BIOLOGIA – MÓDULO 02
BIOLOGIA Do ponto de vista segmentar, podemos dividir este sistema
SISTEMA DIGESTÓRIO
Antes denominado sistema digestivo, o sistema
digestório humano pode ser comparado a uma linha de
desmontagem, na qual o alimento é sempre impelido
adiante, num processo lento e continuo, sendo
fragmentado e cedendo seus componentes ao organismo.
Está constituido por uma série de órgãos integrados,
dispostos num longo tubo de cerca de 9 m de
comprimento associado a glândulas anexas, que
desempenham conjuntamente todas as funções abaixo:
 ingestão de alimentos
 digestão de alimentos
 absorção das partículas alimentares
 eliminação dos resíduos alimentares
DIGESTÃO
Compreende o principal e o mais complexo de todos os
papeis atribuídos para nosso sistema digestório. Sendo
definido assim: “Processo no qual as partículas alimentares
complexas, com tamanho incompatível para atravessar a
membrana plasmática, são transformadas em moléculas
simples, capazes de serem absorvidas e incorporadas às
células do nosso organismo.”
Essa transformação sofrida pelos alimentos que são
ingeridos ocorre através de etapas químicas e físicas. As
etapas físicas compreendem a trituração do alimento em
partículas menores (mastigação) e seu transporte ao longo
do tubo digestório (deglutição e peristaltismo); já as etapas
químicas consistem no conjunto de reações que ocorrem
pela ação de enzimas digestivas. A ação conjunta dos
fenômenos físicos e químicos da digestão resulta em uma
solução aquosa de moléculas alimentares. A fragmentação
do alimento bem como os movimentos do tubo digestório
aumenta a superfície de contato do alimento com as
enzimas digestivas favorecendo sua absorção pelo
organismo.
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título, desta aula em PDF é licenciado para KARINA SILVA DO NASCIMENTO, CPF 704.183.984-29, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando os infratores a responsabilização civil e criminal.
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em oito partes distintas, cada uma com suas finalidades
especificas:
 Boca – ingestão e digestão
 Faringe – ingestão
 Esôfago – ingestão
 Estômago – digestão
 Glândulas anexas (salivares, pâncreas e fígado)
 Intestino delgado – digestão e absorção
 Intestino grosso – absorção
 Ânus – eliminação
Podemos notar que nosso sistema digestório se inicia e
termina com orifícios distintos, um de entrada e outro de
saída de alimentos. Por isso diz-se que ele é completo.
Boca
É a primeira porção do tubo digestório, de pH
ligeiramente básico, e compreende uma cavidade
revestida por uma mucosa de forma aproximadamente
oval. Nela ocorrem tanto fenômenos físicos como
químicos: mastigação e insalivação.
a) Mastigação: consiste em cortar, dilacerar e triturar
os alimentos. Isso é feito pelos dentes, graças aos
movimentos executados pela mandíbula (maxilar inferior),
que é o único osso móvel de nossa face.
b) Insalivação: É a mistura do alimento com a saliva, -
secreção das glândulas salivares, que contém água, íons
(K+, Na+, HCO3-, etc.) e proteínas, como a amilase salivar
(ptialina), a mucina (glicoproteína que dá o aspecto
pastoso à saliva) e a lisoenzima (enzima com atividade
bactericida).
A função básica da saliva é umedecer e amolecer os
alimentos (facilitando a mastigação e a deglutição), bem
como iniciar o processo de digestão dos carboidratos, uma
vez que a amilase salivar propicia o desdobramento de
moléculas de amido em moléculas de maltose.
Existem glândulas salivares de diferentes tamanhos, cujos
ductos se abrem na cavidade bucal. Entretanto, três pares
de glândulas salivares se destacam das demais por serem
as maiores e por serem também responsáveis pela
produção da maior parte da saliva. São elas as glândulas
parótidas, as submandibulares e as sublinguais. Uma vez
mastigado e insalivado, o bolo alimentar é empurrado
para a faringe com o auxílio da língua, num processo de
deglutição.
Faringe
É um conduto músculo-membranáceo, de forma cônica
assemelhando-se a um funil com aproximadamente 14
centímetros e misto, pois comunica-se tanto com o
sistema digestório como com o respiratório através da
laringe. A sua comunicação com a laringe tem o nome de
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glote. Sobre a glote, existe uma lâmina cartilaginosa, a
epiglote, que, no momento da deglutição, fecha essa
comunicação entre a faringe e a laringe, impedindo, assim,
a entrada de alimentos nas vias respiratórias.
Após passar pela faringe, o bolo alimentar penetra no
esôfago, através do adito esofágico.
Esôfago
É um conduto oco, muscular, membranáceo, de
paredes intimamente próximas e longo, medindo
aproximadamente 25 cm de comprimento, estabelece a
comunicação entre a faringe e o estômago, dando
continuidade na passagem do bolo alimentar. O
deslocamento do alimento pela faringe e pelo esôfago em
direção ao estômago ocorre graças ao peristaltismo
(peristalse, movimentos peristálticos) desses órgãos.
Após passar pelo esôfago, o bolo alimentar penetra no
estômago, através do esfíncter cardía.
Estômago
É uma dilatação do tubo digestório e localiza-se logo
abaixo do diafragma. Sua maior parte está situada do lado
esquerdo da cavidade abdominal. No estômago, ocorrem
dois fenômenos digestivos: peristaltismo e quimificação -
fenômeno químico que consiste na mistura do bolo
alimentar com o suco gástrico. O suco gástrico é uma
secreção ácida composta de água, HCl, enzimas e mucina
(glicoproteína).
Quimificação: A presença de moléculas proteicas no bolo
alimentar que chega ao estômago estimula a produção do
hormônio gastrina. Esse hormônio age nas células
estomacais, estimulando-as a produzir HCl e pepsinogênio
(enzima inativa). O HCl torna o ambiente estomacal ácido
promovendo a conversão do pepsinogênio em pepsina –
enzima ativa que inicia a quebra de proteínas em
moléculas menores como as proteoses.
A produção de HCl é imprescindível para “criar uma
condição de trabalho” para a pepsina. Sua ação é
necessária para dar início ao processo de digestão das
proteínas.
A quimificação transforma o bolo alimentar em uma massa
de consistência semilíquida, denominada quimo, que
passa do estômago para o duodeno, através do esfíncter
piloro.
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Intestino delgado
É um tubo sinuoso de aproximadamente 7-9 metros de
comprimento, de pH básico. Apresenta uma posição
central na cavidade abdominal, dividindo-se em três
segmentos: duodeno, jejuno e íleo.
O duodeno é a primeira parte do intestino delgado.
Descreve uma trajetória em forma de “C”, tendo,
aproximadamente, entre 15 e 20 cm de comprimento.
Nele, há uma continuidade do peristaltismo e a ocorrência
da quilificação.
Quilificação: a presença de proteínas e gorduras não
digeridas provoca a produção do hormônio
colecistoquinina pela mucosa intestinal, que atua sobre as
próprias células entéricas, pancreáticas e hepáticas,
estimulando-as a produzir o suco entérico.
a) Suco intestinal: É produzido pelas glândulas
duodenais e pelas glândulas intestinais existentes na
parede do intestino delgado. Trata-se de uma secreção
alcalina, rica em mucina, contendo muitas enzimas:
peptidases, lipase entérica, maltase, lactase, sucrase,
nucleotidases, fosfatase e enteroquinase. A produção do
suco intestinal é estimulada pelo sistema nervoso
autônomo.
b) Suco pancreático: É produzido no pâncreas e,
através do canal pancreático. é lançado na cavidade do
duodeno. Contém água, íons bicarbonatos e as enzimas
amilase pancreática (amilopsina), lipase pancreática,
tripsinogênio, quimiotripsinogênio e nucleases
(ribonuclease e desoxirribonuclease).
c) Suco biliar: É produzido no fígado a partir do
colesterol e armazenado na vesícula biliar, de onde passa
para o duodeno através do canal colédoco. Trata-se de
uma secreção ligeiramente alcalina, viscosa, de sabor
amargo, que contém água, pigmentos (amarelo-
esverdeados) e sais biliares. É responsável pelo processo
de emulsificação dos lipídios, o que facilita a ação das
lipases.
Como podemos perceber, é a nível duodenal que temos a
participação da maior parte das enzimas envolvidas na
digestão dos alimentos. Entre elas, temos o tripsinogênio,
enzima inativa, que é ativada pela enteroquinase, em
tripsina – enzima ativa responsável pela quebra de
proteínas e peptonas em dipeptídeos e tripeptídeos. A
tripsina também atua sobre o quimiotripsinogênio
convertendo-o em quimiotripsina que também atua sobre
as peptonas e sobre as proteínas de modo semelhante à
tripsina.
Também no duodeno, as moléculas de amido que
porventura não foram quebradas na cavidade bucal são
convertidas em moléculas de maltose, por ação da amilase
pancreática. Em seguida, essas moléculas de maltose, bem
como aquelas provenientes da quebra do amido ocorrida
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na cavidade bucal, sofrem a ação da maltase, convertendo-
se em moléculas de glicose.
Atuam também sobre as moléculas de lactose e sacarose,
respectivamente, as enzimas lactase e sacarase,
convertendo esses dissacarídeos em moléculas menores
de monossacarídeos; e os lipídios após sua emulsificação
pela ação da bile sofrem a ação das lipases, sendo
convertidos em ácidos graxos e glicerol, e os ácidos
nucleicos, por ação das nucleases, são convertidos em
nucleotídeos.
Com o término da quilificação, termina o processo químico
da digestão, formando-se o quilo. O quilo contém os
produtos finais da digestão de carboidratos, proteínas,
lipídios e ácidos nucleicos que são, respectivamente,
monossacarídeos, aminoácidos, ácidos graxos e glicerol e
nucleotídeos. Além disso, o quilo também contém água,
vitaminas, sais minerais e as sobras da digestão, isto é,
substâncias que não sofrem digestão (celulose, por
exemplo). Do duodeno, o quilo passa para o jejuno-íleo.
Absorção das partículas alimentares
O jejuno-íleo é a maior parte do intestino delgado, com
cerca de 6 metros de comprimento, e está disposto em
numerosas dobras, as chamadas alças intestinais. É a
região do tubo digestório onde mais intensamente se dá a
absorção dos nutrientes resultantes da digestão dos
alimentos. Sua grande capacidade de absorção se deve às
vilosidades intestinais e às microvilosidades presentes em
suas células.
Intestino grosso
O intestino grosso é a porção final do tubo digestório,
que percorre perifericamente a região do duodeno, com
aproximadamente 1,5 m de comprimento e 6,0 cm de
diâmetro. Subdivide-se em três regiões: ceco, cólon e reto.
 Formação e retenção temporária das fezes
 Reabsorção de água
 Fermentação e decomposição dos restos
alimentares (ação de bacterias).
Glândulas anexas
Fígado: representa a maior glândula do nosso corpo. É
extremamente versátil, pois além da sua importante ação
no sistema digestório através da produção, atua como
centro de armazenamento de glicose na forma de
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glicogênio, filtrador sanguíneo pela retirada de hemácias
velhas e produtos de fatores indispensáveis ao processo de
coagulação do sangue. Já a bile, é uma secreção
esverdeada composta por muitos sais biliares (derivados
do colesterol), bilirrubina (produto final da destruição da
radical heme da hemoglobina), colesterol, lecitina,
eletrólitos e água, e além da função emulsificante das
gorduras, pode formar micelas de colesterol,
monoglicérideos e de ácidos graxos, que são passiveis de
transporte a nível de mucosa intestinal.
HORA DE PRATICAR, BIOLOVERS!
01. Na digestão humana, das três enzimas citadas, os
alimentos entram em contato, sucessivamente, com:
a) ptialina, tripsina e pepsina.
b) ptialina, pepsina e tripsina.
c) tripsina, ptialina e pepsina.
d) tripsina, pepsina e ptialina.
e) pepsina, tripsina e ptialina.
02. As enzimas digestivas que agem sobre os carboidratos
atuam:
a) somente na boca.
b) somente no intestino.
c) somente no estômago.
d) na boca e no intestino.
e) no intestino e no estômago.
03. Sabe-se que a amilase salivar tem ótimo desempenho
enquanto o alimento se encontra na boca e em seu trajeto
pelo esôfago. Esse desempenho cai quando o bolo
alimentar atinge o estômago. Podemos deduzir que:
a) o aumento da temperatura, à medida que o alimento vai
chegando ao estômago, inibe a enzima.
b) a amilase não atua em pH ácido.
c) há uma diminuição acentuada do substrato, já que o
estômago é um órgão mais amplo.
d) a água do suco gástrico dilui a amilase.
e) a amilase é destruída pelo peristaltismo.
04. O fígado humano é uma glândula que participa de
processos de digestão e de absorção de nutrientes ao:
a) produzir diversas enzimas hidrolíticas que atuam na
digestão de carboidratos.
b) produzir secreção rica em enzimas que digerem as
gorduras.
c) produzir a insulina e o glucagon, reguladores dos níveis
de glicose no sangue.
d) produzir secreção rica em sais que facilita a digestão e a
absorção de gorduras.
e) absorver excretas nitrogenadas do sangue e transformá-
las em nutrientes proteicos.
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05. Um indivíduo fez uma refeição na qual constavam,
basicamente, três substâncias: A, B e C. Durante a
digestão, ocorreram os seguintes fatos:
• Na cavidade bucal, iniciou-se a digestão de B.
• Ao chegar ao estômago, iniciou-se a digestão de C, e a
digestão de B foi interrompida.
• No duodeno, ocorreu a digestão de A, B e C.
A partir desses dados, é CORRETO afirmar que A, B e C são,
respectivamente:
a) lipídios, proteína e carboidrato.
b) proteína, carboidrato e lipídios
c) lipídios, carboidrato e proteína.
d) carboidrato, lipídios e proteína.
e) proteína, lipidios e carboidrato.
06. Um pesquisador percebe que o rótulo de um dos
vidros em que guarda um concentrado de enzimas
digestivas está ilegível. Ele não sabe qual enzima o vidro
contém, mas desconfia de que seja uma protease gástrica,
que age no estômago digerindo proteínas. Sabendo que a
digestão no estômago é ácida e no intestino é básica, ele
monta cinco tubos de ensaio com alimentos diferentes,
adiciona o concentrado de enzimas em soluções com pH
determinado e aguarda para ver se a enzima age em algum
deles. O tubo de ensaio em que a enzima deve agir para
indicar que a hipótese do pesquisador está correta é
aquele que contém:
a) cubo de batata em solução com pH:9.
b) pedaço de carne em solução com pH:5.
c) clara de ovo cozida em solução com pH:9.
d) porção de macarrão em solução com pH:5.
e) bolinha de manteiga em solução com pH:9.
07. As serpentes que habitam regiões de seca podem ficar
em jejum por um longo período de tempo devido à
escassez de alimento. Assim, a sobrevivência desses
predadores está relacionada ao aproveitamento máximo
dos nutrientes obtidos com a presa capturada. De acordo
com essa situação, essas serpentes apresentam alterações
morfológicas e fisiológicas, como a aumento das
vilosidades intestinais e a intensificação da irrigação
sanguínea na porção interna dessas estruturas. A função
do aumento das vilosidades intestinais para essas
serpentes é maximizar o(a):
a) comprimento do trato gastrointestinal para caber mais
alimento.
b) área de contato com o conteúdo intestinal para
absorção dos nutrientes.
c) liberação de calor via irrigação sanguínea para controle
térmico do sistema digestório.
d) secreção de enzimas digestivas para aumentar a
degradação proteica no estômago.
e) processo de digestão para diminuir o tempo de
permanência do alimento no intestino.
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08. Durante a digestão dos alimentos em nosso organismo,
participam diversas enzimas que atuam em diferentes
segmentos do nosso tubo digestório. A ptialina, por
exemplo, atua na cavidade bucal; a pepsina, na
cavidade estomacal, enquanto a tripsina, a lipase e
a enteroquinase exercem suas ações na cavidade do
duodeno. No gráfico a seguir, as letras A e B indicam os
pontos ótimos de pH de duas enzimas que atuam no nosso
processo digestivo.
Com base nas informações do gráfico e em outros
conhecimentos sobre o sistema digestório humano, é
correto dizer que os pontos A e B correspondem,
respectivamente, aos pontos ótimos de atuação das
enzimas:
a) tripsina e pepsina.
b) pepsina e tripsina.
c) ptialina e lipase.
d) lipase e ptialina.
e) tripsina e enteroquinase.
09. Atualmente, uma das áreas da pesquisa médica onde
se investe muito é a que trata das questões de obesidade,
um mal cada vez mais frequente no mundo ocidental.
Recentemente, um medicamento foi lançado com
promessas de auxiliar nos tratamentos de redução do peso
corporal. O mecanismo de ação da droga é a inibição da
digestão dos lipídios no trato digestório e a consequente
redução da absorção de gorduras. Assinale a alternativa
que MELHOR explica o mecanismo de ação dessa droga.
a) Estimula a liberação de ácidos biliares, que atuam no
intestino.
b) Inibe a ação da lipase pancreática, que atua no
intestino.
c) Inibe a ação das enzimas proteolíticas no intestino.
d) Estimula o processo de emulsificação das gorduras.
e) Estimula os processos de hidrólise das gorduras.
10. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas pode
causar quadros de pancreatite. Nesse distúrbio, as enzimas
são retidas no pâncreas e podem causar lesões e
inflamação da glândula. Portanto, o álcool não afeta
somente o fígado, como muitas pessoas pensam. Assim,
um alcoólatra pode desenvolver distúrbios no sistema
digestório e, dessa forma, ter um prejuízo na digestão de:
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a) proteínas, apenas.
b) proteínas e lipídios, apenas.
c) lipídios e carboidratos, apenas.
d) carboidratos, proteínas e lipídios, apenas.
e) proteínas, lipídios, carboidratos e ácidos nucleicos.
GABARITOS
01. B 02. E 03. B 04. D 05. C
06. B 07. B 08. B 09. B 10. E
SISTEMA RESPIRATÓRIO
O sistema respiratorio humano é formado pelas vias
aereas e pelos pulmões. As vias aereas compreendem os
órgãos: cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e
brônquios, que têm como finalidade conduzir o ar do meio
externo até os pulmões e vice-versa.
A respiração representa um dos processos mais
importantes da vida. Em linhas gerais, consiste na
absorção do oxigênio (O2) e a liberação do gás carbônico
(CO2) através das vias respiratórias. No nosso corpo, o
processo respiratório engloba quatro eventos funcionais
principais:
 Ventilação pulmonar
 Hematose
 Transporte de gases
 Regulação da ventilação
Cavidades nasais
Constitui o primeiro órgão do sistema respiratório, e a
porta de entrada (ou saída) dos gases respiratórios.
Encontram-se divididas por uma estrutura ósseo-
cartilaginosa, o septo nasal. Comunicam-se com o meio
externo através das narinas e com a faringe
(internamente) através de orifícios denominados coanas.
Também há a presença de pêlos, as vibrinas, estrutura
importante na filtração do ar. A mucosa nasal produz muco
que também auxilia na filtração do ar, sendo ricamente
vascularizada permitindo o aquecimento do ar, facilitando
nos pulmões a difusão do O2 para o sangue.
Faringe
Como já mencionado anteriormente, a faringe é um
órgão misto, comum aos sistemas digestório e respiratório.
Porém não tem ação simultânea, visto que o ato de
deglutição inibe automaticamente a atividade respiratória
devido ao fechamento da glote, pela epiglote. Da faringe o
ar passa para a laringe.
Laringe
Constitui um órgão tubular, cônico, sustentado por
peças de cartilagem articuladas, de passagem e filtração do
ar. Situa-se na parte anterior do pescoço e comunica-se
com a faringe através da glote. Além de fazer parte das
vias aéreas, é também o órgão de fonação, por ser dotado
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de pregas vocais (cordas vocais), capazes de produzir sons
durante a passagem de ar.
Traquéia
Constitui um conduto oco, de aproximadamente 12 cm
de comprimento e 2 cm de diâmetro, formado por uma
série de anéis cartilaginosos em forma de “c” incompletos
posteriormente. Por isso há a formação de uma membrana
traqueal, que completa o anel e impede que o ar vaze para
a cavidade torácica.
Os anéis traqueais são semirrígidos, ou seja, não alteram
sua forma quando submetidos a pressões, impedindo
assim possíveis obstruções na entrada do ar. Internamente
é revestido por glândulas mucosas produtoras de muco e
portadores de cílios: responsáveis pela proteção e limpeza
do ar que está sendo filtrado. Na sua porção anterior, a
traqueia bifurca-se dando origem aos brônquios.
Brônquios
São dois ramos decorrentes da bifurcação da traqueia.
Possuem sua mesma constituição. Trata-se de dois
condutos que penetram nos pulmões onde se ramificam
até formarem túbulos microscópicos, os bronquíolos. A
traqueia, os brônquios e os bronquíolos formam a árvore
brônquica.
Pulmões
Principal órgão respiratório. São em número de dois,
pulmão esquerdo e pulmão direito. O pulmão direito é
formado por 3 lóbulos (superior, médio e inferior); já o
pulmão esquerdo só apresenta 2 lóbulos (superior e
inferior), além de ser mais inclinado inferiormente em
relação ao direito, por conta da posição do coração. Cada
pulmão apresenta características tanto anatômicas como
fisiológicas semelhantes: formato piramidal, natureza
esponjosa, comprimento de 25 cm, sendo envolvidos por
uma membrana de tecido conjuntivo chamado de pleura,
que protege o pulmão contra atritos com outros órgãos.
Os bronquíolos se abrem em sacos microscópicos, de
paredes finas, formados por células achatadas, recobertas
por uma rica rede de capilares sanguíneos, os alvéolos
pulmonares, local onde ocorre as trocas gasosas ou
hematose. Cada pulmão apresenta aproximadamente 150
milhões de alvéolos.
MOVIMENTOS RESPIRATÓRIOS
Os movimentos respiratórios estão representados pela
inspiração (entrada de ar nos pulmões) e pela expiração
(saída de ar dos pulmões). A realização desses movimentos
conta com a participação fundamental do
diafragma (músculo que separa a cavidade torácica da
cavidade abdominal) e dos músculos intercostais
(músculos que se localizam entre as costelas). Esses
músculos, conhecidos por músculos respiratórios,
contraem-se e relaxam-se simultaneamente.
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Cada inspiração seguida de uma expiração constitui
um movimento respiratório. O número de movimentos
respiratórios realizados em 1 minuto define a frequência
respiratória.
Numa eupneia, a frequência respiratória é em torno de 16
a 20 movimentos/minuto. O aumento da frequência
respiratória denomina-se taquipneia, e a
diminuição, bradipneia.
O volume de ar corrente que passa pelos pulmões em 1
minuto denomina-se ventilação pulmonar.
Regulação do ritmo respiratório
O controle do ritmo dos movimentos respiratórios é
exercido involuntariamente pelo bulbo, sob influência da
variação da concentração de CO2 e O2 no sangue.
 DIMINUIÇÃO DA % DE O2: é detectada por
receptores químicos localizados na parede interna das
artérias carótidas e da aorta. Isso determina o aumento do
ritmo respiratório.
 AUMENTO DA % DE CO2: é detectada por
quimiorreceptores existentes no bulbo. Isso determina o
aumento do ritmo respiratório.
Esses dois mecanismos que acabamos de ver,
evidentemente, são involuntários, embora os movimentos
respiratórios também possam ser controlados
voluntariamente, até certo limite. De fato, você pode
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“prender a respiração” ou respirar mais rapidamente se
assim o quiser. Porém, essa atividade tem um limite. Se
um indivíduo parar de respirar voluntariamente por um
tempo exageradamente longo, o estímulo do bulbo pelo
acúmulo de CO2 no sangue será tal que, a partir de certo
instante, se tornará impossível continuar na intenção
inicial. O indivíduo inspirará involuntariamente. Enquanto
a respiração encontra-se presa, não ocorre eliminação de
CO2 do corpo. Logo, a concentração desse gás no sangue
aumenta rapidamente, sensibilizando de forma cada vez
mais intensa o bulbo. Em consequência, a respiração é
estimulada de tal maneira que, a partir de um
determinado instante, o indivíduo não consegue mais
segurar o fôlego, passando, inevitavelmente, a respirar.
HORA DE PRATICAR, BIOLOVERS!!!
01. Considere as seguintes etapas do processo respiratório
no homem:
I. Produção de ATP nas mitocôndrias.
II. Ocorrência de hematose no nível de alvéolos.
III. Transporte de oxigênio aos tecidos pelas hemácias.
A ordem em que essas etapas se realizam, a partir do
momento em que um indivíduo inspira o ar do ambiente,
é:
a) I → II → III.
b) II → I → III.
c) II → III → I.
d) III → I → II.
e) III → II → I.
02. Em uma situação experimental, camundongos
respiraram ar contendo gás oxigênio constituído pelo
isótopo 18O A análise de células desses animais deverá
detectar a presença de isótopo 18O, primeiramente:
a) no ATP. b) no NADH. c) na água.
d) na glicose. e) no gás carbônico.
03. Quando “prendemos a respiração”, chega um
determinado momento em que não conseguimos mais
sustentar a situação. Isso ocorre porque o aumento
exagerado de gás carbônico no sangue determinará uma
ação imediata do centro respiratório, que fica localizado:
a) no cérebro. b) na ponte. c) no bulbo.
d) nos ventrículos. e) na medula.
04. Durante a respiração, quando o diafragma se contrai e
desce, o volume da caixa torácica aumenta. Por
conseguinte, a pressão intrapulmonar:
a) diminui e facilita a entrada de ar.
b) aumenta e facilita a entrada de ar.
c) diminui e dificulta a entrada de ar.
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d) aumenta e dificulta a entrada de ar.
e) aumenta e expulsa o ar dos pulmões.
05. A velocidade dos movimentos respiratórios aumenta
quando, no sangue, a concentração:
a) da ureia aumenta.
b) da carboemoglobina diminui.
c) de CO2 é alta.
d) da oxiemoglobina é elevada.
e) da carboemoglobina permanece constante.
06. Os pulmões dos mamíferos não possuem capacidade
de movimentos próprios. Assim, necessitam da
movimentação de um músculo específico denominado
diafragma. Identifique o mecanismo através do qual ocorre
a entrada e a saída de ar dos pulmões.
a) Quando o músculo cardíaco se contrai, o volume da
caixa torácica aumenta, provocando a expulsão de ar dos
pulmões.
b) Quando o diafragma se contrai, o volume da caixa
torácica diminui, aumentando a pressão interna pulmonar
e forçando a entrada de ar nos pulmões.
c) Quando o diafragma se contrai, o volume da caixa
torácica aumenta, diminuindo a pressão interna pulmonar
e forçando a entrada de ar nos pulmões.
d) Quando os músculos intercostais se contraem, o volume
da caixa torácica aumenta, provocando a expulsão de ar
dos pulmões.
e) Quando o músculo peitoral se distende, o volume da
caixa torácica diminui, promovendo a entrada de ar nos
pulmões.
07. Desde o dia 07 de agosto de 2009, uma lei estadual
proíbe o fumo em ambientes fechados coletivos no estado
de São Paulo. A medida é bem-vinda, pois se sabe que
entre os inúmeros problemas de saúde causados ou
agravados pelo fumo, um deles é o fato de o monóxido de
carbono (CO), presente na fumaça do cigarro:
a) causar irritação no epitélio das vias aéreas superiores,
favorecendo infecções e dificultando o aporte de oxigênio
aos pulmões.
b) provocar lesões nas paredes dos alvéolos, que se
rompem e ampliam a superfície do tecido para as trocas
gasosas.
c) provocar lesões nas organelas das células das mucosas
das vias aéreas e dos pulmões, o que é a causa primária do
câncer.
d) provocar rigidez dos brônquios e do diafragma,
comprometendo a capacidade de inspiração e expiração.
e) estabelecer uma ligação química com a
hemoglobina, resultando em hemácias com baixo
potencial de oxigenação.
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08. Num incêndio é comum o indivíduo morrer, antes por
asfixia, do que por queimaduras. Tal situação ocorre,
porque:
a) a fumaça destrói os leucócitos.
b) as plaquetas são destruídas na presença do monóxido
de carbono.
c) a hemoglobina combina-se com o monóxido de carbono,
formando um composto estável, tornando-se
irrecuperável. d) a hemoglobina combina-se com todo o
oxigênio disponível.
e) a hemoglobina, nessa situação, só transporta dióxido de
carbono.
09. (FGV-SP-2007-Adapt.) Suponha a seguinte situação: o
preparador físico de um time brasileiro de futebol propôs
uma nova estratégia para treinamento de seus atletas. Os
jogadores realizariam exercícios físicos respirando através
de equipamento que simulava condições de baixa pressão
atmosférica. Este treinamento deveria preceder, em
semanas, as viagens para os jogos que iriam se realizar em
cidades de alta altitude, como La Paz, na Bolívia. Segundo
o preparador físico da equipe, este treinamento poderia
melhorar a condição física do atleta quando dos jogos.
Questionado sobre o porquê desse treinamento, o
preparador físico explicou que:
a) Para o ar penetrar no tubo respiratório e chegar aos
pulmões, não é necessário haver diferença entre a pressão
atmosférica e a pressão existente na cavidade torácica.
b) Em cidades de alta altitude, como La Paz, a pressão
atmosférica é menor que a pressão existente na cavidade
torácica, o que impede a captação de ar pelos pulmões.
c) O treinamento fortaleceria a musculatura intercostal e o
diafragma dos atletas, permitindo que pudessem inspirar
mesmo sob as condições de baixa pressão atmosférica das
cidades onde os jogos se realizariam.
d) Para que o oxigênio atmosférico chegue aos tecidos do
corpo, é necessário que se ligue às proteínas da superfície
da membrana das hemácias, o que ocorre nos alvéolos
pulmonares.
e) O treinamento estimularia o organismo a aumentar a
produção de hemácias. O atleta submetido a esse
treinamento, ao chegar a cidades de alta altitude, já teria
um aumento na concentração de hemácias, facilitando a
captação do pouco oxigênio presente nos alvéolos
pulmonares.
10. (PUC - RJ-2008) A FIFA (Federation Internationale de
Football Association) proibiu a realização de jogos de
futebol em altitudes acima de 2.500 metros, com o
argumento de que os jogadores que vivem em altitudes
mais baixas têm menor chance de apresentar um
desempenho bom quando jogam em maiores altitudes. A
preocupação está vinculada, principalmente, aos
problemas respiratórios sistêmicos que as populações que
não vivem nestas altitudes podem apresentar.
 BIOLOGIA – MÓDULO 02
O motivo que justifica essa decisão da FIFA é que, em altas
altitudes, a pressão do ar é:
a) maior, o ar é menos rarefeito e a dificuldade de respirar
maior.
b) maior, o ar é mais rarefeito e a dificuldade de respirar é
maior.
c) igual à do nível do mar, o ar é mais rarefeito e a
dificuldade de respirar maior.
d) menor, o ar é menos rarefeito e a dificuldade de respirar
menor.
e) menor, o ar é mais rarefeito e a dificuldade de
respiração é maior.
GABARITOS
01. C 02. C 03. C 04. C 05. C
06. C 07. E 08. C 09. E 10. E
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Pelo fato de nossas células terem a necessidade de,
constantemente, efetuar trocas de gases respiratórios (O2
e CO2) com o meio interno, eliminar resíduos tóxicos
oriundos do metabolismo e receber substâncias nutritivas,
torna-se necessária a existência de um sistema de
transporte em nosso organismo. Esse sistema é
representado principalmente pela circulação sanguínea.
Dentre as inúmeras funções que podem ser
desempenhadas pelo sistema cardiovascular nos diversos
organismos existentes, uma é geral: “Transportar
substâncias nutritivas e metabólicas, bem como gases
respiratórios (O2 e CO2) para qualquer ponto do organismo,
distante ou não.”
De forma mais particularizada, podemos nos referir a
outras diversas funções, tais como:
 Transporto de hormônios
 Intercâmbio de materiais
 Transporte de calor
 Distribuição de mecanismos de defesa
Formado pelo coração e pelos vasos sanguíneos (artérias,
arteríolas, capilares, veias e vênulas).
Coração
É um órgão predominantemente muscular com forma
aproximada de um cone, de tamanho de um punho e com
cerca de 250 g num individuo adulto. Localiza-se na
cavidade torácica, atrás do osso esterno, acima do músculo
diafragma, sobre o qual, em parte, repousa no espaço
compreendido entre os dois pulmões (mediastino). Fica
disposto obliquamente, com a sua maior porção voltada
para o lado esquerdo do plano mediano do nosso corpo.
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Funciona como uma bomba e é responsável por
impulsionar o sangue por todo o corpo através de
contrações rápidas e involuntárias.
No interior do coração, encontramos dois tipos de
cavidades: duas superiores e pequenas, denominadas de
átrios direito e esquerdo; e duas inferiores de paredes
mais espessas e de maior dimensão, chamados de
ventrículos direito e esquerdo.
Conforme mostra a figura anterior, os átrios direito e
esquerdo não se comunicam, e o mesmo acontece com os
dois ventrículos. Entretanto, cada átrio comunica-se com o
ventrículo do mesmo lado através das chamadas
comunicações atrioventriculares, nas quais encontramos
as válvulas (valvas) cardíacas tricúspide e bicúspide,
encontradas no lado direito e esquerdo do coração,
respectivamente.
A valva tricúspide é constituída por três membranas e
localiza-se entre o átrio direito (AD) e o ventrículo direito
(VD). A bicúspide, também chamada de valva mitral, é
constituída por duas membranas e localiza-se entre o átrio
esquerdo (AE) e o ventrículo esquerdo (VE). Essas valvas
ora fecham as comunicações atrioventriculares, ora
abrem-nas, dando um sentido unidirecional ao sangue,
impedindo seu refluxo dos ventrículos para os átrios.
Batimentos cardíacos
Sendo um órgão predominantemente muscular, o
coração é especializado em realizar contração e
relaxamento. A contração da musculatura cardíaca recebe
o nome de sístole, enquanto que o relaxamento é
chamado de diástole. Durante as sístoles ocorre o
esvaziamento das cavidades cardíacas, enquanto, nas
diástoles, há o enchimento dessas cavidades.
A atividade de contração e de relaxamento do coração se
faz da seguinte maneira: enquanto a porção superior, onde
estão os átrios, contrai-se; a porção inferior, onde ficam os
ventrículos, relaxa-se e vice-versa. Assim temos:
 Sístole atrial (SA)
 Sístole ventricular (SV)
 Diástole atrial (DA)
 Diástole ventricular (DV)
 BIOLOGIA – MÓDULO 02 Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
Enquanto os átrios estão se enchendo de sangue, ou seja,
durante a diástole atrial, as válvulas tricúspide e mitral
mantêm fechadas as comunicações atrioventriculares.
Com a contração dos átrios, ou seja, na sístole atrial, as
válvulas abrem as comunicações atrioventriculares, e,
assim, o sangue passa dos átrios para os ventrículos que,
então, começam a se encher (diástole ventricular).
Durante a diástole dos ventrículos, as valvas semilunares
(no ponto de comunicação das artérias com os ventrículos)
encontram-se fechadas. Quando cheios de sangue, os
ventrículos contraem-se (SV), e, nesse momento, as valvas
cardíacas voltam a fechar as comunicações
atrioventriculares, impedindo, assim, que o sangue retorne
dos ventrículos para os átrios. Simultaneamente, ocorre a
abertura das valvas semilunares, e, assim, o sangue é Vasos sanguíneos
lançado bruscamente no interior das artérias, que nascem Compreendem as artérias, as arteríolas, as vênulas, as
nas cavidades inferiores do coração. Enquanto os veias e os capilares sanguíneos.
ventrículos se esvaziam (SV), os átrios já estão novamente
se enchendo (DA).

