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Todos os tópicos são atualizados à medida que novas evidências são disponibilizadas e nosso processo de revisão por
pares é concluído.
INTRODUÇÃO
● Cura – Uma cura vitalícia para a doença falciforme está disponível apenas através do
transplante de células-tronco hematopoéticas. Os ensaios de terapia genética estão em
andamento e são promissores. Este assunto é discutido em detalhes separadamente.
(Veja "Transplante de células-tronco hematopoiéticas na doença falciforme" .)
● Transição dos cuidados pediátricos para os adultos - (Ver "Doença falciforme (DF) em
adolescentes e adultos jovens (AYA): Transição dos cuidados pediátricos para os
adultos" .)
Indivíduos com DF que necessitam de atenção médica devem ser incentivados a procurá-la
quando necessário, e indivíduos que recebem transfusões crônicas para a prevenção de
eventos graves ou potencialmente fatais, como aqueles com acidente vascular cerebral
recente ou ataque isquêmico transitório, devem continuar a receber transfusões. (Ver
"Transfusão de glóbulos vermelhos na doença falciforme: indicações e técnicas de
transfusão", seção 'Indicações para transfusão' .)
pulso) durante visitas de rotina fornecerá padrões para comparação durante exacerbações
clínicas, porque esses valores são frequentemente anormais no início do estudo.
Links para diversas diretrizes da sociedade estão listados em uma análise de tópico
separada. (Consulte 'Links de diretrizes da sociedade' abaixo.)
Tratamentos curativos — Uma cura vitalícia para a doença falciforme está disponível
apenas através do transplante de células-tronco hematopoéticas. A terapia genética está sob
investigação. (Veja "Transplante de células-tronco hematopoiéticas na doença falciforme" .)
PREVENÇÃO DE INFECÇÕES
Visão geral — Indivíduos com DF são altamente suscetíveis a infecções bacterianas e virais,
em grande parte devido à asplenia funcional que se desenvolve no início da infância. O curso
clínico dessas infecções é frequentemente mais grave do que o de indivíduos sem DF.
(Consulte "Visão geral das manifestações clínicas da doença falciforme", seção 'Infecção' .)
As duas principais medidas para prevenir a infecção em indivíduos com DF são a imunização
para todos os pacientes e a penicilina profilática para todas as crianças pequenas (por
exemplo, <5 anos de idade) [8 ] . Uma revisão das imunizações do paciente deve ser
realizada em cada contato médico para garantir que estejam atualizadas, e os
pais/cuidadores de crianças pequenas devem confirmar se a penicilina profilática está sendo
usada adequadamente. A prevenção de infecções em pessoas com certas síndromes
falciformes heterozigóticas compostas (por exemplo, hemoglobina SC, talassemia beta
falciforme) depende do grau de asplenia funcional. (Veja 'Imunizações' abaixo e 'Penicilina
profilática' abaixo e 'Doença Hb SC e talassemia beta falciforme' abaixo.)
Os pais e cuidadores de bebês e crianças com DF também devem ser orientados quanto ao
reconhecimento precoce da infecção, que pode se manifestar com febre isolada. Deve ser
criado um plano formal para procurar atendimento médico para uma temperatura elevada
predeterminada (>38,5°C ou >101,5°F), e uma estratégia discutida em relação aos planos
caso ocorra febre durante a viagem ou ao visitar familiares ou cuidadores que possam não
estar familiarizado com a rotina. Os adultos também devem ter um plano claro para
procurar atendimento médico em caso de sinais de infecção. A febre deve ser considerada
uma emergência médica que requer atenção médica imediata, hemocultura e tratamento
com antibióticos. Esta importante questão é discutida separadamente. (Ver “Avaliação e
tratamento da febre em crianças e adultos com doença falciforme” .)
● Quando viável, a profilaxia antibiótica pode ser indicada para indivíduos com DF que
sejam contatos domiciliares de pessoas com essas infecções.
O PCV pode ser administrado a partir das seis semanas de idade e provoca uma resposta
imunológica eficaz durante os primeiros dois anos de vida. A vacina pneumocócica
polissacarídica (PPSV23) inclui um maior número de sorotipos, mas não é imunogênica em
crianças <2 anos de idade. A profilaxia com penicilina não parece interferir na resposta de
IgG à imunização [ 14 ].
