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Ceticismo

Realizado por: Lígia Pereira Nº7 e Marta Rodrigues Nº11

O ceticismo possui várias definições:

 Processo minucioso de investigação racional; 


 Doutrina da qual a mente humana não pode atingir certeza alguma a respeito
da verdade;
 Doutrina de certos filósofos antigos e modernos que consiste em afirmar que a
verdade não existe, ou que, se existe, o Homem é incapaz de a conhecer;  
 Doutrina contrária ao dogmatismo.
Em suma, o ceticismo é a doutrina segundo a qual o conhecimento humano é
impossível. Foi fundada por Pírron de Élis, um filósofo grego, no século IV a.c.
Esta doutrina, tal como o dogmatismo, possui diferentes níveis e tipos como, por
exemplo:

Ceticismo sistemático
Esta posição cética defende por sistema que o ser humano não pode conhecer a
realidade, ou seja, o conhecimento é impossível. Logo, é uma posição considerada
radical. 

Ceticismo pirrónico 
Segundo o ceticismo pirrónico, ou ceticismo radical, o ser humano nunca
consegue justificar as suas crenças, pelo que se deve abster de julgar. Porém o
argumento da impossibilidade do conhecimento do ceticismo radical é contraditório.
Como é possível conhecer a impossibilidade do conhecimento se este mesmo
conhecimento é impossível? Isto é, ao afirmar que o conhecimento é impossível está a
exprimir conhecimento. Logo, considera que na realidade o conhecimento é possível e
simultaneamente afirma que este é impossível. 

Ceticismo metódico
O ceticismo metódico é uma posição cética especial que defende a descrença
provisória no conhecimento como forma de certificação e correção do erro. ~

Ceticismo moderado 
O ceticismo moderado ou mitigado defende que nunca podemos ter um
conhecimento rigoroso, mas que isto não implica que não exista conhecimento. 

Ceticismo metafísico
Posição cética especial que defende que não é possível conhecer conceitos
como Deus, alma, espírito, etc. Este assumiu um papel muito importante no
desenvolvimento crítico e no estabelecimento dos limites do nosso conhecimento.
A importância do ceticismo na Filosofia

“Saber tudo equivaleria a nada saber.”


- Antero de Quental, Tendências gerais da Filosofia na 2.ª metade do século XIX
"Uma filosofia definitiva, feita e assente uma vez para todo o
sempre, implicaria a imobilidade do pensamento humano: o absoluto
anestesiá-lo-ia.”   
- Antero de Quental, Tendências gerais da Filosofia na 2.ª metade do século XIX

Sem o ceticismo para opor o dogmatismo o nosso pensamento seria


anestesiado, isto é, não existiria a dúvida. “O cepticismo espeta o agulhão da dúvida
no peito do filósofo” que ao duvidar todo o conhecimento continuará a procurar por
novas e mais satisfatórias soluções para os problemas já resolvidos.

Referências bibliográficas:
https://www.infoescola.com/filosofia/ceticismo/
Logos - Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia
Grande Dicionário Enciclopédia
Antero de Quental,Tendências gerais da Filosofia na 2.ª metade do século XIX, 
André Leonor e Filipe Ribeiro, Filosofia 11.ºano Ensino secundário: Ser no
Mundo,Areal

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