Cada diástole imediatamente seguida por uma sístole

constitui um batimento cardíaco.

Os eventos cardíacos que ocorrem entre o intervalo de um

batimento cardíaco até o próximo batimento denominam-
se ciclo cardíaco.

Embora tenha o ritmo de suas contrações regulado pelo

sistema nervoso central, através do bulbo, o miocárdio não
depende deste para se contrair, uma vez que é um
músculo auto estimulável, isto é, possui um sistema
próprio para gerar estímulos e transmitir a excitação
produzida.

Desse sistema fazem parte células musculares

especializadas que estão concentradas em quatro setores
distintos:
 Nódulo sinoatrial: especializado em gerar os
impulsos nervosos que controlam as contrações cardíacas.
Por isso também é conhecido como marca passo. Localiza-
se na parede do átrio direito, no ponto de encontro com a
veia cava superior.
 Nódulo atrioventricular: conduz o estimulo elétrico
e o distribui rumo aos ventrículos. Localiza-se entre o átrio
direito e o ventrículo direito.
 Feixe de Hiss: conduz o estimulo proveniente do
nódulo atrioventricular até o septo interventricular.
 Fibras de Purkinje: formadas por células
semelhantes às do feixe de His, só que mais alongadas, e
têm como função distribuir todo o estimulo elétrico pela
parede dos ventrículos.
Artérias: são vasos que conduzem o sangue do coração
para os diversos tecidos do corpo. São dotadas de uma
parede muscular espessa e elástica. O tecido muscular liso
de suas paredes confere a elasticidade necessária para
suportar a grande pressão do sangue no seu interior. Por
isso, as artérias “pulsam”. A pressão arterial é a força que
o sangue exerce sobre as paredes das artérias.
Arteríolas: são ramificações das artérias que vão se
tornando cada vez mais finas à medida que vão chegando
nos tecidos.
Capilares: ramificações de arteríolas com ainda menor
calibre. Suas paredes são delgadas, permeáveis, formadas
por uma única camada de células achatadas, que
apresentam espaços entre si, através das quais ocorre
troca de materiais entre o sangue e os tecidos adjacentes.
Os capilares podem ser arteriais (ramificações das
arteríolas) ou venosos (ramificações das veias).

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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
Vênulas: ramificações dos capilares de diâmetro um pouco
maior.
Veias: são vasos que conduzem o sangue do corpo para o
coração. Suas paredes são mais finas e delicadas do que as
das artérias e possuem válvulas (valvas venosas) para
impedir o refluxo de sangue no seu interior.
A figura a seguir mostra os locais do nosso coração onde
nascem e desembocam os principais vasos sanguíneos do
nosso corpo: a artéria aorta, a artéria pulmonar, as veias
cavas e as veias pulmonares.
Artéria aorta: É o maior vaso sanguíneo do corpo humano
que conduz sangue arterial (rico em O2 e pobre em CO2) do
coração para os diversos tecidos do corpo. Nasce no
ventrículo esquerdo, dirige-se para cima, onde assume
uma trajetória arqueada, formando o arco aórtico. Em
sequência, desce por trás do coração, percorre toda a
cavidade torácica, atravessa o músculo diafragma e
penetra na cavidade abdominal, percorrendo-a em toda a
sua extensão. Ao longo de toda essa trajetória, a artéria
aorta dá origem a ramificações, tais como as artérias
coronárias (que irrigam o coração), as artérias carótidas
(levam o sangue para a cabeça), as artérias subclávias
(irrigam os braços), a artéria gástrica (irriga o estômago), a
artéria hepática (irriga o fígado), a artéria pancreática (leva
sangue para o pâncreas), artérias mesentéricas (irrigam os
intestinos), as artérias renais (levam sangue para os rins),
as artérias pudendas (irrigam os órgãos genitais) e as
artérias ilíacas (levam sangue para os membros inferiores).
Veias cavas: Desembocam no átrio direito, trazendo o
sangue venoso (pobre em O2 e rico em CO2) dos diferentes
tecidos para o coração. A veia cava superior traz o sangue
da cabeça e dos membros superiores, enquanto a cava
inferior traz o sangue dos membros inferiores, do abdome
e do tórax. Do átrio direito, onde é despejado, o sangue
venoso passa ao ventrículo direito, de onde sai através da
artéria pulmonar.
Artéria pulmonar: Nasce no ventrículo direito e, após um
curto trajeto, bifurca-se, originando a artéria pulmonar
direita, que se dirige para o pulmão direito, e a artéria
pulmonar esquerda, que vai para o pulmão esquerdo. Nos
pulmões, no nível dos capilares alveolares, esse sangue
passa de venoso a arterial. Desse modo, volta a ficar rico
em O2 e retorna ao coração por intermédio das veias
pulmonares.
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Veias pulmonares: Em número de quatro, essas veias
desembocam no átrio esquerdo, trazendo sangue arterial
dos pulmões para o coração, reiniciando o ciclo.
A circulação do sangue em nosso organismo é feita através
de dois circuitos bem definidos: grande circulação e
pequena circulação.
SANGUE E SEUS CONSTITUINTES
TECIDO SANGUÍNEO: tecido constituído de uma substância
intercelular liquida (plasma) + elemento celulares ou
figurados, representados pelos glóbulos vermelhos e
glóbulos brancos.
PLASMA SANGUINEO: Constituido de cerca de 90% de
água e de 10% de substâncias orgânicas diversas
e ions minerais.
ELEMENTOS FIGURADOS: são células ou partes de células
que recebem nomes de acordo com suas características:
glóbulos vermelhos e glóbulos brancos.
 Glóbulos vermelhos ou hemácias: São as células
mais numerosas encontradas no sangue. Na espécie
humana, podemos encontra-la na taxa média de 5 milhões
de mm³. Sabendo que a quantidade de glóbulos vermelhos
é maior no homem (5-6 mm³) do que na mulher (4-5 mm³).
São células arredondadas que apresentam uma depressão
na região central, tendo um aspecto bicôncavo. Nos
mamíferos, são anucleadas e possuem em seu citoplasma,
a hemoglobina. A função das hemácias no sangue é a de
transportar gases respiratórios.
 Glóbulos brancos ou leucócitos: São células
incolores, de forma esférica, quando em suspensão no
sangue. São essas células responsáveis pela defesa do
nosso organismo. Pela morfologia se dividem em dois
grupos fundamentais:
 Linfócitos: correspondem a cerca de 20 a 30% dos
leucócitos. Surgem inicialmente na medula e depois
migram para os tecidos linfáticos. Há dois tipos B e T, que
desempenham um papel importante na produção de
anticorpos e na imunidade celular.
10
 BIOLOGIA – MÓDULO 02
 Monócitos: são os leucócitos de maior tamanho, e
constituem de 3 a 8% do total. Podem sair dos capilares
sanguíneos e é precursor dos macrófagos cuja função é
fagocitar microrganismos e células mortas.
 Neutrófilos: são os leucócitos encontrados com
maior frequência no sangue, correspondendo a cerca de
60 a 70% do total. Fagocitam e destroem bactérias.
 Acidófilos ou Eosinófilos: constituem de 2 a 4% do
total de leucócitos, defendem o corpo contra vermes
parasitas e agem nas reações alérgicas. Na presença de
certas infecções e alergias, são ativadas e aumentam de
volume.
 Basófilos: são os leucócitos de menor frequência no
sangue (0 a 1%). Possuem grãos ricos em histamina. Tem a
mesma função que os mastócitos, nas reações alérgicas.
Quando o corpo é invadido por uma proteína estranha.
Os plasmocitos produzem anticorpos contra essa proteína,
que se fixam nos mastócitos e nos basófilos, promovendo
a ruptura da membrana, desencadeando a liberação da
histamina e outras substancias que provocam as
reações alergicas.
Ainda no sangue, existem fragmentos citoplasmáticos
originados dos megacariócitos da medula óssea vermelha,
as plaquetas, que são essenciais ao processo de
coagulação sanguínea.
HORA DE PRATICAR, BIOLOVERS!
01. Um paciente deu entrada em um pronto socorro
apresentando os seguintes sintomas: cansaço, dificuldade
em respirar e sangramento nasal, O médico solicitou um
hemograma ao paciente para definir o diagnóstico. Os
resultados estão dispostos na tabela:
Relacionando os sintomas apresentados pelo paciente com
os resultados de seu hemograma, constata-se que:
a) o sangramento nasal é devido à baixa quantidade de
plaquetas, que são responsáveis pela coagulação
sanguínea.
b) o cansaço ocorreu em função da quantidade de glóbulos
brancos, que são responsáveis pela coagulação sanguínea
c) a dificuldade respiratória decorreu da baixa quantidade
glóbulos vermelhos, que são responsáveis pela defesa
imunológica.
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d) o sangramento nasal é decorrente da baixa quantidade
de glóbulos brancos, que são responsáveis pelo transporte
de gases no sangue.
e) a dificuldade respiratória ocorreu pela quantidade de
plaquetas, que são responsáveis pelo transporte de
oxigênio no sangue.
02. Hipóxia ou mal das alturas consiste na diminuição de
oxigênio (O2) no sangue arterial do organismo. Por essa
razão, muitos atletas apresentam mal-estar (dores de
cabeça, tontura, falta de ar etc.) ao praticarem atividade
física em altitudes elevadas. Nessas condições, ocorrerá
uma diminuição na concentração de hemoglobina
oxigenada (HbO2) em equilíbrio no sangue, conforme a
relação:
A alteração da concentração de hemoglobina oxigenada no
sangue ocorre por causa do(a):
a) elevação da pressão arterial.
b) aumento da temperatura corporal.
c) redução da temperatura do ambiente.
d) queda da pressão parcial de oxigênio.
e) diminuição da quantidade de hemácias
03. A doação de sangue é um ato de solidariedade e pode
salvar a vida de muitas pessoas. Sobre os componentes
desse tecido, assinale a alternativa correta.
a) o O2 e os nutrientes, como glicose e aminoácidos, são
transportados através das hemácias
b) o plasma sanguíneo é o componente extracelular em
abundância, característico do tecido conjuntivo.
c) os reticulócitos – células de defesa do sangue –
produzem anticorpos quando entram em contato com
elementos estranhos
d) a hemoglobina perde sua conformação estrutural e,
consequentemente, a função devido a uma falha na
síntese proteica, ocasionada por uma doença hereditária, a
anemia falciforme.
e) a coagulação sanguínea é desencadeada por uma série
de enzimas, culminando na formação de um trombo, cujos
principais componentes são hemácias e leucócitos.
04. A produção de soro antiofídico é feita por meio da
extração da peçonha de serpentes que, após tratamento, é
introduzida em um cavalo. Em seguida são feitas sangrias
para avaliar a concentração de anticorpos produzidos
pelo cavalo. Quando essa concentração atinge o valor
desejado, é realizada a sangria final para obtenção do soro.
As hemácias são devolvidas ao animal, por meio de uma
técnica de denominada plasmaferese, a fim de reduzir os
efeitos colaterais provocados pela sangria.
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
A plasmaferese é importante, pois se o animal ficar com
uma baixa quantidade de hemácias, poderá apresentar:
a) febre alta e constante
b) redução de imunidade
c) aumento da pressão arterial
d) quadro de leucemia profunda
e) problemas no transporte de oxigênio
05. A alergia é uma hipersensibilidade desenvolvida em
relação a determinadas substâncias, os alergênicos, que
são reconhecidos por um tipo especial de anticorpos. A
reação alérgica ocorre quando as moléculas do
alergênico:
a) ligam-se a moléculas do anticorpo presas à membrana
dos mastócitos, que reagem liberando histaminas.
b) desencadeiam, nos gânglios linfáticos, uma grande
proliferação de linfócitos específicos.
c) são reconhecidas pelas células de memória, que se
reproduzem e fabricam grande quantidade de histaminas.
d) ligam-se aos anticorpos e migram-se para os órgãos
imunitários primários onde são destruídos
e) são fagocitados pelos mastócitos e estimulam a
fabricação das interleucinas.
06. O coração e os pulmões humanos desempenham uma
série de atividades em conjunto, para garantir o transporte
de oxigênio às células e a remoção do gás carbônico
liberado como produto da respiração celular. Sobre a
integração morfofuncional desses órgãos, observe a figura
a seguir e considere as afirmações, assinalando a
incorreta.
a) A pressão parcial de gás oxigênio (PO 2) no interior dos
pulmões é maior que a do sangue presente nos
capilares sanguíneos pulmonares; daí ocorrer a difusão do
oxigênio dos alvéolos para o sangue.
b) Na hematose, ocorre a difusão de gás carbônico, que
está combinado à hemoglobina sanguínea, na forma
de carboemoglobina, para os alvéolos.
c) O coração é um órgão com quatro câmaras, das quais as
duas superiores bombeiam sangue para as duas inferiores,
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o qual flui em um só sentido, devido às válvulas
atrioventriculares.
d) A contração dos átrios, chamada de sístole atrial,
provoca a saída do sangue diretamente para as artérias
pulmonares, que possuem pequeno diâmetro para facilitar
as trocas gasosas no pulmão.
e) A aorta recebe sangue do ventrículo esquerdo, rico em
oxigênio, e o envia para o resto do corpo, enquanto as
veias promovem o retorno da circulação sanguínea.
07. Encontra-se ao lado a representação do Sistema
Circulatório humano, onde se vê o coração e os diversos
vasos sanguíneos: veias, artérias e capilares. Sobre a
estrutura e funções desse sistema, assinale a única
afirmativa incorreta.
a) O coração humano apresenta quatro câmaras (dois
átrios e dois ventrículos). Entre o átrio e o ventrículo
esquerdo, encontra-se a válvula bicúspide e entre o átrio e
o ventrículo direito, a válvula tricúspide.
b) Na circulação sistêmica (grande circulação), as artérias
transportam sangue rico em O2 e as veias, sangue rico em
CO2. Na circulação pulmonar (pequena circulação), ocorre
o inverso: veias levam sangue arterial e artérias
transportam sangue venoso.
c) Uma importante função do sistema circulatório, além de
realizar o transporte de nutrientes e O2 pelo corpo, é
promover a defesa do organismo contra vírus e bactérias.
Para isso, entram em ação os leucócitos ou globulos
brancos.
d) O transporte de gases respiratórios (O2 e CO2) pelo
corpo é feito pelo sangue. O O2 é transportado dos
pulmões para os tecidos e o CO2 no sentido inverso. Esse
transporte é feito exclusivamente pelas células vermelhas
ou eritrócitos.
e) No coração humano, o sangue venoso chega ao átrio
direito pelas veias cavas e deixa o coração pelo ventrículo
direito, rico em CO2, pela artéria pulmonar.
08. A pressão arterial é consequência da força que o
sangue exerce contra as paredes das artérias para
conseguir circular pelo corpo. A intensidade dessa força
precisa ser mantida dentro de certos limites para não
comprometer a circulação normal do sangue e a
integridade dos vasos sanguíneos que, se submetidos a
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02 Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
pressões muito elevadas, podem se romper, com A demonstração de Harvey permite estabelecer a relação
consequentes prejuízos ao organismo, podendo inclusive entre circulação sanguínea e:
levá-lo à morte. O organismo é muito sensível a aumentos
de pressão. A hipertensão é um mal silencioso, traiçoeiro e a) pressão arterial.
ao mesmo tempo “democrático”, atingindo pessoas de b) válvulas venosas.
todas as idades, inclusive crianças, e de todas as condições c) circulação linfática.
sociais. Com o uso de um aparelho denominado d) contração cardíaca.
esfigmomanômetro, é possível medir os valores da pressão e) transporte de gases.
arterial. Atualmente, para uma pessoa adulta (com pelo
menos 18 anos), os valores considerados ótimos para a GABARITOS
pressão arterial são: máxima de 120 mmHg e mínima de 01. A 02.D 03. B 04. E 05.A
até 80 mmHg (ou de forma mais simplificada: 12/8). As 06. D 07. D 08. C 09. C 10. B
pressões máximas e mínimas são medidas,
respectivamente, durante a ocorrência dos seguintes
fenômenos: SISTEMA EXCRETOR

a) sístole atrial e sístole ventricular. Por excreção, entende-se que é a eliminação de

b) diástole atrial e diástole ventricular. resíduos resultantes do metabolismo celular normal,
c) sístole atrial e diástole ventricular. chamadas de catabólitos ou o excesso de substâncias do
d) diástole ventricular e sístole ventricular nosso meio interno. Tais substâncias, inúteis para o
e) sístole ventricular e diástole ventricular. organismo, muitas vezes são dotadas de toxicidade, como
as excretas nitrogenadas (amônio, ácido úrico, ureia).
09. Uma das consequências da doença de Chagas é a
insuficiência cardíaca, que ocasiona o crescimento do
coração. Em situações normais, o ritmo do coração é
assegurado por processos cíclicos de:

a) contração atrial esquerda, devido à saída de sangue

para a artéria aorta.
b) sístole dos dois átrios e preenchimento parcial de
sangue nos ventrículos
c) sístole dos dois átrios e completo preenchimento de
sangue nos ventrículos.
d) relaxamento simultâneo das cavidades direitas e saída
de sangue para o pulmão.
e) diástole do ventrículo esquerdo, permitindo a entrada
de sangue diretamente da veia cava.

10. A imagem representa uma ilustração retirada do livro

De Motu Cordis, de autoria do médico inglês Willian
Harvey, que fez importantes contribuições para o
entendimento do processo de circulação do sangue no
corpo humano. No experimento ilustrado, Harvey, após
aplicar um torniquete (A) no braço de um voluntário e
esperar alguns vasos incharem, pressionava-os em um
ponto (H). Mantendo o ponto pressionado, deslocava o
conteúdo de sangue em direção ao cotovelo, percebendo
que um trecho do vaso sanguíneo permanecia vazio após
esse processo (H – O).
Rins
São órgãos responsáveis pela filtração sanguínea e
formação da urina. Apresenta uma forma característica,
semelhante a um “feijão”, tendo em média cerca de 10cm
de altura. Localizam-se na região dorsal, à altura da
cintura, um de cada lado da coluna vertebral, sendo o rim
direito um pouco mais baixo que o esquerdo devido ao
grande volume ocupado pelo fígado. Os rins são envolvidos
por uma cápsula renal e logo abaixo temos a porção
cortical (córtex renal), seguida da região mais central, a
medula renal.

