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COMISSÃO EUROPEIA

Direcção-Geral da Educação e Cultura

Formação Profissional
Política linguística

E N S I N O E AP R E N D I Z AG E M D E
L Í N G U AS E S T R AN G E I R AS :

ACÇÃO COMUNITÁRIA

1 Introdução ➨ uma visão de conjunto das acções práticas já


empreendidas e das ainda actualmente em
Há várias décadas que a Comunidade Europeia curso;
vem prestando o seu contributo activo para o
➨ factos e números essenciais relativos às
sector da aprendizagem das línguas.
acções linguísticas financiadas pela
A Comunidade investiu várias centenas de Comunidade e
milhões de euros em acções práticas destinadas a ➨ um resumo das principais inovações no
fomentar a aprendizagem das línguas e a universo do ensino de línguas estrangeiras,
multiplicar as iniciativas neste domínio. patrocinadas pela Comissão.
No entanto, estando a Comunidade implicada Ao longo do presente documento são fornecidas
em aspectos muito variados da aprendizagem de referências a outras fontes de informação.
línguas estrangeiras, muitas vezes é fácil perder
de vista o impacto da sua acção. Este
documento tem por isso o objectivo de
fornecer, de uma forma simples:

1
2 O programa Lingua 3 As línguas no domínio da
educação - o programa
O programa Lingua foi criado em 28 de Julho de Socrates
1989, com o objectivo de melhorar a quantidade
e a qualidade do ensino das línguas na União A primeira fase do programa Socrates para a
Europeia. Entrou em vigor em 1 de Janeiro de cooperação europeia no domínio da educação
1990 e terminou em 1994. Lingua seguia cinco desenrolou-se de 1995 a 1999. A segunda fase
pistas: começou em 2000 e prosseguirá até 2006.
➨ cooperação entre os estabelecimentos de
formação dos professores de línguas e
atribuição de bolsas de formação individual 3.1 As línguas na primeira fase do
para professores de línguas; programa Socrates
➨ apoio à formação contínua dos professores A primeira fase do programa Socrates incluía
de línguas; cinco acções Lingua:
➨ promoção das competências linguísticas no ➨ A: programas de cooperação entre os
mundo profissional e elaboração de material estabelecimentos de formação de
didáctico; professores de línguas;
➨ projectos educativos conjuntos para a ➨ B: concessão de bolsas aos professores de
aprendizagem das línguas (incluindo línguas para a sua formação contínua no
intercâmbios de jovens); estrangeiro;
➨ elaboração de materiais de aprendizagem de ➨ C: contratos de assistente Lingua
línguas para as línguas menos divulgadas e organizados em estabelecimentos de ensino
menos ensinadas. para futuros professores de línguas;

Entre 1990 e 1994, o programa Lingua: ➨ D: elaboração de instrumentos para a


aprendizagem e ensino das línguas bem
➨ permitiu que 19 000 professores de como para a avaliação das competências;
línguas realizassem uma formação ➨ E: projectos educativos conjuntos para a
contínua no estrangeiro; aprendizagem das línguas, entre grupos de
➨ ajudou 83 000 jovens e respectivos jovens oriundos de diferentes países
professores a participar em projectos participantes.
educativos conjuntos com escolas do Além disso, outras acções do programa, como
estrangeiro; Comenius (no ensino básico e secundário) e
➨ criou 800 parcerias transnacionais com Erasmus (cooperação no ensino superior),
vista a promover a formação dos tinham igualmente uma dimensão linguística.
professores de línguas;
➨ atribuiu bolsas de mobilidade a 32 000 3.2 As línguas na segunda fase do
estudantes universitários. programa Socratesi
A criação de Socrates, programa de acção no A promoção da aprendizagem das línguas é um
domínio da educação, em 14 de Março de 1995 tema essencial da segunda fase do programa.
e do programa Leonardo da Vinci, no domínio da Prosseguem as acções A, B, C e E da primeira
formação profissional, em 6 de Dezembro de fase, tendo sido integradas na nova acção que
1994, veio reforçar Lingua, que foi integrado em abrange o ensino básico e secundário
cada um dos programas como medida (Comenius ii). As acções relativas ao ensino
horizontal. superior (Erasmus iii) bem como ao ensino de
adultos e outros percursos educativos
(Grundtvig iv) possuem igualmente uma
vertente linguística.
Por outro lado, a nova acção Lingua v adopta
uma abordagem mais estratégica graças a
medidas com vista a fomentar e apoiar a
diversidade linguística na União, contribuir para

