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Introdução ............................................................................................................................. 5
1 - Definição de criança ......................................................................................................... 6
2 - Instrumentos e órgãos internacionais na área dos direitos da criança ............................... 7
2.1 - A Convenção sobre os Direitos da Criança e seu Comité ........................................ 12
2.2 - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) ......................................... 19
3 - Direitos da criança internacionalmente reconhecidos .................................................... 21
4 - Estado de realização dos direitos da criança ................................................................... 24
4.1 - No mundo .................................................................................................................... 24
4.2 - Em Portugal ................................................................................................................ 26
5 - Perspectivas para o futuro: A agenda pós-2015 .............................................................. 29
Conclusão ........................................................................................................................... 31
Introdução ........................................................................................................................... 32
1 - Apoio e proteção na infância em Portugal ...................................................................... 33
2 - Medidas de política para a infância e família ................................................................. 36
2.1 - Principais medidas de apoio às famílias nas suas funções parentais ....................... 37
2.2 - Medidas de promoção e proteção da infância e juventude ...................................... 40
2.3 - Medidas complementares ....................................................................................... 42
3 - Desafios para o futuro .................................................................................................... 44
Nota de abertura
A complexidade da matéria e a diversidade de setores que intervêm na área da infância contribuem
para que a informação se encontre dispersa em diferentes fontes, nem sempre de fácil acesso. Pensámos,
por isso, que seria importante um trabalho de sistematização sobre a matéria, na área de intervenção do
Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social. Esta foi a ideia por detrás da publicação “Polí-
ticas para a Infância em Portugal na área da Segurança Social” que esperamos possa potenciar um maior
conhecimento e ser um contributo útil para todos os que intervêm nesta área ou sobre ela se interessam.
Trata-se de uma publicação que aborda, na primeira parte, um enquadramento internacional sobre os
direitos da criança, que reflete o compromisso de Portugal de respeito pelos direitos humanos em geral e
pelos direitos da criança em particular, tal como consignados nos tratados internacionais e europeus dos
quais Portugal é parte, designadamente da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança e
dos seus protocolos facultativos. Na segunda parte, são abordadas as medidas de política para a infância e
família na área de intervenção da segurança social, isoladamente ou em parceria com outros Ministérios,
não se esgotando nas mesmas toda a intervenção do Estado Português.
Definidas as políticas públicas como o conjunto das grandes linhas de orientação e ação assentes em
princípios e normativos não apenas nacionais como internacionais, elas materializam-se em programas
e serviços, estes últimos entendidos como instrumentos institucionais ou emergentes da sociedade civil,
tendo em vista a execução dos referidos programas enquanto conjunto de projetos e iniciativas num tempo
e contexto específicos.
Procurou-se, assim, e tendo em conta o referido alinhamento, identificar e caracterizar sucintamente,
ainda que tendo em atenção as evoluções mais significativas ocorridas, o conjunto de políticas de carácter
social para a infância em Portugal, reafirmando o denominador comum a todas elas. Este denominador
assenta num paradigma que busca os seus referenciais na Convenção sobre os Direitos da Criança con-
substanciada no seu princípio basilar da criança como sujeito de direitos, todas as decisões relativas às
crianças e jovens terem primacialmente em conta o superior interesse da criança.
Direitos da Criança: Perspetivas Internacionais
Introdução
Introdução
Foi com estas pungentes palavras que Zeid Ra’ad Al Hussein,
1 - Definição de criança Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, deu
2 - Instrumentos e órgãos início à sua intervenção de abertura da 30.ª sessão ordinária do Con-
internacionais na área dos selho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), a 14 de se-
direitos da criança tembro de 2015. Após meses sucessivos de inimagináveis atrocida-
des cometidas contra seres humanos em todo o mundo, foi o exemplo
2.1 - A Convenção sobre os
Direitos da Criança e seu
do menino sírio Aylan Al Kurdi, morto nas praias da Turquia com
Comité apenas 3 anos de idade, o escolhido pelo Alto Comissário Zeid para
se dirigir ao mundo na sua intervenção de abertura perante o princi-
2.2 - O Fundo das Nações pal órgão intergovernamental de direitos humanos da ONU.
Unidas para a Infância Todos sabemos que a imagem de uma criança que sofre é das
(UNICEF)
mais poderosas que existem e tem uma força mobilizadora difícil de
3 - Direitos da criança ultrapassar. Não foi sempre assim: ao longo de todo o século XX, a
internacionalmente atenção e importância atribuída às crianças, na esfera privada e públi-
reconhecidos ca, aumentou exponencialmente em praticamente todos os países do
4 - Estado de realização dos
mundo, levando a um desenvolvimento sem precedentes de quadros
direitos da criança conceptuais e jurídicos e mecanismos de proteção da infância, a nível
nacional e internacional.
