Estudo citológico de células de

descamação natural e artificial

PROFA DRA ANA PAULA RODRIGUES

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI
DIAMANTINA – MG
 Derrames

⚫ Presença de patológica de líquidos em uma cavidade

do organismo

⚫ Líquidos extra-vasculares:

⚪ Líquidos cavitários
⚪ Líquido sinovial
⚪ Líquido amniótico
 Líquidos Cavitários - Serosos

⚫ Pleural, pericárdico e peritonial (ascítico)

⚫ Formação: membrana parietal – ultrafiltração

⚪ Pressão hidrostática: pressão sanguínea

⚪ Pressão coloidosmótica: proteínas plasmáticas
⚪ Permeabilidade capilar
 Líquidos Cavitários

⚫ Volume:

⚪ Líquido pleural: ~ 10 mL (1 a 15 mL)

⚪ Líquido pericárdico: 20 a 50 mL

⚪ Líquido peritonial: ~ 100 mL

⚫ Funções:

⚪ Proteção mecânica dos órgãos

⚪ Nutrição
⚪ Excreção (eliminação de catabólitos)
 Fisiopatologia dos derrames

⚫ Acúmulo de líquidos nas cavidades:

⚪ Aumento da permeabilidade capilar (processos infecciosos,

inflamatórios, tumores)

⚪ Aumento da pressão hidrostática (ICC, hipertensão sistêmica)

⚪ Diminuição da pressão coloidosmótica (hipoproteinemia,

hepatopatias, síndromes nefróticas, queimaduras)
⚪ Obstrução na drenagem linfática
 Tipos de Derrames Serosos

⚫ Transudatos:

⚪ Líquido não-inflamatório

⚪ Pouca celularidade

⚪ Baixo teor proteico

⚫ Exsudato:

⚪ Líquido inflamatório
⚪ Infecções, tumores, doenças reumáticas / auto-imunes
⚪ Alta celularidade, alto teor proteico
Localização
 Análise de líquidos cavitários

⚫ Coleta:

⚫ Punção asséptica e drenagem do líquido sem

aspiração
⚫ Coleta em até três tubos:

⚪ Sem anticoagulante – análise bioquímica

⚪ Com EDTA – exame citológico
⚪ Com heparina – exame microbiológico
 Análise de líquidos cavitários

⚫ Exame macroscópico

⚫ Exame citológico

⚪ Contagem global de células

⚪ Contagem diferencial

⚫ Análise bioquímica

⚪ Proteínas, glicose, pH, enzimas, marcadores tumorais

 Líquido sinovial

⚫ Preenchimento de

cavidades articulares

⚫ Ultrafiltrado plasmático

⚫ Secreção de ácido

hialurônico

⚫ Volume: 0,1 a 3,5 mL

 Análise do Líquido Sinovial
⚫ Exame macroscópico e físico

⚫ Exame citológico

⚪ Células

⚪ Cristais

⚫ Exames bioquímicos:

⚪ Proteínas
⚪ Glicose
⚪ Ácido úrico

⚪ Lipídeos
Líquido Amniótico

⚫ Maturidade fetal

⚫ Acompanhar gravidez de alto

risco
(hipertensão/hemorragia)
⚫ Diagnóstico de distúrbios

intra-uterinos (fenilcetonúria,
DHRN, hipotireoidismo)
 Líquido Amniótico
⚫ Formação:

⚫ Ultrafiltrado do plasma materno

⚫ Processos de secreção e absorção

⚫ Placenta ( trocas de água, solutos e gases)

⚫ Feto ( a partir da 20ª semana):

⚪ Absorção (deglutição)
⚪ Excreção ( micção e defecação)
⚪ Secreção (trato respiratório)
 Líquido Amniótico

⚫ Composição varia com a idade gestacional, bem

como o volume

⚫ Funções:

⚪ Mecânica: regula a pressão intrauterina, mobilidade fetal,

proteção mecânica contra choques, previne adesão entre feto e
âmnion
⚪ Metabólica: nutrição, excreção
 Análise do Líquido Amniótico

⚫ Exame macroscópico (aspecto e cor)

⚫ Exame citológico

⚫ Exame bioquímico – maturidade fetal

⚪ Creatinina – função renal

⚪ Fosfolipídeos – função pulmonar

⚪ Bilirrubina – função hepática

⚪ Glicose

⚫ Análise molecular: alterações cromossômicas, erros inatos do

metabolismo, hemofilia, distrofias musculares, talassemias e outras

 Citologia Esfoliativa

⚫ Estudo das células esfoliadas ou desprendidas de um tecido

de revestimento
⚫ O exame citológico de Papanicolaou é o método de

excelência na avaliação do grau de alteração do epitélio

escamoso cervical e tem ajudado a diminuir drasticamente
a incidência de câncer de colo uterino
 Citologia Esfoliativa