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a melhoria da qualidade do ensino e da inicial ou contínua dos professores de línguas e
aprendizagem das línguas e promover o acesso o seu objectivo consiste em melhorar o ensino
às possibilidades de aprendizagem das línguas ao dispensado pelos professores nos sectores
longo da vida, adaptadas às necessidades de cada pré-primário, primário, secundário, da formação
um. profissional ou do ensino de adultos. Os
programas de cooperação europeia abrangem
Esta acção inclui novas actividades com vista a todas as línguas do programa Lingua.
promover a sensibilização para a aprendizagem
das línguas, incentivar os cidadãos a aprenderem Desde 1991, foram gastos quase 22 milhões
línguas estrangeiras, melhorar o acesso às de euros no co-financiamento destes
possibilidades de aprendizagem das línguas e projectos.
divulgar informações relativas às melhores
práticas em matéria de ensino das línguas.
As línguas-alvo das acções linguísticas
continuam a ser as 11 línguas oficiais da União, As actividades desenvolvidas incluem a
mais o luxemburguês e o irlandês. São criação de:
igualmente abrangidos o norueguês, o islandês e ➨ novos materiais para nove línguas-alvo,
as línguas dos países do Espaço Económico que devem permitir formar assistentes
Europeu (EEE) que participam no programa. O de línguas estrangeiras e outras pessoas
programa abriu-se recentemente aos países da sem formação prévia solicitadas a
Europa Central e Oriental bem como a Chipre, ensinar a sua língua materna nas
o que significa que as línguas abrangidas incluem escolas;
actualmente as línguas oficiais dos seguintes ➨ materiais de formação destinados aos
países: Roménia, Hungria, República Checa, professores que ensinam crianças dos 3
Chipre, Polónia, Eslováquia, Letónia, Lituânia, aos 8 anos, permitindo leccionar uma
Estónia, Bulgária e Eslovénia. parte de algumas disciplinas numa
Continuam a ter prioridade as línguas menos língua estrangeira veicular;
divulgadas e menos ensinadas da ➨ cursos de formação sobre a utilização
Comunidade. eficaz da literatura infantil no ensino das
A estrutura da segunda fase do programa difere línguas;
um pouco da da primeira fase, permanecendo ➨ projectos que permitam aos professores
todavia o objectivo básico das acções utilizar eficazmente o instrumento
linguísticas: informático no quadro das aulas de
➨ contribuir para criar condições propícias ao línguas;
ensino e aprendizagem das línguas e ➨ módulos de formação para permitir que
➨ contribuir para encorajar os cidadãos os professores leccionem disciplinas
europeus a tirarem partido das actuais (como geografia, ciências ou
possibilidades de aprender e falar as línguas matemática numa língua estrangeira
da União Europeia como línguas veicular;
estrangeiras. ➨ formação sobre a gestão do "ensino
diferenciado" (ensinar grupos com
aptidões diferenciadas) na aula de
3.3 Cooperação entre
língua.
estabelecimentos de formação
dos professores de línguas vi Para obter informações sobre muitos projectos
consultar o endereço:
Graças aos programas de cooperação europeia, http://europa.eu.int/comm/education/languag
os estabelecimentos de formação dos es/lang/teaching.html#links
professores de línguas estabelecem relações
profissionais mais estreitas com os seus Participar num programa de cooperação
homólogos em toda a Europa e criam cursos europeia permite obter benefícios que vão muito
práticos de formação de professores e materiais além da criação de novos produtos de formação
com origem nas melhores experiências para professores. Para os estabelecimentos
europeias. Podem ser dedicados à formação parceiros, isto representa uma melhor
compreensão dos métodos e processos