As recomendações de vacinação mudaram com a introdução da vacina PCV20 , uma vez que
os indivíduos que receberam PCV20 não necessitam de PPSV23 (anteriormente, aqueles que
receberam PCV13 ou PCV15 necessitavam de PPSV23). Os detalhes são discutidos
separadamente, incluindo:
Outras vacinas padrão — As crianças com DF devem receber todas as vacinas infantis
padrão, incluindo as contra hepatite A e B; sarampo, caxumba e rubéola; varicela; rotavírus;
Haemophilus influenzae ; tétano, difteria e coqueluche; e poliovírus em países onde ainda é
endémico. (Consulte "Imunização contra o vírus da hepatite B em adultos" e "Imunizações
padrão para crianças e adolescentes: Visão geral", seção sobre 'Calendário de rotina' e
"Vacinas contra rotavírus para bebês" e "Prevenção da infecção por Haemophilus influenzae
tipo b" e "Vacinação contra poliovírus" .)
A maioria destas vacinações deve ser atualizada periodicamente durante a idade adulta, de
acordo com as recomendações dos Centros de Controle de Doenças ou de outra agência
reguladora nacional. As vacinas de vírus inativados são preferidas. (Consulte "Imunizações
padrão para adultos não grávidas" .)
de 125 mg de penicilina V por via oral duas vezes ao dia, e aos três anos deve ser aumentada
para 250 mg duas vezes ao dia até os cinco anos de idade [ 25,26 ]. (Consulte "Prevenção de
infecção em pacientes com função esplênica prejudicada", seção 'Profilaxia antibiótica' .)
Após os cinco anos de idade, alguns pais/cuidadores, após consulta aos seus médicos,
optam por interromper a profilaxia com penicilina, enquanto outros continuarão [ 27 ]. Esta
é uma questão importante dada a persistência da disfunção esplênica ao longo da vida,
começando no final da infância e continuando até a idade adulta. Pacientes e familiares
devem ser lembrados de que a febre é uma emergência médica para um paciente com DF,
independentemente de estar ou não em uso de penicilina.
Pacientes com alergia à penicilina devem receber eritromicina profilática BID. Outras
escolhas alternativas de antibióticos para indivíduos alérgicos à penicilina são discutidas
separadamente. (Consulte "Prevenção de infecção em pacientes com função esplênica
prejudicada", seção 'Profilaxia antibiótica' .)
A decisão de continuar a profilaxia antibiótica após os cinco anos deve ser tomada caso a
caso. Com base nos dados acima, muitos médicos pediátricos optam por interromper a
profilaxia se a criança não tiver tido uma infecção pneumocócica grave anterior ou
esplenectomia e estiver recebendo cuidados abrangentes, incluindo a administração da
vacina pneumocócica polissacarídica (PPSV23) [ 8,27 ]. No entanto, outros continuarão a
profilaxia com penicilina até a idade adulta devido ao risco vitalício de infecção
pneumocócica, incluindo infecção por doença pneumocócica com sorotipos não incluídos
nas vacinas [ 31 ]. (Veja 'Doença pneumocócica' acima.)
• Pacientes com talassemia falciforme beta 0 (talassemia Hb S-beta 0 ) têm um curso clínico
semelhante aos pacientes com doença Hb SS, com desenvolvimento de asplenia
funcional no início da infância e um risco semelhante de infecção bacteriana
invasiva. Como resultado, a estratégia de prevenção de infecções deve ser a mesma
daqueles com Hb SS, incluindo imunizações, penicilina profilática e
antibioticoterapia empírica quando estão febris.
GESTÃO DE INFECÇÕES
● A avaliação deve incluir uma breve história para localização dos sintomas e um exame
físico abreviado focado na estabilidade hemodinâmica, sinais de infecção localizada ou
generalizada, tamanho do baço e evidência de acidente vascular cerebral. (Ver
“Avaliação e tratamento da febre em crianças e adultos com doença falciforme”, secção
“Avaliação inicial” .)