4.1 - No mundo Se já a Sociedade das Nações (SDN) dedicou atenção à proteção
4.2 - Em Portugal das crianças, criando um comité para o efeito em 1919 e adotando a
primeira Declaração dos Direitos da Criança quatro anos mais tarde,
5 - Perspectivas para o futuro: foi o trabalho das Nações Unidas que conseguiu colocar a proteção e
A agenda pós-2015
promoção de direitos da criança num patamar sem precedentes e de-
Conclusão senvolver as bases do enquadramento normativo e institucional que
atualmente lhes serve de base.
Nesta parte, tentaremos dar a conhecer um pouco desse enqua-
dramento normativo e institucional: a visão das crianças segundo o
direito internacional, os direitos que lhes são reconhecidos e os me-
canismos existentes para proteger e promover tais direitos. Não po-
deremos deixar de atribuir uma atenção especial à Convenção sobre
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1. Definição de criança
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UNICEF, Global goals for every child, Setembro de 2015, disponível em: http://www.
unicef.org/post2015/files/Global_goals_for_every_child_2_pager_Sept_2015_.pdf.
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http://www.unicef.org/about/.
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mission.html.
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género.
Outras áreas de preocupação identificadas pelo Comité — e ob-
jeto de consequentes recomendações — incluem a segurança infantil,
a prevalência dos castigos corporais contra crianças, a violência do-
méstica contra mulheres e crianças, as situações de pobreza infantil e
familiar e o trabalho infantil. Foram recomendadas medidas concre-
tas nos domínios adoção, saúde, incluindo saúde mental e saúde dos
adolescentes, toxicodependência e aleitamento materno, assim como
medidas de proteção em benefício de crianças refugiadas e requeren-
tes de asilo (nomeadamente redução dos prazos para a decisão sobre
o pedido e encaminhamento dos casos para a Comissão de Proteção
de Crianças e Jovens competente), bem como crianças privadas de
um ambiente familiar ou em risco de o serem, crianças com defi-
ciência e crianças em contacto com o sistema de justiça de jovens.
Especificamente para o sector da educação, o Comité recomendou a
Introdução
interrupção dos cortes orçamentais no sector, o reforço da educação
pré-escolar, o combate ao abandono escolar, a melhoria da formação
1 - Definição de criança profissional e o reforço do plano nacional para a educação em direi-
2 - Instrumentos e órgãos tos humanos.
internacionais na área dos A respeito da aplicação do Protocolo Facultativo relativo à Par-
direitos da criança ticipação de Crianças em Conflitos Armados, o Comité recomendou,
por exemplo, a definição do conceito de “utilização ativa” nas hostili-
2.1 - A Convenção sobre os
dades na legislação interna pertinente, incluindo o Código de Justiça
Direitos da Criança e seu
Militar, a colocação das escolas militares sob a tutela do Ministério
Comité
da Educação e a garantia do estatuto civil a todos os alunos menores
2.2 - O Fundo das Nações de 18 anos e sua isenção de treino militar obrigatório, bem como a
Unidas para a Infância criminalização do recrutamento de crianças tanto em tempo de paz
(UNICEF) como em tempo de guerra e medidas de cooperação e assistência
3 - Direitos da criança internacional na área.
internacionalmente Na sequência da análise do relatório inicial sobre a aplicação
reconhecidos do Protocolo Facultativo relativo à Venda de Crianças, Prostituição
Infantil e Pornografia Infantil, foi recomendada, designadamente, a
4 - Estado de realização dos
adoção de um plano de ação nacional na área e o reforço dos me-
direitos da criança
canismos de coordenação e monitorização, bem como a avaliação
4.1 - No mundo do impacto das medidas de austeridade e dotações orçamentais es-
4.2 - Em Portugal pecíficas, o combate às causas profundas do tráfico de crianças, a
tipificação penal de todos os delitos previstos no Protocolo Facultati-
5 - Perspectivas para o vo e medidas ao nível da cooperação internacional, jurisdição extra-
futuro: A agenda pós- territorial, apoio e recuperação das vítimas, educação, informação e
-2015 formação profissional.
Conclusão
5. Perspetivas para o futuro: A agenda pós-2015
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Portugal na área da Segurança Social
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Creche
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Procura-se, com a presente publicação, dotar o leitor de
um conjunto de informação, sintética mas reflexiva, que
possibilite não apenas a identificação das medidas para
a infância e família na área de intervenção da segurança
social como uma melhor perceção da sua lógica integra-
tiva no contexto dos tratados internacionais e europeus
dos quais Portugal é parte.
Por outro lado, pretende ainda a mesma refletir o per-
curso que tem vindo a ser efetuado ao longo dos últimos
anos, procedendo a uma identificação das medidas atu-
almente vigentes, materializadas no vasto dispositivo de
programas e serviços de que o nosso país dispõe.
Assim, para aqueles que entram pela primeira vez em
contacto com esta matéria no contexto nacional ou que
dela disponham apenas de uma visão parcelar, espera-se
que o recurso a esta publicação, enquanto sinopse com-
preensiva das políticas para infância na área da seguran-
ça social em Portugal, se possa constituir como uma fer-
ramenta útil de trabalho.