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utilizados no domínio da formação dos de acordos bilaterais entre alguns países. Os
professores de línguas nos outros países assistentes Lingua são futuros professores de
participantes, a partilha de ideias e das melhores línguas. Muitas vezes falam línguas que ainda
práticas para além das fronteiras nacionais, e a não são ensinadas na escola que os recebe.
possibilidade de tomar parte numa empresa Trazem assim para a escola e para a comunidade
comum com vista à criação de novos local um recurso linguístico e cultural de que
conhecimentos e métodos. estes não poderiam beneficiar de outro modo.
Existe portanto um grande potencial de
sensibilização dos alunos para uma outra cultura
3.4 Bolsas para a formação contínua europeia, muitas vezes menos conhecida, o que
dos professores de línguas vii permite ultrapassar certos preconceitos.
As formações abrangidas duram duas a quatro As avaliações confirmam o importante
semanas. Cada professor participante recebe contributo fornecido pelos contratos de
uma bolsa comunitária para cobrir as despesas assistente Lingua aos assistentes e às escolas que
de deslocação, estadia e inscrição. O montante os acolhem. Os primeiros melhoram
médio das bolsas ronda os 1 100 euros. nitidamente as suas competências pedagógicas
Os cursos têm por objectivo melhorar as bem como o domínio da(s) língua(s) falada(s) no
capacidades pedagógicas e linguísticas dos país de acolhimento. Estão deste modo melhor
professores. No entanto, alguns cursos, equipados para as suas futuras carreiras de
sobretudo em línguas menos frequentemente professores de línguas, podendo os seus alunos
utilizadas, abordam exclusivamente as beneficiar dessas competências. Os assistentes
competências linguísticas. que se dirigem a países onde são faladas línguas
menos frequentemente utilizadas têm muitas
➨ Entre 1995 e 1999, foram gastos 39 vezes vontade de prosseguir no regresso a
milhões de euros com bolsas destinadas aprendizagem das línguas em causa, pelo que
à formação contínua de professores. poderão desempenhar um papel de catalisador
➨ Considera-se que, no final deste período, na introdução de tais línguas nas escolas.
tinham participado em cursos de As escolas de acolhimento têm a possibilidade
formação contínua no estrangeiro 34 600 de fazer participar nos seus cursos uma pessoa
professores da UE e dos países que fala uma outra língua materna, que é
EFTA/EEE. igualmente um professor estagiário, por forma a
Esta acção é muito concorrida. Quase dois acrescentar outras línguas aos seus programas ou
terços dos candidatos não conseguem obter a melhorar o ensino das línguas existentes. Por
bolsas. Os relatórios de avaliação externa outro lado, os assistentes participam muitas
sublinham a opinião positiva dos participantes vezes na organização de outros projectos
sobre esta acção, a sua resolução em prosseguir europeus, em particular intercâmbios de alunos
regularmente este tipo de formação contínua e o no quadro de projectos educativos conjuntos.
valor acrescentado que a acção representa para a Também se envolvem muitas vezes em
sua evolução profissional. projectos que fazem participar a comunidade
local da escola onde trabalham.

3.5 Contratos de assistente para Os assistentes Lingua deslocam-se para todos os


futuros professores de línguas viii países que participam no programa Socrates. Mais
de um terço dos assistentes efectuaram estes
Os contratos de assistente duram três a oito contratos de assistente em países onde as
meses. Os assistentes recebem um montante que principais línguas faladas são geralmente
cobre as despesas de deslocação bem como uma classificadas na categoria das línguas menos
bolsa mensal para responderem às suas frequentemente utilizadas (dinamarquês,
necessidades fundamentais, calculada em função neerlandês, grego, português, finlandês, sueco,
do custo de vida no país de acolhimento. O islandês ou norueguês), tendo podido deste
financiamento total médio por contrato de modo adquirir ou melhorar as suas
assistente ronda os 4 000 euros. competências nessas línguas.
Existem diferenças significativas entre os
contratos de assistente no âmbito de Lingua e os
contratos de assistente organizados no âmbito

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➨ Entre 1995 e 1999, foram consagrados a línguas e para as avaliações.
esta acção 13,2 milhões de euros. Alguns exemplos desses projectos:
➨ No final deste período, tinham ➨ material didáctico com vista a
trabalhado como assistentes mais de sensibilizar as crianças para a
2 800 futuros professores de línguas.
diversidade linguística criando uma
A procura aumentou consideravelmente desde o atitude positiva perante a aprendizagem
lançamento da acção, atingindo mais de seis das línguas e desenvolvendo as
vezes o número de lugares de assistentes competências extra-linguísticas;
disponíveis. A procura por parte das escolas de ➨ pacotes multimédia abrangendo 13
acolhimento duplicou. línguas, que associam a aquisição das
línguas à dos conhecimentos
3.6 Instrumentos para o ensino das socioculturais;
línguas e a avaliação das ➨ material pedagógico destinado a
competências em línguas desenvolver e avaliar as competências
estrangeiras ix dos aprendentes na oralidade;
➨ elaboração de testes de diagnóstico
Esta acção tem por objectivo contribuir para a
linguístico em 14 línguas, que estarão
melhoria da qualidade do ensino das línguas e
disponíveis na Internet;
promover a diversidade linguística, aumentando
simultaneamente o número de aprendentes e o ➨ material que permite ensinar pelo menos
número das línguas ensinadas e utilizadas. Para duas línguas românicas (segundo
tanto, fomenta a produção e difusão de novos combinações diferentes) a alunos do
instrumentos para o ensino e aprendizagem das ensino secundário;
línguas, bem como para a avaliação das ➨ cursos de leitura para as línguas
competências em línguas estrangeiras. dinamarquesa, neerlandesa e alemã, a
O apoio comunitário é concedido aos projectos partir de textos autênticos;
de cooperação transnacional com vista a ➨ material de aprendizagem sob forma
elaborar cursos ainda não comercializados, multimédia, em dinamarquês, destinado
destinados aos aprendentes. Em muitos casos, a a alunos surdos.
sua natureza complica qualquer previsão sobre a
respectiva produção num contexto puramente Para mais informações sobre os produtos já
comercial, quer por estes projectos abrangerem elaborados, deverá consultar-se o catálogo
línguas menos frequentemente utilizadas e Lingua no sítio Web da Comissão Europeia,
ensinadas, quer por adoptarem uma metodologia DG da Educação e Cultura:
inovadora ou se orientarem para necessidades http://europa.eu.int/comm/education/Socrates/
específicas em matéria de aprendizagem. Por lingua/catalogue/home_en.htm .
outras palavras, esta acção Lingua apoia a
elaboração de métodos e instrumentos de 3.7 Projectos educativos conjuntos
aprendizagem em áreas carenciadas do mercado
para a aprendizagem das
ou não atingidas pelas vias tradicionais de
produção e distribuição de recursos. línguas x