⚫ Epitélio da cavidade oral é predominantemente do tipo

escamoso Aplicação da citologia esfoliativa alta

eficácia nas lesões malignas
⚫ Vantagens oferecidas pela citologia esfoliativa : alta

especificidade, alta sensibilidade, baixo custo, rapidez,

facilidade de execução, dispensa da anestesia prévia e o menor
desconforto para o paciente

⚫ Cuidados na coleta e na fixação

 Citologia Esfoliativa

As lesões mais facilmente diagnosticadas pela citologia

esfoliativa são as que apresentam elementos característicos:
⚫ Visualização do fungo na Paracoccidioidomicose

⚫ Reconhecimento das atipias, bizarrismos e mitoses atípicas

no carcinoma espinocelular

⚫ Visualização de microrganismos em esfregaços de colo

uterino, ex: C. trachomatis

 Uroanálise

■ Cor, turvação, odor, volume, viscosidade e presença de

açúcar

■ 1694 – Frederick Dekkers: albuminúria

■ Século XVII – Thomas Addis

❖ Popularidade da uroanálise de rotina

Coleta de amostras
 Conservação

● Conservante ideal:

bacteriostático, inibidor de urease, conserve

elementos figurados do sedimento e não interfira
nos testes bioquímicos
 Exame químico (pH, proteínas, glicose, cetonas, sangue, mioglobina,
bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, leucócitos)

Exame físico
(coloração,
Correlações UROANÁLISE aparência,
densidade, odor)

Sedimentoscopia (hemácias, leucócitos, células epiteliais, cilindros,

bactérias, leveduras, parasitas, espermatozóides, muco, cristais, cálculos,
artefatos)
 Etapas da Uroanálise

⚫ Exame físico

⚫ Exame químico
 Etapas da Uroanálise

⚫ Relação com patologias

⚫ pH, proteínas, glicose, cetonas, sangue,

mioglobina, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito,

leucócitos
 Etapas da Uroanálise

⚫ Sedimentoscopia:

⚫ Centrifugação de ~12 mL de urina em tubo de centrífuga

cônico ( 5 minutos a 1500 rpm)

⚫ Sedimento entre lâmina e lamínula ou câmara de Neubauer

⚪ Contagem por campo

⚪ Contagem /mm3 – Contagem de Addis

⚫ Microscopia x achados físicos e químicos
 Etapas da Uroanálise

Elementos Exame físico Exame químico Exceções

Hemácias Turvação, cor Sangue, Proteína N°, hemólise

Proteína, nitrito,
Leucócitos Turvação N°, lise
leucócitos
Elementos
organizados
Células epiteliais Turvação N°

Cilindros Turvação Proteínas N°

Turvação pH, nitrito,

Elementos Bactérias N°, tipo
não leucócitos
organizados
Cristais Turvação, cor pH N°, tipo
Elementos Organizados
Elementos Organizados
 Outros elementos importantes

⚫ Bactérias ou germes de fermentação

⚫ Fungos: Candida albicans

⚫ Muco

⚫ Parasitas: ovos de oxiúros, Schistosoma, Ascaris,

larvas e cistos

⚫ Espermatozóides
 Cristais

⚫ Representam produtos finais do metabolismo ou produto de excessos

alimentares substâncias se combinam a precipitam significado

clínico limitado

⚫ Tipos anormais doenças do fígado, erros inatos do metabolismo,

lesão renal, gota, cálculos renais

⚫ Cristais X decomposição da urina

Cristais
Cristais
 Nomenclatura em Uroanálise
Elemento Aumento Nomenclatura
Raras (até 3 p/ c), Algumas (3-5 p/ c)
Células epiteliais 100 X
Diversas (5-10 p/ c), Numerosas (+ 10 p/ c)
P/ c ou mL Até 5 p/ campo ou 10.000/mL
Leucócitos 400 X

Raros (1 em 2-3 campos), Alguns (1-3 p/ c)

Piócitos 100 X
Diversos (3-5 p/ c), Numerosos (+ 5 p/ c)
P/ c ou mL Até 2 p/ campo ou 5.000/mL
Hemácias 400 X

Cilindros 100 X P/ c Até 2 cil. hialinos p/ campo

Cristais 100 X Alguns, diversos ou numerosos
Filamentos de muco 100 X Pequena, regular ou grande quantidade
Bactérias 400 X Nula, discreta, moderada ou intensa quantidade
Trichomonas 400 X Presença
Leveduras, hifas 400 X Presença
Raros, alguns, diversos, numerosos (urina
Espermatozóides 400 X
masculina)