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SUMÁRIO

UNIDADE 2 - ATIVIDADES DE UM ALMOXARIFADO ............................................. 4

2.1. ROTINAS DE UM ALMOXARIFADO ....................................................... 5

2.2. FLUXOGRAMA FUNCIONAL DE UM ALMOXARIFADO ........................ 6

2.3. FUNÇÕES BÁSICAS DA ARMAZENAGEM ............................................ 7

2.4. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E OPERACIONAIS ................ 9


UNIDADE 2 - ATIVIDADES DE UM ALMOXARIFADO

Objetivo:

 Rotinas de um Almoxarifado;

 Fluxograma Funcional de um Almoxarifado;

 Funções Básicas da Armazenagem;

 Procedimentos Administrativos e Operacionais;

Conteúdo abordado:

 Descrever as rotinas de um almoxarifado;

 Apresentar um fluxograma funcional de um almoxarifado, demonstrando as


atividades relacionadas ao recebimento de matéria prima de fornecedor e
recebimento de produto acabado do setor produtivo;

 Detalhar as funções básicas da armazenagem;

 Discorrer sobre procedimentos administrativos e operacionais, tais como:


recebimento e aceitação do material, armazenagem, expedição, escolha do
modal de transporte e controle de almoxarifado.

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UNIDADE 2 - ATIVIDADES DE UM ALMOXARIFADO

Figura 1 - Movimentação de materiais - Umas das atividades do almoxarife.

Como já abordamos no primeiro capítulo, as atividades do setor de almoxarifado


estão subordinadas à Gestão de Materiais, ou Administração de Materiais, como
muitos dizem. A Administração de Materiais, por sua vez, é responsável em manter
padrões e níveis de estoque condizente com a demanda da empresa.

Sendo assim, a Gestão ou Administração de Materiais deve definir os limites de


estoque de cada produto, a fim de que o departamento de Almoxarifado possa fazer
de forma direta / visual e através de sistema de informação, o controle destes
materiais. Como já mencionamos, a falta de material em estoque ou o acumulo do
mesmo, pode trazer prejuízos significativos para a organização.

Uma boa comunicação entre os departamentos que fazem as solicitações de


materiais ao Almoxarifado é indispensável. Um sistema tecnológico informativo é o
melhor canal de comunicação da atualidade, prevenindo possíveis desencontros
informacionais.

Por exemplo: o departamento de qualidade pode precisar de um determinado agente


químico para realizar as análises de amostragem de uma matéria-prima específica.
Se o departamento não solicita ao Almoxarifado com antecedência este material e o
Almoxarifado não dispõe de um estoque reserva para este item, o laboratório de
qualidade pode ter seu trabalho comprometido pela falta do reagente químico. Esta
ação, por sua vez, desencadeia um atraso de produção, expedição e entrega de
produto ao cliente.

Veja bem, um simples produto de laboratório que não foi solicitado no tempo correto
ao almoxarifado, desencadeou um prejuízo expressivo em todo o processo da
empresa, podendo inclusive gerar multas de atraso pelo cliente.

Portanto, vale ressaltar que um fluxo bem organizado entre os departamentos é


primordial para que haja qualidade nos serviços prestados pelos almoxarifes.

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2.1. ROTINAS DE UM ALMOXARIFADO

Já bordamos um pouco sobre as funções do almoxarife. Agora vamos sintetizar a


rotina geral do almoxarifado em forma de fluxograma.

REGISTRO DE ENTRADA
ARMAZENAGEM DO
CONFERÊNCIA DE DO MATERIAL EM ENTREGA DO MATERIAL
RECEPÇÃO PRODUTO EM LOCAL
MATERIAIS SISTEMA DE AO SETOR REQUISITANTE
PRÓPRIO
INFORMAÇÃO

Figura 2 - Fluxograma simples das rotinas do almoxarifado.

Recepção: É o momento em que o material chega no almoxarifado com o objetivo


de ser armazenado.

Conferência de Materiais: Para que a entrada do material se torne efetiva no


almoxarifado, algumas providencias precisam ser tomadas pelo almoxarife. Uma
delas é a conferência de materiais, que deve ser feita de forma quantitativa e
qualitativa, e a conferência das documentações pertinentes ao produto que está
sendo recebido.