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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
Estrutura microscópica dos rins
Cada rim humano é constituido por mais de 1 milhão
de unidades microscópicas filtradoras chamadas néfrons, e
é onde ocorre a formação da urina. Localiza-se tanto no
córtex como na medula renal. Quem conduz o sangue ao
néfron são as ramificações de arteríolas.
Cada néfron, por sua vez, é constituído por um glomérulo,
pelo túbulo contorcido proximal, pela alça néfrica, pelo
túbulo contorcido distal e pelo tubo coletor.
 Glomérulo renal: Emaranhado de capilares
sanguíneos de menor calibre, originários da arteríola
aferente, envolvido pela cápsula de Bowman. Localiza-se
na porção cortical do rim e são responsáveis pela filtração
do sangue.
 Túbulo contorcido proximal: está conectado à
capsula renal de onde recebe o filtrado glomerular. Toda
sua extensão localiza-se no córtex renal.
 Alça de Henle: túbulo menos calibroso que é uma
continuação do túbulo contorcido proximal e está inserido
na porção medular do rim.
 Túbulo contorcido distal: ramo final do néfron.
Também tem formato tortuoso e dilatado. Localiza-se na
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região cortical do rim e está conectado ao tubo coletor de
urina.
 Ducto coletor: conduzir a urina recém-formada. A
reunião de vários tubos coletores forma a pirâmide renal,
cujo vértice se abre num cálice renal. Os cálices renais, por
sua vez, abrem-se no bacinete renal, de onde sai o ureter
em direção à bexiga.
FORMAÇÃO DA URINA
A urina é um liquido formado como consequencia da
filtração do sangue que, ao passar pelos rins, perdem água,
sais, excretas nitrogenadas e outras substâncias. Esse
processo se dá ao longo de todas as partes do néfron de
modo continuo e gradativo e envolve três etapas: filtração,
reabsorção e secreção ativa.
a) Filtração: Consiste na passagem de substâncias do
plasma sanguíneo, que passa pelo glomérulo para o
interior da cavidade da cápsula de Bowman. A força
responsável por essa filtração é a própria pressão
sanguínea no interior do glomérulo. Essa pressão, que
normalmente é de 70 a 80 mmHg, é suficiente para fazer
com que aproximadamente 1/5 do plasma atravesse as
paredes do glomérulo e caia na cavidade da cápsula
de Bowman. Essa filtração é conhecida por filtração
glomerular. O material retirado do sangue através dessa
filtração recebe o nome de filtrado glomerular e
é constituido de moléculas relativamente pequenas (água,
glicose, aminoácidos, vitaminas, ácido úrico, ureia, etc.) e
íons (Na+, Cl_, Ca++, etc.).
Da cápsula de Bowman, o filtrado passa para o interior dos
túbulos renais, onde a maior parte das substâncias que o
constituem retorna para o sangue através da reabsorção.
b) Reabsorção renal: É o retorno para a corrente
sanguínea de substâncias do filtrado glomerular. Isso é
feito através das paredes dos túbulos renais, ou seja,
substâncias que foram filtradas do sangue, agora
presentes no interior dos túbulos renais, atravessam as
paredes desses túbulos e as paredes dos
capilares peritubulares, retornando, assim, para a corrente
sanguínea. Essa reabsorção pode ser ativa ou passiva. Na
reabsorção ativa, substâncias como a glicose, os
aminoácidos e os sais retornam à circulação por
mecanismo de transporte ativo, ou seja, com gasto de
energia (ATP), enquanto a água é reabsorvida
passivamente por osmose.
No túbulo proximal, há uma intensa reabsorção ativa de
toda a glicose, da totalidade de aminoácidos e de cerca de
85% dos íons (Na+ e Cl_) contidos no filtrado. Com a
reabsorção desses solutos, há uma diminuição da
concentração do líquido tubular que se torna, então,
hipotônico em relação ao plasma dos
capilares peritubulares. Desse modo, tem início no túbulo
proximal uma reabsorção passiva de água (osmose). No
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
túbulo proximal, há absorção de cerca de 85% da água
contida no filtrado. Essa reabsorção continua no ramo
descendente da alça de Henle.
No túbulo contorcido distal, há absorção ativa de sódio e,
em presença do hormônio antidiurético (ADH), também
haverá reabsorção de água. Ao chegar no tubo coletor,
caso haja a presença do hormônio antidiurético, também
haverá reabsorção de mais água e, assim, a urina
eliminada será hipertônica (mais concentrada). Na
ausência desse hormônio, as paredes do túbulo distal e do
tubo coletor tornam-se menos permeáveis à água e, desse
modo, a urina eliminada será hipotônica (mais diluída).
c) Secreção ativa: Consiste na passagem de substâncias do
interior dos capilares peritubulares para o interior
dos túbulos renais. Por esse processo, são eliminados, por
exemplo, os íons H+ que estejam em excesso no sangue, o
que evita o abaixamento do pH do sangue e torna a nossa
urina ácida.
Nas mulheres, a uretra abre-se na vulva sendo um órgão
que dá passagem apenas à urina. No sexo masculino, a
uretra percorre internamente o pênis, abrindo-se na
glande, que, além da urina, também dá passagem ao
esperma durante a ejaculação. A comunicação da uretra
com a bexiga é mantida fechada pelos esfíncteres (anéis
musculares) uretrais. Quando a musculatura estriada
desses anéis relaxa e a musculatura lisa da parede da
bexiga se contrai, ocorre a eliminação da urina.
HORA DE PRATICAR, BIOLOVERS!
01. Analise a figura, que representa um néfron humano.
Essa unidade é extremamente importante para filtrar o
sangue e garantir a homeostase, ou seja, a manutenção do
equilíbrio interno.
(www.upt.pitt.edu)
Foram feitas algumas afirmações a respeito da fisiologia
renal.
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I. O vaso sanguíneo, representado em vermelho, leva
sangue rico em ureia e gás oxigênio para o néfron.
II. Algumas substâncias do sangue passam para o interior
do néfron, na região do glomérulo, processo denominado
filtração glomerular.
III. Todas as substâncias que entram no néfron irão
compor a urina, que será eliminada pelo tubo coletor.
IV. O vaso sanguíneo, representado em azul, transporta o
sangue arterial, pobre em ureia, ou seja, segue “limpo”
novamente para a circulação.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I. b) I e II. c) II e III. d) III e IV. e) I, III e IV.
02. Nossos rins filtram, por dia, mais de 140 litros de
plasma, sendo que formamos apenas de um a dois litros de
urina nesse período. A regulação da função renal nos
mamíferos ocorre da seguinte forma:
a) a queda da pressão sanguínea faz com que os rins
liberem renina, que ativa a angiotensina e libera
aldosterona.
b) mudanças na pressão sanguinea e na osmolaridade
inibem a liberaçao de aldosterona, que controla a ação de
aquporinas nos rins.
c) algumas substancias como o alcool, podem inibir a ação
da renina e do hormônio antidiuretico produzidos pelas
adrenais.
d) em situações de desidratação como uma diarreia,
ocorre uma diminuição de aquaporinas nos rins
aumentando a reabsorção do plasma.
e) o aumento da concentração de íons no plasma estimula
a adenoipófise a secretar o hormônio antidiurético e inibe
a liberação de aldosterona.
03. A figura ao lado representa a estrutura renal de um
néfron de mamífero. Os números indicam os processos
básicos que ocorrem para a formação da urina.
(Adaptado de: SILVA JÚNIOR, C. da; SASSON, S. Biologia.
São Paulo: Saraiva, 2007, p.350.)
Assinale a alternativa que contém a ordem sequencial dos
números correspondentes aos processos indicados.
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02 Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
a) 1 - reabsorção passiva de água; 2 - secreção ativa de 3) Na região da alça de Henle ocorre, principalmente,
íons H+ e K+; 3 - reabsorção ativa de sais e glicose; 4 - reabsorção de água do filtrado glomerular.
filtração. 4) No túbulo contornado distal ocorre a eliminação passiva
b) 1 - filtração; 2 - reabsorção ativa de sais e glicose; 3 – de água, e as células da parede do túbulo absorvem as
reabsorção passiva de água; 4 - secreção ativa de íons H+ e vitaminas e os sais minerais para então o filtrado
K+. desembocar no duto coletor.
c) 1 - filtração; 2 - reabsorção passiva de água; 3 - secreção
ativa de íons H+ e K+; 4 - reabsorção ativa de sais e glicose. Estão corretas:
d) 1 - reabsorção passiva de água; 2 - reabsorção ativa de a) 1, 2, 3 e 4.
sais e glicose; 3 - filtração; 4 - secreção ativa de íons H+ e b) 1, 2 e 4 apenas.
K+. c) 2 e 3 apenas.
e) 1 - reabsorção ativa de sais e glicose; 2 - filtração; 3 – d) 1 e 2 apenas.
reabsorção ativa de água; 4 - secreção ativa de íons H+ e e) 3 e 4 apenas.
K+.

04. O aumento da perda de água por transpiração tem GABARITOS

como principal consequência 01. B 02. A 03. B 04. A 05. C

a) o aumento da produção de ADH, visando diminuir a

produção de urina.
SISTEMA REPRODUTOR
b) o aumento da produção de células sanguíneas, visando
provocar aumento de pressão arterial.
O mecanismo de perpetuação da espécie humana
c) a diminuição da frequência respiratória, visando
ocorre através da reprodução sexuada. Portanto, a mistura
diminuir a perda de água na respiração.
e o mecanismo de transmissão genética é feito por células
d) o aumento da reabsorção de água pelo intestino.
reprodutoras (gametas), óvulos nas mulheres
e) a diminuição da velocidade dos movimentos
e espermatozóides nos homens, dentro de aparelhos
peristálticos.
reprodutores femininos e masculinos, respectivamente.
05. Um néfron é uma estrutura tubular que possui, em
APARELHO REPRODUTOR MASCULINO
uma extremidade, uma expansão em forma de taça, a
cápsula de Bowman, a qual se conecta ao túbulo renal, que
Compõe-se dos seguintes órgãos: testículos, epidídimos,
desemboca em um duto coletor. O túbulo renal, conforme
canais deferentes, canais ejaculadores, vesículas seminais,
ilustrado esquematicamente na figura, compreende três
próstata, glândulas bulbouretrais, uretra e pênis.
regiões diferenciadas: o túbulo contornado proximal, a
alça de Henle e o túbulo contornado distal.

Com relação às informações apresentadas, analise as

proposições a seguir.

1) Nos capilares dos glomérulos de Malpighi, a pressão do Testículos

sangue força a saída de proteínas e glicose existentes no
sangue; substâncias que passam entre as células da parede
da cápsula de Bowman e atingem o túbulo renal.
2) No túbulo contornado proximal, as células reabsorvem
ativamente glicose, aminoácidos, vitaminas, parte dos sais
e a maior parte da água do filtrado glomerular, devolvendo
essas substâncias ao sangue dos capilares que envolvem o
néfron.
São duas gônadas masculinas. Possuem uma
morfologia ovoide localizadas no interior de uma bolsa
frouxa de pele, o escroto, na maioria dos mamíferos,
incluindo o homem. Nos demais mamíferos, os testículos
ficam alojados na cavidade abdominal. Constituem
glândulas mistas, pois apresentam uma secreção exócrina
que constitui a fabricação de espermatozóides, e uma
secreção endócrina que são os hormônios androgênios. A

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estrutura interna de cada testículo é representada por
cerca de 1000 finíssimos tubos franjados,
denominados túbulos seminíferos, que a partir da
puberdade com a liberação do hormônio FSH ocorre a
espermatogênese. Esses túbulos convergem para um único
local, o epidídimo, responsável pelo armazenamento dos
gametas. Também na parede interna dos túbulos
seminíferos, encontra-se a célula de Sertoli, responsável
pela nutrição dos espermatozoides. Entre os túbulos
seminíferos, preenchendo os espaços, estão as células
de Leydig, responsáveis pela produção da testosterona,
que são ativadas pela liberação do hormônio LH. Além de
induzir a espermatogênese, a testosterona também
promove o crescimento dos testículos e o
desenvolvimento dos caracteres secundários masculinos.
Epidídimo
Órgãos em forma de “C” que recobrem parte da
superfície dos testículos. Cada epidídimo é constituído por
um tubo único, longo (4 a 6 metros), intensamente
enovelado sobre si mesmo, denominado
canal epididimário. A função do epidídimo é armazenar os
espermatozoides provenientes do testículo. Os gametas
masculinos completam a sua maturação nos epidídimos e
aí ficam armazenados até o momento de serem liberados
através da ejaculação.
Canais deferentes
São canais que comunicam os epidídimos com a uretra
até a face posterior da próstata. As porções
intraprostáticas dos canais deferentes desembocam na
uretra e recebem o nome de ductos ejaculadores. Um
pouco antes de penetrar na próstata, o canal deferente
dilata-se, formando uma região conhecida por ampola,
onde também podem ficar armazenados alguns
espermatozoides. Antes de penetrarem na próstata, os
canais deferentes recebem os ductos provenientes das
vesículas seminais.
Vesículas seminais
Glândulas produtoras do líquido seminal (sêmen),
secreção rica em proteínas, vitamina C e frutose que tem
função nutritiva e energética para os espermatozoides.
Próstata
Glândula localizada abaixo da bexiga, responsável pela
produção do líquido prostático, secreção de aspecto
leitoso, rica em substâncias alcalinas e que tem
como função neutralizar temporariamente a acidez das
secreções vaginais.
Glândulas bulbouretrais
São estruturas do tamanho de um grão de ervilha,
localizadas abaixo da próstata. Produzem uma secreção de
aspecto mucoso, viscoso, que facilita a relação sexual,
devido ao caráter lubrificante que apresenta.
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Uretra
Canal que comunica a bexiga com o meio externo. Em
sua trajetória, passa pelo interior da próstata e do pênis.
Trata-se, portanto, de um órgão pertencente aos sistemas
urinário (excretor) e reprodutor.
Pênis
É o órgão copulador masculino. Contém grande parte
da uretra e os corpos cavernosos. A uretra abre-se no meio
externo através de um orifício situado na glande (parte
mais volumosa e anterior do pênis, também conhecida por
cabeça do pênis). A glande está recoberta, em extensão
variável, por uma dupla camada de pele retrátil, o
prepúcio. No interior do pênis, encontramos uma porção
da uretra, circundada por um corpo esponjoso.
Paralelamente a esse corpo, dispõem-se os corpos
cavernosos do pênis, também de natureza esponjosa e
erétil. Por estímulos provenientes do sistema nervoso
autônomo, os vasos sanguíneos que irrigam esses corpos
intensificam o fluxo de sangue nessas estruturas,
aumentando-as em volume e tornando-as rígidas,
ocasionando, assim, a ereção do pênis. A estimulação do
pênis durante o ato sexual dá origem a reflexos que fazem
contrair a camada de músculo liso dos canais deferentes,
lançando os espermatozoides no interior da uretra. Em
seguida, a uretra se contrai e, ao mesmo tempo, as
vesículas seminais e a próstata também se contraem,
lançando suas secreções na uretra. Essa série de
contrações resulta na ejaculação.
APARELHO REPRODUTOR FEMININO
Compõe-se dos seguintes órgãos: ovários, tubas uterinas,
útero, vagina e vulva (genitália externa).
Ovários
São as gônadas do sexo feminino, têm a forma de
amêndoa, medindo até 5 cm em seu maior diâmetro.
Localizam-se na parte inferior da cavidade abdominal, de
maneira meio inclinada, um de cada lado do útero.
Formam os óvulos e os hormônios estrogênicos e
progesterona.
No interior dos ovários, existem milhares de folículos
ovarianos. Dentro de cada folículo, há o ovócito, que é
precursora do gameta feminino. Vale lembrar que o
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
período germinativo feminino, inicia-se desde o período de
vida intrauterino, sem a influência hormonal, com a
diferenciação de 6 milhões de ovogônias; dessas só 1
milhão completa sua diferenciação em ovócitos I e apenas
400.000 chegam na puberdade, e, um número muito
menor (400-500) de ovócitos I completa a maturação final
em ovócitos II.
Sob a ação do FSH, os folículos imaturos do ovário
continuam seu desenvolvimento e o mesmo acontece com
os ovócitos. O folículo em maturação secreta em grandes
quantidades, o hormônio estrógeno, responsável pelas
características sexuais secundárias femininas e também
pelo controle do ciclo menstrual. A medida que o nível de
estrógeno aumenta, o de FSH é bloqueado e em
contrapartida o hormônio LH é produzido para atuar sobre
o ovário, determinando a ovocitação (ovulação). Após a
ovulação, as células do folículo que permaneceram no
ovário passam a produzir luteína (um pigmento amarelo de
natureza lipídica) transformando-se, assim, no chamado
corpo lúteo. Sob estímulo do LH, as células do corpo lúteo
passam a produzir progesterona e também pequena
quantidade de estrógeno. A progesterona age no útero,
mantendo a integridade do endométrio, preparando-o
para receber o ovo, caso o ovócito II liberado tenha sido
fecundado. Entretanto, cerca de 6 a 7 dias após a
ovulação, a taxa de progesterona alta no organismo atua
sobre o LH bloqueando sua síntese. Deixando de receber o
LH, o corpo lúteo começa a sofrer degeneração e, à
medida que suas células vão morrendo, diminui a
produção de progesterona. Caso haja fecundação a
progesterona é substituída fisiologicamente pelo hormônio
HCG (formador da placenta) que mantem o corpo lúteo
integro e, consequentemente, mantendo a produção de
progesterona, o que impede a descamação do endométrio
e a ocorrência da menstruação.
Caso não haja fecundação as células do corpo lúteo
menstrual sofrem degeneração por autólise, sendo os seus
restos celulares fagocitados por macrófagos. Assim, cerca
de 14 dias após a ovulação, as células do corpo lúteo já
estarão todas degeneradas, restando na superfície
do ovário uma cicatriz, denominada corpo albicans (corpo
branco). Evidentemente, por essa ocasião, a taxa de
progesterona e a de estrógeno no organismo feminino
estarão baixas. A baixa taxa de progesterona promove a
descamação do endométrio, com consequente hemorragia
chamada menstruação,
Tubas uterinas
Canais musculares, antes denominados trompas de
falópio, representado por dois tubos dispostos em cada
lado do útero, formando uma comunicação entre cada
ovário e o útero. Localiza-se na cavidade pélvica, com
cerca de 12 cm de comprimento. Nas suas extremidades,
próximas aos ovários, possuem franjas móveis (fímbrias)
que sugam o ovócito II, logo que ele é liberado do ovário
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através da ovulação. É o órgão onde normalmente
ocorrem os fenômenos da fecundação e da segmentação.
Útero
É um órgão cavitário, exclusivo do sexo feminino, de
natureza predominantemente muscular. Localiza-se no
interior. Em estado não gravídico, possui cerca de 7,5 cm
de comprimento e 5 cm de largura. A porção muscular da
parede uterina é denominada miométrio e o revestimento
da sua cavidade é uma mucosa conhecida por endométrio.
É no útero que normalmente ocorre o fenômeno da
nidação.
Vagina
É o órgão copulador da mulher. É um canal com cerca
de 10 a 15 cm de comprimento que faz a comunicação
entre o útero e o meio externo, através de uma abertura
chamada vulva. Seu revestimento interno, sob estímulo do
estrógeno, sintetiza e acumula grande quantidade de
glicogênio. Quando essas células descamam, o glicogênio é
lançado na cavidade da vagina, onde será metabolizado
por bactérias da flora vaginal normal produzindo o ácido
láctico, essa acidez é responsável pela proteção
contra microorganismos embora também seja
desfavorável aos espermatozoides. Nas mulheres virgens,
a entrada da vagina é parcialmente obstruída por uma
membrana perfurada, delicada e pouco vascularizada,
denominada hímen. O hímen é rompido, geralmente,
durante a primeira relação sexual. Além de ser o órgão
copulador feminino, a vagina também dá passagem ao feto
por ocasião do parto e, mensalmente, aos produtos da
menstruação.
Vulva
Compreende as seguintes estruturas: monte púbico,
grandes lábios, pequenos lábios, vestíbulo da vagina e
clitóris.
HORA DE PRATICAR, BIOLOVERS!
01. Sobre o sistema reprodutor masculino, afirma-se que:
a) a formação dos espermatozoides ocorre continuamente
no epidídimo, após a puberdade.
b) a posição dos testículos na bolsa escrotal é importante
para a espermatogênese, pois permite a manutenção de
uma temperatura ideal para o processo.
c) a vasectomia, quando efetuada, é feita a nível
testicular.
d) o sêmen é constituído apenas de espermatozoides e
muco.
e) os testículos possuem também função hormonal devido
à produção de ICSH.
02. Com relação à espermatogênese humana, é ERRADO
afirmar que:
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
a) o espermatócito I, célula diploide, entra em divisão
meiótica, originando o espermatócito II, célula haploide.
b) o hormônio luteinizante (LH) atua sobre as células
intersticiais dos testículos (células de Leydig), inibindo a
produção de andrógenos.
c) a espermiogênese consiste numa série de modificações
pelas quais passam as espermátides até se transformarem
em espermatozoides.
d) a desnutrição, o alcoolismo, a ação de drogas, entre
outros fatores, afeta a espermatogênese.
e) na criptorquidia (não descida dos testículos) ocorre a
inibição da espermatogênese devido à temperatura mais
elevada da cavidade abdominal.
03. Em relação ao sistema reprodutor feminino, a
afirmativa VERDADEIRA é:
a) O clitóris é um órgão atrofiado, sem função na mulher.
b) O crescimento das mamas, na puberdade, é
denominado caráter sexual primário.
c) O processo menstrual deve-se a baixas taxas hormonais
de gonadotrofinas coriônicas.
d) O pH vaginal, sendo alcalino, facilita a locomoção dos
espermatozoides.
e) São liberados estrógeno e progesterona pelos ovários
em níveis alternados, levando a modificações do
endométrio.
Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
O pico do LH (Hormônio Luteinizante) que ocorre por volta
do décimo quarto dia do ciclo menstrual é indispensável
para:
a) estimular o crescimento do folículo ovariano.
b) induzir a ovulação e a formação do corpo lúteo.
c) estimular a produção de estrogênio pelo folículo
ovariano.
d) inibir a secreção do Hormônio Folículo Estimulante (FSH)
pelo ovário.
e) impedir a formação do corpo lúteo e, com isso,
aumentar os níveis de estrogênio.
06. A pílula anticoncepcional é um dos métodos
contraceptivos de maior segurança, sendo constituída
basicamente de dois hormônios sintéticos semelhantes aos
hormônios produzidos pelo organismo feminino, o
estrogênio (E) e a progesterona (P). Em um experimento
médico, foi analisado o sangue de uma mulher que ingeriu
ininterruptamente um comprimido desse medicamento
por dia durante seis meses. Qual gráfico representa a
concentração sanguínea desses hormônios durante o
período do experimento?

04. O gráfico representa as variações das concentrações

plasmáticas de dois hormônios ovarianos durante o ciclo
menstrual de uma mulher.

Quais são, respectivamente, os hormônios A e B?

a) Luteinizante e folículo estimulante.
b) Folículo estimulante e luteinizante.
c) Luteinizante e progesterona.
d) Progesterona e estrógeno.
e) Estrógeno e progesterona.

