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Contextualização:

Fernão Lopes viveu no século XV.


Fernão Lopes trabalhou para a dinastia de Avis.
Um cronista, no século XV, tinha como funções, registar os feitos mais
importantes do seu reinado ou dos anteriores.
O texto mais importante escrito por Fernão Lopes foi a Crónica de D. João I.

Na primeira parte da Crónica de D. João I é relatada a crise de sucessão de 1383


e 1385 que teve lugar no fim da primeira dinastia e que levou ao poder da dinastia
de Avis. Durante esta crise, o Mestre de Avis, futuro rei D. João I teve um papel
determinante na defesa da independência de Portugal do domínio de Castela.

Na segunda parte é relatado os acontecimentos ocorridos durante o reinado de


D. João I.
• Morte do rei D. Fernando e crise de sucessão dinástica.
• Revolução popular e burguesa.
• Morte do Conde Andeiro – cap. 11
• Nomeação do Mestre de Avis como regedor e defensor do reino.
• Cerco de Lisboa e luta pela independência contra Castela. – cap. 115 e 148
• Inicio da dinastia de Avis.
• Batalha de Aljubarrota.

Afirmação da consciência coletiva:


O povo manifesta o seu patriotismo, o seu apoio ao Mestre, garante a
independência de
Portugal: suportando os ataques dos castelhanos, a fome e a miséria.
O povo é o verdadeiro herói da revolução.
Atores individuais e coletivos:
Individuais:
Mestre de Avis é um homem receoso com o assassinato do Conde Andeiro. É
acarinhado e
apoiado pelo povo de Lisboa. É solidário com a população.
Álvaro Pais é o burguês que espalha por Lisboa que estão a matar o Mestre.
Influencia o povo
a correr em seu auxílio.
D. Leonor Teles gera ódios na população que lhe chama de traidora.
Coletivos:
“Gentes” de Lisboa – lavradores, mulheres e homens-bons, etc.
Capítulos 11, 115 e 148 da 1ªParte:
Capítulo 11:
Fernão Lopes narra como a população de Lisboa foi incitada pelos apelos do
pajem e de Álvaro
Pais para acudirem ao Mestre, porque o estavam a matar.
O povo junta-se a Álvaro e avança em direção ao Paço.
O povo planeia invadir o Paço pelo que sucedeu ao Mestre. O Mestre dirige-se
à janela e tranquiliza o povo. Este sai do Paço e convence o povo a dispersar-
se.

Capítulo 115:
Preparação da cidade para resistir ao cerco dos castelhanos. O Mestre de Avis
manda guardar alimentos, uma vez que o cerco impediria o reabastecimento da
cidade.
Trabalho de organização como a reparação e o fortalecimento das muralhas, a
verificação das armas, a distribuição de tarefas de defesa e a regularização da
ordem na cidade.

Capítulo 148:
Tempos de sofrimento da população sujeita ao cerco castelhano. Vários aspetos
de sacrifício a que o cerco obriga como a escassez de alimentos e o seu preço
elevado, a falta de esmolas e o recurso a produtos de baixa qualidade.

Consequências económicas – falta de produtos alimentares e inflação.


Consequências sociais – aumento de doenças, subnutrição e má saúde, pobreza
e aumento da taxa de mortalidade. Consequências psicológicas – tristeza e
desespero, discussões, desejo pela morte e sofrimento quotidiano.

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