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MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
E PONTO DE EQUILIBRIO
PROFESSOR ESPECIALISTA
MAURÍCIO GALHARDO - FFCUBE
ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS
MARGEM DE
02
AULA
CONTRIBUIÇÃO
E PONTO DE
EQUILIBRIO
01 OBJETIVOS EDUCACIONAIS
02 A TOMADA DE DECISÃO
04 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
4.1. CÁLCULOS BASEADOS NA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
05 COLOQUE EM PRÁTICA
Como vimos na aula passada, o preenchimento do DRE irá
auxiliá-lo a entender os números de sua empresa.
Aplicar a fórmula de
Compreender a importância Entender como
Ponto de Equilíbrio, entre
de manter a planilha de preencher o espaço
outras, para conhecer
DRE atualizada, para analisar Gastos e Receitas Não
informações relevantes
informações pontuais; Operacionais, no DRE;
para seu negócio.
A TOMADA
2 DE DECISÃO
Infelizmente, é cada vez mais comum encontrarmos empresários que tomam suas decisões de forma
impulsiva, sem o apoio de informações e análises financeiras.
1 Muitos desses empresários não têm os dados financeiros à mão para consulta.
De uma forma geral, os empresários dominam a parte técnica de seus negócios e, nos
Muitos empresários focam estritamente no faturamento, que, logicamente, é um indicador importante, visto
que é a linha que “traz recursos financeiros ao negócio”.
A verdade é que seu produto pode vender bem e não necessariamente gerar um bom resultado.
Justamente para darmos foco ao resultado, iniciaremos esta aula tratando dos Gastos e Receitas Não
Operacionais. Como o nome diz, referem-se à entrada ou saída de recursos, no negócio, que não são
operacionais, ou seja, que não fazem (ou não deveriam fazer) parte do dia a dia do negócio.
Muitos empresários, quando montam suas planilhas financeiras, seguem recomendações de lançar TUDO
na planilha. Sim, isso é correto, mas vale especificar que deve ser lançado tudo o que é, de fato, relativo ao
negócio. Digo isso, pois acaba sendo comum encontrarmos lançamentos de despesas pessoais, dívidas,
investimentos e diversos outros tipos de retiradas, que não fazem parte da operação em si.
ATENÇÃO
Quando as informações financeiras pessoais se confundem com as informações de
sua companhia, o resultado acaba sendo distorcido e não gera dados corretos para a
tomada de decisão.
R$ %
DÍVIDA:
Quando a empresa gera resultados negativos, pode haver necessidade
de empréstimos.
Assim, tanto a tomada do empréstimo (que para a empresa será uma
Receita Não Operacional) quanto o pagamento das parcelas da dívida,
já com os juros embutidos (Gasto Não Operacional), devem ser lançados
nessa linha, abaixo do resultado da empresa.
ATENÇÃO
É sempre importante lembrar que qualquer forma de juros – pagos
ou recebidos – pela empresa (taxas de antecipação de recebíveis,
por exemplo) não deveriam fazer parte da operação normal da
empresa e, por isso, quando houver, devem ser lançados em Gastos
e Receitas Não Operacionais.
Note que, se fôssemos bem objetivos, poderíamos ter o DRE da empresa somente até a
linha do Resultado Operacional. A linha de Gastos e Receitas Não Operacionais poderia ser
excluída, visto que não trata de movimentações voltadas à operação do negócio. No entanto,
sugiro a inclusão desta linha justamente para enfatizar a separação do que de fato é, e o que não
é, do negócio.
DICA DE OURO
Crie uma planilha à parte para suas entradas e saídas pessoais.
4
MARGEM DE
CONTRIBUIÇÃO
A busca por resultado financeiro passa, impreterivelmente, por entender como elevar os níveis
de vendas/faturamento, bem como minimizar/cortar gastos. Assim, compreender os diversos
Grupos de Gastos e definir quanto seria um nível satisfatório (em R$ ou %), para cada um,
passa a ser determinante para a busca de um melhor Resultado Operacional.
A Margem de Contribuição nos permite calcular várias coisas. O primeiro cálculo relevante é o
Ponto de Equilíbrio (PE) da empresa.
CÁLCULOS BASEADOS NA
4.1 MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Considerando a palavra equilíbrio, o que você acha que é o ponto de equilíbrio de uma empresa?