A melhor abordagem para úlceras nas pernas é a prevenção, que inclui atenção ao calçado
adequado e tratamento imediato para sinais precoces de lesão na pele. (Consulte "Princípios
básicos de tratamento de feridas" .)
O manejo de grandes úlceras cutâneas requer uma equipe multidisciplinar. Embora muitas
terapias sistêmicas e locais tenham sido examinadas, os pilares da terapia são o tratamento
de feridas, a compressão e a terapia baseada em SCD com hidroxiureia ou transfusão
crônica. Os componentes da gestão podem incluir o seguinte [ 42-46 ]:
● O edema local deve ser minimizado com repouso, elevação dos membros inferiores e
bandagens compressivas. Em alguns casos, a diurese também é apropriada. A
compressão Coban pode ser mais benéfica do que as botas Unna.
● Descobrimos que o repouso no leito, embora difícil de cumprir, é essencial para a cura
de úlceras grandes e/ou recalcitrantes [ 49,50 ].
● As infecções requerem tratamento, mas os antibióticos muitas vezes não são úteis e
devem ser usados de forma adequada.
● Os enxertos podem ser necessários, mas apresentam uma taxa de falha muito alta e
devem ser usados de forma conservadora [ 53 ].
Essas terapias são discutidas com mais detalhes separadamente. (Consulte "Visão geral do
tratamento de feridas crônicas" .)
Além das terapias específicas listadas acima, muitos pacientes com DF e úlceras cutâneas
apresentam vários outros problemas que prejudicam a cicatrização de feridas, incluindo
desnutrição, deficiências nutricionais e de vitamina D, hipertensão pulmonar e depressão.
Esses fatores de confusão também precisam ser abordados.
Existem várias terapias que podem ser benéficas, mas permanecem não comprovadas,
incluindo Apligraf (um equivalente para a pele), creme tópico de nitrito de sódio a 2%,
curativos com peptídeo RGD e Timolol tópico [ 54–57 ]. Não utilizamos essas terapias
rotineiramente, mas contamos com alívio da dor, repouso no leito, terapia transfusional,
tratamento local de feridas e, quando necessário, consulta com programas de úlcera crônica.
NUTRIÇÃO
● O ácido fólico é administrado a todos os indivíduos numa dose oral de 1 mg por dia. No
entanto, alguns médicos podem omitir razoavelmente a suplementação de ácido fólico
para pacientes que têm ingestão alimentar suficiente, especialmente em locais onde
grãos e cereais são suplementados rotineiramente. A deficiência de folato foi
encontrada em vários estudos observacionais de pacientes com DF [ 61,63-66 ]. O
aumento do consumo de folato devido à anemia hemolítica contínua é frequentemente
proposto como uma justificativa para o uso de ácido fólico nesses pacientes.
Entretanto, não há dados de que a suplementação de ácido fólico aumente o
hematócrito em indivíduos com DF; um ensaio randomizado de suplementação de
ácido fólico em 117 crianças com doença falciforme mostrou que, em comparação com
os controles, aqueles que receberam ácido fólico não apresentaram melhora nos níveis
de hemoglobina ou nas características de crescimento, mas tiveram uma diminuição no
volume celular médio e menos dactilite [64 ] . Apesar disso, acreditamos que o
● Usamos um multivitamínico diário sem ferro para todos os nossos pacientes. Isso
substitui algumas das vitaminas e micronutrientes comumente relatados como
deficientes nesses indivíduos, incluindo zinco, vitamina D, vitamina E, vitamina C,
vitamina A, magnésio, selênio, carotenóides e flavonóides [ 58-61 ]. Estoques excessivos
de ferro e lesões oxidativas podem contribuir para a depleção de vitaminas
antioxidantes.
● Mulheres jovens não transfundidas com fatores de risco para deficiência de ferro ou
que praticam amamentação também devem ser submetidas a exames e tratamento.
Em pacientes com deficiência de ferro é importante estabelecer a causa. No entanto,
em contraste com as crianças, em adultos com DF há uma controvérsia em torno do
tratamento da deficiência de ferro, uma vez que dados preliminares sugerem que a
deficiência de ferro pode diminuir a polimerização da hemoglobina falciforme [ 67,68 ].