Registro de Entrada do material em Sistema de Informação: Todo material que entra


para ser armazenado no Almoxarifado, precisa passar por um cadastro criterioso no
Sistema de Informação. Este registro garantirá a disponibilidade de informações
pertinentes ao produto: periodicidade de movimentação do produto, quantidade
estocada, localização do produto no almoxarifado, dentre outros.

Armazenagem do produto em local próprio: Todo produto armazenado no


almoxarifado, precisa de um endereço. Vamos explicar: um almoxarifado pode
conter centenas de itens, quando o material é registrado no sistema de informação,
o seu local de armazenamento deve ser estabelecido, com o propósito de que todos
possam localizá-lo quando necessário. Além disso, existem produtos que requerem
localização especial de armazenagem. Por exemplo: produtos perigosos, produtos
que requerem sistema de resfriamento, produtos frágeis, dentre outros.

Entrega do Material ao setor requisitante: Trata-se da entrega do material ao cliente


interno ou externo. Pode ser um material intermediário que será utilizado no setor de
produção da própria empresa, pode ser um material auxiliar de escritório, ou pode
ser um produto acabado que deverá ser entregue ao cliente.

Quadro 1: Nota.

Nota: As rotinas administrativas serão tratadas de forma mais detalhada ao longo


do capítulo.

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2.2. FLUXOGRAMA FUNCIONAL DE UM ALMOXARIFADO

Alguns materiais em específico, principalmente no que tange a insumos, requerem


uma análise segura de qualidade antes de adentrarem à armazenagem no
almoxarifado.

Vamos exemplificar: Suponhamos que uma empresa do ramo alimentício, utiliza a


matéria-prima A em seu processo produtivo. É fundamental, que uma análise de
qualidade seja realizado nesta matéria-prima A, antes que ela ingresse no processo
produtivo. Pois, caso sua qualidade seja desfavorável, por qualquer motivo, como:
contaminação, acidez, umidade fora do padrão; o almoxarife poderá recusar a
entrega do fornecedor. A análise de qualidade no início do processo de recebimento
pelo Almoxarifado, evitará danos na qualidade do produto final da organização.

Veja como funciona a rotina do Almoxarifado em dois casos diferentes: o primeiro


vamos abordar o recebimento de uma matéria-prima de um fornecedor; e o
segundo, vamos abordar o recebimento de um produto acabado do setor produtivo.
Em ambos os casos o departamento de qualidade faz parte do processo.

Lembrando, mais uma vez, que cada empresa possui uma sistemática de trabalho e
não existe uma regra geral obrigatória a ser seguida por todas as empresas. No
entanto, os exemplos abaixo facilitam o entendimento da rotina e das funções que
norteiam o departamento de Almoxarifado.

Case 1: Recebimento de matéria-prima de fornecedor.

RECEBIMENTO DA CONFERENCIA ENVIO DE


MATÉRIA-PRIMA DO DESCRITIVA E AMOSTRAGEM PARA
FORNECEDOR QUANTITATIVA DA NF TESTES DE QUALIDADE

NÃO
DEVOLVER MP AO MATÉRIA-PRIMA
FORNECEDOR APROVADA?
SIM

ARMAZENAMENTO

HÁ REQUISIÇÕES DE
ENTREGAS DA MP?

SEPARAR MATERIAL
NÃO SIM
REQUISITADO

Figura 3 - Fluxograma recebimento de matéria-prima de fornecedor.

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Case 2: Recebimento de produto acabado do Setor Produtivo

RECEBIMENTO DE ENVIO DE
PRODUTO AMOSTRAGEM MATÉRIA-PRIMA
ACABADO DO PARA TESTES DE APROVADA?
SETOR
QUALIDADE
PRODUTIVO

NÃO SIM
DEVOLVER AO
SETOR DE
PRODUÇÃO

ARMAZENAMENTO

SEPARAR
MATERIAL
REQUISITADO E NÃO
PROCEDER COM HÁ REQUISIÇÕES
AS AÇÕES DE DE VENDAS DO
EXPEDIÇÃO PRODUTO?
SIM

DISTRIBUIÇÃO

Figura 4 - Fluxograma recebimento de produto acabado do Setor Produtivo

2.3. FUNÇÕES BÁSICAS DA ARMAZENAGEM

Segundo Marinho & Begnon (2015) a armazenagem é uma atividade que contribui
diretamente ao desempenho da empresa, especialmente no departamento logístico.
As atividades formam um conjunto de funções. Vejamos quais são:

