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Maxila......................................................................................................................................... 7
Mandíbula................................................................................................................................... 8
ANAMNESE ............................................................................................................................ 43
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de forma independente; a superfície oclusal dos dentes representa um ponto rígido de
fechamento terminal da articulação; a ATM não é revestida por cartilagem hialina como
a maioria das articulações e sim por uma camada de tecido fibroso avascular
(fibrocartilagem), resistente às forças compressivas.
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cônica da parte petrosa do osso temporal) e petrosa (porção mais complexa pela
quantidade de estruturas anatômicas a ela relacionadas).
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A região posterior da fossa mandibular abriga a parte posterior do disco articular
sendo ricamente inervada e irrigada. Esta região é conhecida como zona bilaminar
(retrodiscal). Trata-se de uma faixa de tecido conjuntivo que contém no seu interior
espaços que são preenchidos com sangue durante o deslocamento anterior da
mandíbula.Apresenta duas lâminas: superior (une a porção superior da borda posterior
da cartilagem à placa timpânica e apresenta na sua constituição grande concentração de
fibras elásticas); e inferior (une a porção inferior da borda posterior da cartilagem à
superfície posterior e superior do côndilo, sendo composto de fibras colágenas).
Maxila
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Mandíbula
Disco articular
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O disco articular é uma placa ovalada que divide a cavidade articular em dois
compartimentos: superior e inferior. Possui uma estrutura fibrocartilaginosa dividida
em três partes: anterior, média e posterior. É avascular e não possui inervação.
Exerce a função de prolongar a fossa mandibular nos movimentos anteriores do
côndilo da mandíbula estabelecendo concordância entre as superfícies articulares e
funciona também como amortecedor de forças (BURIGO, 2004).
FIGURA - DISCO ARTICULAR
Cápsula articular
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une suas partes. Estende-se da fossa mandibular até o colo da mandíbula. É inervada e
relativamente frouxa, permitindo a movimentação da mandíbula. Resiste a pressões
medianas, laterais e inferiores que tendam a separar ou deslocar as superfícies
articulares, definindo os limites anatômicos e funcionais da ATM, entre a fossa
mandibular, eminência articular e nos polos medial e lateral do côndilo, abaixo da
inserção dos ligamentos colaterais. Constitui-se por tecido conjuntivo e apresenta-se em
duas camadas: superfície interna (membrana sinovial) e superfície externa
(membrana fibrosa).
FIGURA - CÁPSULA ARTICULAR
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reforçada na sua superfície lateral onde forma-se o ligamento temporomandibular.
Componentes ligamentares
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de rotação e translação da ATM.O ligamento capsular apresenta-se como um
envoltório que cerca toda a ATM, inserindo-se na fossa mandibular. Age resistindo a
forças medianas laterais ou inferiores que tendem a separar ou deslocar as superfícies
articulares, protegendo a articulação.O ligamento temporomandibular localiza-se na
parte externa do ligamento capsular, sendo considerado algumas vezes como um
espaçamento da mesma. Pode ser dividido em duas partes; uma oblíqua (ligamento
oblíquo) e outra horizontal (ligamento horizontal).O ligamento oblíquo une o tubérculo
articular e o processo zigomático à borda posterior do colo do côndilo limitando o grau
de rotação do mesmo.O ligamento horizontal liga-se anteriormente também ao
tubérculo articular e processo zigomático, e posteriormente na superfície lateral do
côndilo e borda lateral da cartilagem. Esse ligamento limita o deslocamento posterior do
côndilo, evitando assim a compressão da zona retrodiscal altamente vascularizada e
inervada (KOSMINSKY, 2008).Existem também dois ligamentos acessórios:
esfenomandibular e estilomandibular. O ligamento esfenomandibular eleva-se a
partir da espinha do osso esfenoide e insere-se na mandíbula. É passivo durante os
movimentos da mandíbula mantendo a mesma intensidade de tensão durante a abertura
e fechamento da boca. O ligamento estilomandibular estende-se a partir do processo
estiloide para o ângulo medial, cobrindo a superfície exterior do processo e do
ligamento estiloide. É frouxo quando as arcadas estão fechadas ou quando a mandíbula
está sob repouso.
FIGURA - LIGAMENTOS ACESSÓRIOS
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Componentes musculares
FONTE:TOOD, 2008.
Músculo temporal
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Músculo masseter
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FIGURA - MÚSCULOS ELEVADORES DA MANDÍBULA
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Grupamento muscular composto pelos músculos digástrico, estilo- hióideo,
milo-hióideo e gênio-hioide, todos pares. Quando ativados, realizam abaixamento e
retrusão mandibular, sendo importantes para a coordenação dos movimentos
mandibulares. O digástrico é o mais importante músculo deste grupo.
FIGURA - MÚSCULOS SUPRA-HIÓIDEOS
FONTE:CHETTA, 2008.
Músculos envolvidos com a ATM
Músculos occipitais
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FIGURA- MÚSCULOS OCCIPITAIS
Músculo esternocleidomastóideo
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Músculo trapézio
Músculo escaleno
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Vascularização e inervação da ATM
Movimentos articulares
Abertura
Durante a abertura bucal, o disco articular gira posteriormente próximo ao
côndilo, enquanto o complexo disco-côndilo se move para frente e para baixo, próximo
à eminência articular. A forma de tensão do ligamento posterior, em meia abertura,
auxilia a trazer para trás o disco em rotação próximo ao côndilo (SOLBERG, 1989).
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FIGURA - MOVIMENTOS DE ABERTURA E FECHAMENTO DA ATM
Fechamento
Protusão
Retração
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Lateralização
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FONTE: SOARES e CASTILIO, 2008.
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TEMPOROMANDIBULAR
Antecedentes históricos
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A alta incidência de alterações funcionais da ATM desencadeou estudos de
vários profissionais em busca de possíveis fatores causais. Inicialmente, acreditava-se
que o principal fator desencadeador destas disfunções eram alterações oclusais
dentárias. Posteriormente, a hiperatividade muscular foi dada como principal motor
desencadeador de alterações funcionais da ATM. Nos anos 80, pesquisadores
levantaram a hipótese de as DTMs serem decorrentes de desarranjos articulares internos
da ATM. Atualmente, predomina o conceito de que as DTMs possuem etiologia
multifatorial.
Epidemiologia
Etiologia
É consenso atual entre os autores de pesquisas científicas acerca das DTMs, que
a etiologia destas disfunções é multifatorial. Acredita-se que alterações funcionais,
estruturais e psicológicas estejam reunidas e sejam desencadeadoras dos sintomas.
Diversos fatores causais podem estar relacionados à etiologia da DTM, como:
alterações de oclusão; ausência de dentes; próteses totais (dentaduras), parciais (ponte
móvel) ou pontes fixas mal adaptadas; mastigação unilateral; hábitos parafuncionais;
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alterações posturais; tensão emocional; stress; traumas articulares agudos e crônicos;
patologias sistêmicas, entre outros. Muitas vezes esses fatores apresentam-se associados
em um mesmo indivíduo.
Sintomatologia
Dor na ATM
Cefaleia
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processos vasculares ou inflamatórios. A cefaleia tensional pode ser acompanhada de
dor facial, cervical, no ombro e nas costas, estando relacionadas com a ansiedade e
fadiga (TUCKER, 2000).
Tende a aparecer inicialmente como uma sensação de pressão firme, não
pulsátil, distribuída por toda a cabeça ou localizada na região frontal, temporal e/ou
occipital. Ela aumenta de intensidade com a movimentação da cabeça ou sob pressão
digital nos músculos envolvidos. A dor pode surgir dessa constante tensão de flexão e
extensão das partes que unem a cabeça e o pescoço a partir da lesão, espasmo do nervo
e inflamação.