(Consulte "Causas e diagnóstico de deficiência de ferro e anemia ferropriva em adultos"
e "Fisiopatologia da doença falciforme" .)
RECOMENDAÇÕES DE VIAGEM
Não há restrições de viagem para indivíduos com DF. No entanto, geralmente aconselhamos
os indivíduos com DF a adiar viagens eletivas se estiverem doentes. Para aqueles que estão
bem ou no estado basal, oferecemos conselhos sobre o seguinte:
Planeamento dos cuidados fora de casa — É importante ter um plano caso ocorram
complicações da doença, tais como infecção (ou febre) ou eventos vaso-oclusivos (dor,
síndrome torácica aguda). Este plano deve ser discutido com familiares e cuidadores que
possam não estar familiarizados com a doença falciforme.
● Pré-viagem
● Durante a viagem
● Destino
• Evite situações que possam levar à desidratação ou agravar a dor (por exemplo,
evite longas filas e temperaturas extremas).
• A febre deve ser considerada uma emergência médica que requer atenção médica
imediata, hemocultura e tratamento com antibióticos. (Ver “Avaliação e tratamento
da febre em crianças e adultos com doença falciforme” .)
● Dor aguda não aliviada por medidas ambulatoriais usuais – Avaliação agressiva da
fonte, incluindo hemograma completo, contagem de reticulócitos e outros testes, com
analgesia com opioides administrada rapidamente.
Conselhos específicos para viagens aéreas — Indivíduos com doença falciforme podem
utilizar viagens aéreas comerciais padrão e não devem ser desencorajados de fazê-lo. Evite
viajar em aeronaves não pressurizadas acima de 5.000 pés (aumento do risco de eventos
vaso-oclusivos). O risco de complicações vaso-oclusivas durante o voo em companhias
aéreas comerciais é considerado baixo, embora as evidências sejam limitadas.
● Várias grandes séries de casos e nossa própria experiência mostraram que eventos
hipóxicos relacionados a companhias aéreas são incomuns [ 73,74 ]. Não aconselhamos
indivíduos com DF a usar oxigênio suplementar em voos comerciais, embora indivíduos
com DF possam e devam solicitar oxigênio se sentirem falta de ar durante viagens
aéreas, semelhantemente àqueles sem DF, e aqueles com doença pulmonar hipóxica
conhecida ou usando o oxigênio doméstico deve ter oxigênio durante a viagem.
● Indivíduos com DF devem estar cientes do possível risco de infarto esplênico, um risco
que é muito pequeno, mas pode ser aumentado em pessoas com esplenomegalia. O
risco também aumenta naqueles com certas síndromes de DF heterozigóticas
compostas, pois alguns desses indivíduos podem ter alguma preservação da função
esplênica. (Consulte "Esplenomegalia e outros distúrbios esplênicos em adultos", seção
sobre 'Lesões esplênicas focais' e "Visão geral das síndromes falciformes compostas" .)
● Complicações cerebrais
• Triagem de TCD para risco de acidente vascular cerebral – Em crianças ≤16 anos
de idade com hemoglobina SS ou hemoglobina S-beta talassemia que não produz
hemoglobina A ( talassemia Hb S-beta 0 ), o fluxo sanguíneo cerebral deve ser
avaliado anualmente por Doppler transcraniano (TCD). , porque crianças em risco de
acidente vascular cerebral podem ser identificadas com esta técnica e a incidência
de acidente vascular cerebral pode ser reduzida pelo uso de terapia regular de
https://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-management-and-prognosis-of-sickle-cell-disease/print?search=anemia falciforme tratame… 16/34
09/11/2023, 05:17 Visão geral do manejo e prognóstico da doença falciforme - UpToDate
Os intervalos ideais para medições de TCD não foram avaliados formalmente, mas
as medições de TCD devem ser iniciadas aos dois anos de idade e realizadas
anualmente [ 8 ]. A triagem seriada do TCD é recomendada porque a velocidade
normal do fluxo em uma única triagem não garante um status contínuo de baixo
risco. Indivíduos com velocidade anormal no DTC devem ser examinados por um
especialista com experiência em terapia transfusional crônica e prevenção de
acidente vascular cerebral. Essas questões são discutidas em detalhes
separadamente. (Ver "Transfusão de glóbulos vermelhos na doença falciforme:
indicações e técnicas de transfusão", secção sobre 'Prevenção primária e secundária
do AVC' e "Prevenção do AVC (inicial ou recorrente) na doença falciforme", secção
sobre 'Prevenção de uma primeira acidente vascular cerebral isquêmico (profilaxia
primária de acidente vascular cerebral)' .)