05. “A menstruação é uma descamação do endométrio

(membrana que reveste a cavidade do útero),
acompanhada de saída de sangue. Isto ocorre porque os
ovários reduzem muito a secreção de hormônios, e esses,
por vários mecanismos, reduzem o estímulo ao
endométrio, cujas células morrem e descamam. O
primeiro dia do ciclo menstrual é o dia em que a
menstruação se inicia.”
Disponível em: Acesso em: 01 out. 2012. Adaptado

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07. A produção do hormônio luteinizante estimula as
células intersticiais ou de Leydig a liberar um hormônio
que, por sua vez, é responsável pela manutenção dos
caracteres sexuais. Assinale a opção que corresponde ao
descrito no texto:
a) A hipófise produz o hormônio luteinizante e estimula o
testículo a produzir testosterona.
b) O testículo produz hormônio luteinizante e estimula a
hipófise a produzir o estrógeno.
c) O hormônio luteinizante estimula o testículo a produzir
o estrógeno, estimulando a hipófise.
d) O hormônio luteinizante estimula o ovário a produzir a
progesterona, estimulando a hipófise.
e) O hipotálamo produz o hormônio luteinizante
estimulando a hipófise a produzir testosterona.
08. O complexo funcionamento hormonal na mulher pode
levá-la a cometer loucuras, como mostra a revista VEJA, no
início de setembro deste ano, em Loucuras pós-parto.
Trata-se de mulheres que, após darem à luz, entram em
depressão, rejeitando o próprio filho, ao ponto de
sacrificá-los. Médicos apontam explicações físicas. “Depois
do parto, o corpo da mulher passa por uma revolução
hormonal meteórica. O organismo que mudou ao longo de
meses volta ao normal de repente. O resultado é uma
descompensação dos hormônios. É nesse momento que a
depressão aparece, principalmente nas mulheres que já
possuem casos na família.” Os hormônios femininos que
podem ser encontrados no sangue da mulher, antes,
durante e depois da gravidez são:
a) progesterona, estrógeno, ADH e calciotonina.
b) estrógeno, adrenalina, ADH e ACTH.
c) ocitocina, prolactina, FSH e adrenalina.
d) FSH, LH, tiroxina e prolactina.
e) estrógeno, progesterona, prolactina e LH.
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09. Durante uma expedição, um grupo de estudantes
perdeu-se de seu guia. Ao longo do dia em que esse grupo
estava perdido, sem água e debaixo de sol, os estudantes
passaram a sentir cada vez mais sede. Consequentemente,
o sistema excretor desses indivíduos teve um acréscimo
em um dos seus processos funcionais. Nessa situação o
sistema excretor dos estudantes:
a) aumentou a filtração glomerular
b) produziu maior volume de urina.
c) produziu urina com menos ureia.
d) produziu urina com maior concentração de sais.
e) reduziu a reabsorção de glicose e aminoácidos.
10. Os rins artificiais são aparelhos utilizados por pacientes
com distúrbios renais. A função desses aparelhos é:
a) oxigenar o sangue desses pacientes, uma vez que uma
menor quantidade de gás oxigênio é liberada em sua
corrente sanguínea.
b) nutrir o sangue desses pacientes, uma vez que sua
capacidade de absorver nutrientes orgânicos está
diminuída.
c) retirar o excesso de gás carbônico que se acumula no
sangue desses pacientes.
d) retirar o excesso de glicose, proteínas e lipídios que se
acumula no sangue desses pacientes.
e) retirar o excesso de íons e resíduos nitrogenados que se
acumula no sangue desses pacientes.
GABARITOS
01. B 02. B 03. E 4. E 5. B
06. A 07. A 08. C 09. D 10. E
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é responsável pela maioria das
funções de controle em um organismo, coordenando e
regulando as atividades corporais. O neurônio é a unidade
funcional deste sistema.
O sistema nervoso consiste apenas em dois tipos de
células: neurônios e neuroglia. Os neurônios são as
unidades básicas do processamento da informação, sendo
especializadas na condução dos impulsos nervosos. Eles
proporcionam a maioria das funções exclusivas do sistema
nervoso, como sentir, pensar, lembrar, controlar a
atividade muscular e regular as secreções glandulares; já a
neuroglia sustenta, nutre e protege os neurônios.
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
Basicamente o sistema nervoso é dividido em dois
subsistemas principais: (1) sistema nervoso central (SNC) e
sistema nervoso periférico (SNP).
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
É representado pelo encéfalo, que está alojado no
interior da caixa craniana, e pela medula espinhal, situada
no interior da coluna vertebral.
Todos os órgãos do SNC estão protegidos por um
envoltório ósseo, pelas meninges e pelo líquor (liquido
cefalorraquidiano); o envoltório ósseo constitui a caixa
craniana (protege os órgãos do encéfalo) e as vertebras da
coluna vertebral (protege a medula espinhal), já as
meninges são membranas de tecido conjuntivo que
envolvem e protegem os órgãos do SNC e são classificadas
em pia-máter, aracnoide e dura-máter.
Origem embrionária do SNC
Origem embrionária na placa neural, parte
especializada da ectoderme. A placa neural forma o tubo
neural. Cada parte do tubo origina partes diferentes do
SNC.
Principais componentes do Sistema Nervoso Central:
1. ENCÉFALO
É um dos maiores órgãos do corpo, composto de
aproximadamente de 100 bilhões de neurônios com 12
pares de nervos cranianos. Suas quatro partes principais
são o tronco encefálico, cérebro e cerebelo.
Cérebro
O cérebro é o órgão mais volumoso do encéfalo, ocupa
quase toda a cavidade craniana. Nos humanos e demais
mamíferos, o cérebro é do tipo girencéfalo, porque sua
superfície é cheia de sulcos e circunvoluções o que
aumenta a área de cobertura do córtex cerebral,
permitindo grande eficiência nas interpretações e nas
respostas aos estímulos.
Fazendo-se um corte transversal em nosso cérebro
observamos que o córtex (região periférica) tem uma
coloração escura e, por isso, essa região também é
conhecida por massa cinzenta; já a região mais interna,
predomina uma coloração clara também conhecida como
massa branca. A massa cinzenta constitui os corpos
celulares de neurônios, enquanto na massa branca
praticamente só há dendritos e axônios.
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título, desta aula em PDF é licenciado para KARINA SILVA DO NASCIMENTO, CPF 704.183.984-29, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
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O cérebro é subdividido em duas grandes áreas:
telencéfalo e diencéfalo.
Telencéfalo – corresponde a área também conhecida
como “cérebro verdadeiro”. Está dividido em dois
hemisférios, esquerdo e direito, por uma fissura inter-
hemisférica, e anatomicamente falando, são simétricos
Diencéfalo – localiza-se logo abaixo do telencéfalo e
corresponde ao tálamo, hipotálamo e glândula pineal.
 Tálamo: é uma região de massa cinzenta que atua
como estação retransmissora de impulsos nervosos
provenientes de outras partes do encéfalo e medula
espinhal até o córtex cerebral. O tálamo contribui para as
informações sensórias e motoras, além de estar envolvido
em alguns aspectos perceptivos e emocionais das
experiências sensitivos.
 Hipotálamo: é uma pequena porção do diencéfalo
que se localiza abaixo do tálamo e acima da hipófise.
Apesar de seu pequeno tamanho, o hipotálamo controla
muitas atividades corporais importantesmaioria delas
relacionada à homeostase. Faz a ligação entre o sistema
nervoso e o sistema endócrino, atuando nas diversas
glândulas endócrinas. Suas principais funções são as
seguintes: (1) controle do sistema nervoso autônomo; (2)
controle da hipófise; (3) regulação dos padrões emocionais
e comportamentais (sistema límbico); (4) regulação do
apetite e balanço d’água; (5) controle da temperatura
corporal.
 Glândula pineal (pinea, forma de pinha): de
tamanho aproximadamente de uma ervilha, faz parte das
glândulas endócrinas, e secreta o hormônio melatonina,
responsável pelo estimulo da sonolência contribuindo para
o estabelecimento do relógio biológico corporal.
Cerebelo
O cerebelo fica situado logo abaixo do cérebro e por
trás do tronco encefálico. É formado também por uma
massa cinzenta na periferia e pela massa branca
internamente. Também apresenta dois hemisférios, unidos
por uma parte central, o vérmis. No cerebelo estão os
centros nervosos que regulam o equilíbrio muscular, o
tônus muscular, a postura e a coordenação simultânea de
dois ou mais movimentos voluntários, incluindo o
sincronismo de “marcha”.
Tronco encefálico
Faz a conexão entre o encéfalo e a medula espinhal. É
constituido pelo:
a) Mesencéfalo: pequena zona localizada acima da
ponte. É o local de origem do 3º e 4º pares cranianos, que
são nervos relacionados ao movimento dos olhos. Em
todos os vertebrados, com exceção dos mamíferos,
compreende o centro da visão.
b) Ponte: situada acima do bulbo e à frente do
cerebelo. Tem um importante papel na conexão entre
partes do encéfalo, bem como entre os lados do cerebelo.
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
c) Bulbo: também conhecido por mielencéfalo.
Situado logo acima da medula espinhal. Além de exercer
função condutora de impulsos nervosos, possui centros
nervosos de comando, como o centro nervoso de
movimentos respiratórios, batimentos cardíacos, pressão
arterial, da tosse, da sucção, do espirro, do ato de engolir e
do vômito.
2. MEDULA ESPINHAL ou RAQUIANA
É um cordão nervoso aproximadamente cilíndrico, que
ocupa todo o interior da coluna vertebral, com cerca de 1
cm de diâmetro em sua porção mais dilatada. Ao contrário
do que ocorre no cérebro, a massa cinzenta fica na parte
central enquanto a massa branca localiza-se na periferia.
No espaço entre uma vertebra e outra, a medula emite os
pares de nervos raquidianos. São trinta e um pares no
total, entre sensitivos, motores e mistos, responsáveis pela
condução dos impulsos nervosos, além de apresentar
alguns centros nervosos de comando, conhecidos como os
reflexos medulares.
SISTEMA NERVOSO PERIFERICO
O SNS é constituido por nervos sensitivos e motores
que
enviam, recebem e processam as informações vindas dos
receptores somáticos em diversas partes do corpo para o
SNC.
O SNA consiste em neurônios sensitivos que conduzem
a informação dos receptores autônomos, localizados
principalmente nos órgãos viscerais como o estômago e os
pulmões, ou de músculos lisos, cardíacos e glândulas ao
SNC.
Nervos
São feixes de fibras nervosas (axônios) envolvidas pelo
epineuro (capa de tecido conjuntivo rico em fibras
colágenas e elásticas). Não existem corpos celulares. A
função dos nervos é a de levar impulsos nervosos gerados
em diversas partes do corpo para o SNC e vice-versa.
Aqueles que apenas levam impulsos ao SNC são chamados
de nervos sensitivos formados pelos neurônios aferentes;
os que trazem impulsos do SNC são os nervos motores
formados pelos neurônios eferentes.
Os nervos ainda podem ser classificados segundo sua
localização:
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a) Nervos cranianos: Tem sua origem no encéfalo.
Ocorrem sempre aos pares e são em numero de 12.
Podem ser sensitivos ou motores. Entre eles destacam-se
os nervos olfatórios, ópticos e faciais.
b) Nervos raquidianos: São aqueles que partem da
medula espinhal, nos espaços existentes entre uma
vertebra e outra. No total são 31 pares de nervos. Esses
são todos mistos.
Gânglios nervosos
São aglomerados de corpos celulares de neurônios que
se encontram foram dos órgãos do SNC, apresentando-se
como uma dilatação, e estão intimamente associados aos
nervos cranianos e raquidianos.
#Arco reflexo
Reflexos são ações ou atos inconscientes, rápidos,
realizados em resposta a determinado estimulo.
Normalmente esses reflexos são comandados unicamente
por centros nervosos localizados na medula espinhal. Por
exemplo, quando uma pessoa, ao caminhar descalça, pisa
em um objeto pontiagudo fixado no solo. Sob o ponto de
vista fisiológico, podemos detalhar o exemplo acima assim:
 Receptor – órgão ou estrutura responsável pela
captação do estimula, ou seja, a que se sensibiliza e gera o
impulso nervoso.
 Via sensitiva – fibras nervosas aferentes que conduz
o impulso nervoso até o SNC.
 Via motora – fibras nervosas eferentes que leva,
sob a forma a forma de impulso nervoso, a ordem de ação
do SNC ao o órgão efetor.
 Neurônio associativo – localizado no SNC, faz a
conexão entre a via sensitiva e a via motora.
 Efetor – órgão responsável pela realização da ação
que constitui uma resposta ao estimulo recebido pelo
órgão receptor.
3. SISTEMA NERVOSO AUTONÔMO (SNA)
O sistema nervoso autônomo é uma das subdivisões
funcionais do SNP. Formado por uma rede de nervos, a
partir de um conjunto de gânglios, fibras pré e pós-
ganglionares, que estão ligados a ramificações anteriores
dos nervos raquidianos e alguns a partir de ramos do nervo
vago (que é craniano).
Responsável pelas atividades involuntárias do organismo,
tais como as contrações dos músculos lisos, existentes nas
paredes das vísceras, a frequência cardíaca, a respiração
involuntária, a temperatura do corpo e a produção de
secreções em muitas glândulas. Subdivide-se em simpático
e parassimpático que geralmente, tem atividades
antagônicas.
Sistema nervoso autônomo simpático
É formado por centros nervosos localizados nas regiões
torácica e lombar da medula espinhal. Desses centros
partem as fibras pré ganglionares, que fazem sinapses com
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
os gânglios adjacentes, de onde saem as fibras pós-
ganglionares que inervam os órgãos viscerais. Atuam,
geralmente de forma excitatória. As fibras são chamadas
de adrenérgicas, pois, nos órgãos viscerais ocorre a
liberação do neurôrmonio noradrenalina.
Sistema nervoso autônomo parassimpático
É formado por centros nervosos localizados no encéfalo
(ramos do nervo vago) e na região sacral da medula
espinhal, por gânglios nervosos e por fibras nervosas pré e
pós-ganglionares. Atuam, geralmente, de forma inibitória.
As fibras são chamadas de colinérgicas, pois, nos órgãos
viscerais ocorre a liberação do neurôrmonio acetilcolina.
Na maior parte dos órgãos controlados pelo SNA, há uma
inervação mista, isto é, o mesmo órgão recebe fibras
nervosas simpáticas e parassimpáticas.
HORA DE PRATICAR, BIOLOVERS!!!
01. Após uma aula sobre o sistema nervoso, os alunos
observaram um esquema incompleto deixado pelo
professor na lousa.
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Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
Fizeram as afirmações a seguir, sobre o esquema. A
afirmação correta é:
a) o impulso desloca-se de A para B, já que II é um axônio
que
é maior que III, um dendrito.
b) o impulso desloca-se de B para A, um vez que III é um
axônio, local onde há liberação de neurotransmissores.
c) como não foi indicada a direção de propagação do
impulso nervoso, I e III podem ser dendritos ou axônios.
d) o impulso em C é bidirecional, depende da intensidade
do impulso nervoso que ultrapasse o limiar de excitação.
e) a região indicada pela letra C corresponde à sinapse,
local onde há a liberação de neurotransmissores.
02. Observe a figura que apresenta uma sequência sobre o
que ocorre com uma pessoa ao ferir o pé quando pisa em
um espinho.
Leia as afirmativas a seguir. Elas estão relacionadas às
respectivas figuras.
I. A rede de nervos é feita de células arranjadas ponta a
ponta para transmitir o sinal nervoso. Os nervos do
sistema nervoso periférico são formados pelos dendritos
da neuróglia.
II. Os receptores de proteínas (no detalhe), localizados nos
axônios, são responsáveis por capturar o sinal e passar
adiante para a próxima célula. Em contrapartida, proteínas
estruturais auxiliam as células nesse processo de
transmissão do sinal.
III. Quando a célula necessita de certo tipo de proteína,
uma maquinaria especializada dentro do nucléolo replica o
gene e usa a informação para produzir uma molécula na
forma de RNAt.
IV e V. O RNAm passou do núcleo para o citoplasma da
célula, no qual os ribossomos formados por RNAr e
proteínas irão traduzir e sintetizar a proteína de acordo
com as especificações do gene.
VI. A proteína produzida se localizará no local onde se faz
necessária, pois as células necessitam de centenas de
proteínas com funções diferentes.
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02 Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
Estão corretas apenas: 01. Em 3 podemos observar o corpo celular, onde estão
localizados o citoplasma e o núcleo (2), e por onde
a) I, II e III. emergem ramificações denominadas dendritos (1). Em 4,
b) I, II, III e VI. podemos identificar o axônio, que termina em
c) II, III, IV e V. ramificações, os telodendros (7).
d) III, IV, V e VI. 02. A velocidade de condução do impulso nervoso é maior
e) IV, V e VI. nos axônios 4 com células de Schwann e bainha de mielina
(5). A troca de cargas elétricas não ocorre em regiões de
03. A reação da pessoa, ao pisar descalça sobre um mielina e sim nos nódulos de Ranvier (6), razão pela qual a
espinho, é levantar o pé imediatamente, ainda antes de condução é dita saltatória.
perceber que o pé está ferido. Analise as afirmações: 04. O impulso nervoso ao longo do neurônio segue o
seguinte caminho: entra pelo dendrito (7), passa pelo
I. Neurônios sensoriais são ativados, ao se pisar no corpo celular (4) e sai pelo axônio (3).
espinho. 08. Ao atingir as ramificações finais do axônio, o impulso
II. Neurônios motores promovem o movimento nervoso provoca a exocitose de partículas sinápticas, com
coordenado para a retirada do pé. a liberação de neurotransmissores.
III. O sistema nervoso autônomo coordena o 16. Nos axônios 3, podemos distinguir bem a célula de
comportamento descrito. Schwann (2), responsável por sintetizar bainha de mielina,
que preenche toda essa região. Os telodendros (1)
Está correto o que se afirma em: recebem mensagens dos órgãos do sentido ou de outros
neurônios.
a) I, II e III.
b) I e II, apenas. Soma das alternativas corretas:
c) I, apenas.
d) II, apenas. 06. Um arco reflexo simples, como o reflexo patelar,
e) III, apenas. representa a rota seguida por impulsos nervosos a fim de
produzir uma ação reflexa, desde a periferia, passando por
04. Alguns inseticidas utilizam como alvo a enzima um centro reflexo no sistema nervoso central e de volta
acetilcolinesterase do invertebrado. Mutações pontuais do até um órgão efetor. Sobre o assunto, considere as
gene desta enzima estão associadas à resistência de seguintes afirmações:
insetos a organofosforados e carbamatos. A I. O receptor sensorial é uma estrutura anatômica
acetilcolinesterase é uma enzima que quebra a responsável pelo processo de transdução, ou seja, a
acetilcolina, quando esta é liberada: transformação do estímulo em um sinal elétrico,
denominado potencial do receptor ou potencial gerador.
a) no axônio. II. O receptor sensorial está associado a um neurônio
b) na bainha de mielina. sensorial (aferente), cujo axônio conduz um sinal elétrico
c) na fenda sináptica. do tipo “tudo-ou-nada”, denominado potencial de ação.
d) no citoplasma dos neurônios. III. Na substância branca da medula espinhal ocorrem
e) nos dendritos. sinapses, nas quais o sinal elétrico passa diretamente dos
axônios sensoriais para os interneurônios e neurônios
05. Abaixo está uma representação esquemática do motores (eferentes).
neurônio. Assinale o que for correto sobre estas células e IV. A chegada do potencial de ação ao final do axônio
sobre o tecido do qual fazem parte. motor desencadeia uma sinapse em uma região
denominada “placa motora”, no músculo extensor
esquelético, que resulta em contração do músculo e
extensão da perna em resposta ao estímulo mecânico.

Está correto o que se afirma em:

a) I, II e IV, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

07. Um estímulo foi suficiente para iniciar um potencial de

ação em um neurônio. O registro da variação de voltagem

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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
através da membrana mostra uma curva que se eleva até
um ponto máximo e depois decai para, posteriormente, se
estabilizar nos valores pré-potenciais de ação. Pergunta-se:
em que posição da curva a permeabilidade ao Na+ e ao
K+ se encontra aumentada, respectivamente?
Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
Os centros nervosos localizados em regiões especificas do
nosso córtex cerebral, onde os impulsos provenientes dos
receptores são interpretados e transformados em
sensações.

a) Na posição crescente da curva e na posição decrescente.

b) Na posição decrescente da curva e na posição crescente.
c) Na base e no topo da curva.
d) Não há alteração na permeabilidade a esses íons.
e) As permeabilidades somente são alteradas na posição
decrescente da curva.

08. A regulação do ritmo respiratório é controlada por um

órgão do sistema nervoso central (SNC). Quando a
concentração de gás carbônico aumenta no sangue, esse
gás consegue passar a barreira hematoencefálica, reagindo
com água e formando o ácido carbônico, que reduz o pH
do líquido cerebroespinal. A queda do pH desse líquido
estimula diretamente os quimiorreceptores do centro
respiratório, que enviam impulsos nervosos para aumentar
a frequência respiratória. Os quimiorreceptores, aos quais Visão
o texto se refere, estão localizados no: Os receptores do nosso sentido visão são os olhos
(globos oculares). São fotorreceptores que se localizam na
a) bulbo. porção superior da face, dentro de cavidades denominadas
b) cérebro. órbitas. Cada globo ocular possui três camadas:
c) hipotálamo. esclerótica, coroide, retina.
d) corpo caloso.
e) cerebelo.

GABARITOS
01. E 02. B 03. C 04.(01,02,08) 05. A
06. A 07. A 08. A

SISTEMA SENSORIAL

O sistema sensorial é constituido por todas as

estruturas do organismo relacionadas com a percepção
das mais variadas sensações (tatéis, gustativas, olfativas,
auditivas e visuais). É, portanto, o responsável pelos
nossos sentidos. Dele fazem parte estruturas receptoras,
vias condutoras e alguns centros nervosos do córtex
cerebral.
Os receptores são especializados em receber estímulos
provenientes do meio. São estruturas constituídas por
neurônios, capazes de se sensibilizarem quando recebem
um determinado estimulo, transformando-o em impulso
nervoso.
As vias condutoras do nosso sistema sensorial estão
representadas por fibras nervosas sensitivas, que têm a
função de conduzir os impulsos gerados nas estruturas
receptoras para regiões especificas do córtex cerebral. São,
portando, fibras aferentes em relação ao nosso sistema
nervoso.
 Esclerótica: camada mais externa, também
conhecida como “branco do olho”. Responsavel pela
sustentação e proteção das camadas mais internas.
 Córnea: porção anterior e transparente da
esclerótica.
 Coroide: camada intermediaria do globo ocular,
responsável por sua nutrição e oxigenação.
 Íris: porção anterior da coroide, rica em
melanócitos, é a estrutura que dá cor ao olho. A íris possui
um orifício central chamado, pupila que pode dilatar ou
contrair, regulando a quantidade de luz que entra no olho.
 Retina: camada mais interna do globo ocular,
constituída por tecido nervoso. Responsavel pela captação
e formação da imagem, transformando-a em impulso
nervoso que é enviada ao cérebro através do nervo óptico.
Existem dois tipos de células fotossensíveis nesta camada:

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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
Bastonetes – células com grande sensibilidade à luz, mas
não distinguem as cores. Permitem a percepção de formas
e do contraste claro e escuro. Localizam-se na região
periférica da retina e contém um pigmento, a rodopsina,
que tem a capacidade de aumentar a sensibilidade da
retina à luz.
Cones – células com pouca sensibilidade à luz, mas graças a
presença de pigmentos, como a fotopsinas, são
responsáveis pela distinção e percepção das cores.
Localizam-se na parte central da retina.
 Macula: uma pequena área sobre a retina que
contem células supersensíveis à luz. É a mácula que
possibilita a visão de detalhes.
 Cristalino: é uma lente biconvexa que dá nitidez e
foco à imagem. Localiza-se atrás da íris, o cristalino
converge os raios luminosos que penetram no olho para
um mesmo ponto situado sobre a retina, onde, então,
formam-se imagens menores e invertidas dos objetos.
 Humores ópticos: substância gelatinosa e
transparente que preenche o espaço interno do olho, além
de manter a forma esférica do olho. Dependendo da
localização pode ser dividido em: humor aquoso (preenche
o espaço existente entre a córnea e o cristalino) e o humor
vítreo (preenche a cavidade central do olho, situada logo
atrás do cristalino).
Audição
As orelhas (ouvidos) são os nossos fonorreceptores.
Cada orelha humana é dividida em três partes: orelha
externa, orelha média e orelha interna.
a) Orelha externa: Compreende o pavilhão auditivo e
o conduto auditivo externo. Responsavel pela captação das
ondas sonoras que penetram no conduto auditivo externo.
O conduto auditivo termina numa membrana vibrátil, a
membrana do tímpano, que é a estrutura responsável
pela transformação das ondas sonoras em vibrações
mecânicas além de separar a orelha externa da média.
b) Orelha média: Também chamada de caixa do
tímpano, é uma cavidade do osso temporal, cheia de ar,
onde se localizam três pequenos ossos (ossículos)
denominados martelo, bigorna e estribo, que transmitem
as vibrações mecânicas, geradas na membrana timpânica,
até a orelha interna.
c) Orelha interna: É uma estrutura complexa, formada
por uma série de sacos membranosos cheios de líquido
(endolinfa). Divide-se basicamente em duas porções:
cóclea e vestíbulo.
A cóclea é a parte da orelha interna relacionada com o
sentido da audição. Tem a forma de um conduto
espiralado, dentro do qual circula um líquido, a endolinfa e
o órgão da Corti, responsável pela percepção sonora.
Olfato
Os receptores do nosso sentido do olfato são
quimiorreceptores, representados por células sensoriais
localizadas na mucosa olfativa. Os dendritos dessas células
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possuem pêlos que ficam mergulhados na camada de
muco que recobre a mucosa nasal. Os axônios das células
sensoriais olfativas comunicam-se com o bulbo olfativo, de
onde parte o nervo olfativo, que faz conexão com o córtex
cerebral.
Gustação
Os receptores da gustação também são
quimiorreceptores, denominados botões gustativos, e se
localizam no interior de papilas linguais.
As papilas linguais são saliências da mucosa que
revestem a língua e podem ser de três tipos: caliciformes,
fungiformes e filiformes.
a) Papilas caliciformes: São as maiores, em numero de
06 a 13 e localizam-se na face superior da base da língua e
estão dispostas em forma de V, formando o chamado V-
lingual.
b) Papilas fungiformes: Com morfologia semelhante à
de fungos ou cogumelos, distribuem-se por toda a
superfície superior e lateral da língua.
c) Papilas filiformes: Filamentosas e longas, são
encontradas em toda a superfície da língua.
Mecanismo de gustação
Ao serem colocadas sobre a língua, substâncias
dissolvidas na saliva penetram nas papilas gustativas
através dos poros gustativos, sensibilizando os corpúsculos
gustativos e gerando impulsos nervosos. Esses impulsos
são levados, através de nervos, a centros nervosos do
córtex cerebral, onde são interpretados e transformados
em sensações de sabor.
Convém ressaltar que o sabor dos alimentos que são
colocados na boca é produzido não apenas pelas células
gustativas. Na verdade, a percepção do sabor é uma
associação entre a estimulação das células gustativas com
as olfativas. Apesar de tratar-se de dois tipos de receptores
e de suas mensagens serem interpretadas em diferentes
zonas do cérebro, esses dois interagem para produzir a
percepção do gosto. Como prova disso podemos citar a
gripe, que compromete o nosso olfato e causa também
dificuldade na percepção dos sabores dos alimentos.
Tato
O tato é o sentido que nos permite perceber sensações
de dor, calor (quente e frio), pressão, etc. Os receptores
táteis são encontrados nas vísceras, músculos, ossos e
pele. Conforme tenham ou não membranas de tecido
conjuntivo envolvendo suas terminações nervosas, os
receptores táteis podem ser classificados em encapsulados
ou livres (não capsulados).
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02 Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
As glândulas endócrinas e seus respectivos hormônios
estão representados a seguir:

 Terminações nervosas livres: estão dispostas entre

as células da epiderme. Responsáveis pela sensação de
dor, frio e calor.
 Corpúsculos de Krause: estão localizados entre as
células da derme. Responsáveis pela sensação térmica de
frio e, também são mecanorreceptores (tato e pressão).
 Corpúsculos de Meissner: são comuns na palma da
mão e na planta dos pés. Situam-se entre as camadas da
epiderme e da derme. Encarregam-se das sensações de
tato e pressão.
 Corpúsculos de Ruffini: são comuns na palma da
mão e na planta dos pés. Situam-se entre as células da
derme. Responsáveis pelas sensações térmicas de calor.
 Corpusculos de Vater-Pacini: situam-se na camada
mais profunda da hipoderme e em tecidos conjuntivos das
vísceras. Responsáveis pelas sensações de tato e pressão.

SISTEMA ENDÓCRINO

O Sistema Endócrino é o conjunto de glândulas

responsáveis pela produção dos hormônios que são
lançados no sangue e percorrem o corpo até chegar aos
órgãos-alvo sobre os quais atuam. Junto com o sistema
nervoso, o sistema endócrino coordena todas as funções
do nosso corpo.