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rugosas se atritando durante um movimento.
SIntomas musculares
Sintomas oftálmicos
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Frequentemente, pacientes com disfunções temporomandibulares apresentam
sintomas como dor na região supraorbitária e nos olhos.
Sintomas otológicos
Sintomas labirínticos
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FONTE: Elaboração própria.
Hábitos parafuncionais
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Em especial, hábitos de apertamento dental, bruxismo e briquitismo,
ocasionam desgastes excessivos dos dentes.
O bruxismo é um hábito noturno, caracterizado pelo apertar ou ranger de
dentes, em que as forças sobre a musculatura mastigatória são excessivas, produzindo
dores de cabeça, problemas gengivais, desgaste do esmalte ou mobilidade dental e
disfunções temporomandibulares, entre outros sintomas. Por ser um hábito noturno,
muitas vezes, o paciente desconhece essa realidade. Alguns dos principais sinais e
sintomas do bruxismo são: acordar com os músculos da face cansados ou doloridos;
acordar com a mandíbula travada; presença de desgaste nos dentes caninos.
Denomina-se briquismo, quando esse hábito é diurno.
Tensão muscular
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Condições de stress crônico podem tirar os músculos do estado de repouso para
um estado de contração excessiva. Essa hiperatividade dos músculos pode fazer com
que eles fiquem doloridos. Fatores tensionais levam, por vezes, o indivíduo a assumir
posturas errôneas da cabeça, dos ombros e mesmo de todo o corpo, tendo como reflexo
dor na musculatura cervical e cefaleias de tensão e desencadeando mialgias, pontos de
espasmo, contratura muscular e pontos gatilho (trigger points).
Respiração bucal
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aceleração/desaceleração cervical (whiplash). É caracterizada como o movimento
brusco da cabeça para frente e para trás, causando estiramento e compressão dos
componentes da articulação temporomandibular, podendo danificá-la.
Disfunções sistêmicas
Fatores posturais
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defasagem.
➢ Classe III: avanço da mandíbula para frente, posição
baixa da língua. Postura militar – cabeça para trás em retração, tórax
inflado;
Fatores psicológicos
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Os fatores psicológicos das DTMs são normalmente classificados em três
grupos: comportamentais, cognitivos e afetivos. Os fatores comportamentais
incluem hábitos bucais, postura da mandíbula e tensão muscular. Inclui
comportamentos observáveis das atitudes dos indivíduos. A categoria cognitiva
engloba sentimentos de como o indivíduo se sente frente a alterações de saúde, crenças
sobre a causa e o significado do sintoma. A categoria afetiva inclui condições
emocionais gerais (ansiedade, depressão, medo).
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Não existe consenso para a classificação das DTMs, porém de modo geral, estas
podem ser classificadas em:
➢ Anomalias de desenvolvimento;
➢ Disfunções musculares;
➢ Disfunções de interferência do disco articular;
➢ Osteoartrose;
➢ Alterações de mobilidade da mandíbula;
➢ Artrite reumatoide.
Anomalias de desenvolvimento
Disfunções musculares
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points são focos de hiperirritabilidade muscular que quando comprimidos, se mostram
sensíveis localmente (latentes). Se estiverem suficientemente hipersensíveis (ativos),
podem desencadear um quadro de dor referida, elevada sensibilidade, distúrbios
neurovegetativos e alterações proprioceptivas. Também podem localizar-se na pele,
fáscias, ligamentos e periósteos. Os músculos ligados à articulação temporomandibular,
são frequentemente sede de trigger points.
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resultando em um ruído. Sinais e sintomas principais: clique recíproco na ATM tanto
em abertura como em fechamento, que ocorre num ponto a pelo menos 5 mm a mais na
abertura da distância interincisal do que no fechamento e é eliminado em abertura
protrusiva. Clique na ATM nos movimentos de abertura e fechamento e reproduzível
em duas ou três tentativas consecutivas e clique durante excursão lateral ou protusão em
duas ou três tentativas consecutivas.
Deslocamento de disco sem redução e com abertura limitada: o disco está
deslocado da sua posição normal para uma posição anterior e medial ou lateral, com
abertura mandibular limitada. Sinais e sintomas principais: história de limitação
significativa de abertura; excursão contralateral menorque 7 mm e/ou desvio não
corrigido para o lado ipsilateral na abertura; distensão passiva aumenta a abertura por 4
mm ou menos, além da abertura máxima não assistida; ausência de ruído articular ou
presença de ruído articular não satisfazendo critérios de deslocamento.
Deslocamento de disco sem redução e sem abertura limitada: uma condição
em que o disco é deslocado da sua posição entre o côndilo e a eminência para uma
posição anterior e medial ou lateral, não associada à abertura limitada. Sinais e sintomas
principais: história de limitação significativa da abertura mandibular; máxima abertura
não assistida maior que 35 mm; distensão passiva aumenta a abertura em 5 mm ou mais,
além da abertura máxima não assistida; excursão contralateral maior que 7 mm;
presença de ruídos articulares não satisfazendo critérios de deslocamento de disco com
redução; nos casos que permitem exame por imagens, pode-se utilizar a artrografia ou
ressonância magnética que revelam a posição do disco articular sem redução.
Lesões traumáticas
O teto da fossa glenoide é uma camada muito fina de osso separando esta da
fossa craniana média. Este osso raramente é fraturado, apesar de em injúrias severas o
côndilo poder ser dirigido contra esta barreira fina. Isto é verdade por três razões: o
disco articular absorve o choque; a cabeça do côndilo é angulada para adiante sobre o
pescoço do ramo mandibular; o pescoço do côndilo, sendo muito mais fino que o ramo
ou o côndilo, tende a fraturar primeiro, protegendo o teto fino e a fossa craniana
média.Os sinais e sintomas encontrados são: dor pré-auricular; dificuldade para abrir a
boca. Se apenas um lado for acometido, há um desvio da mandíbula para o lado afetado.
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Frequentemente uma mordida anterior. O diagnóstico é baseado em achados físicos e
radiológicos. O tratamento constitui-se de fixação maxilomandibular e às vezes redução
cruenta.
Neoplasias
Osteoatrose
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uma das articulações é atingida. A linha mediana mandibular e o queixo são desviados
para o lado oposto da luxação. Na bilateral, não há desvio da linha mediana, porque as
duas articulações são atingidas, porém o indivíduo torna-se incapaz de fechar a boca.
mandíbula permanece em posição aberta da boca quando luxada. Podem ser
definidas três formas: episódio simples agudo; luxação crônica recorrente; luxação
crônica permanente. A primeira requer redução manual sob anestesia local e sedação ou
anestesia geral. A luxação crônica recorrente e a luxação crônica permanente podem
requerer tratamento cirúrgico.
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É quando existe uma pequena diferença, mantendo ainda a cabeça da articulação
sobre o topo da eminência articular. Ao iniciar a abertura da boca, na articulação,
começa um processo de rotação da articulação e de translação (a articulação caminha do
fundo para a borda da cavidade, até a eminência articular). Quando se abre a boca ao
máximo, em uma articulação normal, essa cabeça deverá parar no ápice dessa
eminência, sem ultrapassá-la.Na subluxação interna, o disco localizado no interior da
articulação está localizado à frente de sua posição normal. Na subluxação interna sem
redução, o disco nunca desliza de volta para a sua posição normal e o movimento da
articulação é limitado. Na subluxação interna com redução (mais comum), o disco está
localizado à frente de sua posição normal apenas quando a boca está fechada. Quando a
boca é aberta e a mandíbula desliza para frente, o disco retorna à sua posição normal,
produzindo um estalido ao retornar. Quando a boca é fechada, o disco desliza
novamente para frente e, frequentemente, produz outro som. Em muitos casos, o único
sintoma desta disfunção é a produção de estalido quando a mandíbula é aberta ou
movida lateralmente.