uma ressonância magnética, caso não tenha sido realizada nos últimos anos,
durante a transição para programas para adultos. Além disso, recomenda-se a
triagem de alfabetização em saúde e atividades da vida diária [ 81 ]. Se os défices na
literacia em saúde e nas atividades da vida diária estiverem prejudicados, os testes
neuropsicológicos são apropriados e podem ser indicados programas de
remediação neurocognitiva. À medida que os pacientes envelhecem, dados
preliminares sugerem que correm risco de demência prematura. A Escala Universal
de Avaliação de Demência Rowland (RUDAS) foi projetada especificamente para
triagem cognitiva [ 82 ]. O RUDAS avalia função executiva, memória, linguagem e
função perceptivo-motora. Foi projetado para minimizar vieses educacionais e pode
ser administrado em seis minutos. O uso do RUDAS em adultos com DF
documentou pontuações consistentes com demência em 29 dos 252 participantes
(12 por cento); a proporção aumentou com a idade, até 15 por cento na faixa etária
de 40 a 59 anos e 36 por cento na faixa etária ≥60 anos [ 82 ].
cinco anos de idade ou, no máximo, aos 10 anos de idade; os adultos são monitorados
em visitas regulares, normalmente quatro a seis vezes por ano [ 8,24 ]. Indivíduos que
recebem um quelante de ferro podem necessitar de monitoramento mais frequente.
Os achados anormais são avaliados posteriormente, conforme discutido
separadamente. (Ver "Efeitos da doença falciforme no rim" e "Avaliação da proteinúria
em crianças" e "Avaliação da excreção urinária de proteínas e avaliação da proteinúria
não nefrótica isolada em adultos" .)
Devem ser considerados pelo menos o rastreio anual da depressão e o rastreio anual
dos défices neurocognitivos que possam prejudicar a tomada de decisões e a resolução
de problemas complexos. Em indivíduos de alto risco, como aqueles com grandes
dificuldades escolares ou sinais de disfunção neurocognitiva, são recomendados testes
neurocognitivos detalhados. (Consulte "Depressão unipolar em adultos: avaliação e
diagnóstico", seção 'Doença médica geral' .)
A terapia para a depressão deve ser abordada quando apropriado. (Consulte "Visão
geral da prevenção e tratamento da depressão pediátrica" e "Depressão unipolar em
● Úlceras nas pernas – A avaliação das úlceras nas pernas e a educação relativamente à
sua prevenção são importantes, particularmente em áreas com climas quentes.
(Consulte "Visão geral das manifestações clínicas da doença falciforme", seção 'Úlceras
nas pernas' .)
Estas avaliações e tratamentos de rotina devem ser adaptados a cada paciente quando
houver comorbidades presentes (por exemplo, insuficiência renal crônica, doença pulmonar
intersticial). Isto é especialmente verdadeiro para adultos com DF, uma vez que a disfunção
de órgãos-alvo é prevalente.
GERENCIAMENTO DA DOR
Episódios de dor aguda vaso-oclusiva são um dos motivos mais frequentes para indivíduos
com DF procurarem atendimento médico, e a dor crônica afeta um grande número desses
indivíduos. A dor crônica é um problema significativo; na idade adulta, metade dos
indivíduos com DF apresenta dor crônica [ 94 ].
A transfusão de sangue não é utilizada para episódios de dor não complicados, na ausência
de outras complicações.
O manejo de episódios de dor aguda, dor crônica, estratégias preventivas e efeitos colaterais
dos opioides são discutidos detalhadamente separadamente. (Consulte "Tratamento da dor
vaso-oclusiva aguda na doença falciforme" .)
