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ORTO-ORTOPÉDICO
GRUPO DE ESTUDO E PESQUISA EM ORTO-ORTOPEDIA Ano 2 n.3 Mai/Jun 2022
A CONTENÇÃO ABC
Informativo Orto-Ortopédico #1 #2 #3 #4 #5 #6
(Ortho-Orthopedic newsletter)
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O referido arco visa substituir (apenas para fins de contenção pós-ortodôntica) o arco vestibular
desenhado em 1919 pelo inglês C. A. Hawley, conhecido como «Arco Vestibular de Hawley». Um excelente
aparelho que não foi concebido para tal atuação, mas que, apesar disso, continua a ser utilizado para este fim,
quase cem anos após a sua concepção. Será que não há outra opção de maior virtude para isso?
…E é que, o que estamos fazendo bem, de que temos tanta certeza, ainda é possível fazer melhor. Podemos
"Evoluir" tecnicamente…"Cada mudança de paradigma traz consigo a evolução do nosso universo científico".
O arco de Hawley geralmente deixa os caninos, ou outros dentes, desprotegidos quando suas alças
ativas são moldadas em outro lugar. Além do fato de que, quando as pontas dos fios são “passadas” para o acrílico
palatino distal aos caninos para incorporá-lo ao acrílico, sua presença diária neste local acaba por rotacionar
a face distal dos caninos em direção ao vestibular, podendo também criar diastemas indesejáveis neste local.
O arco Hawley deve ser usado para o que foi criado, lingualizar os dentes anteriores ou estabilizá-los; para
intruir ou extruir os dentes, isto, quando o clínico utiliza “botões” de resina composta ou outros tipos de
batentes fixados na face vestibular dos incisivos. Sim, o arco de Hawley realiza tudo isso ativando suas duas
alças ativas. É definitivamente um excelente arco de ação, não como um arco de contenção.
A Contenção ABC foi projetada para ser utilizada em ambas as arcadas dentárias. Seja em
tratamentos realizados sem a necessidade de extrações, mas também quando estas forem necessárias.
SUA CONFECÇÃO
O Arco-Barberi-Cobalto ABC, consiste em um fio vestibular que possui 8 dobras verticais que
desenham "4 formas opostas" (45 graus) tipo baioneta. Estes oferecem uma possibilidade diversa de
manejo clínico para o profissional que o utilize. Eles permitirão que estes se aproximem ou se afastem
da face vestibular dos incisivos, de uma maneira melhor do que com o Arco Hawley.
Durante a elaboração do "ABC", pretende-se que este faça um percurso específico pela vestibular,
não utilizado anteriormente por qualquer outro arco vestibular conhecido. O trajeto "especial" agora
será pelo "nicho gengival". em íntimo contato com o equador "escorregadio" da coroa clínica. Da mesma
forma, por sua continuidade e ausência de alças, não deixará nenhum dente da arcada sem contato.
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O ARCO COBALTO ABC, será soldado aos grampos de retenção escolhidos para fazer o aparelho
de contenção. Podem ser os grampos de retenção da Contenção-Cobalto, ou os vários outros grampos de
retenção com uma simples porção palatina ou lingual de acrílico tradicional, ou o novo tipo compacto.
Soldado a esses grampos nos molares, o arco avançará simetricamente em direção aos dentes
anteriores. O seu percurso para a frente (ao nível dos processos molares, incluindo os caninos) será feito
de forma linear "reta" e sem contornar nenhuma destas peças.
Seu trajeto linear será feito exatamente através do "nicho" dado entre a margem gengival e o
colo da coroa clínica, este será seu espaço de sustentação. Seu desenho neste local evita que o arco se
mova verticalmente, para cima e para baixo, pois ficará bloqueado entre a gengiva e as proeminências
anatômicas vestibulares de cada dente.
A sua localização "vertical" neste espaço gengival (mais próximo do centro de rotação
ortodôntico), proporcionará ao dente maior estabilidade pós-ortodôntica. É também este, o lugar onde
reside a estabilidade deste Método Terapêutico de Contenção. Da mesma forma, o conforto para não
afetar a miofunção das bochechas e, portanto, tornar-se mais confortável para o uso habitual de seus
pacientes.