As actividades ao abrigo dos projectos incluem a A partir dos 14 anos de idade, os jovens
produção de novos métodos pedagógicos, trabalham durante um ano com jovens de
novos materiais e programas, a adaptação estabelecimentos no estrangeiro num projecto
daqueles que existem a outras línguas ou grupos relacionado com a respectiva educação e
de aprendentes e a definição de instrumentos de formação. Vão para o estrangeiro para
avaliação. trabalharem directamente no projecto e passam
algum tempo com as famílias desses jovens.
Trata-se de projectos educativos conjuntos.
➨ Desde 1990, foram gastos quase 30 Esta utilização prática das línguas estrangeiras
milhões de euros, no quadro desta faz com que os alunos melhorem as suas
acção, na produção de instrumentos competências linguísticas e tenham vontade de
práticos para a aprendizagem das aprender outras línguas. Deste modo, adquirem

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maior segurança quando utilizam as respectivas 3.8 A acção Erasmus no quadro do
competências linguísticas. programa Socrates
As línguas faladas nos países parceiros são as Uma parte significativa do orçamento de Socrates
línguas-alvo do projecto. Se a língua do país serve para facultar aos estudantes a prossecução
parceiro não for ensinada na escola que toma de uma parte dos seus currículos numa
parte no projecto, os alunos participantes universidade de um outro país participante. Em
receberão uma formação elementar nessa outra muitos casos, os estudantes têm necessidade de
língua antes da respectiva estada no estrangeiro. uma preparação linguística para que esta acção
O alojamento em famílias do país parceiro seja eficaz. As universidades de origem podem,
estimula ainda a aprendizagem da língua e da no quadro do apoio oferecido à organização da
cultura do país de acolhimento. mobilidade estudantil, propor-lhes cursos de
Como em todas as acções Lingua, têm prioridade línguas apropriados antes da partida. Por sua
os projectos que fazem participar parceiros que vez, as universidades de acolhimento podem
falem uma das línguas menos divulgadas e organizar cursos de línguas integrados, a fim de
menos ensinadas da União Europeia. Esta acção alargarem a aprendizagem de outras línguas
permite portanto a muitos alunos europeus a faladas nos países participantes a um maior
descoberta de línguas que não poderiam número de estudantes, inclusive em matérias que
aprender na escola em tempo normal. não sejam as línguas.
Fomentou a diversidade linguística com grande Os cursos intensivos de preparação linguística,
sucesso, visto que aumentou o número de lançados em 1996, facilitam a participação dos
projectos orientados para as línguas menos estudantes universitários em programas de
ensinadas. estudos em estabelecimentos no estrangeiro,
Segundo os professores interrogados, esta acção onde o ensino se faz numa língua menos
"permite encorajar praticamente todos os utilizada e menos ensinada.
beneficiários a aprenderem uma língua. O valor ➨ Beneficiam anualmente desta acção
acrescentado é tanto mais importante quanto quase 1 000 estudantes.
todas as línguas europeias são abrangidas e a
acção visa os grupos profissionais e técnicos (o
que representa mais de metade dos
participantes)."
A participação num projecto educativo conjunto
tem um efeito positivo nos alunos. De facto,
segundo 98% dos que foram interrogados, essa
prática estimula a sua vontade de aprender. De
acordo com 75% dos professores interrogados,
os alunos fizeram igualmente progressos em
matéria de compreensão da língua oral e de
expressão oral. Nota-se claramente que o facto
de integrar a mobilidade no contexto de um
ensino coerente contribui para melhorar os
resultados dos alunos e, portanto, a qualidade da
respectiva formação.

➨ Participam anualmente nestes projectos


quase 30 000 jovens a partir dos 14 anos.
➨ Desde 1991, mais de 250 000 alunos e
respectivos professores viajaram pela
Europa para aperfeiçoarem as suas
competências linguísticas, no quadro de
um destes projectos.
➨ Entre 1995 e 1999 foram investidos nesta
acção mais de 60 milhões de euros.