● Para aqueles que necessitam de transfusão (p. ex., crise aguda de sequestro esplênico,
aplasia transitória por infecção), a transfusão não deve ser adiada enquanto se
administram outros líquidos. (Ver "Transfusão de glóbulos vermelhos na doença
falciforme: indicações e técnicas de transfusão", seção sobre 'Anemia sintomática ou
grave' .)
● Se o paciente estiver hipovolêmico, deve-se usar solução de Ringer com lactato em vez
de soro fisiológico normal (soro fisiológico 0,9%). Isto se deve a evidências pré-clínicas e
clínicas emergentes que indicam o benefício da solução de Ringer com lactato em
relação à solução salina normal [ 96,97 ]. (Consulte “Tratamento de hipovolemia grave
ou choque hipovolêmico em adultos” e “Tratamento de hipovolemia (desidratação) em
crianças em ambientes com recursos abundantes” .)
Também pode ocorrer sequestro hepático; esta complicação e seu manejo são discutidos
separadamente. (Consulte "Manifestações hepáticas da doença falciforme", seção 'Sequestro
hepático agudo' .)
● Após consideração dos riscos e benefícios, deve haver uma discussão sobre a potencial
remoção do baço num cenário não agudo.
EVITAR G-CSF
Relatos de casos indicaram que o uso do fator estimulador de colônias de granulócitos (G-
CSF) em indivíduos com DF, incluindo algumas síndromes de DF heterozigóticas compostas
(doença Hb SC e Hb S-beta + talassemia), tem sido associado à vasoconstrição falciforme .
oclusão e falência de múltiplos órgãos; pelo menos um indivíduo (um doador de células-
tronco hematopoéticas para um irmão) morreu como resultado desta complicação [ 105-107
]. O G-CSF também pode desempenhar um papel na síndrome torácica aguda e nas
complicações associadas a ela [ 108 ].
pode ser justificado [109,111 ] . Em vez do G-CSF, os ensaios de terapia genética em curso na
SCD estão a utilizar o antagonista CXCR4 plerixafor para mobilização de células estaminais.
Em contraste com aqueles com síndromes falciformes, indivíduos com traço falciforme
podem receber G-CSF [ 109,112 ]. (Veja "Traço falciforme", seção sobre 'Doação de sangue e
células-tronco' .)
SOBREVIVÊNCIA E PROGNÓSTICO
A sobrevivência dos indivíduos com DF que têm acesso a cuidados abrangentes melhorou
dramaticamente, com as principais causas de morte a passarem de infecções para danos
progressivos em órgãos-alvo.
Adultos — A sobrevivência até a idade adulta para aqueles com acesso a cuidados
abrangentes foi ilustrada em um estudo de 2014 envolvendo uma coorte de pacientes
adultos acompanhados em um centro médico terciário nos Estados Unidos, no qual a
sobrevivência média para Hb SS e Hb S-beta 0 foi 58 anos, e a sobrevida média para Hb SC e
Hb S-beta + foi de 66 anos [ 118 ]. Em um estudo de 2016 envolvendo 712 pacientes
acompanhados em um centro terciário no Reino Unido, a sobrevida média para Hb SS e Hb
S-beta 0 foi de 67 anos [ 119 ]. Essa melhora na sobrevida foi atribuída ao atendimento em
uma clínica especializada em hematologia, ao manejo de pacientes internados por uma
equipe dedicada, ao envolvimento de especialistas em outros sistemas orgânicos, à
disponibilidade de troca de glóbulos vermelhos (RBC) no local e a um "programa de
transição" focado para facilitar transição segura dos cuidados pediátricos para os cuidados
de adultos. Um estudo da população geral dos Estados Unidos mostrou uma idade média de
morte mais jovem (43 anos), mas uma tendência geral semelhante para melhorar a
sobrevida [ 117 ].