Anquilose
Artrite reumatoide
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A artrite reumatoide afeta a ATM em apenas 17% dos indivíduos que a
apresentam. Quando a artrite reumatoide é grave, especialmente em indivíduos jovens, a
parte superior da mandíbula pode sofrer degeneração e diminuir de tamanho. Essa lesão
pode acarretar um desalinhamento súbito de muitos ou de todos os dentes superiores e
inferiores (má oclusão). Se a lesão for grave, a mandíbula pode fundir-se ao crânio,
levando a um processo de anquilose e limitando a capacidade de abrir a boca.Em geral,
a artrite reumatoide afeta as duas articulações temporomandibulares de forma similar. O
movimento mandibular costuma ser suficiente para as atividades normais, embora a
mandíbula não abra tanto quanto de costume. A artrite reumatoide da articulação
temporomandibular é tratada com os medicamentos usados para a artrite reumatoide de
qualquer articulação. A manutenção da mobilidade articular e a prevenção de anquilose
são particularmente importante.
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
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tratamento do paciente, que fazem parte da equipe interdisciplinar, coletando nome, área
de atuação e telefone para posterior contato. Assinalar o profissional que encaminhou
ou indicou o paciente para avaliação e posterior tratamento fisioterapêutico. Questionar
o paciente em relação aos tratamentos já realizados ou em curso com outros
profissionais para adequação de conduta dentro da equipe interdisciplinar. Registrar o
diagnóstico clínico de encaminhamento proposto pelo médico responsável pelo
paciente.
ANAMNESE
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hiper/hipotireoidismo), neoplasias, fibromialgia, entre outras.Em relação à
sintomatologia e hábitos parafuncionais, é importante realizar um minucioso
questionamento. Como descrito no módulo anterior, os sintomas das DTMs são amplos
e variados, podendo incluir diversos sistemas orgânicos (sintomas craniofaciais,
oftálmicos, otológicos, labirínticos, musculares, entre outros), sendo importante detectá-
los para a determinação do diagnóstico diferencial.Incluir questionamentos a respeito da
qualidade do sono (horas de sono por noite, posicionamento adotado para dormir,
dificuldade respiratória durante a noite, hábitos de bruxismo ou apertamento dos dentes,
insônia, ronco, cansaço ou dor ao acordar); presença de dor facial espontânea ou à
mastigação, presença de estalidos ou crepitações na ATM, apertamento dental,
briquitismo, dificuldade de abertura ou fechamento da boca, travamento com a boca
fechada ou aberta, presença de cefaleias ou nevralgias, dor cervical ou nos ombros, dor
ou ruídos nos ouvidos, dificuldades auditivas, vertigens, alterações visuais ou dor nos
olhos, dor de dente, stress ou ansiedade.Como complemento da avaliação e pela
importância que os fatores sociais, ambientais e padrões de qualidade de vida exercem
sobre a gênese das DTMs, deve-se incluir também questionamentos de cunho social, a
fim de buscar possíveis causas de ansiedade e stress físico e mental. Questionar sobre a
qualidade de vida no trabalho e em casa, sobre as atividades sociais e de lazer que o
indivíduo realiza. Investigar se o paciente possui hábitos parafuncionais como roer as
unhas ou canetas, apertar ou ranger os dentes, mascar chicletes, uso contínuo de
telefone ou computador.
EXAMES COMPLEMENTARES
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desconforto ao paciente. Eletrodos de superfície são fixados sob a pele em oito
diferentes músculos mastigadores. Um software específico permite obter informações
sobre a função e o estado de repouso da musculatura envolvida.A sonografia baseia-se
num princípio simples: quando duas superfícies lisas entram em contato, ocorre
pequena fricção e quase nenhuma vibração. Entretanto, se uma ou ambas as superfícies
tornarem-se irregulares ou desgastadas, além da fricção ocorrerá vibrações e ruídos
quando essas superfícies se movimentam. Várias patologias da ATM são relacionadas a
um tipo específico de vibração e ruído. Nesse exame, um aparelho transdutor é colocado
na cabeça do paciente e seus sensores posicionados sobre as ATM. Os ruídos e
vibrações podem então ser medidos. O sistema detecta o lado do ruído, a localização, a
frequência e a intensidade. Os resultados permitem avaliar o estado da ATM: condição
de normalidade ou se há patologias em curso ou instaladas.
EXAME FÍSICO
Avaliação da ATM
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Durante a realização dos movimentos ativos pelo paciente, o fisioterapeuta deve
avaliar a capacidade funcional do indivíduo em executá-los, observando seu início e
sequência. Verificar se há a presença de dor, em que intensidade e edemas teciduais. Os
sinais e alterações manifestados devem ser registrados.
Deve-se realizar a palpação da articulação simultaneamente nos dois lados da
face. O examinador deve introduzir dois dedos no meato auditivo externo e pressionar
suavemente para frente, em estado de repouso e em movimento de abertura e
fechamento da boca. A palpação no meato auditivo externo permite examinar zonas
dolorosas posteriores e movimentos incoordenados do côndilo da mandíbula.Para
avaliar a amplitude de movimento deve-se solicitar ao paciente que realize os
movimentos de abertura, protusão e lateralidade esquerda e direita. A amplitude
alcançada deve ser mensurada com o auxílio de uma fita métrica, paquímetro ou régua
(medindo-se dos dentes superiores aos inferiores). Observar se há a presença de ruídos
articulares (estalidos e/ou crepitações) durante a movimentação ativa da articulação e
em que estágio do movimento eles acontecem (início/meio/final).
FIGURA - MENSURAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO
DA ATM
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Exame muscular
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ponto de gatilho no pterigóideo medial pode originar dores referidas na língua e na
porção posterior da garganta. Isto pode também resultar em dor referida profunda na
região auricular e na articulação temporomandibular.
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Os músculos escalenos localizam-se anteriormente ao trapézio e posteriormente
ao esternocleidomastóideo. A palpação deve ser feita em direção da primeira costela
(atrás da clavícula) As dores referidas são encontradas nas regiões peitoral, lateral e
posterior dos braços, cotovelo, antebraço, polegar e indicador.
Os músculos elevadores da escápula e omo-hióideo podem ser palpados logo
abaixo dos músculos escalenos. Quando hipertônicos, podem causar importante
limitação de movimentos da coluna cervical, relacionada ao quadro álgico. Os pontos
gatilho se situam no ângulo superior da escápula. A zona de dor referida está localizada
no ângulo do pescoço e ao longo do bordo vertebral da escápula.
Os músculos romboides possuem formato losangular e podem ser subdivididos
em romboide maior (processos espinhosos de T1 a T4 até a borda medial e ângulo
inferior da escápula) e romboide menor (processos espinhosos de C7 e T1 à 1/3 superior
da borda medial da escápula). Podem ser palpados próximo à região escapular.
FIGURA - PALPAÇÃO DOS MÚSCULOS ROMBOIDES
Goniometria
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diagnóstico funcional para mensurar objetivamente as amplitudes de movimento
articular, através da utilização do goniômetro.
