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1.

CETICISMO
Ceticismo é uma corrente filosó fica fundada pelo filó sofo grego Pirro (318-272 a.C.),
caracterizada, essencialmente, por duvidar de todos os fenô menos que rodeiam o
ser humano.
O que é?
A palavra ceticismo vem do grego “sképsis” que significa “exame, investigaçã o”.
Atualmente, a palavra designa aquelas pessoas que duvidam de tudo e nã o
acreditam em nada.
Podemos afirmar que o ceticismo:

 Defende que a felicidade consiste em nã o julgar coisa alguma;


 Mantém uma postura de neutral em todas as questõ es;
 Questiona tudo o que lhe é apresentado;
 Nã o admite a existência de dogmas, fenô menos religiosos ou metafísicos.
Portanto, se estivermos dispostos a aceitá-lo, alcançaremos a afasia, que consiste em
nã o emitir opiniõ es sobre qualquer tema.
Em seguida, entramos no estado de ataraxia (despreocupaçã o) e somente assim,
poderemos viver a felicidade.
O ceticismo filosó fico de Pirro teve origem no helenismo e se expandiu como a “Nova
Academia”. No século XVIII essa ideia seria em parte recuperada pelos filó sofos
Montaigne e David Hume.

2. DOGMATISMO
Dogmatismo é uma corrente filosó fica que se fundamenta nas verdades
absolutas. Consiste em acreditar em algo, por imposiçã o e de forma submissa,
sem questionar a sua veracidade.
Por exemplo, os dogmas pregados pelas religiõ es. Sã o eles que justificam o
discurso e a prá tica religiosa e, por esse motivo, nã o sã o questionados pelos seus
seguidores.
É o caso do dogma da criaçã o do mundo, segundo o qual Deus criou tudo a partir
do nada.
Além de assumir a verdade absoluta como conhecimento, o dogmatismo assume
a ingenuidade como característica. Isso porque as pessoas acreditam que
conhecem a verdade sem saber como as coisas verdadeiramente acontecem.
Finalmente, há a submissã o de quem aceita as coisas, bem como a autoridade de
quem as impõ em.
 Na Filosofia, o dogmatismo se refere aos princípios. Isso quer dizer que
as coisas podem ser credíveis sem que sejam contestadas, justamente
porque estã o fundamentadas em princípios.
O que acontecia é que ao acreditar em algo, os filó sofos dogmá ticos limitavam-se
a essa opiniã o. Eles nã o conseguiam enxergar qualquer aspecto que mostrasse
que aquilo em que acreditavam nã o fosse verdadeiro.
Assim, afirmavam sua veracidade, o que era feito sem aná lises e discussõ es que
pudessem requerer mais aprofundamento.

3. CRITICISMO
Criticismo é uma doutrina filosó fica que nega todo o conhecimento cujos
fundamentos nã o tenham sido analisados criticamente. Elaborada pelo filó sofo
iluminista Immanuel Kant (1724-1804), essa doutrina também é conhecida por
Criticismo Kantiano.
O criticismo construiu-se como uma opçã o metodoló gica ao racionalismo e ao
empirismo, duas doutrinas que há séculos dividiam os estudiosos sobre a maneira
pela qual o conhecimento é adquirido.Kant defendia que o conhecimento é resultado
da interaçã o entre o objeto de estudo e o sujeito. Para ele, os indivíduos possuem um
conjunto de conhecimentos "a priori", que sã o anteriores à s experiências e
conhecimentos resultantes de experiências, chamados de "a posteriori".
 O Criticismo Kantiano
Insatisfeito com ambas doutrinas e inspirado nas ideias do empirista David Hume
(1711-1776) – outro filó sofo da época do iluminismo – Kant propõ e uma abordagem
que se contrapõ e ao empirismo e ao racionalismo.
Para Kant, o conhecimento é adquirido por meio da interaçã o entre o objeto e o
sujeito e tem como ponto de partida o interesse do indivíduo em aprender sobre o
objeto, ou seja, Kant coloca o sujeito como peça principal em uma relaçã o cognitiva.
Kant critica o racionalismo e o empirismo, pois defende que ambas as doutrinas nã o
consideram o papel ativo da pessoa no processo de aquisiçã o do conhecimento.
Dessa forma, Kant estabelece limites para o intelecto humano em relaçã o ao
conhecimento. Diferente de uma perspectiva ceticista, Kant acredita na possibilidade
do conhecimento, mas defende que o indivíduo tem um conteú do sensível a partir
do qual ele capta e interpreta informaçõ es.

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