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ENSAIO SOBRE SOCIOLOGIA DA RELIGIÃO, O CISMA DO ORIENTE

Como surge a Igreja Ortodoxa, suas práticas que a diferencia da Igreja Católica
Romana.

Francisco Domingos António1

No século I, após a morte de Cristo, observamos a consolidação de uma nova


religião que viria a se espalhar pelos quatro cantos do mundo. Avançando pelo tempo,
observamos que as igrejas controladas por Roma (Ocidente) e por Constantinopla
(Oriente) foram se distanciado em relação às questões de natureza teológica e política

O auge dessa diferença concretizou-se quando o cardeal romano Humberto (1015)


determinou a excomunhão de Miguel Celulário (1000 - 1054), patriarca de
Constantinopla. Nesse instante, estava aberta a possibilidade de um conflito interno de
poder entre os cristãos. Contudo, no ano de 1054, a crise de poder acabou determinando
a realização do Cisma do Oriente, que originou a criação da Igreja Ortodoxa (Oriente) e
a Igreja Católica Apostólica Romana (Ocidente). (SOUSA, 2023)

Em termos práticos, vemos que os ortodoxos ainda seguem vários dos


sacramentos existentes na igreja ocidental. Contudo, os orientais não permitem a
construção de imagens de santos esculpidos. Além disso, não acreditam que o papa seja
um interlocutor infalível da verdade cristã ou na existência do purgatório. Dessa forma,
observamos a consolidação de outra perspectiva religiosa no interior do cristianismo.

PARA RETER!

Do Grande Cisma sofrido pelo cristianismo no século XI, resultou:

a) O estabelecimento dos tribunais da Inquisição pela Igreja católica;


b) A Reforma protestante, que levou à quebra da unidade da Igreja católica
na Europa Ocidental;
c) A heresia dos albigenses, condenada pelo papa Inocêncio II;

1
Licenciando em Sociologia pela Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho
Neto/ 2024. Interesse de pesquisa, Religião, Problemas Sociais e Exclusão Social.
d) A divisão da Igreja em católica romana e ortodoxa grega;

e) a Querela das Investiduras, que proibia a investidura de clérigos por leigos.

A ocorrência do Cisma entre a Igreja do Oriente e a Igreja Católica (ou a do


Ocidente) resultou de uma série de divergências políticas e teológicas. Entre essas
últimas, estava:

a) A ausência do ritual litúrgico da missa na Igreja do Oriente;


b) A não aceitação do Novo Testamento pela Igreja do Ocidente;
c) A não aceitação do Antigo Testamento pela Igreja do Oriente;
d) A forma de se conceber a criação do mundo por Deus;
e) A forma de se compreender a emanação do Espírito Santo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

SOUSA, Rainer Gonçalves (2023). "O Cisma do Oriente"; Brasil Escola.

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