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1ª Entrega de Produção de Texto - Tema e Recorte Temático

1 TEMA: Sistemas simbólicos presentes na cultura

As tradições dos povos são sempre determinadas por um estilo, são eles que
formam um sistema. Para identificar, apresentar e analisar determinados elementos
culturais dentro de um sistema social, é necessário incluir outros fatores
determinantes, ou seja, uma leitura para além de sua análise superficial. Segundo
as hipóteses do antropólogo Clifford Geertz (2001), o código simbólico não é apenas
entendido como elemento pertencente a determinada sociedade ou grupo cultural,
mas uma estrutura de significado que estabelece relações únicas com todo um
sistema geral em seu espaço-tempo e dinâmica social.

Segundo a linha de estudo “Os reflexos da morte do fundador sob os elementos


culturais: uma análise em duas organizações familiares sob a perspectiva simbólica”
(FERREIRA et al., 2008, p. 2) O sistema simbólico pode ser uma dimensão
dinâmica, que se revela através de diversas locuções ou elementos culturais de
cada organização. Os principais elementos simbólicos que permitem identificar a
cultura são: os valores, as crenças e os pressupostos, os ritos e cerimônias, as
histórias e mitos, normas e comunicação.

Ainda neste pensamento, Ferreira et al., 2008 (p. 2) argumentam que um símbolo é
usado para dar conceito sobre qualquer outro elemento dentro de uma organização
cultural, consistindo em imagens que afirmam e apoiam as ações e comunicação
entre eles. Tendo em vista que poderia ser: ilustração, fotografia, logotipos,
imagens, grafismos não verbais e outros estilos corporativos.

Assim, a cultura organizacional é identificada pela forma como os sujeitos se


organizam, enquanto a imagem organizacional é identificada pelos sistemas
simbólicos baseados nos valores e crenças daquela organização / contexto /
sociedade, que tornam a organização única. Para Edgar Schein (1990, p. 115),
cultura corporativa é baseada nas crenças, valores e premissas centrais dos
fundadores, que são refinados ao longo do tempo e disseminados por meio de
vários mecanismos dentro da organização.
1.1 Recorte Temático: os pecados e as virtudes capitais

Para Savater (2006), os pecados vão além da ideia de que servem para vetar algum
comportamento agressivo, alvo de penitência da Igreja Católica há muitos anos, na
finalidade, no seu uso, definir uma determinada pacificação ou comportamento e
reduzir ou conter determinadas ações nos espaços sociais. Em algumas
sociedades/culturas é possível traduzi-los metaforicamente para qualquer ação
humana (SAVATER, 2006) e associá-los a virtudes (LAUAND, 2004).

Os pecados capitais são apresentados como parte de um sistema de símbolos e


utilizados para orientar as ações de sujeitos considerados moralmente condenáveis
nos espaços organizacionais, ou seja, uma ação cruel do sujeito para e entre os
sujeitos, provocando problemas de relacionamento inter e intrapessoal, travando o
desenvolvimento individual e dificultando o alcance de objetivos.

No entanto, as sete virtudes inerentes se opõem e corrigem os sete pecados


capitais. Estas são as maneiras pelas quais os males e consequências causados
pelo pecado mortal são considerados. A virtude era entendida por Aristóteles como
uma prática e não como um conhecimento ou algo natural possuído por todo ser
humano, razão pela qual a prática regular é necessária como hábito. A prática da
virtude direciona as pessoas para o bem, ou seja, a busca da felicidade.

Do ponto de vista contemporâneo, o pecado é concebido como manifestação de um


processo interior, baseado em atitudes e comportamentos inusitados que uma
pessoa pode abrigar exageradamente e/ou fora de ordem. A culpa pode ser o
resultado de um desequilíbrio entre o que você realmente tem e o que você quer ter.
FERREIRA, P.; LOURENÇO, C.; OLIVEIRA, V. Os reflexos da morte do fundador
sob os elementos culturais: uma análise... In: SEMINÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO,
11, 2008, São Paulo. Anais... São Paulo: FEA/USP, 2008.

SCHEIN, E. H. Organizational Culture. The American Psychological Association, v.


45, n. 2, p. 109-119, 1990.

Edgar Schein

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