O goniômetro é um instrumento durável, lavável e de baixo custo que se
assemelha a um transferidor, com dois braços longos, um fixo e outro móvel. Existe
ainda um eixo, que deve estar alinhado com o eixo longitudinal dos seguimentos
adjacentes à articulação. O centro deve ser posicionado sobre o eixo da articulação a ser
examinada.
A medida e o registro das amplitudes articulares devem obedecer a certos
preceitos de forma a minimizar possíveis erros:
➢ Devem-se conhecer os valores de referência normais para
o movimento;
➢ O comparativo com o lado contralateral do indivíduo é
um dado importante;
➢ Deve-se explicar ao indivíduo o que, e de que modo, vai
ser executado;
➢ Os pontos de referências anatômicas devem ser deixados
descobertos;
➢ A posição inicial do seguimento a ser avaliado deve ser a
posição zero (posição de partida), que é normalmente a posição de
extensão;
➢ Caso exista dor na posição de partida, esta pode ser
alterada e o teste deve ser executado na posição de maior conforto para o
indivíduo;
➢ O movimento deve ser executado lentamente para
permitir observar a resposta do indivíduo a sinais de dor ou desconforto;
➢ Deve ser realizada a estabilização de segmentos
adjacentes, para evitar compensações.
50
e a rotação e flexão lateral da coluna cervical. O músculo principal responsável por este
movimento é o esternocleidomastóideo.
51
Testes de força muscular
52
Avaliação postural
53
FONTE: Adaptado de JOÃO, 2008.
54
FONTE: Adaptado de GOMES, 2008.
55
Escoliose: deformação morfológica da coluna vertebral nos três planos do
espaço. Pode acontecer nas regiões torácica e lombar, conforme ilustração a seguir.
Quanto à sua flexibilidade se divide em: não estruturais ou corrigíveis com a eliminação
da causa; e estruturais ou permanentes;
FIGURA – GIBOSIDADE
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FONTE: JOÃO, 2008.
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Pelve anteversão/retroversão: alteração de posicionamento da pelve. Na
anteversão, a pelve inclina-se para frente diminuindo o ângulo entre a pelve e a coxa
anteriormente, resultando em flexão da articulação do quadril, assim a coluna inferior
irá se arquear para frente criando um aumento na curvatura para frente (lordose) da
coluna lombar. Na retroversão, a pelve inclina-se para trás, as articulações do quadril
se estendem e a coluna lombar se retifica, levando a uma postura de dorso plano, que
pode resultar de um encurtamento dos músculos isquiotibias;
A B
Avaliação dental
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Por fim, é importante que o profissional trace objetivos a curto e médio prazos
para o tratamento e determine a sua conduta terapêutica com base nos parâmetros
aferidos durante a avaliação.
Identificação
Nome:
Telefones/e-mail:
Escolaridade:
Profissão:
Situação de trabalho:
( ) Aposentado ( ) Desempregado
( ) Estudante integral ( ) Estudante parcial
( ) Ativo ( ) Trabalha fora
( ) Trabalh a em casa / ( ) Tempo integral ( ) Tempo parcial
Dentista:
Telefone:
Médico:
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Telefone:
Fisioterapeuta:
Telefone:
Fonoaudiólogo:
Telefone:
Psicólogo:
Telefone:
Outros:
Telefone:
Diagnóstico clínico:
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Anamnese
História Clínica
Foi amamentado ao seio? ( ) Sim. Tempo:
( ) Não
Chupou o dedo na infância? ( ) Sim. Tempo:
( ) Não
Utilizou chupeta ou mamadeira na infância? ( ) Sim. Tempo:
( ) Não
Tipo de alimentação:
Alergias:
Frequência dos sintomas: ( ) contínuo ( ) muitas vezes ao dia ( ) uma vez ao dia
( ) muitas vezes por semana ( ) muitas vezes por mês
( ) uma vez por mês ( ) menos de uma vez por mês
Duração dos sintomas: ( ) contínuo ( ) meses ( ) semanas ( ) dias
( ) horas ( ) minutos ( ) variável
Sintomas são piores: ( ) ao levantar ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite ( ) ao dormir
Eventos relacionados ao início:
Localização:
Frequência:
Intensidade:
Qualidade:
Fatores de piora:
Fatores de melhora:
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Evolução dos sintomas:
Medicação atual/doses:
Patologias associadas:
( ) alterações reumáticas ( ) hipertensão arterial (
) alterações cardíacas
( ) desordens pulmonares ( ) desordens hepáticas/urinárias (
) desordens neurológicas ( ) alterações metabólicas ( )
neoplasias ( ) fibromialgia
( )
outras:
Observações:
Posição em que dorme ( ) Dec. dorsal ( ) Dec. ventral ( ) Dec. lateral esquerdo
( ) Dec. lateral direito
Dorme com a boca aberta ( ) Sim ( ) Não
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Dificuldade para respirar deitado ( ) Sim ( ) Não
Dor nos ombros ( ) Sim (lado esquerdo) ( ) Sim (lado direito) ( ) Não
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Vertigens ( ) Sim ( ) Não
Exames complementares
Testes de imagem:
________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Eletromiografia:
________________________________________________________________
_________________________________________________________________
Avaliação da ATM
Movimentação:
➢ Abertura: Simétrica ( ) Desvio ( ) Deflexão ( )
➢ Abertura máxima: mm / Protusão:
mm
➢ Lateralidade direita: mm / Lateralidade esquerda:
mm
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Ruídos Articulares:
Abertura
Direita Esquerda
Estalido
Inicial (0/15mm)
Intermediário (16/30mm)
Tardio (31/50mm)
Crepitação
Fechamento
Direita Esquerda
Estalido
Inicial (0/15mm)
Intermediário (16/30mm)
Tardio (31/50mm)
Crepitação
Palpação da ATM
Dor: ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Forte ( ) Locais:
( ) Não
Edemas ( ) Sim. Locais: _
( ) Não
Direito Esquerdo
Músculo temporal
Masseter
Pterigóideo medial
Pterigóideo lateral
Occipitais
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Esternocleidomastóideo
Trapézio
Escalenos
Elevadores da escápula
Romboides
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Inspeção dos dentes
Assinalar:
Tratamento medicamentoso
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combater a dor contínua. Drogas que induzem o relaxamento muscular, diminuindo o
espasmo dos músculos envolvidos também podem ser úteis. Medicamentos ansiolíticos,
com efeito, sedante ou calmante e ação miorrelaxante também podem ser indicados.
É importante ressaltar que o uso de drogas deve ser realizado somente após
avaliação e prescrição médica, devendo-se evitar a automedicação, que pode levar a
danos à saúde geral do paciente, além de interferir no diagnóstico adequado das
disfunções.
Tratamento cirúrgico
Assistência odontológica
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estabilizadora; placa de mordida; placa noturna; placa de bruxismo; aparelho
interoclusal; splint oclusal; placa de Michigan; placa miorrelaxante; placa de Shore).
Estas placas são normalmente móveis e podem ser confeccionadas em acrílico ou
silicone. Proporcionam o alívio da dor e o relaxamento da musculatura facial,
possibilitando um posicionamento adequado dos músculos, ligamentos e componentes
articulares.
FIGURA - PLACA OCLUSAL MIORELAXANTE
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quando os principais sinais e sintomas de dor foram eliminados e o paciente se encontra
estável. Os principais objetivos desta terapia como tratamento coadjuvante das DTMs
são: eliminação da mordida cruzada, extrusão de dentes posteriores, verticalização de
dentes posteriores; obtenção de movimento distal de dentes posteriores, para aumentar o
número de dentes de suporte no segmento posterior; extrusão de dentes anteriores para
melhorar a guia protrusiva, eliminação da rotação de dentes, principalmente no
segmento posterior e aumentar a estabilidade do sistema dentário.