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4 As línguas na formação certas categorias profissionais, como os
profissional - o programa contabilistas ou os gestores de recursos
humanos.
Leonardo da Vinci
Todas as línguas elegíveis para apoio no quadro
A primeira fase do programa Leonardo da Vinci das parcerias Leonardo da Vinci estiveram
para a cooperação europeia no domínio da representadas pelo menos uma vez. Além da
formação profissional foi executada no período presença em pelo menos 25 projectos do
compreendido entre 1995 e 1999. A segunda dinamarquês (26), grego (40), neerlandês (28) e
fase começou no ano 2000 e terminará em 2006. português (33), surgiu um elevado interesse
pelas línguas nórdicas, em particular o sueco e o
finlandês. O inglês era uma língua-alvo em 147
4.1 As línguas na primeira fase do parcerias, o alemão em 114 e o francês em 93,
programa xi seguidos pelo espanhol (79) e pelo italiano (57).
As línguas eram um elemento fundamental do Muitos projectos tinham uma orientação
primeiro programa Leonardo da Vinci para a transectorial que transparecia em títulos como
cooperação no domínio da formação "formação em linguagem comercial" e
profissional. O programa fomentava o "formação linguística para pequenas e médias
desenvolvimento de competências linguísticas empresas" (PME); conferiam uma importância
orientadas para a vida profissional por particular às competências que pudessem servir
intermédio de projectos-piloto e programas de em diferentes sectores e empregos.
intercâmbios transnacionais.
Um aspecto importante foi a participação nos
O multilinguismo é um objectivo essencial neste projectos de muito mais sectores do que aqueles
sector porque, no seio de uma Europa sob o em que as línguas estrangeiras são
signo da liberdade de circulação (em particular, a indispensáveis, como as viagens internacionais e
dos trabalhadores), o domínio de várias línguas o turismo. Os exemplos apontam a indústria da
faz mais do que simplesmente promover o construção (elaboração de trabalhos práticos
desenvolvimento individual: contribui também multilingues em CD-ROM), a piscicultura
para a instauração de um verdadeiro sentimento (materiais linguísticos para dirigentes e
de cidadania europeia. Abre novas perspectivas empregados) e o sector do fabrico de papel na
em matéria de emprego e mobilidade Finlândia (formação do pessoal em língua
profissional para além das fronteiras nacionais. inglesa).
O multilinguismo incita também os jovens a O ensino das línguas no local de trabalho deve
explorarem plenamente a dimensão europeia da ser flexível e recorrer a múltiplos métodos e
formação, ao alargarem o leque de países em materiais, utilizados de forma combinada.
que essas possibilidades existem. Surgiram várias abordagens, incluindo os
Por outro lado, vários estudos demonstraram métodos de imersão e simulação, que visam
que uma elevada percentagem de empresas desenvolver competências que permitam ao
perde importantes partes do mercado por não aprendiz "aprender a aprender", com ou sem a
falar a língua dos respectivos clientes, em assistência de um monitor.
particular se se tratar de línguas menos Muitos projectos tiraram partido das
divulgadas. possibilidades oferecidas pela recente evolução
➨ Durante a primeira fase do programa no domínio das tecnologias da informação. O
Leonardo da Vinci, 174 projectos-piloto número de projectos que utilizaram programas
e 13 intercâmbios ou estágios tratavam informáticos de aprendizagem das línguas
especificamente da promoção da rapidamente ultrapassou o dos projectos que
formação em línguas numa óptica assentam em produtos impressos clássicos. No
profissional. entanto, estes últimos continuam a ser muito
populares e são muitas vezes utilizados para
➨ Estas iniciativas representaram quase completar as abordagens baseadas em
23,5 milhões de euros, ou seja, quase 5% programas informáticos. Aumentou bastante a
do orçamento do programa. utilização da Internet, do correio electrónico e
Estes projectos visavam sectores profissionais, das redes locais, estando disponível em linha um
tais como o da saúde ou do ambiente, ou ainda número crescente de produtos.

