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ACIDENTE DO TRABALHO
Livro Eletrônico
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Acidente do Trabalho.....................................................................................................................................................4
1. Acidente do Trabalho.................................................................................................................................................4
2. Espécies de Acidente do Trabalho..................................................................................................................14
3. Disposições Normativas do Acidente de Trabalho. ...............................................................................18
4. Efeitos Trabalhistas do Acidente de Trabalho.......................................................................................20
5. Efeitos Previdenciários do Acidente de Trabalho................................................................................. 22
Resumo................................................................................................................................................................................29
Exercícios.............................................................................................................................................................................31
Gabarito...............................................................................................................................................................................39
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................40
Anexo..................................................................................................................................................................................... 59
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
Apresentação
Olá, futuro(a) aprovado(a)!
Tudo bem? Estudando firme e forte? Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de
Castro. Atualmente, sou Juíza do Trabalho Substituta no TRT da 7ª Região, doutoranda em Ci-
ências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto, em Portugal, professora de preparatórios e
faculdades no Ceará, “a Terra do Sol”, e faço parte do Time do Gran Cursos. Registro que estou
muito feliz em escrever esse livro digital para você atingir o sucesso na carreira que sonha.
Eu já fui Juíza no TRT 14, Promotora de Justiça do Estado de Rondônia, analista judiciária,
professora universitária concursada etc. Em suma, essa apresentação foi para te dizer que fui
“concurseira raiz” e que é possível (SIM!) passar em concurso.
O mais importante da minha apresentação é te dizer que eu entendo sua dor e pressa para
ser aprovado em concurso. Também entendo que você quer o máximo de informações de for-
ma objetiva e clara, sem rodeios, e quer gabaritar a prova, bem como entender as nuances da
legislação. Veio ao lugar certo. Eu fiz exatamente o material que eu gostaria que meus profes-
sores tivessem feito quando estava me preparando para as provas.
Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você
surpreenda a Banca examinadora, e não o contrário. Nesse ponto, esse material vai te ajudar
a chegar à posse.
No fim do nosso material, existe toda a jurisprudência atualizada sobre o tema, exatamen-
te para que você esteja apto para as provas. Não basta saber a legislação; para o seu tipo de
prova, o conhecimento jurisprudencial é essencial!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material obri-
gatório! Então, pegue sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o marca tex-
to, a caneta e se programe para ler tudo o que preparei para você e ficar ligado no curso GRAN.
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
@juizamariarafaela
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
ACIDENTE DO TRABALHO
1. Acidente do Trabalho
Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou
de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente
ou temporária, da capacidade para o trabalho.
DICA
Inclui-se o EMPREGADO DOMÉSTICO no acidente de trabalho.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
Para avançar nesse tema, é preciso verificar o meio ambiente de trabalho, pois é um direito
fundamental de 3ª geração (direitos de fraternidade e solidariedade). Seus titulares são inde-
terminados.
A temática dos direitos humanos/fundamentais está intimamente vinculado à teoria geral
da cidadania, com preservação e respeito à dignidade humana. Tudo isso com escopo no art.
225 da CF/88, em que a saúde é bem ambiental. O enfoque do que falamos também está em
nível internacional, como as Convenções da OIT n. 148, n. 155, n. 161 e n. 170.
CONCEITO CONTEMPORÂNEO DE ACIDENTE DE TRABALHO: existe um conceito contem-
porâneo – não se limita apenas às normas regulamentadoras, mas deve ser entendido como O
CONJUNTO DAS CONDIÇÕES INTERNAS E EXTERNAS DO LOCAL DE TRABALHO E SUA RELA-
ÇÃO COM A SAÚDE DOS TRABALHADORES.
Temos, ainda, a obrigação do empregador: manter um meio ambiente livre e sadio de qual-
quer risco, o que gera para o trabalhador o direito à reparação pelo dano moral decorrente de
sua capacidade laborativa.
Nasce, concomitantemente, a figura da PREVENÇÃO DOS INFORTÚNIOS – imposição de
deveres gerais a cargo dos empregadores e trabalhadores; inspeção prévia dos estabelecimen-
tos; embargo ou interdição; outras medidas especiais de prevenção, nos termos do art. 170 a
188 da CLT. Podemos ter, à guiza de exemplo, a Convenção n. 127 da OIT – prevenção contra a
fadiga (homens até 60kg e mulheres até 20kg em atividades contínuas ou 25kg em atividades
ocasionais).
Nessa mesma linha de raciocínio, há a obrigatoriedade do fornecimento de EPI, destacan-
do-se a Súmula n. 289 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do paga-
mento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzam à
diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do
equipamento pelo empregado.
