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3 Wais
3 Wais
WAIS
Ficha Técnica
1. Aplicação e Cotação:
100
97 ________________| |________________ 100
2,60 2,60
92 ___________________________| |____________________________ 108
3x2,60 3x2,60
Média: 10
Sd: 3
A análise da WAIS inicia-se geralmente pela análise dos QIs que dá uma ideia
sobre a funcionalidade global.
Logo:
10
7| 1dp | | 1dp |13
3. Sub-testes
Parte Verbal
INFORMAÇÃO
Informação geral, absorvida do meio ambiente. Reflecte um certo envolvimento no
meio e o grau de escolaridade. É pouco afectada pela idade, embora em casos gra-
ves de deterioração mental se possam encontrar esses efeitos na deterioração.
É uma das melhores medidas de g na WAIS, e está saturada também do factor de
compreensão verbal.
A nível da análise da resposta, em princípio os itens deste sub-teste não suscitam
respostas estranhas ou de carácter pessoal, pelo que quando estas aparecem, deve
tentar compreender-se o que está por detrás.
Pode ser afectado pela ansiedade, no sentido de poderem verificar-se lacunas na
memória – p.ex. falhar em itens muito iniciais (geralmente revela ansiedade).
COMPREENSÃO
Integrações das regras sociais e a capacidade de actuar de acordo com essas
regras.
Subteste menos dependente da educação formal do que o da informação. Mais
rico em informações clínicas.
A análise factorial revela-o como uma boa medida de g e da factor de compreen-
são verbal.
ARITMÉTICA
Cálculo e raciocínio
DISPOSIÇÃO DE GRAVURAS
Teste saturado em Factor g
SEMELHANÇAS
Afectado por qualquer processo que perturbe o pensamento. Reduzido em casos
de organicidade. Boa medida de g. Vulnerável à idade.
MEMÓRIA DE DÍGITOS
Fraca medida de g e boa capacidade da medida de atenção, concentração e
medida auditiva de memória imediata.
Há o sentido directo e o sentido inverso. Indivíduos impositivos tendem a ter difi-
culdades no sentido inverso. Indivíduos muito inteligentes acham monótona a tarefa
no sentido directo preferindo o sentido inverso.
VOCABULÁRIO
Melhor medida de g. Subteste menos sensível à deterioração mental. O leque de
vocabulário tende mesmo a aumentar com a idade – bom índice do funcionamento
pré-mórbido do indivíduo. É uma boa medida do factor de compreensão verbal... Útil
para a avaliação de aspectos qualitativos (sensibilidade a sentimentos, associações
bizarras...).
Todavia, apesar de tender a ser afectado com a idade, o rigor das definições pode
ser afectado com a idade, não permanecendo exactamente igual.
Parte Realização
CÓDIGO
Fraca medida de g. Coordenação grafo-perceptiva. Aprendizagem de uma tarefa
não familiar num curto espaço de tempo. A velocidade de execução é importante
(bem como a destreza e a perseverança do indivíduo). Tende a levar a resultados
mais rápidos se o indivíduo memorizar a chave (mas não é um subteste de memó-
ria). A memória beneficiará, mas resultados baixos não implicam más/boas capacida-
des de memória...
Sendo uma tarefa de papel e lápis pode levantar problemas aos indivíduos pouco
escolarizados...
COMPLETAMENTO DE GRAVURAS
Considerado a melhor medida de g dos subtestes de realização. Descoberta de
aspectos comuns numa figura familiar. Distinção entre o essencial e o acessório.
Capacidades de atenção e concentração requeridas. A análise qualitativa pode ser
importante.
Certos comentários podem ser sugestivos de uma postura mais desconfiada (ex:
“não falta nada!... Falta Mesmo???”)
Alguns processos patológicos podem levar a muito boas notas (características
mais obsessivas (minuciosidade), hipervigilância (dos paranóides)... Mas não é por ter
uma nota elevada que o indivíduo é obsessivo ou paranóico.
Resultados heterogéneos nas respostas podem significar ansiedade. Respostas
absurdas remetem para a perda do exame da realidade. Também há indivíduos que
têm resultados baixos por alguma oposição/desconfiança (“não falta nada...”).
Pode ser influenciado por ansiedade relativa à ansiedade corporal (os objectos
não estão completos...)
Normalmente em casos de simulação há sempre um exagero porque o indivíduo
não tem noção do que é necessário para indicar patologia...
CUBOS
Medida razoável de g. Saturado no factor de organização perceptiva. Capacidade
para relações significativas. Avaliar e aplicar relações entre objectos abstractos. Sen-
sível à velocidade e deterioração psicológica (com a idade a velocidade diminui). Boa
medida do raciocínio não verbal (analítico). Juntamente com o completamento de
objectos é uma medida do pensamento analítico.
Subteste em que a memória não está muito implicada (trabalha com o modelo à
frente). A própria forma como o sujeito trabalha é importante (cuidadoso... impulsi-
vo...)
COMPOSIÇÃO DE OBJECTOS
4. Deterioração Mental
DETERIORAÇÃO FISIOLÓGICA:
Declínio normal da eficiência intelectual com a idade.
DETERIORAÇÃO MENTAL:
Diminuição da eficiência intelectual do indivíduo relativamente ao seu nível anterior
e que é mais acentuada do que a própria dos indivíduos da sua idade.
DP = DF + DM
Sendo que DF é relativamente fácil de aceder e sendo esta contemplada nas nor-
mas dos testes, a DP exprime correctamente a DM:
DP = DF + DM
DP = DM
- Composição de Objectos
Note-se que este estudo revela a probabilidade do sujeito na população normal ser
deteriorado e não a probabilidade do sujeito ser deteriorado...
Este Quociente de Deterioração tem sido muito contestado. Este indicador deve
ser utilizado coma consciência que é limitado e falível, muito mais para a população
portuguesa, para a qual não foi aferido...
Alguns dos subtestes escolhidos como “os que se mantêm” são também afectados
pela deterioração fisiológica (ex: completamento de gravuras e composição de objec-
tos, já que a parte verbal é sempre mais estável...). Mas houve uma necessidade de
equilibrar com subtestes verbais e não verbais, pois caso contrário este quociente
poderia indicar algo sem ser a deterioração...