• Cabe lembrar agora que o Arco Barberi Cobalto ABC nasceu para ser apenas um acessório
do aparelho, outrora projetado com o objetivo de permitir que o paciente mastigue qualquer tipo de
alimento com a contenção pós-ortodôntica removível.
• Se tratava da super Contenção Cobalto, uma super contenção pós-ortodôntica, com o qual não
foi somente possível superar a possibilidade de realizar a mastigação habitual de seus pacientes, mas
também não afeta o ato diário de fonação enquanto for utilizado. Assim nasceu a "Contenção Cobalto".
A "Contenção ABC" é a versão econômica deste excepcional aparelho de contenção pós-ortodôntico.
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…O Arco seque pela linha cervical dos dentes posteriores até o canino. Um pequeno desnível em "S" é
feito no terço mesial, seguindo para o dentes anteriores pelo terço cervical.
Essa mudança de altura também será feita por meio de dobras tipo baioneta feitas de forma
rígida e apertada no espaço interproximal entre os incisivos laterais e os caninos. Uma espécie de
desenho (delineado) desta pequena seção da morfologia vestibular gengival do terço mesial do canino.
Tal é a magnitude da contenção que esta seção do fio tem sobre o canino, e a qualidade de
estabilidade que proporciona ao parelho, que o arco quase poderia ser batizado com o nome:
"Contenção Canino".
...Então, em seu novo nível, o fio de cobalto passará pela face vestibular dos 4 incisivos. Sua altura será
agora 2 ou 3 milímetros incisal do nível que tinha quando iniciou sua trajetória molar em contato
íntimo com os processos molares sem contorná-los. E depois de ter feito uma mudança de primeiro nível
(também por meio de dobras tipo baioneta) quando sua formação estava apenas começando.
Assim, o ABC formará uma espécie de “Fulcro de Contenção” muito mais próximo do ponto de
rotação ortodôntica. Ele estabilizará cada um dos elementos dentários presentes. Este, em estreita
relação com o componente palatino da maxila, ou lingual da mandíbula, que possui a contenção Pós-
Ortodôntico escolhida.
O denominador “Barberi”, assim como o nome “Cobalto”, não devem ser omitidos, pois são nomes
de seu autor e do importante elemento químico com o qual esse mecanismo de contenção deve sempre
ser construído.
Assim, o nome simples para denominar este acessório é: "ARCO BARBERI-COBALTO". Sua
abreviatura é "ABC". …Letras que, aliás, comumente simbolizam conceitos modernos...avançados ou
vanguardistas. Assim como o dispositivo apresentado.
Dúctil não deve ser confundido com macio. A ductilidade é uma propriedade que, como tal, se
manifesta quando o material está suportando forças consideráveis, mesmo que sejam apenas forças de
contenção.
...O "Arco de Contenção de Cobalto" apresenta as mesmas duas "alças" que o arco Hawley. Só que agora
eles foram construídos com um comprimento mesiodistal muito maior e com pouca altura. Ou seja, as
"alças" do Arco de Cobalto sofreram uma importante evolução. Agora eles são formados por meio de 8
dobras tipo baioneta que, além de dar a mesma versatilidade ao arco, não saem do dente ao fazê-lo.
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As novas "alças" (mais largas e menos altas), serão geridas exclusivamente por um profissional,
não pelo seu paciente. Seu operador (o clínico) poderá apertar ou espalhar as baionetas para pequenos
ajustes pós-ortodônticos. Você também pode fazer pequenas dobras ou contornos no plano horizontal
do mesmo, para conseguir pequenos movimentos de rotação dentária onde estes são necessários.
Outra vantagem deste importante dispositivo de contenção é que ele é feito de um material
diferente do Níquel Cromo temperado. «Cobalto-Cromo-Níquel»: "CobalCroNi". Um material com
maior dureza, menos resiliência, mas maior resistência e adaptabilidade a maus tratos dada a sua
inflexibilidade. Um material reformável e dúctil.