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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
HORA DE PRATICAR, BIOLOVERS!
01. Com relação ao olho humano, assinale a alternativa
CORRETA.
a) A retina garante a alimentação dos tecidos dos olhos
humanos e é pigmentada, formando a câmara escura, que
funciona como uma máquina fotográfica.
b) A coroide é a parte fibrosa de sustentação do olho
humano. Mantendo os olhos abertos, a coroide representa
a parte pigmentada do olho.
c) A córnea é o primeiro meio de refração do feixe
luminoso que incide no olho. O cristalino é a lente
responsável por uma espécie de “ajuste focal” que torna
possível a visão nítida da imagem.
d) A íris é rica em cones e bastonetes, células sensíveis do
olho humano, que são as principais pigmentações
referentes ao desenvolvimento ocular.
02. O homem possui diversos receptores sensoriais,
através dos quais recebe informações do meio ambiente,
enviando-as ao encéfalo, que as processa. Cones e
bastonetes, bem como cóclea e células ciliadas, são
estruturas ligadas a esse sistema. Indique a opção que,
respectivamente, relaciona as estruturas aos sentidos.
a) Audição e olfação;
b) Visão e audição;
c) Olfação e audição;
d) Gustação e visão;
e) Visão e gustação.
03. Cada povo possui um tipo de culinária, um modo de
preparar seus alimentos, como se fossem sinais culturais
transmitidos por meio do paladar, da visão e do olfato. Por
exemplo, no Brasil, os europeus foram os responsáveis
pela introdução do sal, do açúcar e de diferentes
especiarias, variando ainda mais o doce, o salgado, o azedo
e o amargo do cardápio brasileiro. Sobre esses sabores, é
correto afirmar que sua percepção é
I. captada na língua e direcionada ao cérebro.
II. transmitida ao cérebro através dos neurônios.
III. reconhecida na região do sistema nervoso periférico.
IV. uma mistura de sensações do olfato e do paladar.
Estão corretas
a) apenas II e III.
b) apenas I e IV.
c) apenas I e II.
d) apenas III e IV.
e) I, II, III e IV.
04. Entre os anos de 1028 e 1038, Alhazen (Ibn al-
Haytham; 965-1040 d.C.) escreveu sua principal obra, o
Livro da Óptica, que, com base em experimentos, explicava
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o funcionamento da visão e outros aspectos da ótica, por
exemplo, o funcionamento da câmara escura. O livro foi
traduzido e incorporado aos conhecimentos científicos
ocidentais pelos europeus. Na figura, retirada dessa obra,
é representada a imagem invertida de edificações em um
tecido utilizado como anteparo.
Se fizermos uma analogia entre a ilustração e o olho
humano, o tecido corresponde ao(à):
a) íris. b) retina. c) pupila. d) córnea. e) cristalino.
05. O olho humano não diferencia componentes de cores e
vê apenas a cor resultante. Os raios luminosos incidem na
córnea, passam pelo cristalino e são projetados na retina.
Nela, dois tipos de fotorreceptores (cones e bastonetes)
convertem a cor e a intensidade da luz em impulsos
nervosos. Os cones distinguem as cores primárias:
vermelho, verde e azul. Os bastonetes diferenciam níveis
de intensidade. Um indivíduo que não capta as
informações enviadas pelos cones, verá um objeto branco,
iluminado por luz vermelha, como:
a) algo indefinido, pois as células que captam a luz estão
inativas.
b) um objeto rosa, pois a luz vermelha mistura com o
branco.
c) um objeto verde, pois o olho não diferencia cores.
d) um objeto cinza, pois os bastonetes captam
luminosidade, porém não diferenciam cor.
e) um objeto vermelho, pois a retina capta a luz refletida
pelo objeto, transformando-a em vermelho.
06. Há dois tipos de diabetes: o tipo I, que surge em jovens
e se caracteriza pela menor produção de insulina, e o tipo
II, que aparece na idade adulta, em que os níveis de
insulina estão normais, mas os receptores tornam-se
resistentes à insulina. Nos últimos anos, tem aumentado o
número de adolescentes obesos que desenvolvem
diabetes tipo II. Sobre diabetes, insulina e controle da
glicemia (nível de glicose no sangue), é CORRETO afirmar:
a) Em condições normais, a insulina é liberada pelo
pâncreas para controlar o nível elevado de glicose
sanguínea.
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
b) Um indivíduo que passa horas sem se alimentar
apresenta aumento da produção de insulina.
c) A insulina tem como principal ação a liberação de glicose
pelo pâncreas.
d) Entre as refeições, o fígado armazena glicose,
mantendo-a na sua forma original para sua imediata
liberação quando necessária.
e) A diabetes tipo II, precoce ou não, é consequência de
uma hipofunção das células pancreáticas.
07. Assinale a alternativa INCORRETA quanto às glândulas
endócrinas e aos seus hormônios:
a) glândulas suprarrenais – adrenalina, glândula
paratireoide – hormônio paratormônio
b) hipófse – hormônio luteinizante, glândula paratireoide –
hormônio paratormônio
c) tireoide – hormônio do crescimento, hipófise –
hormônio calcitonina
d) glândulas suprarrenais – adrenalina, hipófise –
hormônio do crescimento
e) tireoide – tiroxina e tri-iodotironina, glândula
paratireoide – hormônio paratormônio
08. Numa pessoa com defciência de crescimento
denominado nanismo hipofisário, deve-se pensar nos
seguintes distúrbios:
1. De secreção de STH.
2. De secreção de LTH.
3. De secreção de calcitonina.
4. De secreção de aldosterona.
5. A nível do hipotálamo, inibindo a secreção do fator
liberador de STH.
O número de distúrbios que se aplicam ao caso é de:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5
09.
A glândula responsável pela produção da substância que
desencadeou o conjunto de reações apresentadas pelo
indivíduo ao fugir do cachorro denomina-se:
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a) hipófise. d) tireoide.
b) suprarrenal. e) paratireoide.
c) pâncreas.
08. Os hormônios são substâncias químicas produzidas por
uma célula, ou por um grupo de células, e liberados no
sistema circulatório para exercer seu efeito fisiológico de
controle sobre outras células do corpo. Muitos deles são
produzidos em laboratórios e utilizados no tratamento de
pacientes humanos. Por exemplo: o hormônio A estimula a
contração da musculatura uterina e pode ser utilizado em
partos induzidos; o hormônio B participa da regulação do
metabolismo da glicose e pode ser utilizado como anti-
inflamatório. Podemos afirmar que os hormônios A e B
são, respectivamente,
a) ocitocina e insulina.
b) cortisona e glucagon.
c) adrenalina e tiroxina.
d) ocitocina e cortisona.
e) prolactina e adrenalina.
09. Portadores de diabetes insipidus reclamam da
confusão feita pelos profissionais de saúde quanto aos dois
tipos de diabetes: mellitus e insipidus. Enquanto o primeiro
tipo está associado aos níveis ou à ação da insulina, o
segundo não está ligado à deficiência desse hormônio. O
diabetes insipidus é caracterizado por um distúrbio na
produção ou no funcionamento do hormônio antidiurético
(na sigla em inglês, ADH), secretado pela neurohipófise
para controlar a reabsorção de água pelos túbulos renais.
Tendo em vista o papel funcional do ADH, qual é um
sintoma clássico de um paciente acometido por diabetes
insipidus?
a) Alta taxa de glicose no sangue
b) Aumento da pressão arterial
c) Ganho da massa corporal
d) Anemia crônica
e) Desidratação
10. O metabolismo dos carboidratos é fundamental para o
ser humano, pois, a partir desses compostos orgânicos,
obtém-se grande parte da energia para as funções vitais.
Por outro lado, desequilíbrios nesse processo podem
provocar hiperglicemia ou diabetes. O caminho do açúcar
no organismo inicia-se com a ingestão de carboidratos
que, chegando ao intestino, sofrem ação de enzimas,
“quebrando-se” em moléculas menores (glicose, por
exemplo) que serão absorvidas. A insulina, hormônio
produzido no pâncreas, é responsável por facilitar a
entrada da glicose nas células. Se uma pessoa produz
pouca insulina, ou se sua ação está diminuída, dificilmente
a glicose pode entrar na célula para ser consumida. Com
base nessas informações, pode-se concluir que:
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
a) o papel realizado pelas enzimas pode ser diretamente
substituído pelo hormônio insulina.
b) a insulina produzida pelo pâncreas tem um papel
enzimático sobre as moléculas de açúcar.
c) o acúmulo de glicose no sangue é provocado pelo
aumento da ação da insulina, levando o indivíduo a um
quadro clínico de hiperglicemia.
d) a diminuição da insulina circulante provoca acúmulo de
glicose no sangue.
e) o principal papel da insulina é manter o nível de glicose
suficientemente alto, evitando, assim, um quadro clínico
de diabetes.
GABARITOS
01. C 02. B 03. E 04. B 05. A
06. D 07. B 08. A 09. E 10. D
TAXONOMIA E SISTEMÁTICA
A humanidade sempre teve necessidade de catalogar
e/ou descrever tudo que via a sua volta; biologicamente
falando, desde o início das primeiras civilizações, já era
nítido o interesse em tentar classificar as espécies
conhecidas, obedecendo sempre alguns critérios (como,
semelhanças e diferenças entre elas).
Aristóteles (IV a.c) filosofo e naturalista estabeleceu o
primeiro sistema de classificação com bases solidas,
apoiando-se em observações e critérios bem definidos. Ele
observou o fato dos seres vivos estarem organizados em
ordem decrescente de complexidade, a scala naturae, que
tinha o ser humano no ápice; logo abaixo estavam os
outros animais; em seguida vinham as plantas e na base
estavam os minerais. Como Aristóteles concentrou seus
estudos nos animais, Teofrasto seu aluno e sucessor que
tinha um grande interesse nas plantas, realizou um grande
trabalho publicado no livro História plantarum,
classificando as plantas em ervas, arbustos e árvores,
baseando-se em suas formas de reprodução, ambientes
em que viviam, métodos de semeadura e em sua utilidade
como fonte de alimento para animais e seres humanos.
Esses pensamentos, embora artificiais, permaneceram até
a idade média e constituíam o sistema artificial de
classificação. Esse sistema de classificação estava quase
sempre fundamentado em critérios arbitrários, que não
indicavam as semelhanças e diferenças fundamentais
entre os seres vivos, agrupando numa mesma categoria
animais bem diferentes e pouco aparentados entre si. Por
exemplo, se classificarmos os animais quanto à locomoção
teríamos dois grupos: animais voadores e não voadores e
esse método não indica as principais semelhanças e
diferenças entre os seres vivos envolvidos.
Com o decorrer do tempo, as classificações passaram a
basear-se em descrições cada vez mais detalhadas e
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cuidadosas, resultantes do estudo da morfologia e
fisiologia do organismo dos seres vivos.
A partir do século XVI, durante a época das grandes
navegações, as expedições trouxeram consigo inúmeros
exemplares de plantas e animais até então desconhecidos
pelos europeus. Esse aumento do número de espécies
descobertas tornava o ato de classificar e nomear
organismos uma tarefa cada vez mais árdua e complexa, o
que exigiu a criação de um sistema de classificação
moderno que abrangesse um conjunto de regras e normas
e um método particular de trabalho.
Eis que nasce a Taxonomia (do grego, Taxis,
“ordenação”, e nomos, “regra” – Ramo da biologia que
trata da descrição, nomenclatura e classificação dos seres
vivos.
De modo geral, os sistemas taxonômicos utilizam certos
critérios para reunir organismos em categorias
taxonômicas (táxons). Tais táxons são subdivididos em
outros táxons, obedecendo sempre a uma hierarquia.
*CATEGORIAS TAXONÔMICAS – esses táxons classificam os
seres vivos em níveis, do mais abrangente para o mais
especifico: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e
Espécie. De modo que espécies agrupadas formam
gêneros, que, por sua vez são agrupadas para formar
famílias, e assim sucessivamente, conforme mostra a
figura a seguir.
CÃO
DOMÉSTICO
REINO Animal
FILO Cordados
CLASSE Mamíferos
ORDEM Carnívoros
FAMILIA Canidae
GÊNERO Canis
ESPÉCIE Canis familiaris
ATENÇÃO, BIOLOVERS!!!
Algumas categorias taxonômicas podem ser identificadas por
uma determinada terminação que pode variar em zoologia e
botânica.
*Família – entre os animais – terminação IDAE
Exemplos: Hominidae; Canidae.
Entre os vegetais – terminação ACEAE
Exemplos: Rosaceae; Cactaceae
*Classe – entre os vegetais – terminação AE
Exemplos: Angiospermae
*Ordem – entre os vegetais – terminação ALES
Exemplos: Rosales
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
*NOMENCLATURA CIENTIFICA – conjunto de regras que
devem ser adotadas toda vez que o nome cientifico de um
ser vivo for citado em um texto.
 O nome cientifico do ser vivo deve ser escrito em
latim e formado por dois nomes (nomenclatura
binominal);
 O primeiro nome corresponde ao gênero e o
segundo ao epiteto especifico (espécie); o gênero deve ter
sempre a inicial maiúscula e a espécie deve ser escrita em
letras minúsculas;
 Os dois nomes devem destacar-se do texto
principal, usando o tipo negrito, itálico ou sublinhado;
 Quando o texto se refere ao gênero como um todo,
e não a determinada espécie, o nome pode ser seguido
apenas da abreviação “sp”;
 Quando o texto se refere a todas as espécies do
gênero, o nome pode ser seguido da abreviação “spp.”;
Até o aparecimento, no século XIX, das ideias
evolucionistas, a concepção predominante era a fixista.
Segundo essa teoria, as espécies eram imutáveis e haviam
sido criadas há muito tempo, exatamente da forma como
são hoje. Tal concepção favorecia sistemas de classificação
que reuniam os organismos em categorias sem levar em
consideração um possível parentesco evolutivo.
Discordado pioneiramente pelos britânicos Charles Darwin
e Alfred Wallace, o fixismo perdeu força definitivamente
nas últimas décadas, graças ao avanço da biologia
molecular, que permitiu o uso de moléculas de DNA e RNA
bem como de proteínas como critério para classificação
biológica, somando-se aos aspectos morfológicos,
fisiológicos e, em certos casos, até mesmo
comportamentais.
Em 1966, o alemão Willi Hennig, propôs a sistemática
filogenética (do grego, phylon, “grupo”, e genes, “origem”)
que classifica seguindo as relações de parentesco evolutivo
entre as espécies (vivas ou extintas).
Segundo a sistemática filogenética, em geral, a variedade
de organismos é gerada de duas maneiras: por meio de
cladogênese e da anagênese.
 Cladogênese – conjunto de processos que tem
como resultado a origem de duas novas espécies;
 Anagênese – conjunto de processos que gera
mudanças graduais e sucessivas em uma espécie. Essas
mudanças podem resultar no surgimento de uma nova
espécie.
DOMÍNIOS E REINOS
O estabelecimento de categorias taxonômicas e a
atribuição de nomes científicos são instrumentos criados
pelo ser humano para facilitar o estudo dos seres vivos.
Assim, sempre há controvérsias e mudanças na
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nomenclatura e na classificação, pois novas espécies são
descobertas e novas técnicas de investigação permitem
rever as informações sobre as espécies conhecidas.
Em 1900, o biólogo Carl Woese propôs uma classificação
de acordo com semelhanças e diferenças moleculares
entre ácidos nucleicos e certas proteínas dos organismos.
Segundo essa classificação, os seres vivos são agrupados
em três domínios gerais, categorias superiores aos reinos.
 Arqueas: microorganismos semelhantes às
bactérias e que só foram diferenciados após analises
moleculares. Em geral, vivem em ambientes de condições
extremas (salinidade ou temperatura elevada, acidez
excessiva, etc.). Tais condições sugerem que esses foram
os primeiros organismos, daí seu nome, do grego archaion,
“antigo”.
 Bacterias: compreendem bactérias e
cianobactérias.
 Eucariotos: reúnem todos os seres eucarióticos.
OS REINOS
Atualmente, os seres vivos são classificados em 5
grandes reinos, neste moderno sistema de classificação de
nossa diversidade biológica. Proposto por R.H Wittaker,
em 1969 – assim, as mais de 1.300.000 espécies
conhecidas são catalogadas em reinos específicos,
seguindo determinados critérios de seleção, subdividindo
os seres vivos em:
 Reino Monera – bactérias e cianobactérias
 Reino Protista – algas e protozoários
 Reino Fungi – abrange todos os fungos.
 Reino Plantae – abrange todas as plantas
 Reino Animal – abrange todos os animais.
Os reinos compreendem há um táxon mais abrangente no
qual leva em consideração critérios morfológicos e
fisiológicos de diferenciação entre os seres vivos.
HORA DE PRATICAR, BIOLOVERS!
01. A fotografia mostra um “cão lobo” checoslovaco, uma
raça relativamente nova de cachorro, gerada inicialmente
a partir do cruzamento entre um macho pastor-alemão e
uma fêmea loba da região dos Cárpatos europeus.
Tal canídeo é capaz de gerar descendentes férteis,
permitindo a classificação dos cães e dos lobos europeus,
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02 Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
em acordo com as regras taxonômicas, como c) gibão convergiu evolutivamente com o gorila.
pertencentes: d) homem compartilha o mesmo ancestral do gibão.
e) orangotango é ancestral do chimpanzé.
a) à mesma espécie, mas diferindo quanto à raça.
b) ao mesmo gênero e espécie, mas diferindo quanto à 04. Observe os cladogramas abaixo e assinale a afirmativa
subespécie. correta. Considere A, B e C como sendo três espécies
c) ao mesmo gênero, mas diferindo quanto à espécie. distintas.
d) ao mesmo gênero, mas diferindo quanto à família.
e) à mesma subespécie, mas diferindo quanto à raça.

02. A figura representa uma hipótese das relações

evolutivas entre alguns grupos animais.

a) Os dois cladogramas mostram relações evolutivas

distintas.
b) As espécies A e B fazem parte, obrigatoriamente, de um
gênero distinto de C.
c) A, B e C formam um grupo monofilético.
d) A, B e C não compartilham um ancestral comum.
e) A, B e C formam um grupo polifilético.

05. A árvore da vida mostrada abaixo foi elaborada a partir

dos estudos de filogenia, baseados na análise de
sequências do ácido ribonucleico ribossomal. O diagrama
mostra as divisões que definem a organização filogenética
atual dos seres vivos: os
De acordo com essa hipótese, a classificação dos animais domínios Bacteria, Archaea e Eukarya. Os dois primeiros
em Vertebrados e Invertebrados domínios compreendem os organismos constituídos por
células procarióticas, e o último engloba os formados por
a) está justificada, pois há um ancestral comum para todos células eucarióticas. A partir dessas informações, assinale a
os vertebrados e outro diferente para todos os opção correta.
invertebrados.
b) não está justificada, pois separa um grupo que reúne
vários filos de outro que é apenas parte de um filo.
c) está justificada, pois a denominação de Vertebrado pode
ser considerada como sinônima de Cordado.
d) não está justificada, pois, evolutivamente, os
vertebrados estão igualmente distantes de todos os
invertebrados.
e) está justificada, pois separa um grupo que possui muitos
filos com poucos representantes de outro com poucos filos
e muitos representantes.
a) os organismos do domínio Archaea possuem
03. Analise o cladograma a seguir. características exclusivas, ou seja, não encontradas em
outro domínio.
b) os organismos pertencentes ao
domínio Eukarya surgiram antes dos pertencentes ao
domínio Archaea.
c) os organismos do dominio archaea são ancestrais das
bacterias atuais.
d) a vida na terra é predominantemente constituida por
macroorganismos.
Pelo cladograma, o: e) os organimos pertencentes aos dominios bacteria e
archaea derivam de ancestrais diferentes.
a) chimpanzé pertence à família do homem.
b) gorila evoluiu a partir do orangotango.

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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
06. Uma aranha denominada Aranha-azul ou Tarântula-
azul foi descoberta em 2011 por pesquisadores brasileiros
e está entre as dez maiores descobertas, segundo a lista
produzida anualmente pelo Instituto Internacional de
Exploração das Espécies da Universidade do Estado do
Arizona. Para que ela fosse catalogada como uma nova
espécie, os cientistas analisaram suas características
e classificaram a espécie com um nome científico, de
acordo com a nomenclatura binomial.
Marque a alternativa que apresenta o nome científico
escrito CORRETAMENTE.
a) Pterinopelma sazimai
b) Pterinopelma sazimai
c) Pterinopelma Sazimai
d) Pterinopelma sazimai
e) pterinopelma sazimai
07. Na animação Rio, do brasileiro Carlos Saldanha, os
personagens são, principalmente, diferentes tipos de aves
e um cachorro.
Considerando que tenham sido baseados em animais reais
e de acordo com a atual classificação biológica, pode-se
afirmar que:
a) todos pertencem à mesma classe, porém, seriam
separados em duas ordens distintas.
b) todos pertencem ao mesmo filo, porém, seriam
separados em duas classes distintas.
c) as aves são do mesmo gênero, porém, pertencem a
ordens distintas.
d) as aves são da mesma classe, porém, pertencem a
reinos distintos.
e) todos pertencem ao mesmo subfilo, porém, pertencem
a domínios distintos.
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08. Sobre a classificação biológica, analise as proposições
abaixo:
I. Pirâmides de teias alimentares são representações
gráficas em forma de árvore nas quais são mostradas as
relações de parentesco entre seres vivos.
II. A Fenética agrupa os organismos com o maior número
de características fenotípicas possíveis, mesmo que não
reflitam a história evolutiva do grupo.
III. Para a Filogenética, a classificação biológica deve
refletir o máximo possível as relações de parentesco entre
os grupos de seres vivos.
IV. A Cladística procura estabelecer relações de parentesco
evolutivo pela escolha criteriosa de características que
indiquem realmente a ancestralidade comum entre os
grupos, tentando descartar as características decorrentes
de convergência evolutiva.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas II, III e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
09. Analisando um organismo em laboratório, um biólogo
constatou nele as seguintes características:
– organismo multicelular com tecidos verdadeiros;
– ausência de clorofila;
– obtenção de alimento por ingestão;
– organismo heterotrófico.
O organismo analisado pertence a qual dos seguintes
reinos?
a) Protista b) Fungi c) Animalia
d) Plantae e) Monera
10. Leia a tirinha a seguir.
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02 Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
Para nomear cientificamente seus insetos de acordo com o PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS VÍRUS
sistema binominal de nomenclatura estabelecido por • São acelulares, ou seja, não possuem organização
Lineu, Calvin deverá utilizar primeiro um epíteto celular.
• Não possuem metabolismo próprio.
a) genérico para indicar o gênero, seguido do epíteto • Quando estão livres, isto é, fora das células de um
específico para indicar a espécie. organismo, em geral, podem cristalizar-se por tempo
b) genérico para indicar a família, seguido do epíteto indeterminado, assim como os minerais.
específico para indicar o gênero. • Quimicamente, são constituídos por proteínas e por
c) genérico para indicar a espécie, seguido do epíteto ácido nucleico. Alguns, além das proteínas e do ácido
específico para indicar o gênero. nucleico, também possuem lipídios e carboidratos.
d) específico para indicar o gênero, seguido do epíteto • Seu material genético (DNA ou RNA) é capaz de sofrer
genérico para indicar a família. mutações.
e) específico para indicar a espécie, seguido do epíteto • São capazes de se reproduzir quando estão no interior de
genérico para indicar o gênero. uma célula viva.
• São parasitas intracelulares obrigatórios, já que só
GABARITOS conseguem se reproduzir quando estão no interior de
01. B 02. B 03. D 04. C 05. A uma célula, usando, para tanto, a energia e o equipamento
06. B 07. B 08. A 09. C 10. A bioquímico da célula hospedeira.
• Suas dimensões são ultramicroscópicas, variando entre
17 nm e 300 nm (lembre-se de que 1nm = 10–6 mm). Com
VÍRUS, OS ORGANISMOS SEM REINO essas dimensões, são visualizados apenas em microscopia
eletrônica.
Os vírus (do latim virus, veneno) são seres que • Possuem morfologia diversificada. Não existe um padrão
apresentam características típicas da matéria viva e de forma para todos os vírus.
características típicas da matéria bruta, ou seja, ora têm
comportamento de seres vivos, ora comportam-se como
seres inertes. Assim, ainda existem divergências a respeito
de os vírus se enquadrarem ou não no mundo vivo, razão
pela qual eles não foram incluídos em nenhum dos reinos
dos seres vivos, sendo o seu estudo feito separadamente
dos demais grupos de seres vivos.

