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CETICISMO
Doutrina
filosófica sobre o
conhecimento
humano que
surgiu na Grécia
por volta do
século III a.C. A
palavra
Ceticismo vem
do grego
Sképsis que significa aquele que investiga, questiona. Podemos classificar o cético
como aquele que não toma posição, não afirma nem dúvida, não elabora juízo sobre
algo afim de evitar perturbações em sua alma, permanece sempre na procura,
mantendo a mente aberta.
Para os céticos o conhecimento da realidade em si mesma é impossível,
deveríamos, portanto, do ponto de vista cético, suspender o julgamento sobre as coisas
e coloca-las constantemente em dúvida.
Observe a imagem:
Olhando essa imagem podemos elaborar vários julgamentos como: é uma tribo
indígena, estão fazendo um ritual, o homem no centro é o cacique da tribo, etc. Tais
julgamentos podem classificados como dogmáticos por alegarmos conhecer a verdade
simplesmente pela imagem. Ou ainda, podemos tomar uma posição cética alegando
que não é possível afirmar nada sobre a imagem, ela não fornece uma forma de
conhecimento seguro, podemos nos equivocar quanto a qualquer julgamento.
Diante disso, os céticos diriam é a única atitude viável diante da imagem é fazer
o ideal cético que é a epoché, o que pode ser entendido como não julgar, não pensar o
que é ou não é a imagem. O ceticismo adotou diferentes características na história, O
ceticismo clássico por exemplo surge na Grécia antiga com Pirro de Élida (365 a.C
270 a.C). Este filósofo nunca escreveu nada (assim como Sócrates), tudo o que
sabemos dele se deu através dos escritos de terceiros. A filosofia de Pirro visa a
ataraxia (tranquilidade da alma). Algumas anedotas sobre Pirro alegam que ele era
capaz de suspender o juízo em situações muito desesperadoras ou angustiantes. Uma
dessas histórias alega que Pirro via um de seus amigos se afogando em um lago e o
mesmo ficou neutro e seguiu seu caminho. Pirro é descrito sob diversas características
como: Não simpático, alguém que não se afetava pelas emoções, tampouco pelo que
via.
Porém a própria posição de Pirro pode ser entendida como dogmática. O filósofo
alega que não é possível se chegar à verdade, mas é necessário continuar em uma
busca incessante por esta. Logo, ao dizer que não é possível se chegar a verdade o
filósofo está fazendo uma afirmação ou juízo.