Pretende-se que este arco vestibular de “contenção” consiga finalmente travar o estranho
capricho que se tornou voz popular no atual paciente pós-ortodôntico. Capricho perigoso que consiste
em ativar (fechar), às custas do próprio paciente, as alças verticais do arco vestibular de Hawley para
suas contenções, buscando assim auxiliar seu ortodontista.
O mito nasceu talvez ao informar ao paciente que ele tem o direito de comparecer "X" número de
vezes à consulta para fazer as ativações necessárias, de controle, aos seus recipientes.
É então conveniente resolver a situação. Para isso apresento o «Arco de Contenção Barberi-
Cobalto». Isso requer o cuidado (e manejo clínico) de um profissional da área odontológica, não de seu
paciente, pois ele também não poderá fazê-lo devido à dificuldade que essa ativação representa para ele.
...As Contenções não são ativadas! Foram concebidos para «Conter» ou «Imobilizar» os dentes numa
posição estética. Eles foram destinados a "Manter" ou "Sujeitar". Por esta razão, o nome Contenção Pós-
-Ortodôntica , ou Pós-Ortodôntica: "Posortodontico".
Uma das maiores dificuldades que este aparelho vestibular teve para ser aceito na comunidade
científica tem sido a discriminação de sua imagem "atípica".
…Sua forma é diferente, não é facilmente assimilada. Muitos consideram ser muito diferente!
Esse conflito reside basicamente em seu desenho vestibular "anormal" e em sua grande
localização vertical. Seu trajeto e toques são diferentes da posição comum dos arcos vestibulares que
são conhecidos hoje.
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Sobre essa magistral (e questionável) localização vertical do ABD, devo comentar que alguém
certa vez perguntou: por que razão o arco vestibular passa por tal local gengival?
Ao que não pude deixar de responder com outra pergunta. Eu disse a ele, de forma respeitosa,
Doutor, por favor me responda a seguinte pergunta. Então vou responder a sua porque a veracidade da
minha resposta ausente será óbvia com a minha pergunta. …De repente eu não terei que responder a ele.
Perguntei-lhe então: por que o Arco Hawley atravessa o equador escorregadio do dente? Talvez
porque os braquetes estavam colados ali. A posição de um braquete cimentado é diferente de um arco
vestibular solto.
Perguntei ainda a ele: onde você acha que seria um lugar melhor (fulcro) para conter ou
imobilizar o dente? Você também não acha que, neste lugar escorregadio, o arco se torna muito móvel?
Será muito melhor estar mais perto do centro de (des)rotação.
O Arco Vestibular de Hawley nunca teve um bom lugar para passar pelo vestíbulo ao ser utilizado
como contenção. Não foi projetado para isso!
Essa rota "específica" oferecerá ao ABC a possibilidade de ser ancorado "verticalmente" para não
se deslocar pela função normal do lábio. Além disso, não deixará indefeso -em contato- nenhum dos
dentes da arcada dentária. Ao mesmo tempo, oferecerá a possibilidade de obter grande estabilidade
para não cair no "balanço" vertical comum que a maioria dos arcos vestibulares apresentam, pois são
colocados em contato íntimo com o equador úmido e, portanto, escorregadio do a coroa clínica.
O fio de cobalto tem menos resiliência do que o tradicional fio "Níquel-Cromo temperado"
que tradicionalmente tem sido usado para fazer o arco vestibular tipo Hawley, ou os outros ganchos
tradicionais usados pelos dentistas e técnicos.
O cobalto é um metal ferromagnético duro com uma cor azulada "prata". Sua principal
característica é sua alta dureza e resistência ao desgaste. Normalmente é encontrado junto com o
Níquel, ambos geralmente fazem parte de meteoritos de ferro. Sua temperatura Curie é de 1388 K.
É comumente encontrado como uma mistura de duas formas alotrópicas com estruturas
cristalinas hexagonais e cúbicas de face centrada.
O Cobalto é usado principalmente para ligas de alto desempenho, geralmente com custo
econômico maior do que aquelas feitas apenas com Níquel.
Da mesma forma que o Níquel ou o Zinco, o Cobalto são metais eminentemente adequados para
ligas. Esses metais geralmente são adicionados a outros que atuam como base. Quando o Cobalto atua
como base, geralmente o faz em ligas com Cromo.
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