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Urinálise I

Profa. Maria Beatriz M. Nunes


Farmacêutica
mbeatrizmnunes17@gmail.com
01. Início da medicina laboratorial
Obtenção de informações diagnósticas

02.
Exames de Triagem

Urinálise Coleta NÃO invasiva


Baixo custo e informações de
funções metabólicas
Sumário de
Diagnóstico de doenças
Urina
03. Triagem de populações
assintomáticas

Acompanhamento da progressão da
doença e eficácia do tratamento
Sistema Urinário
Função Renal e Formação da Urina
Rim Ureteres
Formação a
Condução da
partir da
urina até a
filtração do
bexiga
sangue

Bexiga Uretra
Armazena a urina Transporta a
produzida urina para
excreção
Rim

Manutenção da homeostase

Regulação dos fluidos corporais, balanço


ácido-base, balanço eletrolítico

Excreção de resíduos

Manutenção da Pressão Sanguínea e


Eritropoiese
Fisiologia Renal
Cada rim contem unidades funcionais > NÉFRONS
Néfrons corticais (85%) > remoção de resíduos
de produtos e reabsorção de nutrientes
Néfrons justamedulares > promove a
concentração da urina
Excreção seletiva de resíduos do sangue
e manutenção do balanço hidroeletrolítico
Fluxo Sanguíneo Renal
Filtração Glomerular
Reabsorção tubular
Secreção tubular
Fluxo Sanguíneo Renal
Sangue > Arteríola aferente
> Glomérulo > Arteríola
eferente
Diferentes dimensões das
arteríolas > Pressão
Hidrostática diferencial >
Filtração glomerular e o
Fluxo Sanguíneo Renal no
glomérulo
Taxa de Filtração
Glomerular (TFG)
Filtração Glomerular
Glomérulo > junção de lobos
capilares > localizado na
Cápsula de Bowman > Atua
como um Filtro Não Seletivo
para substâncias

Fatores que influenciam:


Estrutura Celular do
Glomérulo
Pressão Glomerular
Sistema renina-
angiotensina-aldosterona
Reabsorção Tubular

O corpo não pode perder


120 mL de água com
substâncias essenciais a
cada minuto

A partir do túbulo
contornado proximal >
reabsorção de substâncias
essenciais e água

Glicose, aminoácidos, sais,


água, ureia, sódio
Secreção Tubular
Passagem de substâncias
do sangue nos capilares
peritubulares para o
filtrado tubular

Eliminar produtos residuais


não filtrados pelo
glomérulo e regular o
equilíbrio ácido-básico do
organismo pela secreção
de íons de Hidrogênio
Medicamentos
Composição da Urina
Ureia e outros produtos químicos orgânicos
e inorgânicos dissolvidos na água

Influência: Ingestão alimentar,


95% de água e 5%
atividade física, metabolismo
de solutos
corporal, funções endócrinas,
posição corporal

Ureia (~50% dos sólidos Hormônios, vitaminas,


dissolvidos na urina) medicamentos, células,
Creatinina e Ácido úrico cilindros, cristais, muco,
Cloreto, Sódio, Potássio bactérias
Volume urinário Depende da quantidade de água
que os rins excretam > determinado
pelo estado de hidratação do
organismo

Ingestão hídrica, perda não renal de


fluido, variações na secreção de
hormônio antidiurético, necessidade
de excretar quantidades
aumentadas de sólidos dissolvidos
(glicose, sais)

Normal: 600 - 2.000 mL / dia


COLETA DE AMOSTRAS
Recipientes
Frascos limpos, secos, de
pouco vazamento e de
preferência descartáveis

Urocultura > frascos estéreis

Frascos de boca larga >


facilita a coleta

Frascos de fundo chato e amplo

Material que permita a


visualização de cor e aspecto
Tipo de amostra
Primeira urina do dia > mais concentrada
Amostras aleatórias > influência do consumo de fluidos do dia

Glicosúria > amostras coletadas 2-3h após alimentação


Urobilinogênio > amostras no início da tarde (2-4h)