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Quadro 2 - Funções Básicas da Armazenagem segundo Marinho & Begnon (2015)

RECEBER, IDENTIFICAR E CLASSIFICAR OS MATERIAIS

REALIZAR CONFERÊNCIAS QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS

CRIAR UM ENDEREÇAMENTO DE ESTOQUE

ESTOCAR

SEPARAR, EMBALAR E EXPEDIR PEDIDOS

REGISTRAR TODAS AS OPERAÇÕES

Receber, identificar e Classificar os Materiais: trata-se das atividades rotineiras e


iniciais do processo de armazenagem. Quando o produto chega no estoque com o
objetivo de ser estocado, o Almoxarife é responsável por esta recepção. Cabe a ele
também identificar e classificar os materiais que estão sendo recebidos, como:
matéria-prima, produto intermediário, produto acabado ou materiais auxiliares e de
manutenção.

Realizar Conferências Qualitativas e Quantitativas: Conferir se a quantidade do


material recebido está de acordo com a Nota Fiscal do produto, a descrição de
compras ou a descrição de fabricação (no caso do recebimento de produto
intermediário), é fundamental. Também é função do almoxarife, proceder com os
trametes de conferência qualitativa, garantindo, assim, que o material recebido está
em conformidade com aquilo que fora acordado pelo departamento de compras.

Criar um Endereçamento de Estoque: Certificar-se de que o produto será


armazenado em local apropriado, é uma função do almoxarife. Para tanto, faz-se
necessário que endereçamentos de estoque sejam criados em sistema informativo.
Estocar: Digamos que esta seja a principal atribuição do almoxarife: armazenar os
materiais. Uma vez que o material foi recebido em conformidade com os critérios de
conferência quantitativa e qualitativa, e que seus registros foram efetuados em
sistema de informação, faz-se necessário armazenar o produto e garantir que um
estoque ideal permaneça no almoxarifado. Estocar significar, manter controles de
níveis de produtos em estoque.

Separar, embalar e expedir produtos: Uma vez que o produto é solicitado por um
cliente interno ou externo, deve-se dar início ao processo de expedição do produto.
Separar e embalar o produto fazem parte deste processo de expedição.

Registrar todas as operações: O registro total das operações garantirá a eficiência


da gestão de materiais. Imagine que o almoxarife recebe um lote de produtos e não
registra a entrada deste lote em sistema. Corre-se o risco de uma nova compra ser
realizada e o material ser novamente entregue no almoxarifado.

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Lembre-se: material armazenado é recursos financeiro estocado. Dependendo do
tipo de material, poderá acarretar prejuízos para a organização.

Uma vez que o produto é solicitado por um


cliente interno ou externo, deve-se dar início ao Importante
processo de expedição do produto. Separar e
embalar o produto fazem parte deste processo
de expedição.

2.4. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS E OPERACIONAIS

A partir deste assunto vamos descrever os procedimentos pertinentes ao setor de


almoxarifado, com ênfase nas principais funções administravas e operacionais do
setor. Dividimos em quatro grupos para que haja uma melhor compreensão do tema.

Recebimento e
Controle Interno aceitação do
material

Expedição Armazenagem

Figura 5 - Procedimentos Administrativos e operacionais do Almoxarifado

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A. Recebimento e aceitação do Material

Este procedimento é qualificado, basicamente, como operacional. No entanto requer


cuidados específicos por parte do profissional Almoxarife. Dividimos em quatro
procedimentos básicos que devem fazer parte da rotina do Almoxarifado:

Recebimento
e aceitação do
Controle material

Expedição Armazenagem

Figura 6 - Quatro procedimentos básicos que devem fazer parte da rotina do Almoxarifado.

1ª Fase: Entrada de materiais e conferencia de documentações.

Tendo em vista que o material é o patrimônio de maior valor no Almoxarifado, o seu


recebimento não pode ser feito de qualquer maneira. Marinho & Begnon (2015),
ressaltam a importância de garantir que o local onde o material está sendo recebido
seja coberto, a fim de evitar possíveis avarias com o produto.