Assistência fonoaudiológica
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Assistência psicológica
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➢ Observar a abertura da boca para evitar luxações ou subluxações (evitar
bocejos, gargalhadas, gritar, cantar);
➢ Manter uma postura adequada;
➢ Evitar hábitos parafuncionais;
➢ Relaxar os músculos da mandíbula tentando manter a língua no céu da
boca;
➢ Praticar atividades físicas regulares;
➢ Realizar alongamento cervical;
➢ Manter uma dieta equilibrada, evitando alimentos duros e que
demandem muito tempo de mastigação;
➢ Evitar a cafeína presente em chás pretos, refrigerantes, café, por ser uma
substância estimulante e que pode aumentar a tensão muscular;
➢ Preferencialmente dormir em decúbito lateral (de lado), evitando os
decúbitos ventral e dorsal; evitar posturas viciosas como dormir com as mãos no
queixo;
➢ Melhorar a qualidade do sono, observando regras básicas:
➢ Dormir apenas o necessário, evitando horas de sono adicionais que
atrapalham o sono do dia seguinte;
➢ Manter um horário regular de sono mantendo um ritmo próprio e
constante;
➢ Não forçar o sono ao deitar. Se não conseguir dormir, deve-se levantar da
cama realizar alguma atividade e retornar quando estiver sonolento;
➢ Reduzir o barulho e a claridade do ambiente onde dorme;
➢ Manter agradável a temperatura do ambiente onde dorme;
➢ Não dormir com fome, porém, evitaralimentos pesados poucas horas
antes de dormir. Dar preferência a refeições leves;
➢ Evitar o uso abusivo de remédios para dormir, sobretudo sem prescrição
médica;
➢ À noite, não ingerir bebidas com cafeína ou alcoólicas e não fumar.
Recursos eletroterapêuticos
74
microcorrente para acelerar o processo de reparo tecidual; e a corrente russa para
fortalecimento muscular.
Eletroanalgesia
Método que utiliza corrente elétrica aplicada à pele com finalidade analgésica. É
uma corrente de baixa frequência (2 Hz a 200 Hz).
Seu desenvolvimento é baseado na teoria da comporta para explicar o controle e
a modulação da dor. A percepção dolorosa é regulada por uma “comporta” que pode ser
aberta ou fechada por meio de outros impulsos provenientes dos nervos periféricos ou
do sistema nervoso central aumentando ou diminuindo a percepção dolorosa.
Alguns mecanorreceptores de baixo limiar da pele e outras partes sobem sem
fazer sinapse até as colunas posteriores da medula espinhal. Acredita-se que os impulsos
desses mecanorreceptores reduzem efetivamente a excitabilidade das células
nociceptoras aos estímulos geradores de dor (inibição pré-sináptica). Assim, os
impulsos elétricos que estimulam as fibras mecanorreceptoras são efetivos na redução
da percepção de dor. Na dor aguda, a frequência é usada entre 80 Hz e 100 Hz. Na dor
75
crônica, deve-se usar frequência 150 Hz e 200 Hz.
Os eletrodos devem ser posicionados paralelamente à área dolorosa. Caso
necessário, outro par de eletrodos pode ser fixado bilateralmente à coluna vertebral, ao
nível das raízes nervosas que abrangem a área da dor. A intensidade da corrente deve
ser ajustada de acordo com a tolerância do paciente.
Corrente interferencial
76
A terapia por microcorrente pode ser vista como uma catalisadora nos processos
iniciais de numerosas reações químicas e elétricas que ocorrem no processo cicatricial,
uma vez que acelera em até 500% a produção da adenosina trifosfato (ATP). O ATP é a
molécula responsável pela síntese proteica e regeneração tecidual. O uso de
microcorrente nas áreas lesadas, ajuda na normalização da corrente elétrica biológica,
resultando numa maior cicatrização de tecidos lesados e minimização da percepção
dolorosa.
Entre seus efeitos terapêuticos estão: analgesia; aceleração do processo de reparo
tecidual; redução de edemas; aumento da osteogênese em fraturas ósseas; anti-
inflamatório; bactericida; diminuição do espasmo muscular.
Entre seus efeitos fisiológicos estão: restabelecimento da bioeletricidade e
homeostase tecidual; aumento da produção do ATP celular local; aumento da síntese de
proteínas; diminuição de edemas teciduais.
As principais indicações são: cicatrizações pós-cirúrgicas; rupturas
miotendinosas; tendinites, tenossinovites; síndromes dolorosas. Seu uso está
contraindicado nos seguintes casos: alergia ou irritação a corrente elétrica; diretamente
sobre útero gravídico; eixo cardíaco; marca-passo; neoplasias; portadores de implantes
metálicos; dermatites e dermatoses cutâneas.
77
De modo geral, as mudanças produzidas no músculo pela eletroestimulação são
semelhantes àquelas produzidas pelas contrações voluntárias: há um aumento do
metabolismo muscular, uma maior oxigenação, liberação de metabólitos, dilatação de
arteríolas e um consequente aumento da irrigação sanguínea no músculo.
Os principais efeitos da eletroestimulação são:
➢ Facilitação da contração muscular: auxilia a obter uma contração
muscular voluntária, inibida pela dor ou por lesão recente;
➢ Reeducação da ação muscular: o repouso prolongado ou o uso
incorreto de uma musculatura pode afetar sua funcionalidade;
➢ Hipertrofia e aumento da potência muscular: sua aplicação em
intensidades adequadas contribui no processo de hipertrofia e ganho de potência de um
músculo debilitado;
➢ Aumento da irrigação sanguínea: a vasodilatação muscular e os
reflexos de estimulação sensorial promovidos pela eletroestimulação propiciam uma
melhora na irrigação sanguínea local;
➢ Aumento do retorno venoso e linfático: ao promover sucessivas
contrações e relaxamentos musculares, a eletroestimulação favorece o retorno venoso e
linfático;
A contração normal das fibras musculares esqueléticas é comandada pelos
nervos motores. Uma fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular ou então se
ramificar e inervar até 150 ou mais fibras musculares. No local de inervação, o nervo
perde sua bainha de mielina e forma uma dilatação que se coloca dentro de uma
depressão da superfície da fibra muscular. Essa estrutura é denominada de ponto motor.
Os pontos motores são as melhores áreas para a estimulação dos
musculoesqueléticos, pois existe uma menor resistência à passagem de corrente. A
intensidade de corrente necessária para a contração muscular vai ser menor e o paciente
terá uma percepção diminuída ao estímulo. O mapa de pontos motores da face apresenta
78
suas localizações aproximadas, porém certa exploração local deve ser efetuada para o
conhecimento de sua localização individual.
FIGURA - MAPA DE ESTIMULAÇÃO DOS MÚSCULOS DA FACE
79
Ultrassom terapêutico (US)
80
Entre seus efeitos fisiológicos estão: micromassagem celular; aumento da
permeabilidade da membrana; e fonoforese (habilidade do ultrassom em incrementar
a penetração de agentes farmacológicos ativos através da pele).