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Para proporcionar a maior difusão e exploração reconhecimento de competências
dos diferentes resultados e das melhores linguísticas; materiais, abordagens e
práticas, foram organizados vários seminários métodos de formação e aquisição de
internacionais sobre a aprendizagem das línguas competências linguísticas e interculturais;
pelas tecnologias da informação, as instrumentos de formação de formadores e
competências em línguas/comunicação e a monitores; programas de preparação
competitividade, e as tecnologias da informação linguística e cultural para a mobilidade
e formadores linguísticos. transnacional).
➨ Projectos de divulgação destinados a
4.2 As línguas na segunda fase do alargar o âmbito de aplicação dos resultados
programa xii de projectos anteriores, permitindo assim a
transferência de metodologias e/ou
As medidas relativas às línguas são mantidas e instrumentos e a respectiva adaptação a
desenvolvidas no quadro da segunda fase do outros sectores e outras línguas-fonte e/ou
programa Leonardo da Vinci. línguas-alvo.
A medida que se refere às competências
linguísticas visa a promoção das "competências
linguísticas, igualmente no que se refere às
línguas menos divulgadas e menos ensinadas, e a
compreensão de outras culturas no contexto da
formação profissional". O principal objectivo
desta medida consiste em melhorar a
comunicação multilingue e multicultural no
ambiente de trabalho e da formação. Os
projectos têm em vista conceber, testar e
certificar, avaliar e divulgar materiais de ensino
bem como métodos pedagógicos inovadores
adaptados às necessidades específicas de cada
actividade profissional e sector económico.
Isto inclui o recurso a controlos linguísticos,
bem como a abordagens pedagógicas inovadoras
com base na autoformação em línguas e na
divulgação dos seus resultados. Estes projectos
contribuem para sensibilizar as empresas,
nomeadamente as PME, para a importância da
qualidade da comunicação numa língua
estrangeira em relações de trabalho e para
proporcionar às empresas os instrumentos de
que necessitam para afinarem uma estratégia
adequada de formação linguística.
Podem beneficiar de apoio financeiro da União
Europeia os seguintes tipos de projectos:
➨ Controlos linguísticos ou sobre a
comunicação (instrumentos de diagnóstico
destinados a ajudar as empresas, as
entidades públicas e os sectores industriais a
definirem as respectivas necessidades de
comunicação e a planificarem os cursos de
formação linguística ou programas
autodidácticos necessários).
➨ Instrumentos de aprendizagem e/ou
formação (programas de formação;
sistemas de avaliação, certificação e/ou

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5 A acção em prol das línguas 6. Iniciativas inovadoras de
regionais e minoritárias xiii promoção da aprendizagem
O respeito da diversidade linguística e cultural das línguas
constitui um dos fundamentos da União
Europeia, actualmente inscrito no artigo 22º da Neste domínio, o contributo da Comissão
Carta Europeia dos Direitos Fundamentais, que associa o financiamento regular de projectos e
estabelece: "A União respeita a diversidade actividades dos tipos atrás descritos à promoção
cultural, religiosa e linguística". de desenvolvimentos estratégicos e da inovação
em domínios a que atribui uma importância
Por iniciativa do Parlamento Europeu, que particular. Deste modo pôde financiar,
adoptou uma série de resoluções na matéria, a nomeadamente graças aos programas Socrates e
União Europeia tomou medidas para preservar e Leonardo da Vinci, projectos práticos, que
promover as línguas regionais e minoritárias da constituem já uma mudança nas vidas dos
Europa. discentes e docentes de línguas. Este capítulo
apresenta exemplos de iniciativas recentes.
Esta acção apresenta duas vertentes:
6.1 Livro Branco "Ensinar e
➨ o apoio financeiro ao Gabinete Europeu
Aprender"
para as Línguas Menos Divulgadas e à rede
de informação Mercator; No seu Livro Branco de 1995 relativo à
➨ até ao ano 2000, o financiamento de educação e à formação, Ensinar e
projectos que incluam iniciativas concretas Aprender - Rumo à Sociedade Cognitiva, a
com vista a proteger e promover as línguas Comissão apontou como objectivo ajudar todos
regionais e minoritárias. os cidadãos da União Europeia a falarem três
línguas europeias (a sua língua materna mais
As línguas que deverão beneficiar destas acções duas outras línguas comunitárias).
são as línguas indígenas faladas tradicionalmente
por uma parte da população dos Estados- Em muitos países, é absolutamente normal que
Membros da União Europeia ou dos países do a maior parte das pessoas seja capaz de utilizar
Espaço Económico Europeu. Esta definição até três línguas. Na União Europeia, essas
não abrange as línguas das comunidades pessoas estão aptas a tirar plenamente partido da
imigrantes, as línguas criadas artificialmente ou cidadania europeia e do mercado único. Podem
os dialectos de uma língua oficial de um dos deslocar-se melhor de um país para outro por
Estados em causa. motivos educativos, profissionais ou outros. As
respectivas competências linguísticas interessam
os empregadores. A Comissão Europeia
pretende que todos tenham acesso a essas
vantagens.
O Livro Branco debruça-se sobre a
aprendizagem das línguas em todas as idades:
aprendizagem das línguas ao longo da vida. São
de destacar ideias novas e as melhores práticas,
pela atribuição de um rótulo "europeu".
O Livro Branco proporcionou igualmente
desenvolvimentos importantes nos seguintes
domínios, que obtiveram financiamento de
projectos:
➨ aprendizagem "precoce" das línguas, ao
nível pré-escolar e primário;
➨ aprendizagem integrada de línguas e
conteúdos (aprender outras matérias numa
língua estrangeira veicular);
➨ compreensão multilingue (entre pessoas