Primeiramente o profissional deve receber o veículo que está transportando o


material e realizar uma primeira conferencia nas documentações. Esta conferencia
inclui as Notas Fiscais e demais documentos exigidos por Lei para o transporte,
como por exemplo: Fichas de Informações de Produtos Químicos (FISPQ),
Comprovação de Curso MOPP do motorista (Movimentação e Operação de
Produtos Perigosos), dentre outros. Mas é claro que isto só se aplica no caso de
transportes de produtos perigosos.

Se o produto transportado não requer documentos adicionais, basta uma


conferência detalhada na Nota fiscal. O Almoxarife deve conferir dados básicos de
preenchimento da NF como: Dados da Empresa (Razão Social, CNPJ, Inscrição
Estadual, Endereço), também deve conferir informações sobre o produto (descrição
do produto e quantidade).

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Estas informações devem ser confrontadas com o departamento de compras.
Quando a empresa dispõe de um Sistema de Informação bem interativo, se torna
simples e prático este tipo de conferencia. Imagine que o almoxarife poderia receber
um produto de um fornecedor, que não fora comprado. Neste caso, um enorme
engano pode gerar uma trabalheira desnecessária. Daí a necessidade de se ter
informações de quais produtos estão para serem entregues naquele dia e qual a
quantidade.

Quadro 2: Nota.

NOTA: No decorrer do curso abordaremos de forma específica sobre


documentações legais que farão parte da rotina do Almoxarife neste processo de
conferencia de documentações.

2ª Fase: Conferência Quantitativa.

Confrontar as informações cedidas pelo departamento de compras, a fim de se fazer


uma conferência quantitativa é necessário. Fazer uso de cálculos, pesagens e
medições fazem parte deste processo de conferencia e alguns instrumentos próprios
do Almoxarifado devem ser utilizados com o objetivo de garantir a precisão desta
análise quantitativa. Marinho & Begnon (2015) citam alguns destes instrumentos,
como sendo os principais instrumentos de apoio de um Almoxarife para esta função
operacional. Vejamos quais são:

Balança Paquímetro Termômetro Cronômetro

Calibradores de Transferidor de
Manômetro
Rosca Grau

Figura 7 - Instrumentos de medição quantitativa segundo Marinho & Begnon (2015).

3ª Fase: Conferência Qualitativa

Após esta conferencia quantitativa, faz-se necessário uma conferência qualitativa.


Um produto não pode ser recebido de seu fornecedor, caso apresente avarias, ou
não esteja em conformidade com os padrões de qualidade exigidos pelo comprador.

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Para se ter certeza da qualidade do produto algumas ações do Almoxarife são
necessárias: de início uma análise visual garantirá a conferencia do material,
observando se as embalagens não estão rompidas, amassadas e avariadas.

Através de documentos que descrevem em detalhes o material que está sendo


recebido (como dimensões, parâmetros de qualidade, parâmetros detalhados de
inspeção, e outros), o almoxarife deve tomar as medidas coerentes a cada produto.

Por exemplo: se, trata-se de um produto químico – o correto é que uma amostragem
seja enviada ao departamento de qualidade, para verificar se os padrões de
qualidade estão em conformidade com os contratos ou ordens de compra. Se, o
produto recebido exige testes com profissionais de engenharia elétrica, estes testes
devem ser realizados. Se, o produto exige testes mecânicos, então estes testes
devem ser feitos.

Entenda que não há um único critério a ser seguido. Há o critério elaborado pela
empresa em questão. Cada organização deve avaliar a qualidade do material
recebido de acordo com a necessidade que este apresente.

Mas, algo é indiscutível: independente do ramo de atividade e do material recebido,


as conferências quantitativas e qualitativas são de responsabilidades do
departamento de Almoxarifado.

4ª Fase: Regularização

Após as conferências de documentações, conferências quantitativas e qualitativas, o


profissional Almoxarife precisa tomar uma decisão para dar continuidade a operação
de recebimento. Se tudo estiver em conformidade com as exigências da empresa, o
produto deve ser liberado para a armazenagem, caso contrário, o produto deve ser
devolvido ao fornecedor.