● Em um estudo de coorte de adultos que avaliou fatores de risco para morte em 383
adultos com Hb SS, o uso de hidroxiureia foi associado à melhora da sobrevida (taxa de
risco [HR] 0,58, IC 95% 0,34-0,97) [ 120 ]. O maior benefício da terapia com hidroxiureia
foi observado no subgrupo que tomou a dose recomendada de 15 a 35 mg/kg/dia (HR
0,36, IC 95% 0,17-0,73). Os participantes com hemoglobina fetal mais elevada (uma
indicação de melhor resposta à terapia ou maior adesão à medicação) tiveram o maior
benefício.
● Na coorte belga discutida acima, o uso da terapia com hidroxiureia não foi associado à
sobrevida prolongada; entretanto, a análise incluiu apenas a prescrição de hidroxiureia
e não levou em consideração a dose de hidroxiureia.
Indivíduos que sobrevivem até a idade adulta podem ter complicações da doença a longo
prazo, não observadas em pacientes mais jovens. Isso foi ilustrado em uma coorte de
indivíduos que sobreviveram além dos 60 anos com doença falciforme [ 122 ]. A insuficiência
renal foi observada em 34 dos 40 (85 por cento).
• A sobrevida global estimada aos 18 anos foi de 94% para aqueles com Hb SS e 98%
para aqueles com Hb SC ou Hb S-beta talassemia.
● Em uma coorte de crianças na Bélgica com doença falciforme que foram tratadas com
hidroxiureia , transplante de células-tronco hematopoiéticas ou observação, as taxas de
sobrevida estimadas em 15 anos foram de 99, 94 e 95 por cento, respectivamente [125
].
● Num estudo que analisou resultados clínicos e/ou de autópsia entre 141 adultos com
DF de 1976 a 2001, as principais causas de morte incluíram hipertensão pulmonar (26
por cento), morte súbita (23 por cento), insuficiência renal (23 por cento) e infecção (18
por cento). por cento) [ 127 ].
● Outro estudo que analisou a causa da morte em 209 adultos com DF descobriu que
18% das mortes ocorreram em indivíduos com falência evidente de órgãos,
predominantemente renal [ 113 ].
doença infantil com risco de vida, mas sim uma doença infantil crónica com
consequências para a vida. episódios ameaçadores.
● Uma tentativa de identificar fatores de risco para mortalidade em adultos foi feita
usando modelagem computacional em uma coorte de 964 indivíduos com DF, 209 dos
quais morreram [ 113 ]. Os preditores de um risco aumentado de morte precoce neste
modelo incluíram síndrome torácica aguda, insuficiência renal, contagem de leucócitos
basal >15.000/microL e hemoglobina fetal (Hb F) ≤8,6 por cento. Outros estudos
corroboraram um aumento na taxa de mortalidade em indivíduos com DF que
desenvolvem insuficiência renal, mesmo que sejam tratados com diálise [ 133 ].
● Um modelo estatístico mais sofisticado para estimar o risco de morte dentro de cinco
anos foi desenvolvido usando dados clínicos e laboratoriais de 2.280 pacientes com DF [
134 ]. Os principais fatores de risco para mortalidade incluíram insuficiência renal,
leucocitose e gravidade da anemia hemolítica. O modelo foi validado utilizando dois
outros conjuntos de dados; no entanto, não foi validado por outros grupos.
● A análise dos dados de crianças matriculadas no ensaio Silent Cerebral Infarct Multi-
Center Clinical (SIT) sugere que níveis basais mais elevados de hemoglobina e maior
nível de escolaridade do chefe da família se correlacionaram com a melhoria do
crescimento, enquanto a renda familiar não [88 ] .
