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INTRODUÇÃO

Quem Me Dera Ser Onda é uma novela que retrata a situação de uma população
que, por força da revolução, isto é, com o final da guerra colonial em 1975, procura
adaptar-se à nova realidade fruto das conquistas dessa mesma revolução. Verifica-se o
movimento da população do subúrbio em direção às áreas urbanizadas de luanda e os
desafios, os choques com que se enfrenta essa nova realidade de vida. Assim, narram-se
fatos ocorridos no pós-independência de angola. Quem Me Dera Ser Onda tem como
espaço fundamental a capital angolana, a grande cidade luandense que está vivendo uma
experiência nova fruto das conquistas do povo, uma explosão demográfica, em um
movimento unidirecional, do subúrbio para o urbano, para o desconhecido.
A agitação que se nota na vida das populações é vista pelo narrador da obra (Quem
Me Dera Ser Onda), como resultado do desconhecimento, da inadaptação com o modus
vivendi da cidade, pois se trata de pessoas que trazem consigo os seus hábitos de vida do
campo ou dos bairros circunvizinhos de lata para os prédios, trazem, também, consigo as
suas criações de animais para esses mesmos prédios.

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PRIMEIRA LEITURA DE CONTACTO
 O título da obra é : Quem Me Dera Ser Onda
 Autor da obra: Manuel Rui Monteiro
 Edição: 1ª
 Ano de publicação: 1991

ANÁLISE NARRATIVA:
 O quanto a presença o narrador é: hetorodiegético.
 Quanto ao relevo das personagens, temos os personagens centrais são: Ruça, Zeca,
Carnaval da Vitória, Diogo e Liloca; os personagens secundários: Faustino,
Nazário, Beto e a professora.
 Quanto ao relevo da acção temos: acção central: a chegada do leitão à casa do
Diogo; e a acção secundária: elaboração de redacções sobre o carnaval da vitória.
Na delimitação da acção temos a acção fechada como a predominate no texto.

ANÁLISE TEMÁTICA
 O tema da obra é: aventura versus fantasia.
 O assunto da obra é:. a complicação traga pelo leitão a casa do Diogo.

ANÁLISE DOS ELEMENTOS DE INTENSIFICAÇÃO

 Categorias gramaticais predominantes são: substantivos, verbos, pronomes,


interjeições,
 Os recursos de estilo mais evidentes na obra são: ironia, antítese, etc.

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CONCLUSÃO
Relevando as leituras efectivadas conclui que a obra Quem Me Dera Ser
Onda (1991), da autoria do escritor angolano Manuel Rui (1941), é, aparentemente, uma
história infantil. De facto, tendo em conta que as personagens principais são duas crianças
e um animal um porco é natural que a primeira impressão dada pela obra seja o relato de
uma história infantil. O argumento principal centra-se exatamente nestas figuras duas
crianças e um porco. Delas nasce uma relação que era perfeitamente possível num tempo
já esquecido pelos adultos desta sociedade tão alienada pelo sistema colonial, aquele
tempo em que homens e animais conviviam em plena harmonia, numa relação
extremamente humana.
Agora, num tempo e numa sociedade em que os adultos perderam, por força de
um sistema alienante, a memória desses tempos, resta às crianças (que serão o futuro
daquela nação) restabelecer os laços com esse passado e reatar esse sentimento de
fraternidade e harmoniaentre os dois mundos: o mundo dos homens e o mundo dos
animais. Daí que quem me dera ser onda nos transporte para uma fortíssima relação dos
miúdos como o porco - relação essa em que os adultos não entram. O mundo dos dois é
de tal forma unido que chega mesmo a confundir-se, de tal maneira que o animal é visto
por eles como mais um membro da família. E sofrem. Sofrem por não entender como é
possível que alguém que começa a fazer parte de uma família possa, no fim, ser morto
para alimentar essa mesma família.

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