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que falam línguas diferentes); Esta publicação, que existe em inglês, francês e
➨ qualidade das metodologias e materiais alemão, faz uma análise dos projectos existentes
utilizados na aprendizagem das línguas; e e expõe as condições de uma aprendizagem
linguística precoce bem conseguida. Dirige-se
➨ intercâmbio de informações. essencialmente às pessoas que ocupam lugares
de responsabilidade em ligação com a política, a
6.2 Rótulo europeu para as oferta e a prática das línguas estrangeiras no
ensino primário ou pré-escolar.
iniciativas inovadoras em
matéria de ensino e
aprendizagem das línguas 6.4 Aprendizagem integrada de
línguas e conteúdos
O objectivo do rótulo europeu xiv consiste em
contribuir para fomentar o interesse do público Uma forma excelente de progredir numa língua
pela aprendizagem das línguas, destacando estrangeira consiste em utilizá-la para atingir um
projectos inovadores de aprendizagem objectivo, de modo que a língua seja mais um
linguística em todas as etapas da educação e da instrumento do que um fim em si. A
formação, do ensino pré-escolar ao ensino de Aprendizagem Integrada de Línguas e
adultos. O rótulo foi atribuído pela primeira vez Conteúdos (CLIL) pratica a didáctica de uma
em 1998, ano-piloto desta realização. Perante o disciplina (como geografia ou ciências) numa
êxito deste ano-piloto, todos os países língua estrangeira veicular.
participantes acordaram em prosseguir e
A Comissão contribuiu para a instauração da
desenvolver o rótulo.
rede "Euroclic", composta de profissionais,
O rótulo é coordenado pela Comissão Europeia, investigadores, formadores de professores e
mas gerido de forma descentralizada pelos outras pessoas interessadas na aprendizagem de
Estados-Membros, mais a Noruega e a Islândia. diferentes disciplinas escolares através de uma
É atribuído por júris em cada Estado-Membro, língua estrangeira veicular. Esta rede publica um
segundo critérios adoptados a nível europeu e boletim regular e tem um sítio na Internet
completados por critérios nacionais. Pode ser (http://www.euroclic.net ), que inclui um banco
atribuído a qualquer iniciativa no domínio do de materiais, um calendário de acontecimentos e
ensino e aprendizagem das línguas, seja qual for um fórum de discussão para professores e
a organização responsável. Os estabelecimentos assistentes de línguas.
que obtêm o rótulo podem utilizá-lo, bem como
o logotipo correspondente, nas suas instalações
e no seu material promocional.
6.5 Compreensão multilingue
De um modo geral, é muito mais fácil
compreender uma língua estrangeira do que falar
6.3 Aprendizagem precoce das
essa língua correntemente. Isto é
línguas particularmente verdade quando, por razões
As possibilidades de criar uma Europa de históricas, as línguas estão estreitamente ligadas,
cidadãos multilingues serão bem maiores se os como o neerlandês e o alemão ou o italiano e o
cidadãos puderem aprender as línguas na escola espanhol. A comunicação à escala europeia pode
primária e mesmo antes. Realizou-se no melhorar nitidamente se um maior número de
Luxemburgo em Setembro de 1997 uma pessoas tiver a possibilidade de aprender a
conferência que reuniu peritos e responsáveis compreender a língua dos outros, por forma que
intitulada "Ensino precoce das línguas e os participantes em conversas ou numa
depois". Os Ministros da Educação da União correspondência multilingues possam falar ou
Europeia adoptaram em seguida uma resolução escrever a sua própria língua, sendo ao mesmo
(98/C/1) que convida os Estados-Membros a tempo compreendidos. Além disso, para alguém
fomentar o ensino precoce das línguas e a se exprimir correntemente numa língua é preciso
cooperação europeia entre as escolas que primeiro que compreenda bem essa língua.
oferecem este tipo de ensino. Em 1997, foi organizado em Bruxelas sob os
A Comissão financiou uma publicação intitulada auspícios da Comissão xvi um seminário
"As línguas estrangeiras no ensino primário consagrado à compreensão multilingue na
e pré-escolar: contextos e resultados." xv. Europa. A Comissão participou na criação de

