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ISBN 978-85-7622-341-6
239 CDD
Agradecimentos.....................................................................................................9
Prefácio ...............................................................................................................11
S erá que Deus desapareceu? A trágica realidade é que nós estamos vivendo
numa época marcada por tanta confusão espiritual e teológica que o Deus
da Bíblia praticamente desapareceu de vista – substituído por divindades que
demandam menos e que são mais propícias à mente moderna.
Em certo sentido, estamos testemunhando o resultado da secularização
e da evaporação do teísmo bíblico da nossa vida pública. A isto precisamos
acrescentar a privatização da verdade e o fato de que milhões de americanos ale-
gam ter direito divino ao seu casulo espiritual pessoal e ao seu próprio sistema
de crenças. Como diz a canção, os americanos agora reivindicam “seu Jesus
pessoal”. Esta visão pessoal de Jesus Cristo pode muito bem ter pouca ou ne-
nhuma semelhança com o Jesus tal qual revelado na Bíblia.
Na verdade, a abdicação da fé bíblica é uma das marcas da nossa época
– quer se prefira chamá-la hipermoderna, pós-moderna ou pós-pós-moderna.
No entanto, uma vez que a fé é separada da autoridade da Bíblia, o cristianismo
se torna essencialmente plástico; um sistema de crenças maleável e mutável que
apenas implora por transformação em alguma outra forma e substância.
A situação é ainda mais complicada pela adoção de uma “abertura” que
não é aberta ao autêntico cristianismo bíblico. Tolerância se torna uma palavra-
código para evitar a verdade, e abertura significa nunca ter de fazer nenhum
juízo sobre a verdade.
O resgate desta situação difícil poderia parecer mais promissor se não
fosse pelo fato de que a igreja, em grande parte, aparentemente se juntou à
revolução. As novidades e modismos teológicos salpicam a paisagem religio-
sa americana e um número enorme de igrejas cristãs flertam com o desastre
doutrinário.
Como sempre, verdade é a questão essencial. Onde uma noção clara
da verdade está ausente, o cristianismo torna-se mais uma atitude do que um
E m cada geração, a igreja é exortada a batalhar “pela fé que uma vez por todas
foi entregue aos santos” ( Jd 3). Isso não é tarefa fácil, e é complicada pelos
múltiplos ataques à verdade cristã que marcam a nossa época contemporânea.
Os ataques contra a fé cristã já não são dirigidos apenas a doutrinas isoladas. A
estrutura inteira da verdade cristã se encontra agora sob ataque daqueles que se
empenham em subverter a integridade teológica do cristianismo.
Os cristãos de hoje enfrentam a difícil tarefa de elaborar estratégias para
decidir que doutrinas cristãs e questões teológicas devem receber maior priori-
dade em termos do nosso contexto contemporâneo. Isso se aplica tanto à defesa
pública do cristianismo, em face do desafio secular, quanto às responsabilidades
em âmbito interno de lidar com as divergências doutrinárias. Nenhuma é tarefa
fácil, mas a seriedade teológica e a maturidade demandam que consideremos
as questões doutrinárias em termos de sua importância relativa. A verdade de
Deus é para ser defendida em todos os pontos e em todos os detalhes, mas os
cristãos responsáveis devem determinar quais são as questões que devem receber
atenção prioritária em um momento de crise teológica.
Uma passagem pelo pronto-socorro do hospital da cidade anos atrás me
chamou atenção para um recurso intelectual que é muito útil no cumprimento
de nossa responsabilidade teológica. Nos últimos anos, o pessoal da emergência
médica vem lançando mão de uma prática conhecida como triagem - um pro-
cesso que permite ao pessoal treinado fazer uma rápida avaliação da urgência
médica relativa. Dado o caos de uma área de recepção de pronto-socorro, alguém