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SUMÁRIOS
HISTÓRICO DE REVISÕES .................................................................................................... 1
1. FUNDAMENTAÇÃO ......................................................................................................... 2
2. DEFINIÇÕES ................................................................................................................... 2
4. IMPLEMENTAÇÃO .......................................................................................................... 4
6. AUDITORIA .................................................................................................................... 6
7. REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 7
HISTÓRICO DE REVISÃO
Data de publicação Versão Mudança(s)
1. FUNDAMENTAÇÃO
Food Defense (do português ‘Defesa de alimentos’) é um elemento crucial na proteção de seu
negócio e consumidores de ameaças internas e externas. Isso abrange uma variedade de amea -
ças potenciais, de ciladas / golpes de adulteração relativamente comuns a ataques terroristas
menos prováveis. Pesquisando na web sobre “adulteração de produto” ou “adulteração de pro -
duto causada por funcionário” têm-se inúmeros exemplos ilustrando que a ameaça é REAL. Amea-
ças na cadeia de suprimentos ou na fabricação podem muitas vezes ser mitigadas para reduzir
uma enorme variedade de ameaças. Por exemplo, colocar uma tampa de bloqueio em uma cuba
pode facilitar uma ampla gama de possíveis ameaças intencionais.
Programa de Food Defense deve ser desenvolvido para reduzir os riscos de ameaças internas e
externas para proteger os consumidores.
Os requisitos adicionais da FSSC 22000 contêm requisito específico para Food Defense. Embora
o tópico seja tratado na ISO/TS 22002-1:2013 cláusula 18, o requisito adicional da FSSC 22000
2.5.3 está alinhado com os requisitos do GFSI e leva ao nível do sistema de gestão, fazendo
parte do processo de responsabilidade da gestão.
2. DEFINIÇÕES
Existem diversas definições diferentes para Food Defense que são de natureza muito similar.
Algumas até entram em conflito com a definição do GFSI, como incluir Food Fraud (do português
‘Fraude em alimentos’) dentro do escopo de Food Defense. É fundamental perceber que Food
Fraud é um tópico separado e um requisito diferente no esquema FSSC 22000.
A definição do GFSI para Food Defense é: “O processo para assegurar a segurança do alimento,
ingredientes, ração animal, ou embalagem para alimentos de todas as formas de ataques malici -
osos intencionais incluindo ataques ideologicamente motivados de contaminação ou produto
inseguro (GFSI 2020.1).
A motivação ou causa raiz para Food Defense é a intenção de causar dano ao consumidor ou
empresas. Isso é diferente da motivação de Food Fraud que é exclusivamente para ganho eco-
nômico. Portanto, prevenção relacionada a Food Defense requer abordagem diferente que o con-
trole de perigos à segurança de alimentos não intencionais (APPCC) e Food Fraud.
A organização deve:
a) conduzir e documentar a avaliação de ameaças de Food Defense, com base em uma
metodologia definida, para identificar e avaliar ameaças potenciais ligadas ao proces-
so e produtos no escopo da organização; e
b) desenvolver e implementar medidas de mitigação apropriadas para ameaças signifi-
cativas.
2.5.3.2 PLANO
a) A organização deve ter um plano de Food Defense documentado, com base na avali-
ação de ameaças, especificando as medidas de mitigação e os procedimentos de ve-
rificação;
b) O plano de Food Defense deve ser implementado e apoiado pelo SGSA da organiza-
ção;
c) O plano deve atender à legislação aplicável, abranger os processos e produtos no
âmbito da organização e ser mantido atualizado.
d) Para categoria FII, em adição ao anterior, A organização deve garantir que seus for-
necedores tenham um plano de Food Defense em vigor.
4. IMPLEMENTATION
Para implementar os requisitos de Food Defense da FSSC 22000, deve ser seguida uma abordagem ló-
gica, sistemática e baseada no risco. Deve-se notar que existem muitas abordagens e o FSSC deixa a
escolha para a organização. No entanto, os métodos mais difundidos são TACCP ( Threat Assessment
Critical Control Points; recomentado pelo BSI/PAS 96), CARVER+Shock e “Food Defense Plan Builder ”
(FDA)4.
Para auxiliar na implementação das cláusulas da FSSC 22000, recomenda-se a conduzir as atividades
da seguinte forma:
Ao determinar o escopo da sua avaliação, é importante notar que o nível de ameaça demonstrou
ser mais elevado nas instalações de produção 4,7. Certifique-se de que a sua empresa (incluindo o
pessoal) esteja coberta, mas não se limite apenas às suas instalações, a cadeia de abastecimento
também deve ser incluídas.
Você precisa implementar um sistema que avalie de maneira lógica as ameaças para as quais
diversas ferramentas estão disponíveis (ex.: TACCP, CARVER+Shock, Food Defense Plan Builder
4
). A escolha da ferramenta fica por conta da organização e deve ser adequada ao seu negócio.