ORIGEM DOS VIRUS

TEORIA DA EVOLUÇÃO RETRÓGRADA

Segundo essa teoria, os vírus seriam descendentes de
parasitas intracelulares que teriam perdido a autonomia
metabólica durante o processo evolutivo, conservando,
entretanto, uma bagagem genética suficiente para manter
sua identidade e sua capacidade de multiplicação.
TEORIA DA ORIGEM CELULAR
Nesta teoria, os vírus seriam componentes celulares,
como plasmídios ou RNAm, que, por processos de
recombinação, teriam adquirido um invólucro proteico,
separando-se da célula original.
COMPONENTES DE UM VÍRUS
Os vírus são constituídos basicamente por um invólucro
proteico denominado capsídeo (capsídio, cápside) e por
um cerne (miolo) onde fica o material genético
representado pelo ácido nucleico. Alguns ainda
apresentam envelope lipidico, proteico ou glicidico.
O capsídeo (2) é formado por unidades polipeptídicas
denominadas capsômeros (4).
O material genético do vírus, isto é, o genoma viral, é
representado pelo DNA ou pelo RNA (1). Os que possuem

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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
DNA são chamados genericamente de DESOXIVÍRUS,
enquanto os que têm RNA são os RIBOVÍRUS.
ATENÇÃO!!! Alguns desoxivírus têm DNA de fita dupla,
enquanto outros possuem DNA de fita simples. Também
entre os ribovírus existem aqueles que possuem RNA de
fita dupla e os que têm RNA de fita simples.
Quando fora das células hospedeiras, a partícula viral é
chamada de VÍRION. O vírion nunca apresenta atividade
metabólica e não tem capacidade de reprodução, mesmo
quando colocado em meios nutritivos. Pode ser
cristalizado e armazenado por longos períodos de tempo.
Após esse tempo, o vírion, em condições adequadas, pode
voltar a infectar uma célula.
MULTIPLICAÇÃO DOS VÍRUS
Os vírus só se reproduzem quando estão no interior de
uma célula hospedeira. Ao longo de sua evolução, os vírus
adquiriram mecanismos para subverter o funcionamento
da célula hospedeira e se reproduzir à custa dela. O vírus
utiliza todo o maquinário metabólico da célula parasitada,
assim como suas matérias-primas, para fabricar várias
cópias idênticas de si próprio.
Vírus de DNA
Como exemplo de reprodução de vírus que têm como
material genético o DNA, veremos os ciclos reprodutivos
dos bacteriófagos ou fagos, que são virus que parasitam
certas especies de bacterias.
CICLOS VIRAIS
Ciclo lítico – O DNA viral contém os genes que
determinam todas as características do vírus. Uma vez no
interior da bactéria, o DNA viral começa a ser transcrito. Os
genes virais são semelhantes aos genes da célula
hospedeira, de modo que as enzimas da bactéria,
responsáveis pela transcrição do DNA, não os distinguem
dos genes bacterianos e passam a transcrevê-los,
produzindo moléculas de RNAm virais, que se ligam aos
ribossomos bacterianos, ocorrendo, assim, síntese de
proteínas virais. Após 30 ou 40 minutos da infecção inicial,
cerca de 200 novos bacteriófagos já estão completamente
formados no interior da célula bacteriana. Nesse
momento, são produzidas as enzimas que destroem a
parede da célula bacteriana, ocorrendo, então,
a lise (ruptura) dessa célula e a consequente liberação
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dos vírions no meio extracelular. Esses vírions poderão
infectar outras bactérias e repetir todo o processo.
OBS.: nesse ciclo, o vírus fica conhecido como virulento ou
lítico.
Ciclo lisogênico - Ao penetrar na célula bacteriana, o DNA
do fago incorpora-se ao cromossomo bacteriano, passando
a se comportar como se fosse parte integrante dele e não
interferindo no metabolismo da célula hospedeira. O DNA
viral integrado ao cromossomo celular é chamado
de PROVÍRUS OU PROFAGO. Nesse caso, a bactéria
continua com suas atividades metabólicas normais e,
durante sua reprodução, o DNA viral vai sendo duplicado
junto com o DNA bacteriano e transmitido às novas
bactérias. Assim, o DNA viral vai sendo reproduzido, sem
causar a lise das células bacterianas. Por isso, nesse ciclo, o
vírus é chamado de não virulento ou temperado,
Vírus de RNA
Quando o ácido nucleico do vírus é o RNA, dois processos
de reprodução podem ocorrer:
A) Na célula hospedeira, o RNA viral é transcrito em várias
moléculas de RNAm, que comandarão a síntese de
proteínas.
É o que acontece, por exemplo, com o vírus da gripe.
B) Na célula hospedeira, o RNA viral é utilizado como
molde para fabricar DNA, por ação da enzima transcriptase
reversa.
Esses vírus são chamados de retrovírus. Possuem,
associada ao seu RNA, a enzima transcriptase reversa. Ao
penetrar numa célula hospedeira, essa enzima catalisa
uma reação de transcrição ao contrário, isto é, formação
do DNA a partir do RNA viral.
DOENÇAS VIRAIS
• AIDS: a sigla Aids é formada pelas iniciais da expressão
inglesa Acquired Immune Deficiency Syndrome (síndrome
da imunodeficiência adquirida) A Aids é causada pelo vírus
HIV-1 que ataca preferencialmente os linfocitos CD-4
provocando a diminuição destes e consequente perca da
imunidade. Assim, o paciente, com o sistema imunológico
debilitado, fica exposto às chamadas infecções
oportunistas, provocadas por bactérias, fungos,
protozoários e outros tipos de vírus.
ATENÇÃO!!! É bom lembrar que, além do HIV-1, principal
vírus responsável pela Aids, existe uma variedade do vírus,
mais rara, o HIV-2.
O período de incubação do vírus no organismo humano é
variável, em média de 2 a 3 anos (podendo, entretanto, ser
bem mais longo). Durante esse período, a pessoa infectada
não apresenta sintomas da doença, mas poderá transmitir
o vírus a outras.
35
 BIOLOGIA – MÓDULO 02
OBS: A transmissão do vírus da mãe para o filho é
responsável por cerca de 90% dos casos de Aids em
crianças.
As principais medidas preventivas são:
1. uso de preservativos (camisinhas);
2. controle de qualidade do sangue usado em transfusões;
3. emprego de seringas e agulhas descartáveis;
4. esterilização de qualquer instrumental cirúrgico médico-
odontológico;
5. não utilização comum de instrumentos cortantes, tais
como navalhas, giletes, alicate de unha, etc.
6. uso do AZT.
É importante saber que o uso do AZT pelas mulheres
infectadas, durante a gestação, além do uso do
medicamento pelo recém-nascido e a substituição da
amamentação podem reduzir em cerca de 70% a
transmissão vertical do HIV.
• CATAPORA (Varicela): é uma das doenças contagiosas
mais comuns na infância. O vírus causador possui DNA e é
transmitido por gotículas de saliva, pelo contato com as
lesões da pele do doente ou com roupas e objetos
contaminados.
• CAXUMBA (Parotidite): doença contagiosa e aguda (de
curso rápido e intenso) que se torna mais perigosa nos
adultos, pelas complicações que pode trazer, do que nas
crianças. Acomete mais comumente as crianças na faixa
etária de 5 a 15 anos. O vírus da caxumba possui RNA e é
transmitido por gotículas de saliva, secreções nasais e,
ainda, por objetos contaminados (copos, garfos, etc.) por
uma pessoa doente.
• DENGUE (doença “quebra-ossos”): doença infecciosa
aguda causada por quatro variedades de vírus que
têm RNA como material genético. No Brasil, esses vírus são
transmitidos ao homem pela picada dos mosquitos
fêmeas Aedes aegypti. Os diferentes tipos de vírus da
dengue podem causar duas formas distintas da
doença: dengue clássica e dengue hemorrágica.
• FEBRE AMARELA: doença infecciosa aguda, que pode ser
extremamente grave e fatal, típica de regiões tropicais e
subtropicais (África, América Central e América do Sul). Os
vírus causadores possuem RNA e são transmitidos ao
homem por mosquitos fêmeas dos
gêneros Aedes e Haemagogus.
ATENÇÃO!!!! Nas cidades, os vírus são transmitidos por
mosquitos do gênero Aedes, já no campo, a febre amarela
tem forma endêmica em muitas regiões e é transmitida
por mosquitos do gênero Haemagogus. A doença
compromete vários órgãos: fígado, baço, rins, medula
óssea e gânglios linfáticos.
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• GRIPE (Influenza) – existem diferentes tipos de vírus de
gripe. Todos têm como material genético o RNA, que, em
muitos deles, sofre contínuas modificações (mutações). As
alterações ocorridas no ácido nucleico do vírus
determinam modificações no envoltório proteico. Assim,
os anticorpos elaborados contra um tipo de vírus gripal
tornam-se inócuos no combate a outra forma mutante.
Essa é uma das causas que dificultam a obtenção de uma
vacina mais eficiente no combate às gripes. A transmissão
se faz por meio de gotículas de saliva e secreções nasais.
• HEPATITES VIRAIS: hepatite é uma inflamação do fígado
que pode ter várias causas, como ingestão excessiva de
bebidas alcoólicas ou ação de parasitas e de substâncias
químicas. Quando causada por vírus, a hepatite é dita viral.
Sua extensão e gravidade são variáveis, podendo
apresentar-se mais branda (sob forma “benigna”) e, em
certos casos, ter evolução grave e até fatal. A hepatite
virótica é causada por diferentes tipos de vírus. Entre eles,
destacam-se o HAV (vírus da hepatite A), HBV (vírus da
hepatite B) e o HCV (vírus da hepatite C).
• HERPES SIMPLES: é uma doença que se caracteriza por
formações de pequenas vesículas nas mucosas ou na pele.
Essas vesículas, que surgem sobre pequenas inflamações
dolorosas, aparecem principalmente nos lábios (“herpes
oral”) e nos órgãos genitais (“herpes genital”). O vírus
do herpes simples possui DNA e transmite-se de pessoa a
pessoa por contato direto.
Atenção!!! O herpes-vírus tipo 1, responsável pelo herpes
oral ou labial, é encontrado, por exemplo, na saliva
de muitas pessoas que nunca tiveram manifestação da
doença.
O herpes-vírus tipo 2, responsável pelo herpes genital, é
transmitido essencialmente pelo contato sexual, sendo,
portanto, uma doença do grupo das IST (Infecções
Sexualmente Transmissíveis).
• HIDROFOBIA (raiva): doença grave, quase sempre fatal,
que acomete praticamente todos os mamíferos. O vírus da
raiva tem RNA e é transmitido ao homem pela saliva de
diversos animais contaminados (raposa, lobo, gambá, rato,
morcego, cão, gato e outros). O cão e o gato são os
principais transmissores da raiva ao homem, sendo que o
cão responde por, aproximadamente, 87% dos casos que
acometem o homem.
OBS: A raiva bovina, que acarreta grandes prejuízos à
pecuária, tem como profilaxia a vacinação em massa do
gado, especialmente em áreas onde existem morcegos
hematófagos.
• POLIOMIELITE: do grego polios, cinzento; myel, medula
e itis, inflamação) significa “inflamação da substância
cinzenta da medula nervosa”. É um termo introduzido
36
 BIOLOGIA – MÓDULO 02
quando ainda se pensava que a doença atingisse somente
a medula nervosa. Posteriormente, descobriu-se que os
vírus dessa doença atacam não apenas a medula nervosa,
mas também outras regiões do SNC (Sistema Nervoso
Central).
• RUBEÓLA: o vírus da rubéola possui RNA, e sua
transmissão é feita por gotículas de saliva e secreções
nasais e também pelo contato direto com o doente. A
penetração do vírus se faz através das mucosas das vias
respiratórias e sua disseminação, por meio da corrente
sanguínea.
• SARAMPO: doença aguda, altamente contagiosa, comum
em todo o mundo, que acomete, sobretudo, crianças até
10 anos de idade, especialmente as menores de 5 anos. O
vírus possui RNA, e sua transmissão se faz por meio de
secreções dos olhos, nariz e garganta
(secreções nasofaríngeas) e gotículas de saliva que, pela
fala, tosse e espirros, propagam-se pelo ar. A profilaxia do
sarampo é feita com o uso de vacina.
• VERRUGAS (papiloma) genitais: têm como causadores
vírus conhecidos por HPV (Papilomavírus Humano). Já
foram catalogados mais de 150 subtipos de HPV no
mundo. Alguns desencadeiam infecções menos
agressivas, enquanto outros, mais agressivos, podem
desencadear processos neoplásicos cancerígenos.
VIROSES EMERGENTES
Doenças cuja existência anterior era desconhecida no
planeta ou, pelo menos, na região em que apareceram. As
principais viroses emergentes são:
• HANTAVIROSES: são enfermidades agudas que podem
apresentar-se sob as formas de febre hemorrágica com
síndrome renal (HFRS) e de síndrome pulmonar por
hantavírus (HPS), sendo a segunda a única forma
encontrada nas Américas. Os hantavírus têm como
reservatórios os roedores,
• FEBRE EBOLA: o vírus Ebola foi isolado pela primeira vez
em 1976, a partir de casos humanos de uma epidemia de
febre hemorrágica que ocorreu em vilas do noroeste do
Zaire, próximo ao rio Ebola. Ele é responsável por um
quadro de febre hemorrágica extremamente letal, pois o
vírus apresenta tropismo pelas células hepáticas e do
sistema reticulo endotelial.
• SARS (Síndrome respiratória aguda grave): doença de
etiologia virótica, causada por vírus do grupo
dos coronavirus, transmitida de pessoa a pessoa ou por
contato muito próximo, uma vez que o agente etiológico
se espalha no ar, por gotículas expelidas pela tosse das
pessoas contaminadas.
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LEITURA COMPLEMENTAR
Defesas do organismo contra os vírus
A natureza proteica dos vírus, agindo como antígeno,
estimula o organismo parasitado a produzir anticorpos
específicos e os interferons.
A) Anticorpos: são proteínas de defesa, também
conhecidas por imunoglobulinas, produzidas pelos
plasmócitos contra um antígeno (proteína estranha) que
penetra no organismo. Os anticorpos são específicos, isto
é, determinado anticorpo somente age contra aquele
antígeno que induziu sua formação. É algo parecido com o
modelo “chave fechadura” das enzimas.
B) Interferons: observou-se, há algum tempo, que a
pessoa que adquire uma virose dificilmente contrai outra
virose ao mesmo tempo. Esse fato despertou a curiosidade
de alguns pesquisadores, que, estudando o problema,
descobriram que, em muitas infecções ocasionadas por
vírus, as células infectadas liberam os interferons em
quantidades mínimas (cerca de 10–12 g para cada milhão
de células infectadas).
Atenção!!! No homem, existem três tipos de interferons:
interferon α, produzido pelos leucócitos;
interferon β, produzido por fibroblastos;
interferon γ ou imunointerferon, produzido por linfócitos.
HORA DE PRATICAR, BIOLOVERS!!!
01. Os vírus, tão pequenos e tão temíveis, são responsáveis
por grandes pandemias e epidemias, tais como as da gripe
espanhola, da AIDS e da gripe A. Sobre esses seres
microscópicos, pode-se dizer que
a) são as moléculas de fosfolipídios presentes nos
envoltórios virais que determinam qual tipo de célula o
vírus irá infectar.
b) os vírus envelopados apresentam envelope lipoproteico
formado por proteínas virais e fosfolipídios oriundos da
célula hospedeira.
c) os citomegalovírus apresentam DNA e RNA como
material genético, sendo os dois incorporados no núcleo
da célula hospedeira.
d) no ciclo lisogênico de um bacteriófago, o
DNA viralpassa a comandar o metabolismo da bactéria e a
formar várias cópias, que são transcritas em RNAm virais.
e) a maioria dos vírus que infectam as plantas tem como
material genético o DNA e são envelopados.
02. Os vírus tem a nomenclatura originada do latim,
significando "veneno” ou “toxina”. Seu tamanho diminuto
está além do limite de resolução dos microscópios óticos,
sendo visualizados em microscopia eletrônica. A sua
estrutura simples é representada abaixo.
37
 BIOLOGIA – MÓDULO 02
Nesta representação, os números 1, 2 e 3 são,
respectivamente:
a) capsídeo, proteínas e capsômero.
b) capsômero, ácidos nucléicos e vírion.
c) capsídeo, proteínas e vírion.
d) capsídeo, ácidos nucléicos e vírion.
e) acidos nucleicos, capsideos e proteinas.
03. Observe a estrutura bioquímica interna e externa do
HIV, representada de maneira estilizada.
A região apontada pela seta é responsável pela adsorção
vira à membrana plasmática das células alvo. É correto
afirmar que
a seta indica:
a) lipídeos do envelope viral, que se ligam aos lipídeos da
membrana dos neutrófilos.
b) proteínas do cápside viral, que se ligam às proteínas da
membrana dos acidófilos.
c) proteínas da membrana viral, que se ligam aos lipídeos
da membrana dos macrófagos.
d) lipídeos do cápside viral, que se ligam ao glicocálix da
membrana dos eosinófilos.
e) proteínas do envelope viral, que se ligam ao glicocálix da
membrana dos linfócitos.
04. A palavra vírus vem do Latim virus que significa fluido
venenoso ou toxina. Sobre os vírus biológicos, é correto
afirmar-se que
a) possuem como material genético exclusivamente o
RNA.
b) sífilis, raiva, tétano, sarampo, dengue, coqueluche e
AIDS são todas doenças causadas por vírus.
c) são incapazes de infectar plantas, pois são parasitas
exclusivos de animais.
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d) são seres que não manifestam atividade biológica fora
de células hospedeiras.
e) possuem como material exclusivamente o DNA.
05. Assinale a alternativa correta em relação aos vírus.
a) os virus não tem estrutura celular, sao menores que as
bacterias, possuem uma cápsula de proteina chamada de
capsideo e acido nucleico (DNA ou RNA) em seu interior.
b) os virus possuem organelas celulares, por isso são
classificados dentro dos cinco reinos.
c) o bacteriofago é uma estrutura bacteriana e não faz
parte da organização viral.
d) algumas doenças são causadas por virus, como aids,
colera e sifilis.
e) para combater todos os virus, o ser humano deve tomar
doses de antibioticos e antihelmínticos.
06. Assinale a alternativa incorreta a respeito das
caracteristicas gerais dos virus.
a) Muitos vírus são específicos em relação ao hospedeiro;
atacam apenas um tipo de célula ou poucos tipos.
b) Os vírus são considerados parasitos intracelulares
obrigatórios, pois são capazes de se multiplicar apenas no
interior de células hospedeiras.
c) Um vírus é um organismo acelular, constituído
basicamente por um capsídio proteico e por moléculas de
DNA e RNA.
d) Infecção viral consiste na penetração do vírus no interior
da célula hospedeira.
e) Após a adesão do vírus à membrana plasmática da
célula hospedeira, pode haver a entrada de todo o vírus no
interior celular ou apenas do seu material genético.
07. Os vírus são parasitas submicroscópicos e possuem
genomas que se replicam dentro de um hospedeiro vivo,
direcionando o mecanismo genético da célula para a
síntese de ácidos nucléicos e proteínas virais. Estas
características os fazem responsáveis por gerar doenças
em grande parte da diversidade biológica. Sobre os vírus, é
CORRETO afirmar:
a) possuem RNA ou DNA em fita simples ou dupla,
respectivamente, envolto por uma
capa protéica denominada capsídeo, com subunidades que
são os capsômeros.
b) são conhecidos também como viróides por serem
agentes infecciosos e por interferirem na regulação gênica
da célula hospedeira.
c) o bacteriófago é um vírus que possui estrutura genômica
de retrovírus e libera príons quando está no interior da
célula hospedeira.
d) causam doenças tais como febre amarela, coqueluche,
rubéola, cólera e caxumba.
38
 BIOLOGIA – MÓDULO 02
08. O que é um provírus?
a) Um vírus sem capsídio, ou envelope, que realiza ciclo
lítico.
b) Um vírus com material genético unido ao DNA celular,
que realiza ciclo lisogênico.
c) Um vírus de RNA com capsídio e envelope, que realiza
ciclo lítico.
d) Um vírus de RNA fita simples.
e) Um vírus de DNA fita simples.
09. No ano de 2010, o Brasil realizou uma grande
campanha de vacinação contra o vírus Influenza H1N1. A
figura abaixo mostra como, possivelmente, este vírus se
tornou tão perigoso e nos leva a concluir que:
a) os vírus Influenza Suíno e o vírus humano Influenza
H1N1 são, na verdade, o mesmo vírus causador da gripe
pandêmica.
b) de maneira geral, as vacinas somente atenuam os
sintomas das doenças virais; haja vista que muitas
necessitam de novas dosagens ou vacinações anuais.
c) mutações simultâneas e vantajosas devem ter ocorrido,
de forma independente nos vírus humanos e animais, para
que ocorresse uma pandemia.
d) mutações nos genes que codificam as espículas virais
dificultam o reconhecimento dos anticorpos; daí, a
necessidade de vacinas.
e) para ocorrer recombinação genética entre os diferentes
tipos virais, estes devem infectar diferentes tipos celulares
no mesmo organismo.
10. O ser humano tem travado batalhas constantes contra
os vírus. A mais recente é contra o vírus H1N1, que causa a
“gripe suína”.
A respeito dos vírus, assinale a alternativa correta.
a) São todos endoparasitas celulares.
b) Os antibióticos só são eficazes contra alguns tipos.
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c) Todos eles possuem o DNA e o RNA como material
genético.
d) Atualmente existem vacinas contra todos os tipos.
e) Alguns deles possuem reprodução sexuada.
GABARITOS
01. B 02. D 03. E 04. D 05. A
06. C 07. A 08. B 09.D 10.A
REINO MONERA
Formado por bactérias, cianobactérias e arqueobactérias ,
(também chamadas arqueas), todos seres muito simples,
unicelulares e com célula procariótica (sem núcleo
diferenciado). Esses seres microscópios são geralmente
menores do que 8 micrômetros (1µm = 0,001 mm).
As bactérias (do grego bakteria: 'bastão') são encontrados
em todos os ecossistemas da Terra e são de grande
importância para a saúde, para o ambiente e a economia.
As bactérias são encontradas em qualquer tipo de meio:
mar, água doce, solo, ar e, inclusive, no interior de muitos
seres vivos.
IMPORTANTE!!!!
o termo "monera" na classificação atual encontra-se
obsoleto. Seus integrantes foram divididos entre os
reinos Bacteria e Archaea. O reino Bacteria representa o
maior número de espécies, pois engloba as bactérias e as
cianobactérias. Já o reino Archaea abrange um pequeno
número de espécies. As arqueias são organismos
procariontes, porém não são mais classificados com as
bactérias porque apresentam características que os deixam
também próximos aos eucariontes.
Apesar dessa nova classificação, como o termo "monera"
ainda é adotado em livros didáticos, continuamos
apresentando aqui sua definição.
Exemplos da importância das bactérias:
 na decomposição de matéria orgânica morta. Esse
processo é efetuado tanto aeróbia,
quanto anaerobiamente;
 agentes que provocam doença no homem;
 em processos industriais, como por exemplo, os
lactobacilos, utilizados na indústria de transformação do
leite em coalhada;
 no ciclo do nitrogênio, em que atuam em diversas
fases, fazendo com que o nitrogênio atmosférico possa ser
utilizado pelas plantas;
 em Engenharia Genética e Biotecnologia para a
síntese de várias substâncias, entre elas a insulina e o
hormônio de crescimento.
ESTRUTURA DAS BACTÉRIAS
Bactérias são microorganismos unicelulares, procariotos,
podendo viver isoladamente ou construir agrupamentos
coloniais de diversos formatos. As células bacterianas
39
 BIOLOGIA – MÓDULO 02
contém os quatro componentes fundamentais a qualquer
célula:
1. membrana plasmática;
2. hialoplasma;
3. ribossomos;
4. cromatina, no caso, uma molécula de DNA circular,
que constitui o único cromossomo bacteriano.
A região ocupada pelo cromossomo bacteriano costuma
ser denominada nucleoide. Externamente à membrana
plasmática existe uma parede celular (membrana
esquelética, de composição química específica de
bactérias).
É comum existirem plasmídios - moléculas de DNA não
ligada ao cromossomo bacteriano - espalhados pelo
hialoplasma. Plasmídios costumam conter genes para
resistência a antibióticos.
Algumas espécies de bactérias possuem, externamente à
membrana esquelética, outro envoltório, mucilaginoso,
chamado de cápsula. É o caso dos pneumococos (bactérias
causadoras de pneumonia). Descobriu-se que a
periculosidade dessas bactérias reside na cápsula em um
experimento, onde ratos infectados com pneumococo sem
cápsula tiveram a doença porém não morreram, enquanto
pneumococos capsulados causaram pneumonia letal.
A parede da célula bacteriana, também conhecida como
membrana esquelética, reveste externamente a
membrana plasmática, e é constituída de uma substância
química exclusiva das bactérias conhecida
como mureína (ácido n-acetil murâmico).
As bactérias são seres vivos unicelulares procariontes, isto
é, têm uma organização celular bastante rudimentar
(célula procariota), em que o material nuclear não é
individualizado devido à ausência da carioteca. Podem ser
autótrofas ou heterótrofas, aeróbicas ou anaeróbicas.
Nos sistemas modernos de classificação, formam o
chamado reino Monera (do grego moneres, único) e estão
subdivididas em dois grandes grupos:
ARQUEOBACTÉRIAS;
EUBACTÉRIAS.
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As arqueobactérias (do grego archaios, antigo) são
bactérias primitivas e, provavelmente, muito semelhantes
aos primeiros seres vivos que habitaram o nosso planeta
há cerca de 3,5 bilhões de anos. Atualmente existe alguns
tipos de arqueobactérias como:
BACTÉRIAS HALÓFITAS (que vivem em lagos muito
salgados);
BACTÉRIAS TERMOACIDÓFILAS (que vivem em fontes de
águas quentes e ácidas).
As eubactérias (do grego eu, verdadeiro) ou bactérias
verdadeiras formam o grupo mais numeroso e
diversificado
das bactérias, sendo encontradas nos mais variados
ambientes, inclusive no corpo humano e no de outros
animais.
FORMA DAS BACTÉRIAS
REPRODUÇÃO DAS BACTÉRIAS
A reprodução mais comum nas bactérias
é assexuada por bipartição ou cissiparidade. Ocorre a
duplicação do DNA bacteriano e uma posterior divisão em
duas células. As bactérias multiplicam-se por este processo
muito rapidamente quando dispõem de condições
favoráveis (duplica em 20 minutos).
A separação dos cromossomos irmãos conta com a
participação dos mesossomos, pregas internas da
membrana plasmática nas quais existem também as
enzimas participantes da maior parte da respiração
celular.
Repare que não existe a formação do fuso de divisão e
nem de figuras clássicas e típicas da mitose. Logo, não é
mitose.
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02 Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
mortas. Esse processo ocorre espontaneamente na
natureza.
Os cientistas têm utilizado a transformação como uma
técnica de Engenharia Genética, para introduzir genes de
diferentes espécies em células bacterianas.

Transdução
Na transdução, moléculas de DNA são transferidas de uma
bactéria a outra usando vírus como vetores
(bactériófagos). Estes, ao se montar dentro das bactérias,
podem eventualmente incluir pedaços de DNA da bactéria
que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria,
o vírus que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o
seu. Se a bactéria sobreviver à infecção viral, pode passar a
incluir os genes de outra bactéria em seu genoma.
Esporulação
Algumas espécies de bactérias originam, sob certas
condições ambientais, estruturas resistentes
denominadas esporos. A célula que origina o esporo se
desidrata, forma uma parede grossa e sua atividade
metabólica torna-se muito reduzida. Certos esporos são
capazes de se manter em estado de dormência por
dezenas de anos. Ao encontrar um ambiente adequado, o
esporo se reidrata e origina uma bactéria ativa, que passa
a se reproduzir por divisão binária.
Os esporos são muito resistentes ao calor e, em geral, não
morrem quando expostos à água em ebulição. Por isso os
laboratórios, que necessitam trabalhar em condições de
absoluta assepsia, costumam usar um processo especial,
denominado autoclavagem, para esterilizar líquidos e Conjugação
utensílios. O aparelho onde é feita a esterilização, a Na conjugação bacteriana, pedaços de DNA passam
autoclave, utiliza vapor de água a temperaturas da ordem diretamente de uma bactéria doadora, o "macho", para
de 120ºC, sob uma pressão que é o dobro da atmosférica. uma receptora, a "fêmea". Isso acontece através de
Após 1 hora nessas condições, mesmo os esporos mais microscópicos tubos protéicos, chamados pili, que as
resistentes morrem.
bactérias "macho" possuem em sua superfície.
A indústria de enlatados toma medidas rigorosas na O fragmento de DNA transferido se recombina com o
esterilização dos alimentos para eliminar os esporos da cromossomo da bactéria "fêmea", produzindo novas
bactéria Clostridium botulinum. Essa bactéria produz o misturas genéticas, que serão transmitidas às células-filhas
botulismo, infecção frequentemente fatal. na próxima divisão celular.
REPRODUÇÃO SEXUADA
Para as bactérias, considera-se reprodução sexuada
qualquer processo de transferência de fragmentos de DNA
de uma célula para outra. Depois de transferido, o DNA da
bactéria doadora se recombina com o da receptora,
produzindo cromossomos com novas misturas de genes.
Esses cromossomos recombinados serão transmitidos às
células-filhas quando a bactéria se dividir.

A transferência de DNA de uma bactéria para outra pode

ocorrer de três maneiras:
por transformação, transdução e por conjugação.