Haverá casos, onde a devolução ao fornecer, por motivos de irregularidade com o


produto, não será a decisão mais acertada a ser tomada. Por exemplo: Supomos
que um teste de qualidade aprovou 95% do material recebido. Devolver todo o
material com certeza não será a decisão mais sábia. Uma negociação com o
fornecedor poderá resolver o problema. Neste caso, sugere-se o recebimento do
material e uma tratativa do setor de compras com o fornecedor. Imagine que a
devolução total do produto pode gerar prejuízos para a empresa se aquele produto é
de caráter emergencial.

Veja que não estamos abordando um assunto extremamente novo, estamos apenas
detalhando melhor o assunto. Sugerimos ao leitor retornar na ilustração da Figura 9
– Fluxograma de recebimento de matéria-prima do fornecedor, para entender
através deste mapa mental o procedimento como um todo.

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Marinho & Begnon (2015), salientam que alguns documentos devem fazer parte
deste procedimento de regularização. Ao tomar a decisão de receber o material para
sua armazenagem, o almoxarife deve ter em mão: O Conhecimento de Transporte
Rodoviário de cargas, a Nota Fiscal, os documentos que comprovem a conferencia
quantitativa, os documentos que comprovem a conferência qualitativa e catálogos e
desenhos técnicos (quando aplicável).

Em resumo:

Entrada do Material e
Conferência Conferência
conferência de Regularização
Quantitativa Qualitativa
documentações

Figura 8 - Procedimento de recebimento e aceitação do material.

B. Armazenagem.

O processo de armazenagem requer cuidados específicos que devem ser


verificados desde a implementação do setor de Almoxarifado na organização.
Estamos nos referindo ao Layout ou Arranjo Físico, que devem assegurar uma ótima
disposição e organização dos materiais, a fim de, garantir que os reais objetivos do
processo de armazenagem se cumpram.

Vejamos quais são estes objetivos:

Recebimento e Armazenagem
aceitação do
material

Controle Expedição

Figura 9 - Armazenagem.

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Garantir a facilidade de Garantir a qualidade do
localização do produto. produto no armazenamento,
Garantir a facilidade do fluxo
- Armazenar o produto em com o íntuito de evitar
de movimentação.
local apropriado com uma avarias.
localização codificada. - Separar materiais para a
- Verificar constantemente
distribuição.
- Informar o código de as condições de proteção e
localização aos setores. armazenamento.

Figura 10 - Objetivos da Armazenagem.

O processo de armazenagem requer


cuidados específicos que devem ser
Dicas verificados desde a implementação do
setor de Almoxarifado na organização.

É função do Almoxarife promover o cumprimento destes três objetivos.

Em suma:

1 - Garantir a facilidade de localização do produto;

2 - Garantir a qualidade do produto armazenado; e

3 - Garantir a facilidade do fluxo de materiais para uma boa distribuição.

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C. Expedição

A palavra “expedir” significa remeter, fazer partir para um destino e fim determinado.
Portanto, a expedição nada mais é do que destinar os materiais armazenados no
almoxarifado para seus clientes internos e externos. Neste caso, temos uma divisão:

1 – Expedição Interna

2 – Expedição Externa.

Vamos explicar o contexto das duas:

Expedição Interna

Armazenagem Expedição

Recebimento e
aceitação do Controle
material

Figura 11 – Expedição.

É aquela em que o almoxarife atende as necessidades de seu cliente interno, ou


seja, requisição de materiais para unidades da própria empresa, que poderão ser
utilizados em processos produtivos (no caso de matérias-primas ou produtos
intermediários) ou servirão para utilização em processos de manutenção ou uso de
escritório, por exemplo.

Para proceder com a expedição interna, o almoxarife precisa ter em mãos uma
Requisição de Materiais fornecida pelo setor requisitante do produto. É através desta
Requisição que o profissional de almoxarifado terá informações sobre qual produto
está sendo solicitado, a quantidade e o setor requisitante.

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No caso do Formulário de Requisição de Materiais, cada empresa possui suas
características específicas, portanto, não podemos dizer que um modelo deve ser
usado como padrão para todas as organizações. Mas, critérios mínimos de
informações devem ser levados em consideração para a criação deste formulário.