Art. 23. Para a promoção de um ambiente laboral sadio, seguro e que favoreça a inserção e a ma-
nutenção de mulheres no mercado de trabalho, as empresas com Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes e de Assédio (Cipa) deverão adotar as seguintes medidas, além de outras que enten-
derem necessárias, com vistas à prevenção e ao combate ao assédio sexual e às demais formas de
violência no âmbito do trabalho:
I – Inclusão de regras de conduta a respeito do assédio sexual e de outras formas de violência
nas normas internas da empresa, com ampla divulgação do seu conteúdo aos empregados e às
empregadas;
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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
II – Fixação de procedimentos para recebimento e acompanhamento de denúncias, para apuração
dos fatos e, quando for o caso, para aplicação de sanções administrativas aos responsáveis diretos
e indiretos pelos atos de assédio sexual e de violência, garantido o anonimato da pessoa denuncian-
te, sem prejuízo dos procedimentos jurídicos cabíveis;
III – Inclusão de temas referentes à prevenção e ao combate ao assédio sexual e a outras formas de
violência nas atividades e nas práticas da Cipa;
IV – realização, no mínimo a cada 12 (doze) meses, de ações de capacitação, de orientação e de
sensibilização dos empregados e das empregadas de todos os níveis hierárquicos da empresa so-
bre temas relacionados à violência, ao assédio, à igualdade e à diversidade no âmbito do trabalho,
em formatos acessíveis, apropriados e que apresentem máxima efetividade de tais ações.
§ 1º O recebimento de denúncias a que se refere o inciso II do caput deste artigo não substitui o pro-
cedimento penal correspondente, caso a conduta denunciada pela vítima se encaixe na tipificação
de assédio sexual contida no art. 216-A do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), ou em outros crimes de violência tipificados na legislação brasileira.
§ 2º O prazo para adoção das medidas previstas nos incisos I, II, III e IV do caput deste artigo é de
180 (cento e oitenta) dias após a entrada em vigor desta Lei.
O PULO DO GATO
Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de em-
pregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho. PERMANENTE OU TEMPORÁRIA!
Quem é o acidentado?
Aquele que sofre ACIDENTE DE TRABALHO, conforme o art. 118 da Lei n. 8.213/1991.
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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
Temos como espécie o ACIDENTE IMPESSOAL, ou seja, tecnicamente são aqueles cuja
caracterização independe de existir acidentado. Prefiro defini-los como ocorrências que pro-
vocam dano e/ou perda patrimonial. Uma colisão de veículo ou queda de um equipamento
ilustram esse conceito.
E o ACIDENTE PESSOAL?
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Acidente do Trabalho
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e sofreu escoriações nas pernas, o que lhe rendeu afastamento, com retorno, após três dias,
às suas atividades laborais normais. Com base nessa situação hipotética e na regulamentação
aplicável, julgue o próximo item. A queda do pedreiro é classificada como acidente impessoal.
Não é verdadeiro, pois se teve a figura do obreiro acidentado; trata-se de ACIDENTE PESSO-
AL. Temos como espécie o ACIDENTE IMPESSOAL, ou seja, tecnicamente são aqueles cuja
caracterização independe de existir acidentado. Prefiro defini-los como ocorrências que pro-
vocam dano e/ou perda patrimonial. Uma colisão de veículo ou queda de um equipamento
ilustram este conceito. O ACIDENTE PESSOAL é justamente o oposto. É aquele que existe a
pessoa do acidentado. Há um trabalhador lesionado que pode ser afastado ou não de suas
funções laborais.
Errado.
I – O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído dire-
tamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou
produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação. Temos aqui a situação de agra-
vamento da doença.
II – O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
DICA: TERCEIRO (por exemplo: cliente ou um empregado da empresa terceirizada) OU COLEGA DO
TRABALHO, podendo-se incluir, por exemplo, o prestador de serviço ou estagiário.
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
DICA NOVAMENTE: TERCEIRO (por exemplo: cliente ou um empregado da empresa terceirizada)
OU COLEGA DO TRABALHO, podendo-se incluir, por exemplo, o prestador de serviço ou estagiário.
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
DICA NOVAMENTE: TERCEIRO (por exemplo: cliente ou um empregado da empresa terceirizada) OU
COLEGA DO TRABALHO, podendo-se incluir, por exemplo, o prestador de serviço ou estagiário.
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III – A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
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Acidente do Trabalho
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c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada dentro de seus planos
para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, in-
clusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio
de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
O PULO DO GATO
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras ne-
cessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no
exercício do trabalho. Por exemplo: uma agressão no horário do almoço.
No caso, configura-se o art. 21, IV, da Lei n. 8.213/1991. Existe acidente de trabalho, indepen-
dentemente do prazo. Apenas se discute a garantia provisória no emprego se o afastamento
for superior ou inferior a 15 dias. O afastamento será em razão de alguma doença ou acidente
que não tem relação com o trabalho exercido pelo segurado. Os 15 dias de afastamento não
precisarão ser seguidos. Poderá ser o afastamento de 15 dias dentro de um período de 60 dias.
Letra a.
Chamo atenção, pois é bastante cobrada em provas e significa que, pelo prazo mínimo de
12 meses após a cessação do auxílio – doença acidentário, independentemente da percepção
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Acidente do Trabalho
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de auxílio – acidente (12 meses, e não 1 ano), o trabalhador não pode ser dispensado sem jus-
ta causa. Mas a jurisprudência admite a dispensa por justa causa ou a pedido.
