Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CHEFIA DE GABINETE
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA ”DR. LUIZ CAMARGO WOLFMANN”
2017
SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA
CHEFIA DE GABINETE
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA ”DR. LUIZ CAMARGO WOLFMANN”
JOÃO DORIA
Governador do Estado
2
SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA
CHEFIA DE GABINETE
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA ”DR. LUIZ CAMARGO WOLFMANN”
ROBERTO MEDINA
Coordenador de Unidades Prisionais da Região Oeste do Estado
3
SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA
CHEFIA DE GABINETE
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA ”DR. LUIZ CAMARGO WOLFMANN”
4
Sumário
5
APRESENTAÇÃO
básica da pessoa humana, do homem social. Ela movimenta o mundo. Está presente no
estádio de futebol, na Câmara dos Deputados, na feira livre e na reunião familiar. Não
poderia existir comunicação sem comunidade, nem comunidade sem comunicação, de
acordo com Juan Enrique Díaz Bordenave (1982).
Para o estudioso, a comunicação confunde com a própria vida. Temos tanta
consciência de que comunicamos como de que respiramos ou andamos. Somente
percebemos a sua essencial importância quando, por acidente ou uma doença, perdemos
a capacidade de nos comunicar. Pessoas que foram impedidas de se comunicarem durante
longos períodos, enlouqueceram ou ficaram perto da loucura.
As organizações têm compreendido que o êxito de estratégias e as ações estão
diretamente relacionados à comunicação e sua importância dentro das instituições.
É com base nesse contexto, assim como as demais instituições que visam assegurar
o caráter estratégico e a eficácia nos processos de trabalho, que o Sistema Prisional enfatiza
os seus meios de comunicação, a saber: rádio HT - nível oral; comunicado de evento e livro
ata - nível escrito.
No campo laboral, a atenção especial em relação à forma escrita impera, visto que
o registro adequado é essencial para o entendimento comum, para a participação, troca
de conhecimentos e experiências. Supõe-se nessas relações intercâmbio e comunicação,
que se concretizam essencialmente pela língua, cujo papel é cada vez mais importante
nas interdependências do ser humano e do trabalho.
Desse modo, um texto oficial com atributos qualitativos, em especial aqueles que
podem criar direitos, obrigações e compromissos, depende de critérios fundamentais, de
ordem ética, legal, estética e linguística, os quais serão compreendidos no decorrer do
estudo de Comunicação e Expressão.
1- COMUNICAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO
6
Emissor: quem emite os signos;
Receptor ou decodificador: quem decifra os signos;
• Signos: elementos de uma comunicação (fala escrita, gestos, etc.);
• Canal: instrumento reprodutor da mensagem (rádio, televisão, revistas, jornais,
livros, discurso, palestras, etc.);
7
A socialização é a transmissora da cultura e a transmissão se dá através da educação, e
que aqui se entenda qualquer forma de aprendizado passado de um indivíduo a outro. Seja
na escola, na empresa, na família, com os amigos, com os inimigos, nos cultos religiosos,
nos momentos de lazer, ao comprar algo, ao ler um livro, ao imitar alguém, ao assistir tv,
ao ir ao médico ou espetáculo cultural e até quando estiver olhando para um quadro para
descansar do “contato” com as pessoas, em qualquer destes momentos e em infinitos
outros, estará acontecendo a “socialização”.
3 - QUALIDADES DO TEXTO
8
Correção: a linguagem sempre deve estar de acordo com as normas gramaticais, em
qualquer modalidade textual.
• Precisão: escolha acertada do termo próprio, da palavra exata para a ideia que se
quer exprimir.
9
4 - MODALIDADES REDACIONAIS
4.1- Narração
É o relato de um ou de vários acontecimentos, reais ou fictícios. Num texto narrativo,
aparecem alguns elementos importantes:
4.2- Descrição
Transmite informações sobre um lugar ou uma pessoa, de modo a permitir ao leitor formar
uma imagem do objeto descrito.
10
• Foco descritivo: trabalha como uma câmera de cinema ou televisão, selecionando
detalhes caracterizadores, transmitidos depois ao leitor, pela linguagem. Pode-se
descrever de Forma Objetiva e Subjetiva
4.3 – Dissertação
- Introdução: A introdução deve apresentar de maneira clara o assunto que será tratado
e delimitar as questões, referentes ao assunto, que serão abordadas.
Neste momento pode-se formular uma tese, que deverá ser discutida e provada no texto,
propor uma pergunta, cuja resposta deverá constar no desenvolvimento e explicitada na
conclusão.
- Conclusão: É o momento final do texto, este deverá apresentar um resumo forte de tudo
o que já foi dito. A conclusão deve expor uma avaliação final do assunto discutido.