Veja abaixo um modelo simples de Formulário de Requisição de Materiais:

FORMULÁRIO DE REQUISIÇÃO DE MATERIAIS Nº 000001


DATA: DEP. REQUISITANTE:
Nome do Profissional responsável por esta requisição:

Nome do Almoxarife responsável pela expedição:

Código do Localização do Quantidade/


Produto produto no Descrição do produto Unidade de
Almoxarifado medida

Assinatura do Requerente Visto do Almoxarifado Carimbo de


entrega

Figura 12 - Formulário de Requisição de Materiais.

Duas observações são importantes em relação a este formulário:

1 – É importante que ele seja emitido em duas vias: uma para o departamento
requisitante e outra para o almoxarifado.

2 – Caso o requisitante resolva devolver o material ao almoxarifado, é imprescindível


a conferência deste material em questões quantitativas e qualitativas.

Vale lembrar que a tecnologia da informação, apresenta constantes evoluções. E


uma das evoluções mais importantes é evitar o acumulo de papel. Desta forma, há
empresas que possuem seus Formulários de Requisição de Material totalmente
informatizados, sem que haja a necessidade de materiais impressos.
Neste contexto, é importante salientar que cada sistema de informação possui um
designer gráfico. Desta forma, um formulário simples como este apresentado no
exemplo acima, pode se tornar um moderno gerenciado de informações. A
importância não está no molde e sim nas informações contidas.

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Estratégia de Orden Picking:

Observados as informações contidas no Formulário de Requisição de Material, está


na hora do Almoxarife efetuar a Estratégia de Orden Picking. O termo em inglês quer
dizer “escolha de pedidos”, mas na prática a conceituação é um pouco diferente.
Orden Picking significa o processo de separação dos materiais requisitados para ser
entregue ao requisitante. A Estratégia de Orden Picking é dividida em quatro etapas.
Vejamos:

Localização do Documentação
Coleta Movimentação
Produto do Processo

Figura 13 - Etapas do Order Picking.

O principal objetivo da Estratégia de Order Picking é garantir agilidade no processo


de expedição. Esta estratégia dever ser utilizada tanto na expedição interna como na
expedição externa.

Expedição Externa

É aquela em que o almoxarife atende as necessidades do seu cliente externo,


através das informações obtidas em sistema de informação pelo departamento de
vendas. Neste caso, estamos falando do produto final, o produto acabado. Segundo
Marinho & Begnon (2015), a expedição externa é uma atividade que envolve
algumas tarefas, como:
Quadro 3 - Atividades que envolvem a Expedição Externa segundo Marinho & Begnon (2015).

Separar os produtos solicitados e Checar se as especificações de


quantidade estão corretas conforme solicitado pelo cliente.

Embalar adequadamente a encomenda.

Preparar os documentos de remessa.

Pesar as mercadorias para calcular os custos de transporte.

Carregar o veículo de transporte.

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Planejamento Estratégico para o Transporte de Cargas

Um dos fatores de maior importância na expedição externa é o transporte de cargas.


Este, por sua vez, envolve um processo de valor monetário expressivo. Portanto,
faz-se necessário um planejamento estratégico para o transporte de cargas.

Este planejamento deve envolver um local apropriado para a expedição dos


produtos, tendo como finalidade principal a agilidade no carregamento. Deve-se
manter um padrão confiável de conferência dos produtos no que tange a quantidade,
peso, volume e documentações pertinentes ao produto e a venda (Notas Fiscais,
Fichas Técnicas de Produto e demais documentações legais).

Um bom planejamento também deve obedecer ao prazo de entrega negociado entre


o vendedor e o cliente. Para isso, faz-se necessário que o departamento de logística
tenha uma sistemática de roteirização de entrega, com auxílios de GPS e softwares
confiáveis.

Escolher de forma adequada o veículo que se pretende utilizar, também é um critério


a ser obedecido em um planejamento de transporte de carga. Se o material
transportado for frágil, ou exigir cuidados específicos, por tratar-se de produtos
perigosos, de fator de risco de contaminação ou explosivos, a legislação deverá ser
obedecida em relação ao tipo de transporte.

O custo de transporte também deve ser observado. Neste contexto, saber se o


produto será transportado por veículo próprio ou terceirizado, faz parte do
planejamento estratégico para o transporte de cargas.