Os efeitos térmicos do US são proporcionados pela absorção das ondas
ultrassônicas à medida que penetram nas estruturas tratadas. A quantidade de calor
gerado depende de fatores como o regime de emissão (contínuo/pulsado), a intensidade,
a frequência e a duração do tratamento. Entre eles estão: vasodilatação; aumento do
fluxo sanguíneo e do metabolismo; ação tixotrópica (propriedade que o US possui de
"liquefazer" estruturas com maior consistência física); aumento das atividades dos
fibroblastos, da síntese de colágeno e proteínas; estimulação da angiogênese;
aumento das propriedades viscoelásticas dos tecidos conjuntivos; analgesia.
Entre os efeitos atérmicos estão: aumento da permeabilidade das membranas e
difusão celular; aumento do transporte de íons de cálcio pelas membranas celulares;
liberação de histamina e agentes quimiotáticos; aumento da síntese e elasticidade do
colágeno; aumento da síntese de proteínas; e diminuição da atividade elétrica dos
tecidos.
As principais indicações são: analgesia, transtornos circulatórios e pós-
operatórios; fibroses e aderências teciduais. Está contraindicada a aplicação direta na
região dos olhos, ovários, ouvidos e testículos; gestação; portadores de marca-passo
cardíaco ou implantes metálicos; pacientes com hemorragias recentes; afecções da pele;
neoplasias; áreas com insuficiência vascular; osteoporose.
Laser
81
FONTE: KLD Biossistemas, 2008.
Recursos térmicos
Calor
82
massagem e a cinesioterapia melhora a extensibilidade do colágeno, aquecendo o tecido
para o estiramento e potencializando o resultado do tratamento.
Normalmente, utilizam-se compressas quentes sobre a articulação e sobre os
músculos masseteres e temporais, seguido de massagens. O tempo de aplicação
recomendado é de quinze a vinte minutos.
FIGURA - APLICAÇÃO DE COMPRESSA QUENTE NA ATM
Crioterapia
83
Para obtenção de efeitos terapêuticos, a temperatura da pele deve cair para
aproximadamente 13,8°C, para que ocorra a diminuição ideal do fluxo sanguíneo local e
para 14,4°C para que ocorra analgesia.
Na região da ATM, podem ser utilizadas bolsas térmicas geladas sobre a
articulação ou compressas frias por aproximadamente quinze minutos.
As contraindicações são: áreas anestesiadas; alteração do nível de consciência e
cognição do paciente; doença de Raynaud; insuficiência circulatória periférica; e em
casos de alergia ou intolerância ao frio. Nos processos artríticos ou de rigidez articular a
contraindicação é relativa, uma vez que, nestes casos, normalmente o frio não é bem
tolerado.
Recursos manuais
84
conjuntivo alterado.
Para ser efetiva, a técnica deve ser aplicada por profissional habilitado, que saiba
aplicar com segurança todos os seus componentes. Ao executar a DLM é fundamental
observar aspectos como o ritmo (lento, suave e homogêneo), a característica e a
pressão (superficial de até 40 mm/Hg) das manobras, além do sentido do fluxo
linfático. Se corretamente executada, a drenagem pode estimular a abertura dos
linfáticos iniciais e aumentar o volume do fluxo da linfa em até 20 vezes.
A drenagem linfática é uma técnica lenta e que induz ao relaxamento. O tempo
médio para drenagem da face é de cerca de 30 minutos, considerando-se variações como
a presença de edema ou linfedema severo, condições nas quais pode ser necessário um
tempo maior. Existe um deslocamento natural da pele durante as manobras de
drenagem, linfática que auxilia na ativação do sistema linfático. Dessa forma, o uso de
produtos deslizantes pode dificultar a realização de algumas manobras. Em casos de
ressecamento extremo da pele podem-se aplicar algumas gotas de óleo apenas para
lubrificação cutânea.
As manobras devem ser repetidas de quatro a seis vezes em cada local,
havendo uma concentração maior de tempo, nos locais onde o edema for maior. Ao
final de cada etapa (cinco manobras de movimentos circulares em cada local de uma
região), procede-se à drenagem da linfa para o local de início da manobra, seguindo-se
ao mesmo caminho inicial.
FIGURA - APLICAÇÃO DE DLM FACIAL
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Dentre as principais contraindicações estão: tumores malignos não controlados;
tuberculose; processos infecciosos e inflamatórios agudos; edemas oriundos de
insuficiências renais, hepáticas ou cardíacas; insuficiência renal aguda; trombose venosa
profunda, flebites e tromboflebites agudas; erisipela em fase aguda.
Massagem clássica
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Entre as indicações da massagem clássica que a torna importante recurso no
tratamento das DTMs estão: promoção de relaxamento muscular; alterações
circulatórias, disfunções ortopédicas e lesões nervosas.
São contraindicações: tumores; cardiopatias descompensadas; dermatites
agudas; queimaduras; inflamação aguda de articulações; infecções, hiperestesia da pele.
Na região facial podem ser utilizados toques e deslizamentos desde a região da
órbita. Na região dos músculos temporais e masseteres são realizados movimentos
lentos e rotatórios, porém firmes. Pode ser realizada manipulação bidigital em masseter,
iniciando com vibração para inibir possível contração reflexa e segue-se deslizando pelo
bucinador.
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Músculo masseter Músculo masseter
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Em pacientes com DTM, a musculatura da cintura escapular e do pescoço
costuma apresentar-se muito tensa e são facilmente detectados nódulos de tensão.
Devem ser realizados movimentos de deslizamento e amassamento para relaxamento
local.
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Traços miofasciais
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FIGURA TRAÇOS MIOFASCIAIS
Pompage
91
FIGURA - POMPAGE
Pompage global Pompage linfática
Manipulações articulares
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Técnica de terapia manual que possibilita o aumento da mobilidade articular e a
capacidade de extensão capsular, proporcionando alongamento e relaxamento dos
músculos mastigatórios. São especialmente úteis em casos de travamentos agudos e
hipomobilidade da ATM. Objetivam manipular a mandíbula, descomprimindo a ATM;
reorganizar a função articular; e alongar os músculos mastigatórios.Também podem ser
realizadas nos músculos da região cervical e dorsal objetivando relaxamento e
reposicionamento articular.
Manipulações torácicas
Cinesioterapia
93
Exercícios de propriocepção
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Estes exercícios servem para treinar os músculos da mandíbula e melhorar a
nutrição das estruturas articulares e ao mesmo tempo controlar o grau de abertura.
Possibilita a prevenção das consequências nocivas da imobilidade e promove o
relaxamento dos músculos mastigatórios. São úteis em pacientes com hipermobilidade,
que necessitam readequar o tamanho da abertura mandibular fisiológica.
Exercícios ativos
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FIGURA- EXERCÍCIOS CERVICAIS COM BOLA
Flexão de pescoço Extensão de pescoço
Lateralização do pescoço
Outros exercícios ativos que podem ser realizados por pacientes com disfunções
temporomandibulares são:
➢ Círculo de ombro: fazer movimentos circulares com os
ombros. Os movimentos devem ser realizados de forma lenta e em ritmo
constante;
➢ Desenhar o número 8 com a cabeça: imaginar que a
ponta do nariz é a ponta de um lápis, fazer movimentos como se
estivesse desenhando o número 8.
➢ Mamar: realizar exercícios de sucção com a língua
apoiada no palato e a boca fechada (sucção de chupeta);
96
➢ Pintar o céu da boca: imaginando que a língua é um
pincel, passá-la por todo céu da boca, como se estivesse pintando
(movimentos de vai e vem sem tirar a língua);
➢ Pintar bochecha: imaginando que a língua é um pincel,
passá-la por toda bochecha, como se estivesse pintando a parte interna da
boca (movimentos de vai e vem sem tirar a língua);
➢ Pintar a gengiva: imaginando que a língua é um pincel,
passá-la por toda gengiva superior e inferior, por dentro e por fora.