● Um estudo de coorte prospectivo mais antigo (1978 a 1988) em 392 bebês com Hb SS
homozigótica procurou preditores de doença falciforme grave antes dos dois anos de
idade e resultados graves após 10 anos [129 ] . Resultados adversos ocorreram em 70
indivíduos (18 por cento), incluindo acidente vascular cerebral, episódios frequentes de
dor, síndrome torácica aguda recorrente e morte. Preditores significativos de um
resultado adverso incluíram dactilite antes de um ano de idade (risco relativo [RR] 2,6,
IC 95% 1,39-4,67), concentração de hemoglobina <7 g/dL (RR 2,5, IC 95% 1,14-5,33) e
leucocitose sem infecção (RR 1,8, IC 95% 1,05-3,09). No entanto, estes dados tornaram-
se desatualizados, uma vez que os eventos na primeira infância não predizem eventos
adversos na infância na era moderna dos cuidados integrais. A coorte foi montada
antes do uso rotineiro de penicilina profilática, vacinação conjugada contra
https://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-management-and-prognosis-of-sickle-cell-disease/print?search=anemia falciforme tratame… 30/34
09/11/2023, 05:17 Visão geral do manejo e prognóstico da doença falciforme - UpToDate
O UpToDate oferece dois tipos de materiais educativos para pacientes, "O Básico" e "Além do
Básico". As peças básicas de educação do paciente são escritas em linguagem simples, no
nível de leitura da 5ª à 6ª série, e respondem às quatro ou cinco perguntas-chave que um
paciente pode ter sobre uma determinada condição . Esses artigos são melhores para pacientes
que desejam uma visão geral e preferem materiais curtos e fáceis de ler. Além do básico, as
peças de educação do paciente são mais longas, mais sofisticadas e mais detalhadas. Esses
artigos são escritos no nível de leitura do 10º ao 12º ano e são melhores para pacientes que
desejam informações aprofundadas e se sentem confortáveis com alguns jargões médicos.
Aqui estão os artigos de educação do paciente que são relevantes para este tópico.
Recomendamos que você imprima ou envie esses tópicos por e-mail para seus pacientes.
(Você também pode localizar artigos sobre educação do paciente sobre diversos assuntos
pesquisando "informações do paciente" e as palavras-chave de interesse.)
As perspectivas dos pacientes são fornecidas para distúrbios selecionados para ajudar os
médicos a compreender melhor a experiência e as preocupações do paciente. Essas
narrativas podem oferecer insights sobre os valores e preferências dos pacientes não
incluídos em outros tópicos do UpToDate. (Consulte "Perspectiva do paciente: doença
falciforme" .)
RESUMO E RECOMENDAÇÕES
https://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-management-and-prognosis-of-sickle-cell-disease/print?search=anemia falciforme tratame… 31/34
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● Cuidados abrangentes – Indivíduos com doença falciforme (DF) devem ser atendidos
regularmente pela equipe de tratamento para cuidados de saúde abrangentes.
(Consulte 'Princípios e diretrizes gerais' acima.)
● Viagens – Indivíduos com DF que viajam devem discutir planos para o manejo da
infecção e receber aconselhamento para reduzir o risco de complicações. (Veja
'Conselhos de viagem' acima.)
● Avaliações de rotina
• TCD – Indivíduos com DF correm risco de acidente vascular cerebral. Para crianças
com talassemia Hb SS ou Hb S-beta 0 ou outras síndromes de DF com hemoglobina
basal baixa, recomendamos que a avaliação ultrassonográfica Doppler
transcraniana (TCD) do fluxo sanguíneo cerebral seja iniciada aos dois anos de idade
https://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-management-and-prognosis-of-sickle-cell-disease/print?search=anemia falciforme tratame… 32/34
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● Tratamento da dor – Todos os indivíduos com DF que apresentam dor aguda devem
receber analgesia e hidratação adequadas (hidratação oral ou intravenosa). Sugerimos
um opiáceo oral ou intravenoso de ação rápida como terapia inicial, em vez de um
analgésico não opiáceo ( Grau 2C ). (Consulte "Tratamento da dor vaso-oclusiva aguda
na doença falciforme" .)
● Hospitalização – Adultos com DF admitidos com doença médica aguda devem receber
tromboprofilaxia, a menos que haja contraindicação. Para hipovolemia utilizamos
solução de Ringer com lactato; para indivíduos euvolêmicos que necessitam de
hidratação intravenosa, utilizamos um quarto ou metade de solução salina normal ,
com ou sem glicose. (Veja 'Gerenciamento durante a hospitalização' acima.)
RECONHECIMENTO
O UpToDate agradece a Stanley L Schrier, MD (falecido), que contribuiu como Editor de Seção
em versões anteriores deste tópico e foi Editor-Chefe fundador do UpToDate em
Hematologia.
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