HISTÓRICO: Comunico que ao realizar revista na cela número cento e um, do Pavilhão
Celular um, encontrei uma faca tipo artesanal, de aproximadamente vinte centímetros,
escondida dentro do vaso sanitário. Perguntei aos sentenciados da cela sobre a
propriedade da citada faca e o sentenciado acima citado assumiu a posse do objeto.
Encaminhei-o à cela disciplinar para aguardar as medidas que o caso requer.
5 - REDAÇÃO OFICIAL
Pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos
normativos e comunicações. A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoalidade,
uso do padrão culto de linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
Fundamentalmente esses atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo 37: “A
administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (LIMPE) (...)”. Sendo a publicidade e
11
a impessoalidade princípios fundamentais de toda administração pública, claro está que
devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
• Número da comunicação;
• Unidade da comunicação;
• Natureza do evento;
• Local, data e horário do fato e da comunicação;
• Autor, vítima, testemunha (s), exames solicitados e apreensões;
• Histórico, redigido em 1ª pessoa, e encaminhado ao superior imediato para
conhecimento e providências;
• Local e data da comunicação; nome do comunicante e de testemunhas por extenso,
RG, cargo ou função, bem como assinaturas.
Sicrano
Agente de Segurança Penitenciária
RG: 11.111.111-X
É o documento de valor jurídico, que consiste no resumo fiel dos fatos, ocorrências
e decisões de cada setor.
É geralmente lavrada em livro próprio, autenticada, com as páginas rubricadas pela
mesma autoridade que redige os termos de abertura e de encerramento.
13
A cada plantão executado, cabe ao servidor registrar no livro de ocorrências do setor
a data, o local, os funcionários, o horário, a contagem da população carcerária, bem como
qualquer eventualidade ocorrida no transcorrer do turno, devendo ser lavrado de próprio
punho.
5.2.1- Recomendações Técnicas
• Os números deverão ser escritos, além de sua forma numérica, por extenso entre
parênteses.
• O (A) servidor (a) que fizer os apontamentos deverá assinar o Livro de Registro de
Ocorrências ao final de cada plantão;
Portaria Normativa
002-2012.docx
14
6 - VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
15
estilos possíveis: o estilo informal e o estilo formal, cuja diferença essencial reside em
usar formas padrão ou variantes de prestígio no estilo formal e no estilo informal menor
adesão às formas prestigiadas ou cultas. Camacho salienta ainda que todos os falantes são
capazes de adaptar seu estilo de fala à diversidade das circunstâncias sociais da interação
verbal, e de discernir que formas alternativas são as mais apropriadas.
Quanto às gírias, o autor Dino Preti (1984) destaca que o aparecimento delas como
um fenômeno restrito é decorrente da dinâmica social e linguística inerente às línguas.
7 - VÍCIOS DE LINGUAGEM
As comunicações que partem dos órgãos públicos devem ser compreendidas por todo
e qualquer cidadão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que se evitar o uso de uma
linguagem restrita a determinados grupos. Não há dúvida de que um texto marcado por
expressões de circulação restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares, jargão
técnico e os vícios de linguagem comprometem a compreensão textual.
17
• Arcaísmo: uso de expressões antigas, já ultrapassadas. (Vossa mercê/ Vosmercê
está bem?);
• Ambiguidade: duplo sentido ocorrido em frases. (João, o Pedro saiu com sua
namorada. Sua de quem?);
8 - PONTUAÇÃO
18
Observação: Caso o sujeito seja único em uma frase, a vírgula não será utilizada.
Ex.: João saiu para o banho de sol e depois retornou para a cela.
Importância da vírgula:
8.2- PONTO
Empregado para indicar o final de uma frase declarativa, que pode ser período simples ou
composto e nas abreviaturas:
Ex.: Meu filho foi embora e eu não o conheci.
a.C. / etc./ d.C.
c) esclarecimento textual:
Ex.: Estava muito magro: perdeu vinte dos sessenta quilos que tinha.
19
8.5- ASPAS
a) Isola citações textuais.
Ex.: “Os jardins têm vida e morte.” (Cecília Meireles)
8.6- PARÊNTESES
São empregados para isolar palavras, expressões ou frases que não se encaixam na
sequência lógica do enunciado. É uma explicação, reflexão ou comentário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARRASCO, Sandra Ceraldi. Curso de português para concursos. São Paulo. Madras
Editora. 2009.
DÍAZ BORDENAVE, Juan E. O que é comunicação. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1982. 105
p. (Coleção primeiros passos; 67)
RODRIGUES, Guilherme Silveira. Código de Cela-O Mistério das prisões.São Paulo: Madras
Editora Ltda. 2001.
COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO
20