➢ Contar dentes: com a língua, passar por cada dente por
dentro e por fora como se fosse contar todos os dentes;
➢ Estalar língua: com a boca entreaberta, fazer estalos com
a língua.
Exercícios resistidos
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FIGURA - EXERCÍCIOS RESISTIDOS PARA OS MÚSCULOS DA ATM
98
fortalecimentos. A posturologia permite a obtenção de resultados mais rápidos evitando
perturbações frequentemente desastrosas para o sistema postural.
As técnicas de reeducação postural global (RPG) avaliam e tratam as cadeias
musculares como um todo, através de posturas de contração e alongamento. A
respiração é muito importante nesse processo, sendo trabalhada junto com a postura de
alongamento.
Acupuntura
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crônico e necessitam de abordagem interdisciplinar para que haja diminuição da
sintomatologia dolorosa e melhoria do desempenho funcional, a terapia pela acupuntura
deve ser entendida como mais uma opção terapêutica que vai contribuir para o bem
estar do paciente, mas, isolada será incapaz de propiciar a cura se fatores
desencadeantes sistêmicos restritos ao sistema estomatognático se mantiverem
presentes.
Biofeedback
100
mandíbula e pescoço relaxados. O biofeedback tem se mostrado eficaz nos casos de
disfunções temporomandibulares mediadas por causas musculares e tensionais uma vez
que alerta o paciente para a atividade muscular excessiva e inapropriada.
Fase aguda
Na fase inicial do tratamento, em que a dor é aguda e normalmente de
intensidade moderada à alta e as funções da mandíbula podem estar restritas pelo
quadro álgico, o objetivo terapêutico principal é a analgesia. O paciente normalmente
encontra-se tenso e angustiado pela presença da dor e sente receio em movimentar- se,
entrando em um ciclo vicioso de espasmo muscular mediado pela inatividade e pela
tensão. Como recursos terapêuticos, o fisioterapeuta deve utilizar-se de orientações de
posicionamento e cuidados gerais para minimizar a sintomatologia dolorosa
(diminuição da mobilidade, redução de hábitos parafuncionais, qualidade de sono,
postura de trabalho, entre outras). Como terapia física, podemos utilizar a
eletroanalgesia, microcorrentes, laser, termoterapia, ultrassom, terapia manual
para relaxamento.
Fase estrutural
101
A segunda fase do tratamento é a fase estrutural. Após o controle inicial da
sintomatologia, é possível agregar à terapêutica, recursos de mobilização articular,
trações miofasciais e cinesioterapia específica para correção funcional das disfunções
que o paciente apresenta. Os recursos para controle da dor devem ser mantidos, caso a
sintomatologia dolorosa ainda esteja presente ou o paciente refira dor após as
mobilizações.
Fase funcional
Fase normativa
GLOSSÁRIO
102
denervações centrais ou periféricas.
Cartilagem hialina: tipo de tecido cartilaginoso cuja substância fundamental,
de aparência amorfa, é muito resistente e elástica. A cartilagem hialina é a mais
abundante dos tecidos cartilaginosos. Constitui o anel da traqueia e dos brônquios, assim
como as partes cartilaginosas do nariz e das costelas, e recobre as superfícies ósseas
articulares (joelho, cotovelo, punho, etc.).
Correntes alternadas: correntes elétricas cuja magnitude e direção variam
ciclicamente.
Correntes contínuas: correntes elétricas cuja magnitude e direção não variam.
Cúspides: cada uma das pontas formadas na extremidade de atrito dos dentes. Decúbito
dorsal: posicionamento do indivíduo com o abdômen voltado para cima. Decúbito
ventral: posicionamento do indivíduo com o abdômen voltado para baixo. Deglutição:
ato de engolir.
Dentina: tecido conjuntivo avascular, mineralizado, especializado que forma o
corpo do dente, suportando e compensando a fragilidade do esmalte.
Dermatite: doença que causa inflamação da pele, lesões cutâneas e coceira.
Diabetes: doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da glicose no
sangue.
Diartrose: articulação móvel, que permite movimentos extensos, com uma
cavidade articular limitada por extremidades ósseas revestidas por uma cartilagem lisa e
pela membrana sinovial. A união das peças ósseas é assegurada por uma cápsula
articular, por ligamentos capsulares e extracapsulares.
Difusão celular: fenômeno de transporte de matéria em que um soluto é
transportado devido aos movimentos das moléculas de um fluido. Estes movimentos
fazem com que seja transportado soluto das zonas de concentração mais altas para as
mais baixas.
Dimensão vertical: dimensão facial pré-determinada geneticamente pelo
contato oclusal entre os dentes da maxila e da mandíbula.
Discrasia sanguínea: qualquer alteração envolvendo os elementos celulares do
sangue, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
Doença de Raynaud: condição que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do
corpo humano (mãos e pés, nariz, lóbulos das orelhas), quando submetidos a uma
mudança de temperatura inferior ou stress.
Edema: acúmulo anormal de líquido no espaço intersticial devido ao
103
desequilíbrio entre a pressão hidrostática e oncótica;
Edentulismo: ausência de dentes.
Enxaqueca: tipo especial de dor, que afeta apenas uma área limitada da cabeça.
Em geral, é acompanhada de outros sintomas, como vômitos ou perturbações da visão.
Equimose: infiltração de sangue na malha dos tecidos. Surge com a rotura de
capilares. As que surgem a distância resultam da migração do sangue extravasado ou
por aumento da pressão venosa por compressão das veias de drenagem.
Erisipela: infecção cutânea causada geralmente por bactérias de tipo
streptococcus do grupo A e aureus. Cursa usualmente com eritema, edema e dor. Na
maioria dos casos também com febre e leucocitose.
Estase venosa: situação em que há diminuição da velocidade da circulação do
sangue.
Fibras colágenas: fibra mais frequente do tecido conjuntivo, sendo constituída
por uma escleroproteína denominada colágeno. Tem como função fornecer resistência e
integridade estrutural aos tecidos.
Fibras elásticas: fibras delgadas, sem estriações longitudinais, que se ramificam
de forma irregular e conferem elasticidade aos tecidos, suportando grandes trações. São
constituídas por elastina.
Fibroblastos: células do tecido conjuntivo que secretam uma matriz extracelular
rica em colágeno e outras macromoléculas.
Fibromialgia: síndrome dolorosa não inflamatória, caracterizada por dores
musculares difusas, fadiga, cansaço e dor em pontos dolorosos específicos sob pressão
(pontos no corpo com sensibilidade aumentada ou tender points).
Fibrose: formação ou desenvolvimento em excesso de tecido conjuntivo fibroso
em um órgão ou tecido como processo reparativo ou reativo, com a formação de tecido
fibroso como um constituinte normal de um órgão ou tecido.
Fístula: comunicação anormal entre estruturas orgânicas.
Flebites: inflamação da parede das veias que permite a aderência de plaquetas.
Forno de Bier: forno usado com finalidade terapêutica, visando provocar uma dilatação
nos vasos sanguíneos que promoverão uma melhor vascularização; Hematoma: coleção
de sangue num órgão ou tecido, geralmente bem localizado e que pode dever-se a
traumatismo, alterações hematológicas ou outras causas.
Hiperemia: vermelhidão da pele, causada pelo aumento da circulação local.
Hipertensão arterial: disfunção caracterizada pelo aumento da pressão arterial, medida
104
com esfigmomanômetro, tendo como causas a
hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo,
stress, entre outras.