Transformação
Na transformação, a bactéria absorve moléculas de DNA
dispersas no meio e são incorporados à cromatina. Esse Conjugação bacteriana mostrando o pili sexual.
DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias

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CIANOBACTÉRIAS 10. Disenteria
Extremamente parecidas com as bactérias, as Infecção intestinal por bactérias do gênero Shigella,
cianobactérias são também procariontes. São causando diarreia.
todas autótrofas fotossintetizantes, mas suas células não 11. Difteria
possuem cloroplastos. A clorofila, do tipo a, fica dispersa Causada pela Corynebacterium diphtheriae, causou a
pelo hialoplasma e em lamelas fotossintetizantes, que são morte de várias pessoas em epidemias.
ramificações da membrana plasmática. 12. Febre Maculosa
Além da clorofila, possuem outros pigmentos acessórios, Causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e transmitida
como os carotenoides (pigmentos semelhantes ao pelo carrapato.
caroteno da cenoura), ficoeritrina (um pigmento de cor 13. Febre Tifóide
vermelha, típico das cianobactérias encontradas no Mar Causada pela Salmonella typhi, devido principalmente à
vermelho) e a ficocianina (um pigmento de cor azulada, falta de saneamento.
que originou o nome das cianobactérias. Elas vivem no 14. Gonorréia ou Blenorragia
mar, na água doce e em meio terrestre úmido. É uma DST causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae.
Há espécies que possuem células isoladas e outras que 15. Lepra (hanseníase)
formam colônias de diferentes formatos. Infecção causada pela bactéria patogênica
Mycobacterium leprae.
A REPRODUÇÃO NAS CIANOBACTÉRIAS 16. Leptospirose
Nas cianobactérias unicelulares, a reprodução assexuada Transmitida principalmente por ratos e animais
dá-se por divisão binária da célula. Nas espécies domésticos contaminados pela bactéria do
filamentosas, é comum a ocorrência de fragmentação do gênero Leptospira
filamento, produzindo-se vários descendentes 17. Meningite
semelhantes geneticamente uns aos outros. A esses A meningite bacteriana é a forma mais grave desta doença
fragmentos contendo muitas células dá-se o nome causada pela Neisseria meningites.
de homogônios. 18. Peste negra (peste bubônica)
Causada pela Yersinia pestis, matou milhões de pessoas
DOENÇAS BACTERIANAS na Idade Média.
As bactérias causam muitas doenças em seres humanos e 19. Pneumonia
animais, desde pequenas cáries até grandes infecções que Infecção causada por Streptococus pneumoniae.
podem levar à morte. Veja abaixo uma lista das 20. Salmonelose
principais bacterioses: Enfermidade causada pela Salmonella enterica. É contraída
pela ingestão de alimentos infectados.
1. Botulismo 21. Sífilis
Causada pela bactéria Clostridium botulinum, pode levar à Doença sexualmente transmissível, causada
morte se não for tratada. pelo Treponema pallidum.
2. Bronquite 22. Tétano
Pneumococos podem causar a inflamação dos brônquios, Doença adquirida pelo contato a bactéria
causando esta doença. Clostridium tetani com objetos contaminados. Pode levar à
3. Brucelose morte.
Causada pelas bactérias do gênero Brucella, transmitida 23. Tuberculose
principalmente pelo leite não pasteurizado. Causada pelo Mycobacterium tuberculosis, é uma das
4. Cancro mole doenças mais antigas conhecidas.
É uma DST, causada pela bactéria Haemophilus ducreyi.
5. Carbúnculo (antrax) BIOPRATICANDO!!!
Causada pela bactéria Bacillus anthracis, já foi utilizada
no bioterrorismo. 01. Cientistas britânicos afirmam estar desenvolvendo um
6. Cárie antibiótico a partir de larvas de moscas verdes que poderá,
Infecções nos dentes por bactérias, devido à falta de no futuro, combater 12 tipos de infecções causadas pela
higiene bucal. bactéria Staphylococcus aureus resistente à meticilina ou
7. Clamídia SARM, muito propagada em ambientes hospitalares. A
É uma DST, causada pela Chlamydia trachomatis. bactéria se tornou resistente a vários antibióticos, primeiro
8. Coqueluche à penicilina e, logo depois, à meticilina. A partir do texto,
Causada pela Bordetella pertussis, seu principal sintoma é considere as afirmações abaixo.
a tosse contínua e muito dolorosa.
9. Cólera I. Devido ao uso constante de antibióticos em hospitais, as
A doença da bactéria Vibrio Cholerae causa forte diarreia, bactérias que permanecem nesses ambientes foram
e é transmitida pela água contaminada. selecionadas.

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II.A resistência das bactérias aos antibióticos pode ser
transmitida às gerações seguintes por divisão celular ou
por conjugação.
III.Amensalismo é o nome da relação ecológica que pode
se estabelecer entre as moscas e as bactérias.
Assinale
a) se somente I estiver correta.
b) se somente III estiver correta.
c) se I, II e III estiverem corretas.
d) se somente I e II estiverem corretas.
e) se somente II e III estiverem corretas.
02. Leia e analise as afirmativas abaixo:
I. As bactérias possuem apenas um material genético, DNA
ou RNA.
II.O cromossomo bacteriano está enovelado em torno de
uma proteína histona.
III.As bactérias possuem apenas um cromossomo, que é
circular, e algumas apresentam um material genético
denominado plasmídeo, que está disperso no citoplasma.
IV.Pelo processo de transdução, muitas bactérias trocam
material genético com outras bactérias.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Somente a afirmativa III é verdadeira.
c) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
03. Os vírus, as clamídias e as riquétsias são considerados
parasitas intracelulares obrigatórios. Embora sejam iguais
nesse aspecto, pertencem a grupos diferentes. As duas
últimas pertencem ao reino Monera. A respeito desses
três seres, considere algumas afirmações:
I. Todos dependem de uma célula hospedeira para se
reproduzirem.
II .Apresentam uma cápsula proteica e material genético e
são providos de ribossomos.
III. Podem causar doenças nos seres humanos.
IV. Em termos evolutivos, os vírus precederam os seres de
todos os reinos.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) I e III.
c) II e III.
d) II, III e IV.
e) I, II e IV.
04. Após anos de viagem uma sonda espacial retorna à
Terra com amostras colhidas do solo de um planeta
distante. Durante a análise de uma das amostras
constatou-se a presença de seres vivos unicelulares com
capacidade de produzir compostos orgânicos a partir de
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compostos inorgânicos e luz, e com material genético
(DNA) disperso na porção líquida envolvida por uma
membrana lipídica. Na Terra, esses seres seriam
enquadrados no grupo
a) Plantae.
b) Animalia.
c) Fungi.
d) Vírus.
e) Monera.
05. Observe o esquema de uma célula bacteriana e
assinale, em ordem crescente, a alternativa que identifica
corretamente as estruturas numeradas.
a) Mesossomo, ribossomos, nucleóide, fímbrias, cápsula.
b) Mesossomo, plasmídeos, nucleóide, enzimas
respiratórias, parede celular.
c) Corpo basal, lisossomos, DNA, fímbrias, membrana
plasmática.
d) Mesossomo, plasmídeo, nucleóide, enzimas
respiratórias, membrana plasmática.
e) Mesossomo, ribossomos, nucleóide, membrana
plasmática, parede celular.
06. Para a validação de uma autoclave, equipamento de
esterilização, podem ser utilizados controles biológicos que
são constituídos de bactérias resistentes ao calor. Para que
uma espécie de bactéria seja selecionada para esse
processo, ela deve apresentar
a) esporos. b) parede celular. c) glicocálice. d) piling.
07. Sobre as características dos seres vivos, assinale a
alternativa incorreta.
a) Carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio são
elementos químicos presentes na matéria viva.
b) As bactérias, os protozoários, algumas algas e alguns
fungos são organismos unicelulares.
c) A hereditariedade é uma das características essenciais
da vida e está intimamente ligada à reprodução.
d) As células são consideradas as unidades básicas da vida
e, com exceção dos vírus, todos os seres vivos são
constituídos de células.
e) Os seres vivos capazes de reagir aos estímulos externos
são classificados no reino Animal.

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08. Na natureza, poucas formas de vida são capazes de
promover a fixação biológica do N2. Essas formas de vida
também são capazes de devolver o nitrogênio para a
atmosfera, transformar compostos orgânicos nitrogenados
em amônia e esta em nitritos e nitratos.
De que forma de vida estamos falando?
a) Fungos
b) Protozoários
c) Vírus
d) Bactérias
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ESPOROZOÁRIOS
Os esporozoários não possuem estrutura locomotora. Um
exemplo é o agente transmissor da malária.
CILIADOS
Os ciliados locomovem-se por meio de cílios.
exemplos: Vorticella, Balantidium coli, porém, o mais
conhecido é o paramécio, organismo de vida livre.

GABARITOS
01. D 02. B 03. B 04. E 05. B
06. A 07. E 08. D

REINO PROTOCTISTA
O Reino Protoctista é um dos reinos dos seres vivos,
caracterizado por organismos eucariontes, autótrofos ou
heterótrofos e unicelulares ou pluricelulares.
Os protoctistas compreendem os protozoários e as algas.
Existem ainda os mixomicetos, organismos semelhantes
aos fungos, mas classificados como protistas.
ATENÇÃO!!!
Os protozoários são organismos classificados quanto a
capacidade locomotora.
ALGAS
As algas são organismos autótrofos, pois têm clorofila,
além de outros pigmentos, logo, realizam fotossíntese.

Protozoários
Os protozoários são seres unicelulares e eucariontes, com
estrutura que garante seu funcionamento, realizando as
mesmas tarefas básicas de um animal, como respiração,
digestão, circulação, excreção, em alguns até uma
primitiva coordenação.

CLASSIFICAÇÃO
Os protozoários são divididos em quatro grupos, de acordo
com as estruturas locomotoras que apresentam:

SARCODINOS
Os sarcodinos são representados pelas amebas que se
locomovem por meio de pseudópodes.
A Entamoeba coli, por exemplo, é um morador habitual do
intestino grosso humano, onde obtém abrigo e alimento
sem acarretar prejuízo ou benefício para seu hospedeiro.
Enquanto a Entamoeba histolytica é parasita do intestino
grosso do ser humano.

MASTIGÓFOROS
Os mastigóforos locomovem-se por meio de flagelos.
Alguns são parasitas, ou seja, obtêm alimento a partir da
associação com outros seres vivos.
Alguns exemplos são: a giardia que parasita o intestino
delgado do ser humano e
o Trypanosoma cruzi, que instala-se em tecidos humanos e
de outros animais, como na musculatura do coração ou na
parede do tubo digestivo.

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BIOPRATICANDO!!!

01. As algas e os vegetais se apresentam amplamente

distribuídos no planeta, sendo responsáveis por reduzir as
concentrações de gás carbônico atmosférico e fornecer o
oxigênio que respiramos. Sobre esses organismos,
considere as proposições abaixo.

1)Algas multicelulares e briófitas possuem embrião

DOENÇAS CAUSADAS POR PROTOZOÁRIOS
unicelular, sendo o gametófito haploide mais desenvolvido
que esporófito diploide.
2)Pteridófitas apresentam xilema e floema, mas não
possuem sementes, flores ou frutos, sendo o esporófito
menos desenvolvido que o gametófito.
3)Xilema, floema e sementes são encontrados em
gimnospermas e angiospermas, cujos esporófitos são mais
desenvolvidos que os gametófitos.

Está(ão) correta(s):

a) 1 e 2, apenas. b) 2 e 3, apenas. c) 2, apenas.

d) 3, apenas. e) 1, 2 e 3.

02. A ficologia é o ramo da Biologia que estuda as algas.

Analise as proposições abaixo, em relação às algas.
I.No grupo das algas estão as divisões: algas verdes –
clorófitas; algas pardas – feófitas e algas vermelhas –
rodófitas.
II.As algas apresentam um talo por onde passam os vasos
condutores de seiva.
III.A reprodução assexuada das algas pode ocorrer por
fragmentação, ou seja, um filamento da alga se desprende
e origina outro filamento por mitose.
IV.As algas rodófitas possuem o pigmento hemoglobina,
que é o responsável por sua cor vermelha.

Assinale a alternativa correta.

a)Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
b)Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
c)Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
d)Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
e)Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras.

04. Analise as proposições a respeito dos organismos do

Reino Protista.
I.Os protozoários são eucariontes unicelulares
heterótrofos.
II.A organela de locomoção dos protozoários é apenas do
tipo flagelo.
III.O Trypanosoma cruzi é o protozoário flagelado causador
da doença de Chagas.
IV.As diatomáceas são algas do grupo das crisófitas; têm
parede celular rígida por causa da presença de celulose.
V.Nos protistas predomina a reprodução assexuada por
cissiparidade, que se inicia com a divisão do núcleo e
depois em divisão do citoplasma.

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Assinale a alternativa correta.
a)Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
b)Somente as afirmativas I, II, III e V são verdadeiras.
c)Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
d)Somente a afirmativa III é verdadeira.
e)Todas as afirmativas são verdadeiras.
05. A malária é endêmica em algumas regiões brasileiras,
como a Amazônica, e provoca grandes problemas
econômicos e sociais. O micro-organismo e o vetor dessa
moléstia são, respectivamente, um
a)protozoário flagelado e um inseto do gênero Anopheles.
b)protozoário do gênero Leptospira e o
mosquito corcundinha.
c)fungo e o mosquito-prego, que pertence ao
gênero Anopheles.
d)protozoário esporozoário e um inseto conhecido como
mosquito-prego.
e)vírus e um inseto do gênero Phlebotomus, conhecido
como mosquito-palha.
06. Observe o esquema representativo do Paramecium,
um protista ciliado de água doce; numere a primeira
coluna de acordo com a numeração atribuída às estruturas
na figura abaixo, estabeleçendo a relação correta entre as
informações distribuídas nas colunas.
Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
a) regula as atividades do metabolismo celular, além de
participar da reprodução assexuada.
b) localizado no interior do sulco oral, é o local por onde o
alimento penetra na célula.
c) utilizado para a locomoção e a ingestão de alimento.
d) participa da osmorregulação.
e) região da célula por onde são eliminados os restos não
aproveitáveis do alimento.
f) participa apenas dos processos de reprodução
assexuada e sexuada.
g) em seu interior ocorre a digestão do alimento.
Assinale a alternativa que apresenta a relação correta
entre estrutura/função.
a)3-C, 1-G, 6-E, 5-A, 2-D, 4-B, 7-F
b)3-E, 1-D, 6-C, 5-F, 2-G, 4-B, 7-A
c)3-B, 1-D, 6-C, 5-A, 2-G, 4-E, 7-F
d)3-E, 1-G, 6-B, 5-F, 2-D, 4-C, 7-A
e)3-B, 1-D, 6-C, 5-F, 2-G, 4-E, 7-A
07. Uma das formas de controle da doença de Chagas é a
fiscalização nos bancos de sangue. Isso é importante
porque o parasito Trypanosoma cruzi, causador da doença,
apresenta
a)desenvolvimento, como procarionte, no plasma.
b)reprodução assexuada no interior das hemácias.
c)uma certa seletividade para os glóbulos brancos.
d)uma fase sanguínea, como protozoário flagelado.

GABARITOS
01. D 02. C 03. B 04. A 05. D
06. E 07. D

REINO FUNGI

Os fungos são popularmente conhecidos por bolores,

mofos, fermentos, levedos, orelhas-de-pau, trufas e
cogumelos-de-chapéu (champignon).
É um grupo bastante numeroso, formado por cerca de
200.000 espécies espalhadas por praticamente qualquer
tipo de ambiente.

Importância Ecológica dos Fungos

Os fungos apresentam grande variedade de modos de
vida. Podem viver como:
( )Citóstoma
( )Vacúolo contrátil  SAPRÓFAGOS = Quando obtêm seus alimentos
( )Cílios decompondo organismos mortos. são responsáveis por
( )Micronúcleo grande parte da degradação da matéria orgânica,
( )Vacúolo digestivo propiciando a reciclagem de nutrientes.
( )Citopígeo
( )Macronúcleo

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Outros certos grupos de fungos podem estabelecer
associações mutualísticas com cianobactérias ou com algas
verdes, dando origem a líquens.

Fungos apodrecendo o morango. ATENÇÃO!!!

Os líquens possuem duas estruturas importantes
 PARASITAS = Quando se alimentam de substâncias chamadas de Sorédios e Isídios. Os sorédios são
que retiram dos organismos vivos nos quais se instalam, e estruturas reprodutivas dos
também podem estabelecer mutualísmo com líquens, com propágulos pulvurulentos (órgãos de
outros PREDADORES que capturam pequenos animais e disseminação) compostos de hifas que envolvem
deles se alimentam. cianobactérias ou algas verdes. Já os Isídios são estruturas
reprodutivas dos líquens, pois realizam a reprodução
OBS: A ferrugem do cafeeiro, por exemplo, é assexuada.
uma parasitose provocada por fungo; as pequenas
manchas negras, indicando necrose em folhas, como a da
soja, ilustrada a seguir, são devidas ao ataque por fungos.

ATENÇÃO!!!!
Em todos os casos mencionados, os fungos liberam
enzimas digestivas para fora de seus corpos. Essas
enzimas atuam imediatamente no meio orgânico no qual
eles se instalam, degradando-o à moléculas simples, que
são absorvidas pelo fungo como uma solução aquosa.
FUNGOS MUTUALÍSTICOS
Dentre os fungos mutualísticos, existem os que vivem
associados a raízes de plantas formando
as MICORRIZAS (mico= fungo; rizas = raízes). Nesses casos
os fungos degradam materiais do solo, absorvem esses
materiais degradados e os transferem à planta,
propiciando-lhe um crescimento sadio. A planta, por sua
vez, cede ao fungo certos açucares e aminoácidos de que
ele necessita para viver.
AÇÃO ECONÔMICA DOS FUNGOS
Muito fungos são aeróbios, isto é, realizam a respiração,
mas alguns são anaeróbios e realizam a fermentação.
Destes últimos, alguns são utilizados no
processo de fabricação de bebidas alcoólicas, como a
cerveja e o vinho, e no processo de preparação do pão.
Nesses processos, o fungo utilizado pertence à
espécie Saccharomyces cerevisiae, capaz de transformar
o açucar em álcool etílico e CO2 (fermentação alcoólica), na
ausência de O2. Na presença de O2 realizam a respiração.
Eles são, por isso, chamados de anaeróbios facultativos.
Alguns fungos são utilizados na indústria de laticínios,
como:
O Penicillium camemberti e o Penicillium roqueforte,
empregados na fabricação dos queijos Camembert e
Roquefort, respectivamente.

Algumas espécies de fungos são utilizadas diretamente

como alimento pelo homem, como a Morchella elata e
da espécie Agaricus brunnescens, o popular cogumelo ou
champignon, uma das mais amplamente cultivadas no
mundo.

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CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGOS – É eucarionte, porém não sintetiza pigmento
fotossintetizante.
– Tem como substância de reserva o glicogênio;
– Apresenta Quitina como um dos componentes da
membrana celular.
Pelas características expostas, conclui-se que o ser vivo
mencionado pertence ao Reino

a)Monera
b)Protista
c)Fungi
d)vegetal
e)Animal

03. O bolor negro do pão (Rhizopus) caracteriza-se por

esporos que crescem, formando
hifas cenocÍticas haplóides que se ramificam e formam um
micélio, sendo causado por espécies de fungos do grupo
dos:

a)Zigometos
b)Ascomicetos
c)Basidiomicetos
d)Deuteromicetos
e)Oomicetos

04. Nos fungos Ascomicetos e Basidiomicetos as hifas

férteis são denominadas respectivamente:

a)corpo vegetativo e corpo de frutificação

b)ascósporo e basidiósporo
c)corpo de frutificação e corpo vegetativo
d)ascocarpo e basidiocarpo
e)ascos e basídios

BIOPRATICANDO!!! 05. Os organismos animais e vegetais mortos são

gradualmente desintegrados, até que suas estruturas não
01. Das alternativas abaixo, assinale a única INCORRETA: possam mais ser reconhecidas, e suas moléculas
orgânicas complexas sejam fragmentadas em dióxido de
a) Os fungos multicelulares são formados por tubos carbono, água e componentes minerais.
chamados de hifas, que podem ser divididas em O processo de mineralização é realizado
compartimentos ou não;
b) Os fungos liberam substâncias químicas no meio em que a)somente por bactérias quimiotróficas.
crescem ou no interior de uma cavidade gástrica, para b)somente por protozoários autotróficos.
digerir o alimento; c)somente por cianobactérias saprofíticas.
c) Os líquens são considerados pioneiros, pois constituem a d)por fungos e bactérias autotróficos.
primeira forma de vida a se formarem em rochas; e)por fungos e bactérias saprofíticas.
d) Alguns fungos que infectam plantas, produzem toxinas
que são prejudiciais ao homem; GABARITOS
e) Os fungos tipicamente se reproduzem através de 01. B 02. C 03. A 04. E 05. E
esporos, que são produzidos em estruturas chamadas
Corpo de frutificação.
REINO PLANTAE OU METAPHYTA
02. Ao realizar uma pesquisa científica um especialista
chegou a conclusão de que um determinado ser vivo As plantas são seres que se caracterizam
apresenta as seguintes características: como pluricelulares e eucariontes. Nesses aspectos elas
– É pluricelular, muito embora suas células não constituam são semelhantes aos animais e a muitos tipos de fungos;
tecidos diferenciados;

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entretanto, têm uma característica que as distingue desses minerais (seiva bruta) e matéria orgânica (a seiva
seres - são autotróficas, ou seja, são aqueles que elaborada);
produzem o próprio alimento pelo processo - ter ou não estruturas reprodutoras (semente, fruto e flor)
da fotossíntese. ou ausência delas.

As plantas, juntamente com outros seres GRUPOS DE PLANTAS

fotossintetizantes, são produtoras de matéria orgânica que  Criptógama: palavra composta por cripto, que
nutre a maioria dos seres vivos da Terra, atuando na base significa escondido, e gama, cujo significado está
das cadeias alimentares. Ao fornecer o gás oxigênio ao relacionado a gameta (estrutura reprodutiva). Esta palavra
ambiente, as plantas também contribuem para a significa, portanto, "planta que tem estrutura reprodutiva
manutenção da vida dos seres que, assim como elas escondida". Ou seja, sem semente.
próprias, utilizam esse gás na respiração. As plantas  Fanerógama: palavra composta por fanero, que
conquistaram quase todos os ambientes da superfície da significa visível, e por gama, relativo a gameta. Esta
Terra. palavra significa, portanto, "planta que tem a estrutura
reprodutiva visível". São plantas que possuem semente.
ATENÇÃO!!!!
Segundo a hipótese mais aceita, elas evoluíram a partir BRIÓFITAS
de ancestrais protistas. Provavelmente, esses ancestrais (PLANTAS AVASCULARES)
seriam tipos de algas pertencentes ao grupo dos protistas Essa divisão compreende vegetais terrestres com
que se desenvolveram na água. Foram observadas morfologia bastante simples, conhecidos popularmente
semelhanças entre alguns tipos de clorofila que existem como "musgos" ou "hepáticas".
tanto nas algas verdes como nas plantas. São organismos eucariontes, pluricelulares, onde apenas
os elementos reprodutivos são unicelulares, enquadrando-
Mas e quanto a presença da água, tão necessária à vida? se no Reino Plantae, como todos os demais grupos de
Ao compararmos o ambiente terrestre com o ambiente plantas terrestres.
aquático, verificamos que no terrestre a quantidade de
água sob a forma líquida é bem menor e também que a
maior parte dela está acumulada no interior do solo.
Como, então, as plantas sobrevivem no ambiente
terrestre? Isso é possível
porque elas apresentam adaptações que lhes
possibilitam desenvolver no ambiente terrestre e ocupá-
lo eficientemente. As plantas adaptadas ao ambiente
terrestre apresentam, por exemplo, estruturas que
permitem a absorção de água presente no solo e outras
estruturas que impedem a perda excessiva se água.
Veremos mais adiante como isso ocorre.

CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS

As plantas cobrem boa parte dos ambientes terrestres do
planeta. Vistas em conjunto, como nesta foto, parecem
todas iguais. Mas na realidade existem vários tipos de
planta e elas ocupam os mais diversos ambientes.
Ocorrência
O reino das plantas é constituído de As briófitas são características de ambientes terrestre
organismos pluricelulares, eucariontes, autótrofos úmidos, embora algumas apresentem adaptações que
fotossintetizantes. permitem a ocupação dos mais variados tipos de
ambientes, resistindo tanto à imersão, em ambientes
É necessário definir outros critérios que possibilitem a totalmente aquáticos, como a desidratação quando
classificação das plantas para organizá-las em grupos atuam como sucessores primários na colonização, por
menos abrangentes que o reino. exemplo, de rochas nuas ou mesmo ao congelamento em
regiões polares.
Em geral, os cientistas consideram como critérios
importantes: São vegetais dependentes da água, ao menos para a ação
reprodutiva. Esta divisão não possui representantes
- a característica da planta ser vascular ou avascular, isto é, marinhos.
a presença ou não de vasos condutores de água e sais

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MORFOLOGIA

As briófitas são plantas:

- avasculares de pequeno porte que possuem muitos e

pequenos cloroplastos em suas células.
- apresentam no máximo 10 cm em ambientes
extremamente úmidos. – realaizam transporte de água ao
longo do corpo por difusão de célula a célula, já que não
há vasos condutores e, portanto, é lento.

REPRODUÇÃO

O ciclo haplodiplobionte nos musgos

Nos musgos e em todas as briófitas, a metagênese envolve

a alternância de duas gerações diferentes na forma e no
tamanho. Os gametófitos, verdes, são de sexos separados
e duram mais que os esporófitos.

 Gimnosperma: palavra composta por gimmno, que

significa descoberta, e sperma, semente. Esta palavra
significa, portanto, "planta com semente a descoberto" ou
"semente nua".
 Angiosperma: palavra composta por angion, que
significa vaso (que neste caso é o fruto) e sperma,
semente. A palavra significa, "planta com semente
guardada no interior do fruto".

ANATOMIA VEGETAL

A anatomia da planta ou fitotomía é o campo da botânica

que estuda a estrutura das plantas dentro. No início, a
anatomia vegetal também incluiu morfologia da planta,
que estuda a forma física e estrutura externa das plantas.

Talo

Em botânica , o talo é equivalente ao conjunto da raiz , o

tronco e as folhas de plantas metafitas .

O talo é uma estrutura celular de nível, o qual, no caso das

algas macroscópica, uma das três estirpes, a sua altura e
ser dada uma parte vegetativa, semelhante à das plantas
reais, chamados rhizoids (raiz), cauloide (haste)
e phyllodes (folhas).

Raiz

A raiz é o órgão da planta que normalmente é abaixo do

Caule
solo e podem ser raízes primárias e raízes secundárias. Há
O caule é o órgão vegetativo das plantas cormofitas, e
algumas exceções, como algumas raízes podem
crescem no sentido contrário ao da raiz e usa seus
ser encontrado no chão ou ar (o que é muito acima do solo
tentáculos para as folhas , flores e frutos : os rizomas são
ou acima da água.
caules subterrâneos.

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Fruto
O fruto vem do ovário da flor depois de ser fertilizado. A
parede da parede do ovário e é referido torna-se
frutos PERICARPO. A função do Pericarpo é a de proteger
a semente .

Em plantas gimnospermas e não-floração das plantas que

Folhas não são verdadeiros frutos, embora estruturas
Uma folha é uma estrutura ou um órgão das plantas reprodutivas como cones de pinheiros , geralmente são
especializados para a fotossíntese . Para cumprir o seu tomadas por fruto.
objetivo, a folha é tipicamente plana e fina, com a
finalidade de expor os cloroplastos de células contendo (
clorênquima = tecido vivo) para iluminar sobre uma grande
superfície, e permitindo que a luz penetre totalmente para
dentro dos tecidos.