Mas cabe aqui ressaltar, que a elaboração deste planejamento não é pertinente ao
departamento de almoxarifado. A Gestão de Materiais e a Gestão Logística, são os
responsáveis por todo tipo de planejamento estratégico pertinente ao transporte de
cargas.

Estando o planejamento devidamente definido e formalizado, o departamento de


Almoxarifado deve ter pleno conhecimento de sua funcionalidade, tendo em vista
que muitas ações estabelecidas neste planejamento, serão executados pelos
Almoxarifes.

Uma definição importante para ser analisada no planejamento estratégico para o


transporte de cargas é o sistema modal que será utilizado. O modal de transporte
refere-se ao tipo de veículo que transportará o material em questão. Basicamente,
dividem-se em cinco tipos de modal de transporte: rodoviário, ferroviário, aquaviário,
aéreo e dutoviário.

Vamos apresentar as principais características e diferenças de cada modal nas


tabelas comparativas que seguem abaixo.

.
18
Figura 14 – Figura Ilustrativa.

Figura 15 – Figura Ilustrativa.

Escolher de forma adequada o veículo que se


pretende utilizar, também é um critério a ser
Saiba Mais obedecido em um planejamento de transporte
de carga.

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19
Tabela 1 - Tabela comparativa das características dos modais de transporte.

RODOVIÁ FERROVIÁ AQUAVIÁ AÉREO DUTOVIÁ


RIO RIO RIO RIO

CARACTERÍSTI Éo É realizado É realizado É É


CAS transporte por trens de por meio realizado realizado
realizado carga em de barcos, pelo ar, por
por ferrovias. navios ou com a tubulações
estradas, balsas, utilização chamadas
rodovias e através de de aviões dutos.
ruas oceanos, ou Utiliza-se a
pavimenta mares, helicópter força da
das ou lagos, rios, os. gravidade
não. canais ou ou pressão
capotagem mecânica
(transporte para
dentro do transportar
país entre petróleo e
portos os seus
locais). derivados.

Tabela 2 - Tabela comparativa das particularidades dos modais de transporte.

RODOVIÁR FERROVI AQUAVIÁ AÉREO DUTOVIÁRI


IO ÁRIO RIO O

PARTICUL Representa Ótima Destinado Utilizados A Agencia


ARIDADES 58% do opção a grandes principalme Nacional de
transporte para o volumes nte quando Transportes
de cargas transporte de carga. se trata de Terrestres
no Brasil. de extrema (ANTT)
grandes urgência na classifica os
volumes entrega da dutoviário
de álcool carga ou em:
e quando o 1–
derivados custo do Oleodutos:
do material é transporte de
petróleo. de alto petróleo,
valor. óleos,
querosene,
combustível e
outros
derivados.
2–

.
20
Gasoduto:
transporte de
gás natural.
3–
Minerodutos:
transporte de
minérios,
como ferro.

Tabela 3 - Tabela comparativa das vantagens dos modais de transporte.

RODOVIÁRI FERROVIÁ AQUAVI AÉREO DUTOVIÁRI


O RIO ÁRIO O

VANTAGE 1 - É possível 1– 1 – 1 – É o 1 – É
NS um amplo Alternativa Baixo modal mais relativament
acesso a eficiente em custo rápido. e barato.
muitas relação ao operacio 2 – Ideal 2 –Não está
localidades, custo x nal em para longas sujeito a
tendo em benefício. relação distâncias. congestiona
vista a 2 – Para ao peso 3 – Não mentos.
extensa rede transporte transport requer 3 – Não é
de estradas de ado. investimento poluente.
disponíveis. combustível 2 – com 4 – É
2 – Para , ele Grande embalagens seguro, pois
curtas e representa capacida reforçadas. obedecem a
médias 30% de de de 4 – Os normas
distâncias economia carga. pontos de internaciona
este modal é em relação 3 – É um embarque is de
considerado: ao modal modal são segurança.
ágil, prático e rodoviário. seguro, relativament
econômico. 3 – Maior pois e próximos
3 – Pode ser segurança atende a aos polos
usado para no rigorosa produtivos.
vários tipos transporte. s
de cargas, 4– normas
incluindo as Transporta de
perigosas e grande controle
refrigeradas. quantidade de
4 – É ideal de carga. tráfego.
para cargas 5 – Ideal 4 –
de pequeno para longas Baixo
volume. distâncias. índice de
5–É 6 – Baixo poluição.
considerado índice de
ágil no acidentes.