Deve-se atentar quanto aos atributos de processamento que podem tornar seu alimento um alvo
(ex.: grandes lotes ou facilidade de acesso pretendem aumentar o risco). Incluir riscos externos
(em outras partes da cadeia de abastecimento) E riscos internos (ex.: acesso ao local / equipa-
mento, funcionários insatisfeitos, etc.).
É importante notar que cada ameaça identificada NÃO será automaticamente determinada como
significativa e NÃO será automaticamente obrigada a ser abordada por uma medida de mitiga -
ção. Identificar o maior número possível de ameaças é importante para que possam ser devida-
mente avaliadas. Após incidentes repetidos ou graves, uma avaliação subsequente da ameaça
pode determinar que é necessária uma medida de mitigação adicional.
Ao definir uma estratégia de Food Defense, as ameaças potenciais identificadas devem ser avali-
adas quanto à sua importância. Pode ser utilizada uma matriz de risco semelhante ao APPCC /
HACCP (ex.: probabilidade de ocorrência x impacto / consequência). Outros fatores, como a
acessibilidade, a probabilidade de detecção e a capacidade de reconhecimento, podem ser utili -
zados como indicadores adicionais. Uma estratégia de prevenção para os riscos significativos de -
ve ser desenvolvida e documentada. Para ajudar a identificar medidas preventivas, o FDA publi-
cou uma base de dados com medidas preventivas para diferentes atividades ao longo de toda a
cadeia alimentar (FDA)5.
O plano deve ser integrado e apoiado pelo SGSA da organização para todos os seus produtos .
Deve conter elementos como medidas de controle, atividades de verificação, correções e ações
corretivas, responsabilidades, manutenção de registros e melhoria contínua. Além disso, o SGSA
precisa incluir o elemento de Food Defense nas políticas, auditorias internas, revisões de gestão,
etc.
A eficácia das medidas de controle e proteção contra ameaças potenciais depende em grande par-
te das pessoas. Estes podem ser externos (ex.: fornecedores) ou internos (seus associados). Por-
tanto, um programa de treinamento e/ou comunicação é essencial.
Além disso, as organizações de categoria FII para corretagem e comercialização devem garantir
que os seus fornecedores tenham um plano de Food Defense em vigor. Isto pode ser estabeleci-
do de várias maneiras, por exemplo, fazendo com que os fornecedores preencham um questio-
nário do fornecedor confirmando se o fornecedor possui um plano de Food Defense em vigor,
bem como solicitando uma cópia do plano de Food Defense dos fornecedores ou evidência de
que o fornecedor possui uma certificação reconhecida pelo GFSI ou aprovada em vigor.
O FDA oferece materiais de treinamento on-line gratuito e, embora seja focado para o cumpri-
mento regulatório do FDA/EUA, este treinamento auxilia na educação da indústria alimentícia sobre
maneiras de ajudar a proteger o fornecimento de alimentos contra atos deliberados de contami -
nação ou adulteração (FDA) 8.
Nota: o treinamento do FDA foi desenvolvido para atender à conformidade do FDA. É importante
observar que o escopo do FDA, especificamente para a regra de adulteração intencional da
FSMA, é mais estreito do que o escopo GFSI, portanto, a conformidade com a FSMA-IA não é
necessariamente igual à conformidade com a GFSI.
6. AUDITORIA
Os auditores devem avaliar se a avaliação de ameaças e a identificação e implementação de me-
didas de mitigação são adequadas fazendo as seguintes perguntas:
7. REFERÊNCIAS
1) GFSI Benchmarking Requirements version 2020.1
2) BSI PAS 96:2017. Guide to protecting and defending food and drink from deliberate attack.
3) FDA Food Defense fact sheet:
www.fda.gov/downloads/Food/GuidanceRegulation/FSMA/UCM503566.pdf
4) FDA Food Defense Plan Builder:
www.fda.gov/Food/FoodDefense/ToolsEducationalMaterials/ucm349888.htm
5) FDA database of mitigation strategies:
www.fda.gov/Food/FoodDefense/ToolsEducationalMaterials/ucm295898.htm
6) Food Fraud Prevention Think Tank course:
foodfraudpreventionthinktank.com/courses/food-defense-threat-audit-guide-mooc-ffpd/
7) Nina Puhač Bogadi, Mara Banović and Ivona Babić. Food defense system in food industry:
perspective of the EU countries. Journal of Consumer Protection and Food Safety, Mar ço
2016.
8) FDA Food Defense Training and Education: fda.gov/food/food-defense/food-defense-
training-education
9) GFSI position on mitigating the public health risk of food fraud, Julho 2014. Food-Fraud-
GFSI-Position-Paper.pdf (mygfsi.com)