Quantificação de Creatinina, Glicose, Proteínas totais, Eletrólitos,


Hormônios e Ureia > Amostra de 24h

Antes de iniciar a coleta (~8h da manhã): Esvazia a bexiga > descarta


urina > coleta de todas as urinas das próximas 24h seguintes
Recipiente empregado deve ser matido sob refrigeração durante todo o
período da coleta
Tipo de amostra
Amostra de Jejum > Segunda Amostra da Manhã
Amostra sem metabólito de alimentos ingeridos antes do
início do jejum > Monitoramento da glicose

Amostras 2h pós-prandial > Coleta antes de consumir uma refeição e


após 2h da alimentação
Monitoramento terapeêutico da insulina em pacientes com Diabetes
Mellitus
Amostras do Teste de Tolerância à Glicose > coletadas junto com as
amostras de sangue durante o TTG
Capacidade do paciente para metabolizar uma quantidade medida de
glicose
Tipo de amostra
Amostra cateterizada> condições estéreis > cultura para
bactérias e medida das funções de cada um dos rins
Introdução de um catéter através da uretra até a bexiga

Punção suprapúbica > introdução de uma agulha através do abdômen na


bexiga
Amostra para cultura bacteriana (livre de contaminação)

Amostras para Prostatite > coleta em três frascos estéreis (1° jato, jato
médio, 3° jato)
Antes da coleta do 3° jato, a próstata é massageada para que o líquido
prostático seja eliminado junto com o resto da urina
Realização de culturas das amostras e análise microscópica da 1° e 3°
Modo de Coleta
Coleta de Jato Médio > obtenção de amostras não
contaminadas > exames de urina de rotina e bacteriológicos

1) Higienização da genitália externa *Mulheres > abrir os lábios


vaginais durante a micção
2) Rejeição do jato inicial de urina

*Jato final da urina também


3) Coleta do jato médio da urina
descartado
em um frasco adequado
Integridade da Amostra
Após coleta > entregues imediatamente ao laboratório e
testada dentro de 2 horas

Refrigração ou adição de conservante químico


adequado
Decomposição (bactérias > clivagem de ureia > pH básico da urina >
decomposição de cilindros)
Decomposição (bactérias > utilizar glicose como fonte de energia >
falso-negativo para o teste de glicose)
*Jato final da urina também
Deterioração de células sanguíneas e cilindros
descartado
Integridade da Amostra

Refrigeração da Amostra

Refrigeração de 2 a 8 °C > diminui o crescimento bacteriano e o metabolismo

Cultivo: refrigeração durante o transporte até o cultivo por até 24h

Refrigeração precipita substâncias > dificulta análise microscópica do sedimento

Amostra deve estar a temperatura ambiente antes da análise química


Integridade da Amostra
Preservantes

Formalina (1 gota/ 30 mL de urina) > altas concentrações > precipitação


de proteínas
Tolueno (2mL/ 100 mL de urina) > preserva cetonas, proteínas e antioxidantes;
NÃO é eficaz contra bactérias já presentes na urina; inflamável; difícil separação
Timol (pequeno cristal) > pouco utilizado > interfere no teste de precipitação
ácida de proteínas, mas não interfere na tira reagente para proteínas
Comprimidos preservantes (1 comp./ 30 mL de urina) > liberação de
Formaldeído > altas concentrações altera resultado de substâncias redutoras
Integridade da Amostra
Preservantes

Clorofórmio > não recomendado para amostras de rotina > provoca


alterações nas características do sedimento celular

Ácido bórico > preserva elementos formados, mas interefere na leitura do


pH > preservação da urina para cultura e teste de sensibildidade

Clorexidina > imprede crescimento bacteriando sendo útil para preservar


glicose
Segurança no
Laboratório
Clínico
Profa. Maria Beatriz M. Nunes
Farmacêutica
mbeatrizmnunes17@gmail.com
Riscos Biológicos

Amostras Todos os fluidos


biológicas Todos os pacientes são corporais e secreções
Possível fonte de POTENCIAIS do organismo podem
micro-organismos causadores de ser
potencialmente patógenos POTENCIALMENTE
nocivos perigosos
Precauções - padrão

Máscara,
óculos de
Lavagem
Luvas proteção e
das mãos
protetor
de face

Saúde
ocupacional
Vestimenta Equipamentos
e patógenos
sanguíneos
Urinálise I
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