.
21
processo de 7 – Pouco
carga e poluente.
descarga.
6 – Este
modal exige
menores
preocupaçõe
s com a
embalagem
do produto.

Tabela 4 - Tabela comparativa das desvantagens dos modais de transporte.

RODOVIÁRIO FERROVIÁ AQUAVIÁ AÉREO DUTOVIÁ


RIO RIO RIO

DESVANTAG 1 – Este 1 – É um 1 – Opera 1 – 1 –


ENS modal não transporte com baixa Capacid Exclusivo
pode ser lento. velocidade. ade de para
usado para 2 – Limita- 2 – Pouca carga transporte
grandes se a rede flexibilidad reduzida. s de gás,
quantidades de trilhos e de rotas. 2 – Alto petróleo e
de carga. (que no 3 – custo. seus
2 – Não pode Brasil está Necessita 3 – derivados
ser usado em em de Limitaçõ .
longas defasagem) transbordo es para
distâncias. . nos portos. cargas
3 – É passivo 3 – Precisa perigosa
de atrasos por ser s.
conta de conjugado
congestionam com outros
ento de modais.
trânsito. 4 – Alto
4 – Custo índice de
elevado. roubo de
5 – Poluidor. carga.
6 – Alto risco
de roubo e
acidentes.

D. Controle

O Controle é uma atividade pertinente ao almoxarife e tem seu objetivo embasado


na veracidade de informações, a fim de evitar qualquer tipo de anormalidade no
estoque.

.
22
Controle
Expedição

Recebimento e
Armazenagem aceitação de
material

Figura 16 - Controle.

Vamos exemplificar:

1 - Suponhamos que um material foi retirado do almoxarifado sem passar pelos


tramites do procedimento de expedição. Com certeza, a falta de um relatório que
comprove a saída deste material, trará complicações ao almoxarife, que terá de se
explicar quanto ao sumiço do material em especifico. No entanto, se o Almoxarife
dispões da Requisição de Materiais, que comprova que o material em questão está
de posse de um departamento “X”, então podemos dizer que o controle da saída
deste material foi realizado com êxito.

2 – Suponhamos que no ato da Expedição, o Almoxarife tomou a decisão de não


aceitar a mercadoria do fornecedor, porque na análise qualitativa ele observou que
as caixas de embalagens do produto estavam todas avariadas. Se esta decisão não
for informada através de um relatório de inspeção de qualidade, onde justifica-se a
devolução da mercadoria e comunica-se o departamento de compras, para que o
mesmo tome as medidas de tratativas com o tal fornecedor; o controle não foi eficaz.

Observe que ambos os exemplos dizem respeito a um controle informativo, que


deve ser realizado através de relatórios ou formulários e devem sempre estar
atrelados a outros departamentos que participarão de ações e tratativas de
anormalidades.

Como já falamos, a tendência das empresas é fazer uso de recursos tecnológicos


integrados entre os departamentos para todos os tipos de registros de controle.
Então, poderemos sim, encontrar várias empresas que ainda atuam com formulários
e relatórios de controle impressos e manuais, no entanto, a modernidade e o avanço
dos sistemas de informação estão mudando esta realidade.

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Marinho & Begnon (2015), citam alguns controles importantes que devem ser
realizados pelo Almoxarife. Dentre eles estão:

1 - Controle de entrada e saída de materiais

2 – Controle de localização de produto

3 – Controle da Requisição de Materiais

4 – Controle de Inspeções Técnicas de análise de qualidade

5 – Controle de Informações de Irregularidades

6 – Controle de devolução de material ao Almoxarifado

Para todos estes controles, o uso da tecnologia é indispensável. Leitores de código


de barras facilitam muito no processo de cada controle citado.
Quadro 4 - Nota.

Nota: Teremos um capítulo exclusivo para explicarmos sobre Tecnologia da Informação aplicada nas
operações e gestão de materiais.

A tendência das empresas é fazer uso de


recursos tecnológicos integrados entre os Importante
departamentos para todos os tipos de registros
de controle.

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