Hipertireoidismo: aumento anormal dos níveis dos hormônios tireoidianos no
sangue.
Hipertonia: aumento anormal do tônus muscular e da redução da sua
capacidade de estiramento.
Hipertrofia: crescimento da fibra muscular em resposta a um aumento da
demanda de atividade do músculo.
Hipoestesia: redução da sensibilidade em determinado local.
Hipotireoidismo: diminuição anormal dos níveis dos hormônios tireoidianos no
sangue.
Hipotonia: diminuição anormal do tônus muscular;
Histamina: amina biogênica envolvida em processos bioquímicos de respostas
imunológicas, bem assim como a desempenhar função reguladora fisiológica intestinal,
alem de atuar como neurotransmissor. É uma substância de aspecto cristalino, incolor,
solúvel em água, com ação vasodilatadora e constritora de músculos lisos.
Homeostase: processo sanguíneo fisiológico mantido em estado de equilíbrio
dinâmico constante pelo organismo.
Infravermelho: aparelho que emite raios infravermelhos utilizado em
fisioterapia com o objetivo de produzir calor local.
Isquemia: falta de suprimento sanguíneo para um tecido orgânico.
Linfangion: unidade funcional do sistema linfático, responsável pelo
mecanismo de propulsão da linfa.
Linfedema: condição que se desenvolve a partir de um desequilíbrio entre a
demanda linfática e a capacidade do sistema em drenar a linfa .
Linfedema: disfunção do sistema linfático que ocorre quando há um
desequilíbrio entre a demanda linfática e a capacidade do sistema em drenar a linfa.
Lipoesclerose: fibro edema geloide;
Lúpus: doença crônica autoimune de causa desconhecida caracterizada pela
produção de anticorpos contra as células do próprio organismo (autoanticorpos),
impossibilitando o sistema imunológico de combater corpos estranhos.
Macrófagos: células de grandes dimensões do tecido conjuntivo, ricos em
lisossomos, que fagocitam elementos estranhos ao corpo. Os macrófagos derivam dos
105
monócitos do sangue e de células conjuntivas ou endoteliais. Intervêm na defesa do
organismo contra infecções.
Marca-passo: dispositivo de aplicação médica que tem o objetivo de regular os
batimentos cardíacos.
Mecanorreceptores: estruturas orgânicas que respondem a estímulos como
pressão, tato, calor, frio, posição articular e servem de reguladores para adaptação
orgânica.
Menopausa: parada de funcionamento dos ovários, que deixam de produzir os
hormônios estrógeno e progesterona e de eliminar óvulos, causando a interrupção dos
ciclos menstruais da mulher.
Micrognatismo: hipodesenvolvimento da mandíbula.
Micro-ondas: equipamento de fisioterapia para diatermia, que tem a finalidade
de produzir calor local.
Miosina: uma das proteínas que, com a actina e em presença de ATP, são
responsáveis pela contração muscular.
Mordida profunda: acontece quando os dentes anteriores inferiores mordem no
palato ou tecido gengival atrás dos dentes anteriores superiores. Pode gerar desconforto
e danos ósseos.
Mucina: composto pertencente a um grupo de glicoproteínas que são as
principais constituintes do muco.
Narcóticos: variedade de substâncias que fazem adormecer, reduzem ou
eliminam a sensibilidade.
Neoplasias: condição orgânica em que há um crescimento exagerado de
determinado tipo celular.
Ondas curtas: equipamento de fisioterapia para diatermia, que tem a finalidade
de produzir calor local.
Ondas senoidais: uma onda senoidal pode ser entendida como um movimento
circular que se propaga ao longo de um eixo, o qual pode representar uma distância ou
tempo. Órgãos tendinosos de Golgi: órgão receptor sensorial proprioceptivo que está
localizado nas inserções das fibras musculares esqueléticas, mais especificamente nos
tendões dos musculosesqueléticos.
Paquímetro: instrumento usado para medir as dimensões lineares internas,
externas e de profundidade de uma peça. Consiste em uma régua graduada, com encosto
fixo, sobre a qual desliza um cursor. Em avaliação física é utilizado para mensurar os
106
movimentos mandibulares.arafina: substância atóxica derivada do petróleo que possui
propriedades termoplásticas e de repelência à água, sendo usada para diversas
aplicações. Em fisioterapia é utilizada para manutenção de calor, principalmente em
extremidades.
Paresia: alteração na capacidade de movimentação de determinado local.
Posição intercuspidal: aquela em que se dá o maior engrenamento de cúspides,
independentemente de ser cêntrica ou não.
Prognatismo: hiperdesenvolvimento da mandíbula.
Proteínas: grande molécula composta de uma ou mais cadeias de aminoácidos
dispostas em uma ordem específica, determinada pela sequência base dos nucleotídeos
no código de DNA da proteína. As proteínas são necessárias para a estrutura, função e
regulação das células, dos tecidos e dos órgãos do corpo. Cada proteína tem uma função
única.
Radioterapia: método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de
radiações ionizantes.
Retículo sarcoplasmático: importante organela citoplasmática envolvida no
armazenamento e na síntese de proteínas.
Sinapse: pontos onde as extremidades de neurônios vizinhos se encontram e o
estímulo passa de um neurônio para o seguinte por meio de mediadores químicos
(neuroptransmissores).
Sistema linfático: rede complexa de órgãos linfóides, linfonodos, ductos
linfáticos, tecidos linfáticos, capilares e vasos linfáticos que produzem e transportam o
fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório. Importante componente
do sistema imunológico.
Tecido conjuntivo: tipo de tecido orgânico caracterizado por apresentar tipos
diversos de células separadas por abundante material intercelular, que é sintetizado por
elas e representado pelas fibras do conjuntivo e pela substância fundamental amorfa.
Tendinite: inflamação de um tendão que surge usualmente através do excesso
de repetições de um mesmo movimento.
Terminações de Paccini: mecanorreceptores de pressão que se apresentam sob
a forma de uma terminação nervosa, envolvida por camadas concêntricas de tecido
conjuntivo rico em fibrilas, cujas células são contínuas com o endoneuro. Presente nas
camadas subcutânea da pele, nos ligamentos, periósteo, peritônio, mesentério, pâncreas
e outras vísceras.
107
Terminações de Ruffini: presentes na pele e nas articulações. Os terminais são
associados com fibrilas colágenas na cápsula, confundindo-se com o colágeno dérmico.
Uma fibra mielinizada entra na cápsula e divide-se em pequenos ramos não
mielinizados. Semelhantes aos bulbos terminais de Krause, porém são mais achatados.
Terminações nervosas livres: estruturas sensíveis aos estímulos mecânicos,
térmicos e especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado
envolto por células de Shawn sendo, por sua vez, ambos envolvidos por uma membrana
basal.
Trombose venosa profunda: formação de um coágulo sanguíneo ("trombo")
em uma veia profunda. Geralmente afeta as veias da perna, como a veia femoral e a veia
poplítea ou veias profundas da pelve.
Tuberculose: doença grave, transmitida pelo ar, que pode atingir todos os
órgãos do corpo, em especial nos pulmões. O microorganismo causador da doença é o
bacilo de Koch, cientificamente chamado mycobacterium tuberculosis.
Vasoconstrição: processo de contração dos vasos sanguíneos, em consequência
da contração do músculo liso presente na parede desses mesmos vasos.
Vasodilatação: processo de dilatação dos vasos sanguíneos, em consequência
do relaxamento do músculo liso presente na parede desses mesmos vasos.
108
REFERÊNCIAS
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