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um sítio Web para a recolha e intercâmbio de interface comum acessível, bem como ligações a
informações neste domínio outros sítios úteis. As questões de garantia de
(http://crim.inalco.fr/recomu/ ). A qualidade serão tratadas por uma combinação de
compreensão multilingue deve fazer com que o conselhos de peritos com a interacção dos
maior número possível de europeus possa utilizadores.
compreender-se mutuamente e interagir,
comunicando na sua própria língua. Trata-se
neste caso de uma opção realista no seio de uma 6.8 Sítio Web
União Europeia tão rica em línguas. O sítio Web da Comissão "Aprender línguas"
está disponível nas 11 línguas oficiais da União
6.6 Indicadores de qualidade e no endereço:
http://europa.eu.int/comm/education/languag
sistemas de qualidade es/index.html. Este sítio contém:
Foi criado um Guia de Qualidade para a ➨ informações úteis sobre as línguas faladas na
avaliação e concepção de programas e materiais União Europeia,
pedagógicos destinados à aprendizagem ou
ensino das línguas. Este guia visa sensibilizar ➨ conselhos sobre o modo de aprender
para o conceito de qualidade em matéria de línguas na União Europeia,
aprendizagem e ensino das línguas vivas, servir ➨ pormenores sobre as diversas acções
de referência ou factor de estímulo aos criadores comunitárias para promover a aprendizagem
de materiais e programas, aos professores e de línguas, em especial as geridas pela
formadores, às editoras, aos responsáveis de Direcção-Geral da Educação e Cultura.
cursos, etc. e oferecer um instrumento que ajude
os formadores de professores ou os directores Estão também disponíveis documentos úteis
de projecto a conceber e avaliar cursos, rever os para visualizar ou descarregar, como:
materiais didácticos e de formação, etc. O guia ➨ listas de projectos Lingua,
foi publicado sob a forma de CD-ROM,
➨ o guia de boas práticas para os contratos de
instrumento destinado simultaneamente àqueles
assistente Lingua, destinado aos assistentes e
que elaboram as metodologias e os materiais e
escolas de acolhimento,
àqueles que os utilizam xvii.
➨ o Manual de Projectos Educativos
Conjuntos - um guia prático destinado aos
6.7 Intercâmbio de informações estabelecimentos de ensino que pretendam
A Comissão financia o desenvolvimento de criar um projecto educativo conjunto
Lingu@netEuropa, um centro de recursos (projecto linguístico escolar) e
virtuais para o ensino e aprendizagem de línguas ➨ um resumo das actividades linguísticas na
estrangeiras. Trabalha na sua realização um primeira fase do programa Leonardo da Vinci.
consórcio de 10 países xviii.
Lingu@netEuropa presta informações úteis,
numa primeira fase a professores, formadores,
decisores e outros multiplicadores e, a mais
longo prazo, a pessoas que estudam línguas
estrangeiras. Incluirá informações e ligações com
recursos de qualidade garantida em linha
provenientes da Europa e de países mais
distantes. Permitirá ter acesso a uma colecção
exclusiva de recursos, desde materiais
pedagógicos autênticos e informações sobre
conferências e manifestações, até documentos
políticos e de planificação, e ainda bibliografias
de investigação.
O acesso é multilingue, numa primeira fase em
seis línguas (neerlandês, inglês, francês, alemão,
italiano e espanhol). Está em elaboração uma

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xvii As informações sobre o Guia estão disponíveis no
i
endereço:
http://europa.eu.int/comm/education/languages/lang
http://europa.eu.int/comm/education/languages/acti
/teaching.html
ons/lingua2.html
ii
xviii Já pode ser consultado um protótipo no endereço:
http://www.linguanet-europa.org/y2/
http://europa.eu.int/comm/education/socrates/come
nius/index.html
iii

http://europa.eu.int/comm/education/socrates/erasm
us/home.html
iv

http://europa.eu.int/comm/education/socrates/a
dult/home.html
v

http://europa.eu.int/comm/education/languages/acti
ons/lingua2.html

vi Socrates fase 1: Lingua Acção A; Socrates fase 2:


projectos de cooperação europeia Comenius para a
formação dos professores.
http://europa.eu.int/comm/education/languages/acti
ons/comenius.html#European co-operation projects
between teacher
vii Socrates fase 1: Lingua Acção B; Socrates fase 2:
bolsas de formação individual Comenius.
http://europa.eu.int/comm/education/languages/acti
ons/comenius.html#individual
viii Socrates fase 1: Lingua Acção C; Socrates fase 2:
períodos de assistente de línguas Comenius.
http://europa.eu.int/comm/education/languages/acti
ons/comenius.html#assistantships
ix Socrates fase 1: Lingua Acção D; Socrates fase 2:
Lingua Acção 2.
http://europa.eu.int/comm/education/languages/acti
ons/lingua2.html#Lingua action
x Socrates fase 1: Lingua Acção E; Socrates fase 2:
projectos linguísticos Comenius.
http://europa.eu.int/comm/education/languages/acti
ons/comenius.html#Action1
xi

http://europa.eu.int/comm/education/languages/acti
ons/leonardo1.html
xii

http://europa.eu.int/comm/education/languages/acti
ons/leonardo2.html
xiii http://europa.eu.int/comm/education/langmin.html
xiv

http://europa.eu.int/comm/education/languages/acti
ons/languagelabel.html
xv Blondin, 1998. Foreign Languages in Primary and
Pre-School Education, estudo sobre investigação
recente realizada ao nível da União Europeia pelo
Centre for Information on Language and Research,
Londres, 1998. ISBN 1 902031 22 9.
xvi Um resumo, destinado a professores universitários,
está disponível no Centre de Recherche en
Ingénierie Multilingue em Paris, 2 rue de Lille,
F-75343 PARIS (correio electrónico:
crim@inalco.fr).

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