÍSTICAS:
EXAME CLÍNICO:
 Alongamento dos ligamentos dos discos;
 Na palpação dos músculos envolvidos, localiza-se os
pontos álgicos. Aplicando pressão nesses pontos,  O côndilo fica em contato com a borda posterior
haverá exacerbação da dor no local refletido. do disco quando em repouso.

TRATAMENTO: SINAIS/SINTOMAS:
 Eliminação da fonte de dor profunda;  Pode ter limitação de abertura de boca;
 Alongamento do ponto álgico: spray anestésico gelado  Desvio na abertura de boca para o lado afetado;
e alongamento muscular;  Estalido duplo (abertura – captura; fechamento –
 Fisioterapia: ultra-som, exercícios, TENS (estimulação redução);
nervosa elétrica e transcutânea), correção postural;
 Terapia medicamentosa;
 Injeções analgésicas nos pontos álgicos.
 Pode ou não ter dor. ligamentos discais continuam a se alongar e
provavelmente se rompem.

EXAME COMPLEMENTAR – COM OU SEM REDUÇÃO

Ressonância Magnética

SUBLUXAÇÃO DA ATM
CARACTERÍSTICAS:
ESTALIDO RECÍPROCO  Movimento súbito do côndilo para frente durante o
ESTALIDO DE REDUÇÃO último estágio de abertura;
 Deslocamento auto-redutível do côndilo anteriormente
à eminência articular;
DESLOCAMENTO DO DISC O ARTICULAR SEM
 Hipermobilidade mandibular;
REDUÇÃO
 Abertura – pausa – salto súbito
CARACTERÍSTICAS:
 O côndilo fica em contato com a borda posterior FATORES PREDISPONENTES:
do disco quando em repouso;  Tensão emocional;
 Perda da elasticidade da lâmina retrodiscal  Hábitos parafuncionais;
superior (dificulta a recaptura);  Abertura excessiva bucal: bocejos.
 AGUDO OU CRÔNICO. Obs: O paciente deve ser orientado a fazer fisioterapia!

EXAME CLÍNICO: LUXAÇÃO DA ATM

 Abertura de boca limitada (máx de 25 a 30 mm);  Abertura máxima de boca que resulta em
 Desvio na abertura (lado afetado); deslocamento do côndilo para fora da cavidade
 Não apresenta estalido; glenóide, posicionando-se na face anterior da
 Normalmente tem dor. eminência articular;
 Não é auto-redutível;
 TRAVAMENTO DE BOCA ABERTA!
 É preciso uma manobra manual do côndilo para
redução.

Recomendações ao paciente: Em casos crônicos,


orientar o paciente para ele mesmo reduzir a
mandíbula.
Exercícios de fortalecimento muscular.
NÃO HÁ ESTALIDO
MAS PODE HAVER CREPITAÇÃO! CONDIÇÕES DEGENERATIVAS DA ATM

AGUDO:  Osteoartrite
 Deslocamento de disco sem redução, agudo, é  Osteoartrose
doloroso devido à inflamação na cápsula articular, na  Poliartrite
inserção posterior e/ou nos ligamentos discais.
 Além do envolvimento capsular, a atividade do  Mudanças degenerativas são o “caminho” final
temporal e do masseter no lado envolvido é, por vezes, patológico para todas as doenças, danos e
aumentada. degenerações que afetam a articulação no ciclo da
vida.
CRÔNICO:
ETIOLOGIA:
 No deslocamento de disco sem redução, crônico, o
 Sobrecarga que excede a capacidade regenerativa da
disco é permanentemente deformado, e o ligamento
articulação; OU
posterior disfuncional.
 Capacidade adaptativa reduzida por fatores sistêmicos
 Com o tempo, um grau de movimento mais normal
ou idade.
retorna à medida que a inserção posterior e os
OSTEOARTRITE • Desordens coexistentes
• Inflamação de estruturas adjacentes
 Dor articular localizada e constante, devido à
inflamação secundária na ATM; CARACTERÍSTICAS:
 Pode ter dor após o repouso, rigidez articular ao • Dor
acordar e crepitação; • Edema
 Dor: limitação no grau de movimento mandibular; • Dor à palpação
Início gradual e autolimitante, na maioria dos casos;
 Mialgia e espasmos musculares podem ocorrer:
tentativa dos mm de evitar a mobilidade da ATM
RETRODISCITE
dolorosa;
 Alteração radiográfica nos estágios tardios  Os tecidos retrodiscais são altamente inervados e
 O processo degenerativo, até mesmo na ausência de vascularizados, incapazes de tolerar forças excessivas.
terapia definitiva da ATM, parece desaparecer
usualmente dentro de um período de 3 anos. A dor ETIOLOGIA:
desaparece, um grau aceitável de mobilidade retorna,  Trauma externo agudo no mento, forçando os côndilos
e os ruídos parecem diminuir. Entretanto, alguma para posição retrodiscal;
alteração estrutural óssea no côndilo ou fossa  Microtrauma repetitivo: perda de suporte dental
permanece. posterior, côndilos deslocados posteriormente.
 Esta condição é, algumas vezes, referida como
CARACTERÍSTICAS:
Osteoartrose, devido ao desaparecimento da
inflamação e doR.  Dor constante
 Edema
 Dor à palpação posterior e lateral da ATM
OSTEOARTROSE  Dor aumenta pelo apertamento

 Fase adaptativa estável. O paciente não relata


mais sintomas.
 Se a demanda funcional exceder a adaptabilidade,
a osteoartrite começa, caso contrário a
osteoartose permanece.

POLIARTRITE

Doenças Poliartríticas sistêmicas:

 Artrite reumatóide: 34 a 75% dos pacientes têm


envolvimento da ATM.
 Artrite infecciosa
 Desordens metabólicas: hiperuricemia (alto nível
de ácido úrico no sangue).

CONDIÇÕES INFLAMATÓR IAS


ETIOLOGIA:
 Sobrecarga da ATM devido ao bruxismo, trauma,
pressão ou infecção, pode causar resposta inflamatória
na cápsula fibrosa, membrana sinovial e tecidos
retrodiscais.
 Essas desordens são caracterizadas por dor contínua e
profunda, normalmente acentuada pela função.
CAPSULITE E SINOVITE RETRODISCITE

CAPSULITE E SINOVITE
ETIOLOGIA:
• Trauma

Você também pode gostar