Ponto de Equilíbrio é o valor (ou o número de itens) necessário para manter a empresa em
harmonia, ou seja, sem lucro ou prejuízo. Em outras palavras, é o valor de Vendas mínimo (ou
faturamento mínimo), suficiente para arcar com todos os gastos da empresa, gerando Resultado
Operacional igual a zero.
Logicamente que nenhum empresário faz seu planejamento financeiro determinando como meta
de vendas o Ponto de Equilíbrio. Os empresários desejam, sim, que suas empresas gerem lucros.
No entanto, saber qual é o PE de uma empresa ajuda a entender qual o potencial de geração
de Lucro Operacional, bem como o que deve ser feito para, pelo menos, empatar as contas.
O valor do PE, quando se tem o DRE preenchido, é bem simples de calcular. Veja a fórmula abaixo:
R$ 28.458,00
PE = 40,6%
PE = R$ 70.093,60
Conclusão: esta empresa precisaria vender R$ 70.093,60 para conseguir pagar todos
os seus Gastos Variáveis e Gastos Fixos, ficando com um Resultado Operacional
igual a zero.
Faturamento para
lucro desejado = R$ 107.039,41
Modelo - DRE
R$ %
Agora, eu lhe pergunto: Por que isso acontece? Por que para se ter um lucro de R$ 15.000, a
empresa precisará faturar quase R$ 37.000 a mais?
Isso acontece por conta dos Gastos Variáveis. Mesmo após o faturamento da empresa ultrapassar
o Ponto de Equilíbrio, ou seja, os Gastos Fixos já estão pagos, a empresa continuará tendo os Gastos
Variáveis para cobrir. E, quanto maiores forem os faturamentos, consequentemente, maiores serão
estes GVs.
DICA DE OURO
Esta lógica de dividir um Gasto Fixo pela Margem de Contribuição e assim
chegar ao valor de faturamento para “arcar” com o respectivo GF, serve não só
para calcular o Ponto de Equilíbrio, mas para qualquer novo Gasto Fixo que
houver no negócio.
ATENÇÃO
Este cálculo não expressa o que o novo funcionário contratado deve
vender por mês, mas sim o quanto a empresa, como um todo, deve
aumentar em seu faturamento mensal para arcar com os novos Gastos
Fixos, que esse novo funcionário gerará.
O Ticket Médio é o valor médio de cada venda da empresa. Para calculá-lo, basta aplicar a
fórmula abaixo:
VEJA UM CASO:
Suponha que o Ticket Médio de uma empresa seja R$ 220,00 no
primeiro trimestre.
Se dividirmos os R$ 70.093,60 do Ponto de Equilíbrio pelos R$ 220,00,
chegaremos a 319 vendas.
Ou seja, essa empresa precisaria efetuar 319 vendas - ao valor médio de R$ 220,00
- para chegar ao PE. Sabendo-se disso, ficará mais fácil para a equipe comercial,
por exemplo, definir metas de vendas.
ATENÇÃO
É imprescindível que você possua um DRE mensal atualizado. Desta forma,
esses cálculos lhe viabilizarão diversas informações e projeções de números, de
acordo com suas expectativas.
Lembre-se de que estou apresentando aqui conceitos básicos que você já pode implementar no seu negócio.
Por mais que sejam básicos, eles não deixam de ser importantes.
A análise de viabilidade de implantação de uma nova empresa ou o planejamento financeiro básico de uma
empresa em andamento passa por todos esses cálculos que devem, recorrentemente, ser atualizados.
Isso porque os gastos de uma empresa podem passar por oscilações significativas, de acordo com a gestão.
Assim, uma simples decisão de redução de um gasto, por exemplo, pode trazer grandes impactos em outras
linhas do DRE.
DICA DE OURO
Realize um acompanhamento detalhado, mês a mês, do DRE de sua empresa,
para entender as oscilações dos gastos.
Entenda qual o impacto da sazonalidade no faturamento e nas diversas linhas da planilha para, de acordo com o
planejamento, tomar medidas que contenham ou minimizem a queda no Resultado Operacional.
COLOQUE EM
5 PRÁTICA
Agora, é sua vez de conhecer o Ponto de Equilíbrio de sua empresa e saber qual o mínimo de faturamento
necessário para arcar com todas as despesas. Utilize a fórmula abaixo e conheça o PE de sua empresa:
Ponto de
Equilíbrio
=