Flor

A função da flor é produzir sementes através de

reprodução sexual . Para as plantas, as sementes são a
próxima geração, e servem como o principal meio através
do qual as espécies se perpetuam e se espalhar. Após a
fecundação, a flor dá origem, transformando algumas de
suas partes, um fruto que contém as sementes.

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TIPOS DE ANGIOSPERMAS 02. No planeta, são referidas aproximadamente 800
espécies de gimnospermas e 220.000 espécies de
angiospermas. Sobre essa diferença numérica, foram feitas
as seguintes afirmações:
I. Em certo momento, no passado geológico, houve mais
espécies de gimnospermas que de angiospermas. Porém, o
surgimento da flor nas angiospermas conferiu um maior
sucesso adaptativo a esse grupo.
II. O surgimento das sementes nas gimnospermas já
representou um grande passo na conquista do ambiente
terrestre. Porém, com a presença dos frutos, as
angiospermas tiveram maior dispersão assegurada.
III. As angiospermas ocorrem nas regiões mais quentes do
globo e as gimnospermas estão restritas às áreas não-
tropicais e mais frias. Como existem mais áreas quentes,
há mais angiospermas que gimnospermas no planeta.
IV. A dupla fecundação, que surgiu nas gimnospermas, foi
aperfeiçoada nas angiospermas com o surgimento do
envoltório da semente. Isso também explica a maior
dispersão e o maior número de angiospermas.

Considerando a evolução das plantas no ambiente

terrestre, estão corretas somente:

a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.

03. Todas as plantas apresentam alternância de gerações,

isto é, uma fase assexuada, seguida de uma sexuada. Nas
Briófitas, a fase Gametofítica predomina sobre a fase
Esporofítica. Nas demais plantas (Pteridófitas,
Gimnospermas e Angiospermas), a fase Esporofítica é a
predominante sobre a Gametofítica. Células haplóides de
uma Angiosperma podem ser observadas

a) na parede do ovário e no grão-de-pólen.

BIOPRATICANDO!!!
01. Nas Angiospermas, ocorre dupla fecundação, pois um
núcleo espermático se funde com a oosfera, formando um
zigoto 2n, e o outro núcleo espermático se funde com
a) um núcleo polar, formando o endosperma secundário
2n.
b) um núcleo polar, formando o endosperma primário 2n.
c) dois núcleos polares, formando o endosperma
secundário 3n.
d) dois núcleos polares, formando o endosperma primário
2n.
e) dois núcleos polares, formando o endosperma primário
3n.
b) no interior do óvulo e no grão-de-pólen.
c) no endosperma da semente e no tubo polínico.
d) no saco embrionário e na parede da antera.
e) no pistilo e no filete do estame.
04. Os principais grupos de plantas que colonizaram o
ambiente terrestre foram as gimnospermas e as
angiospermas. Muitos autores acreditam que os insetos
tiveram um papel importante no sucesso das
angiospermas nesse ambiente. Uma característica das
angiospermas que possibilitou a associação com os insetos
é a presença de
a) fruto com mesocarpo carnoso, que impede a ingestão
das sementes pelos insetos durante a polinização.
b) grãos de pólen com envoltórios resistentes, produzidos
em estróbilos com áreas secretoras, que atraem os insetos
polinizadores.

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c) carpelos múltiplos não ovulados e anteras plumosas, 08. Os frutos são exclusivos das angiospermas, e a
que forçam insetos polinizadores a visitar muitas plantas. dispersão das sementes dessas plantas é muito importante
d) flores com pétalas com cores, aromas ou secreções, que para garantir o sucesso reprodutivo, pois permite a
atraem insetos que atuarão na polinização da planta. conquista de novos territórios. A dispersão é favorecida
e) sementes descobertas, formadas em flores por certas características dos frutos (ex.: cores fortes e
rudimentares, que facilitam sua dispersão pelos insetos. vibrantes, gosto e odor agradáveis, polpa suculenta) e das
sementes (ex.: presença de ganchos e outras estruturas
05. Na evolução das angiospermas desenvolveu-se uma fixadoras que se aderem às penas e pelos de animais,
estrutura única entre os vegetais, que está certamente tamanho reduzido, leveza e presença de expansões
relacionada com a ampla distribuição geográfica do grupo. semelhantes a asas). Nas matas brasileiras, os animais da
Trata-se: fauna silvestre têm uma importante contribuição na
dispersão de sementes e, portanto, na manutenção da
a) do tubo polínico. d) dos frutos. diversidade da flora.
b) dos grãos de pólen alados. e) dos nectários. CHIARADIA, A. Mini-manual de pesquisa: Biologia. Jun.2004 (adaptado).
c) das sementes.
Das características de frutos e sementes apresentadas,
06. Os vegetais vasculares que possuem raiz, caule e quais estão diretamente associadas a um mecanismo de
folhas, mas não são dotados de flores, frutos e sementes atração de aves e mamíferos?
são:
a) algas, como as algas pardas. a) Ganchos que permitem a adesão aos pelos e penas.
b) pteridófitas, como as samambaias, avencas e os xaxins. b) Expansões semelhantes a asas que favorecem a
c) briófitas, como as hepáticas e os musgos. flutuação.
d) gimnospermas, como os ciprestes, os pinheiros e c) Estruturas fixadoras que se aderem às asas das aves.
o Ginkgo biloba. d) Frutos com polpa suculenta que fornecem energia aos
e) fungos, como a orelha de pau, os cogumelos e as dispersores.
leveduras. e) Leveza e tamanho reduzido das sementes, que
favorecem a flutuação.
07. A organização do corpo dos vegetais é bem diferente
da organização do corpo dos animais. A maior parte dessas 09. A imagem representa o processo de evolução das
diferenças deve ser interpretada como adaptação ao modo plantas e algumas de suas estruturas. Para o sucesso desse
autotrófico de vida que caracteriza os vegetais, em processo, a partir de um ancestral simples, os diferentes
oposição ao modo heterotrófico dos animais. Assim, grupos vegetais desenvolveram estruturas adaptativas que
podemos afirmar: lhes permitiram sobreviver em diferentes ambientes.
a) As células vegetais são formadas por parede espessa,
que dão resistência e sustentação às diferentes partes da
planta, constituindo os chamados tecidos de sustentação,
representados pelos vasos condutores de seiva.
b) Revestindo os vegetais, há estruturas que fornecem
proteção mecânica e, nas plantas terrestres, evitam a
desidratação, como a epiderme (nas folhas e nas partes
jovens do caule e da raiz) e o súber (nas células mais velhas
do caule e da raiz).
c) As Briófitas, as Pteridófitas, as Gimnospermas e as
Angiospermas desenvolveram um sistema de transporte
de seiva bruta e elaborada através de tecidos condutores
de seiva, representados pelos vasos lenhosos e liberianos.
d) A água e o gás carbônico usado na fotossíntese para
produzir glicídios e outros compostos orgânicos, são
distribuídos para todo corpo da planta, pelos vasos
liberianos.
e) Há tecidos que fabricam diversas substâncias úteis à
planta, como o néctar que atrai aves e insetos
polinizadores, favorecendo a fecundação cruzada entre os
indivíduos vegetais, permitindo, assim, a manutenção do
padrão genético da espécie, sem provocar alterações
fenotípicas. Observe algumas características adaptativas dos grupos
vegetais.

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Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu
para uma maior diversidade genética?
a) As sementes aladas, que favorecem a dispersão aérea.
b) Os arquegônios, que protegem o embrião multicelular
c) Os grãos de pólen, que garantem a polinização cruzada.
d) Os frutos, que promovem uma maior eficiência
reprodutiva.
e) Os vasos condutores, que possibilitam o transporte da
seiva bruta.
10. Muitas espécies de plantas lenhosas são encontradas
no cerrado brasileiro. Para a sobrevivência nas condições
de longos períodos de seca e queimadas periódicas,
próprias desse ecossistema, essas plantas
desenvolveram estruturas muito peculiares.
As estruturas adaptativas mais apropriadas para a
sobrevivência desse grupo de plantas nas condições
ambientais do referido ecossistema são:
a) Cascas finas e sem sulcos ou fendas.
b) Caules estreitos e retilíneos.
c) Folhas estreitas e membranosas.
d) Gemas apicais com densa pilosidade.
e) Raízes superficiais, em geral, aéreas.
11. As angiospermas são as plantas com maior número de
espécies e de indivíduos que ocupam o maior número de
habitats. Assinale a alternativa que apresenta as
características exclusivas desse grupo de plantas.
a) Plantas avasculares sem sementes e sem frutos; como
exemplo podemos citar os musgos e as hepáticas.
b) Plantas vasculares com presença de flor, fruto e
semente, como exemplo, podemos citar as árvores
frutíferas e capins.
c) Plantas vasculares com sementes, porém sem frutos,
como exemplo, podemos citar os pinheiros e os ciprestes.
d) Plantas vasculares sem sementes e sem frutos, como
exemplo, podemos citar as samambaias e as avencas.
e) São todas as plantas que não apresentam flores.
GABARITOS
01. C 02. A 03. B 04. D 05.D
06. B 07. B 08. D 09. C 10.D
11. B
REINO ANIMMALIA
 Eucariontes, multicelulares e heterotróficos
 Com ou sem locomoção (como é o caso das
esponjas)
O ramo da biologia qe estuda os animais é
denominado Zoologia (zoo = animal, logus = estudo). É
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Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
muito comum, em Zoologia falar-se em
animais invertebrados e animais vertebrados.
Os invertebrados são todos os animais que não
possuem vértebras e, consequentemente, coluna
vertebral. A maior parte dos animais é formada pelos
invertebrados, caso das esponjas, medusas, planárias,
vermes, minhocas, insetos, siris, estrelas-do-mar e outros.
O termo invertebrado não tem nenhum valor taxonômico
e não corresponde a grupos como filo, classe, ordem ou
outros; é simplesmente um termo vulgar aplicado a todos
esses animais.
ATENÇÃO!!! Nos grupos de invertebrados, as
características morfológicas sempre foram definidas a
partir do estudo de animais adultos. Nos cordados, no
entanto, a caracterização do grupo deve ser procurada na
fase embrionária. É nessa fase que todo o cordado
apresenta as quatro características típicas do grupo:
notocorda, tubo nervoso dorsal, fendas na faringe e
cauda pós-anal.
Os cordados correspondem a todos os animais que
possuem vértebras, caso dos peixes, anfíbios, répteis, aves
e mamíferos.
CORDADOS
Características e Classificação
Todo cordado apresenta, pelo menos em alguma fase de
sua existência:
 notocorda, situada ao longo do eixo mediano dorsal
do animal;
 um tubo nervoso localizado dorsalmente, acima da
notocorda;
 fendas situadas bilateralmente na faringe;
 cauda pós-anal, primariamente importante para a
propulsão no meio aquático. Dela, apenas um vestígio - o
cóccix, formado de um conjunto de vértebras pequenas no
fim da coluna vertebral - restou nos seres humanos.
Condrictes: Os Peixes Cartilaginosos
Os tubarões, raias e quimeras (peixes de águas
profundas, também chamados de peixes-rato) desta classe
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
(do grego chondros = cartilagem + ichthys = peixe) são os
vertebrados vivos mais primitivos com vértebras
completas e separadas, mandíbulas móveis e barbatanas
pares.
Osteictes: Os Peixes Ósseos
Os peixes ósseos são o grupo mais vasto
(correspondem a 9 em cada 10 espécies) e diverso de
peixes atuais. Estes animais habitam todos os tipos de
água, doce, salobra, salgada, quente ou fria (embora a
maioria seja limitada a temperaturas entre 9 e 11ºC). Esta
é a classe mais recente do ponto de vista filogenético, bem
como a considerada mais evoluída.
Anfíbios: O início da Conquista do Meio Terrestre
Os anfíbios não são encontrados no ambiente marinho,
apenas na água doce e em ambiente terrestre. O nome do
grupo, anfíbios (do grego, amphi - dos dois lados
+ bios = vida), foi dado em razão da maioria de seus
representantes possuírem a fase larval aquática e de
respiração branquial (lembre-se dos girinos) e uma fase
adulta, de respiração pulmonar e cutânea, que habita o
meio terrestre úmido. São heterotermos, como os peixes.
Répteis: Primeiros Vertebrados Bem-Sucedidos no Meio
Terrestre
Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar,
com sucesso e definitivamente, o ambiente terrestre. Isto
porque desenvolveram algumas características
adaptativas, tais como: presença de casca calcária
envolvendo o ovo e pele impermeável, seca, sem
glândulas, revestida por escamas epidérmicas (nas cobras
e lagartos), por placas córneas (nos crocodilos e jacarés)
ou ainda por placas ósseas (nas tartarugas), formando
uma carapaça que protege o animal contra a
desidratação.
Aves: vertebrados homeotermos com corpo coberto por
penas
As aves constituem uma classe de animais vertebrados,
tetrápodes, endotérmicos, ovíparos, caracterizados
principalmente por possuirem penas, apendices
locomotores anteriores modificados em asas, bico corneo
e ossos pneumáticos (ossos ocos cheios de ar). São
reconhecidas aproximadamente 9.000 especies de aves no
mundo.
Mamíferos
Homeotermos e com a presença de glândulas
mamárias. A capacidade de manter a temperatura do
corpo elevada e constante foi o principal fator adaptativo
dos representantes desse grupo à praticamente qualquer
ambiente terrestre. Muitos mamíferos voltaram para o
meio aquático (baleias, foca, golfinho, peixe-boi) e outros
adaptaram-se ao vôo (morcego) e compartilham o meio
aéreo com as aves e os insetos.
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Caracteristicas dos mamiferos
 Presença de glândulas mamárias produtoras de
leite com substâncias nutritivas para alimentação dos
recém-nascidos;
 Corpo coberto por pêlos, estruturas de origem
epidérmica, ricas em queratina, e elaboradas por folículos
pilosos;
 Artéria aorta voltada para o lado esquerdo do
coração (nas aves, a aorta é voltada para o lado direito do
coração);
 Pele contendo glândulas sebáceas, cuja secreção
oleosa lubrifica os pelos e a própria pele, e glândulas
sudoríparas, produtoras de suor (na verdade, um filtro de
água, sais e uréias), recurso de manutenção
da homeotermia e via de eliminação de excretas. Ambas as
glândulas têm origem epidérmica;
 Músculo diafragma, localizado entre o tórax e o
abdômen, utilizado na ventilação pulmonar;
 Placenta, órgão que regula as trocas de alimento
entre o sangue materno e o sangue fetal, presente na
maioria dos mamíferos chamados placentários.
Classificação dos mamíferos
 Monotremados. São mamíferos primitivos cuja
boca possui bico córneo e que se reproduzem por meio da
postura de ovos. Os representantes atuais, os ornitorrincos
e as equidnas restringem-se à região australiana (Austrália
e Nova Guiné);
 marsupiais. Esse grupo inclui representantes da
fauna australiana, como os cangurus e os coalas, e
representantes norte-americanos e sul-americanos, como
os nossos gambás e cuícas. Após curta fase de
desenvolvimento em uma dobra da pele do abdômen da
mãe, com aspecto de bolsa, o marsúpio;
 placentários. Inclui a maioria dos mamíferos,
separados em ordens como a dos carnívoros, roedores,
ungulados, cetáceos, quirópteros e a dos primatas, à qual
pertence a espécie humana. Nesses animais, útero e
placenta são bem desenvolvidos, o que permite o
desenvolvimento no interior do organismo materno.
HORA DE PRATICAR, BIOLOVERS!!!
01. As esponjas são animais pertencentes ao filo Porífera.
Durante muitos séculos foram classificadas como plantas
aquáticas e reconhecidas como animais apenas em 1765.
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02
São os seres mais primitivos do reino Animalia e possuem
determinadas características exclusivas que os diferenciam
de todos os outros animais. Com relação às esponjas, é
correto afirmar que
a) não formam órgãos nem sistemas e apresentam células
chamadas coanócitos, relacionadas com a nutrição.
b) são triblásticas e acelomadas, com simetria bilateral e
sistema digestório incompleto.
c) se reproduzem unicamente de forma assexuada,
principalmente por brotamento, ou, excepcionalmente,
por gemulação.
d) apresentam sistema digestório incompleto e possuem
células urticantes, chamadas cnidoblastos, relacionadas à
defesa e à captura de suas presas.
e) possuem sistema ambulacral, responsável pelos
movimentos de locomoção, transporte de substâncias e
percepção do meio externo.
02. O esquema reproduz, de forma simplificada, a
reprodução por metagênese caracteristico de
determinados grupos de Cnidários.
Considerando as informações expressas na ilustração e nos
conhecimentos a respeito da reprodução nos seres vivos, é
correto afirmar:
a) na metagênese de alguns cindários, há uma alternância
entre fase esporofítica e fase gametofítica.
b) a etapa polipoide dos cnidários com metagênese é
sempre sexuada e origina as medusas.
c) a etapa medusoide dos cnidários com metagênese é
sempre sexuada e origina pólipos.
d) a larva ciliada se desenvolve em medusas, que,
por estrobilização, dá origem a pólipos assexuados.
e) a alternância de geração nos cnidários intercala uma
fase haploide com uma fase diploide, ao longo das
gerações.
03. Existe uma regra geral em fisiologia animal que define
como sendo de 1 mm a espessura máxima de um tecido
capaz de sustentar suas células se o mecanismo de
transporte é realizado apenas por difusão. Células, tecidos
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Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
e organismos precisam ter acesso a oxigênio e nutrientes
e remover compostos nitrogenados e gás carbônico para
poderem realizar suas funções vitais adequadamente. O
principal sistema que provê essas condições nos cordados
vertebrados é o sistema circulatório. Inegável reconhecer
que, graças a esse sistema (entre outros), vertebrados
podem atingir tamanhos tão grandes como o de baleias ou
elefantes. Entretanto, mesmo não apresentando um
sistema circulatório completo, com coração e vasos, alguns
animais com estrutura corporal mais simples podem
atingir tamanhos consideravelmente grandes. Sob essa
perspectiva, considere as seguintes afirmativas:
1. Poríferos não apresentam tecidos verdadeiros e,
portanto, não são capazes de desenvolver órgãos ou
sistemas que possam resolver o problema das trocas
internas de gases, nutrientes e excretas. Assim, poríferos
são animais para os quais a regra do 1 mm é efetivamente
aplicável, e por isso nenhuma espécie desse grupo atinge
esse tamanho.
2. Alguns cnidários (celenterados) podem atingir grandes
dimensões. As soluções para o problema do 1 mm são
variáveis e geralmente baseadas em duas características:
a) esses animais são diblásticos (apresentam duas
monocamadas corporais, que geralmente se encontram
diretamente em contato com a água externa ou com a
água da gastroderme); b) o aumento corporal está
associado ao aumento de uma camada acelular ou com
poucas células, denominada mesogleia.
3. Animais pseudocelomados (também denominados
de blastocelomados) podem realizar as trocas internas
utilizando o fluido do pseudoceloma em si. O transporte
pode, ainda, ser auxiliado por um sistema de canais como
os encontrados em acantocéfalos e rotíferos, denominado
em alguns desses grupos de sistema lacunar de canais.
4. Apesar de serem acelomados e de não apresentarem
um sistema circulatório, muitos platelmintos podem atingir
grandes tamanhos. É o caso das planárias terrestres, que
atingem mais de 30 cm de comprimento, e das tênias
(algumas com dezenas de metros de comprimento).
Nesses casos específicos, as trocas de gases, nutrientes e
excretas ocorrem através do trato digestivo e pela
superfície corporal desses animais, com um processo de
difusão eficiente.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
04. Ao observar detalhadamente alguns
moluscos bivalvos (ostras e mexilhões) e insetos
coleópteros (besouros e joaninhas), um estudante fez as
seguintes afirmativas:
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I.ambos apresentam o corpo protegido por um
exoesqueleto que nos moluscos é calcáreo e nos insetos é
quitinoso.
II.como o exoesqueleto limita o crescimento, no decorrer
do desenvolvimento dos moluscos e dos insetos ocorrem
as mudas que são controladas pelo hormônio
denominado ecdisona.
III.como a presença do exoesqueleto impede a respiração
cutânea, nos bivalvos a respiração é geralmente branquial
e nos coleópteros ela se faz por órgãos
denominados traquéias.
Folha de S.Paulo, 21/09/2012
Estão CORRETAS as afirmativas:

a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I, II e III.
e) I e III

05.
A lenda e os polvos
“Navegantes do passado contavam histórias, que se
transformaram em lendas. Uma dessas lendas narradas É correto afirmar que a casca referida na tira corresponde:
com entusiasmo pelos marujos pioneiros, conta que os
polvos gigantes, vindos das profundezas dos oceanos, a) ao exoesqueleto, presente apenas em aracnídeos e
atacavam as embarcações chegando a afundar navios e a insetos, cujo crescimento está representado em A.
atirar homens ao mar. Essa é a lenda. Agora, vamos à b) ao exoesqueleto, presente em todos os artrópodes, cujo
verdade: O maior polvo já encontrado chegou a medir crescimento está representado em A.
9,6m de comprimento. Ele faz parte dos chamados polvos c) ao exoesqueleto, que limita o crescimento de
gigantes que vivem acerca de 20 metros de profundidade artrópodes, como está representado em B.
nas águas frias do Oceano Pacífico.” d) a um revestimento resistente, constituído por quitina,
Adaptado de: LOPES, Sonia. Bio, São Paulo, Saraiva. 1997. p.295.
presente apenas em aracnídeos, cujo crescimento está
representado em B.
Os polvos são animais do filo:
e) a um revestimento resistente, constituído por quitina,
presente apenas em aracnídeos e crustáceos, cujo
a) Mollusca, possuidores de sistema digestório
crescimento está representado em A.
incompleto.
b) Crustacea, possuidores de circulação aberta.
07. Os insetos reúnem maior número de espécies animais
c) Crustacea, possuidores de sistema digestório completo.
conhecidas, sendo, portanto, o grupo mais diversificado
d) Mollusca, possuídores de nefrídios.
dentro dos artrópodes e, conseqüentemente, dentre todos
e) Arthropoda, possuidores de celoma.
os animais. Os diferentes grupos de artrópodes podem ser
identificados com base nas características de sua
06. Abaixo temos uma tira de quadrinhos e em seguida
morfologia externa.
dois gráficos indicados por A e B, que mostram, de forma
simplificada, a taxa de crescimento de animais
A tabela abaixo descreve as características das
pertencentes a diferentes filos.
classes Insecta, Chilopodas, Diplopoda e Arachinida.

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O conteúdo
título, desta aula em PDF é licenciado para KARINA SILVA DO NASCIMENTO, CPF 704.183.984-29, vedada, por quaisquer meios e a qualquer
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 BIOLOGIA – MÓDULO 02 Artur Barbosa I Paulo Cerqueira I Raquel Brandão l Roberto Melo
Assinale a alternativa que identifica corretamente as Das afirmativas relacionadas, estão corretas:
classes A, B, C e D respectivamente.
a)Arachinida, Insecta, Chilopoda e Diplopoda a) Apenas II, III e IV
b)Chilopoda, Diplopoda, Arachinida e Insecta b) Apenas I, II e IV
c)Chilopoda, Arachinida, Insecta e Diplopoda c) Apenas I e II
d)Diplopoda, Chilopoda, Insecta e Arachinida d) Apenas I e IV
e)Diplopoda, Arachinida, Chilopoda e Insecta e) I, II, III e IV

08. Sejam as características: (A) células em duas camadas. 12. As afirmativas a seguir se referem às aves:
Penetradas por numerosos canais; pequena especialização I. Sacos aéreos e ossos pneumáticos
para alimentação e reprodução; (B) células em três constituem importantes adaptações das aves para o vôo.
camadas; vários sistemas orgânicos; muitos II. Penas têm origem a partir da mesoderme,
representantes são parasitas; corpo achatado e não sendo revestidas por uma epiderme de constituição
segmentado; (C) órgãos radialmente córnea.
simétricos; pêlo espinhoso; grande complexidade; nervos III. Ácido úrico compreende o tipo de excreção
verdadeiros. TRata-se, respectivamente, dos seguintes nitrogenada.
filos: IV. A pele é, caracteristicamente seca, aglândular, com
exceção da urupigeana.
a)celenterados; platielmintos; equinodermos;
b)poríferos; platielmintos; equinodermos; São corretas as afirmativas:
c)porífero; nematelmintos; rotíferos;
d)platielmintos; anelídeos; rotíferos; a) I, II, III e IV;
e)nematelmintos; platielmintos; equinodermos. b) I, III e IV apenas;
c) I e III apenas;
09. Na maioria dos peixes ósseos o órgão d) II e IV apenas;
responsável pela manutenção do equilíbrio hidrostático e) III e IV apenas.
com o meio é denominado:
13. Leia o texto abaixo.
a) bexiga natatória. d) brânquias. “Pouca gente se dá conta de que o litoral sul do Brasil, em
b) nadadeira caudal. e) linha lateral. especial Santa Catarina, é uma das áreas mais importantes
c) clásper. em todo o planeta para a reprodução das baleias. É aqui
que a baleia-franca, um gigante pacífico e ameaçado de
10. Os anfíbios tentaram conquistar o meio terrestre, extinção, vem ter seus filhotes e amamentá-los, de maio a
porém não o conseguiram totalmente devido à outubro (com maior número de avistagens de baleias com
reprodução. Quanto à reprodução dos anuros, é correto filhotes em agosto/setembro)."
(Folheto do Projeto Baleia-franca, IWC/Brasil, WDCS, Florianópolis, SC)
dizer, exceto:

a) Os anuros são dioicos, apesar dos órgãos de Bidder nas Considere os itens abaixo que apresentam possíveis
fêmeas. características do grupo a que pertencem os animais acima
b) Apresentam fertilização cruzada e externa, com cópula. citados:
c) O desenvolvimento é indireto com larvas e girinos.
d) Muitos anfíbios são ovulíparos e protegem os ovos com I. respiração pulmonar
cordões gelatinosos. II. Pecilotermia
e) A fecundação dos anfíbios é semelhante à dos peixes III. fecundação interna
ósseos, mas com cópula. IV. ausência de diafragma

11. Considere as afirmações sobre a reprodução dos Quais estão corretas?

répteis:
I. Eles são cordados que se reproduzem sexualmente, a) Apenas I e II. b) Apenas I e III. c) Apenas II e III.
d) Apenas II e IV. e) Apenas I, II e IV.
dispensando órgãos copuladores.
II. Quanto à forma de se reproduzirem, eles são animais
considerados intermediários entre os peixes, anfíbios e os GABARITOS
mamíferos. 01. A 02. C 03. D 04. C 05. D
III. Neles a fertilização é interna. 06. B 07. C 08. B 09. A 10. A
IV. Em determinadas serpentes, ocorre o desenvolvimento 11. A 12. B 13. B
interno.

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