Consequência – EXPEDIÇÃO DA CAT: Em caso de acidente de trabalho, cabe ao empre-
gador a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e seu envio à Previdência
Social, ainda que o acidente não gere afastamento do trabalho e concessão de benefícios pre-
videnciários. Essa comunicação deve ser feita também em caso de doenças relacionadas ao
trabalho, desenvolvidas pelo trabalhador. Dispõe, ainda, o decreto n. 3.048/1999:
Art. 336. Para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar à previdência social
o acidente de que tratam os arts. 19, 20, 21 e 23 da Lei n. 8.213, de 1991, ocorrido com o segurado
empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocor-
rência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena da multa aplicada e
cobrada na forma do art. 286.
O PULO DO GATO
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto
um acidente de trabalho ou de trajeto como uma doença ocupacional.
Caso a empresa não emita a CAT, está sujeita a multa e, nesse caso, o próprio trabalhador
pode procurar assistência do INSS ou solicitar ao sindicato que representa sua categoria. O
trabalhador acidentado ou vítima de doença adquirida no trabalho, segurado pela Previdência
Social, tem garantido o direito: à aposentadoria por invalidez, caso o ocorrido tenha como con-
sequência uma incapacidade total e definitiva para qualquer trabalho; ao auxílio-doença aci-
dentário, caso ocorra uma incapacidade temporária superior a 15 dias; auxílio-acidente, caso
ocorra limitações definitivas para o trabalho, mas não incapacidade; e pensão por morte, aos
dependentes do trabalhador vítima fatal de acidente ou doença de trabalho.
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Acidente do Trabalho
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c) segundo / mediata
d) segundo / urgente
e) terceiro / urgente
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Letra a.
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Errado.
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
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Acidente do Trabalho
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Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Letra a.
Obs.: A CAT de comunicação de óbito só pode ser emitida após o registro da CAT inicial.
DICA
Guardar no coração o art. 22 da Lei n. 8.213/1991! Veja:
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
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Acidente do Trabalho
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§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade públi-
ca, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do
cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela
Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5º A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.
Além do acidente típico, há os acidentes por equiparação, que possuem as mesmas con-
sequências jurídicas. Não esqueça de ficar atento ao art. 20 e ao art. 21 da Lei n. 8.213/1991.
As doenças ocupacionais são: DOENÇA DO TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS.
Temos, ainda, as doenças com nexo técnico epidemiológico: o marco para essas caracteri-
zações é a legislação de 2006, que é a Lei n. 11.430/2006, em que a matéria relativa à prova do
acidente do trabalho sofreu significativa modificação: Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP).
Esse nexo é um índice no qual são considerados a ocupação do trabalhador na empresa, o
diagnóstico médico enquadrado na CID (Classificação Internacional de Doenças) e a sua inci-
dência estatística dentro da CNAE (Classificação Nacional de Atividade).
O NTEP gera uma presunção legal (juris tantum) de que a doença sofrida pelo trabalhador
é ocupacional, de forma a inverter-se o ônus probatório. Cuidado! PRESUNÇÃO RELATIVA!
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Acidente do Trabalho
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É preciso ter vínculo de segurado e depende do tipo de relação com o RGPS. Nesse sentido, é
o art. 19 da Lei n. 8.213/1991 que está em sentido diverso do enunciado:
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de
empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art.
11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Errado.
Em suma, o acidente de trajeto não depende do veículo. Dessa feita, a emissão da CAT é
um direito do acidentado de trajeto, assim como benefício acidentário e até uma possível es-
tabilidade no emprego.
Então, o acidente de TRAJETO é aquele sofrido pelo empregado no percurso da residência
para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclu-
sive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de
percurso por motivo alheio ao trabalho. O TST admite pequenas alterações ou desvios, sempre
considerando os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
Um detalhe: se o empregado vender o vale-transporte e for para a empresa usando moto
ou carro, a empresa continua com a obrigação de emitir a CAT (Comunicação de Acidente de
Trabalho). Isso porque o acidente de trajeto existe por equiparação legal.
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Acidente do Trabalho
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O PULO DO GATO
Entre 12 de novembro de 2019 e 20 de abril de 2020 vigorou no Brasil a Medida Provisória n.
905, que pretendia a descaracterização do acidente que acontece no trajeto entre a residência
do trabalhador e seu local de trabalho. Acontece que as medidas provisórias produzem efeitos
precários. Para que continuem vigorando, elas devem ser convertidas em lei. No entanto, a MP
n. 905 não foi convertida em lei. Desse modo, os acidentes de trajeto ocorridos entre 12 de no-
vembro de 2019 e 20 de abril de 2020 não são considerados acidentes de trabalho, pois a MP
n. 905 estava em vigor neste período e excluía a possibilidade de tal caracterização. Porém,
os acidentes de trajeto anteriores e posteriores àquele período são equiparados ao acidente
de trabalho.
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Acidente do Trabalho
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Está correta, sendo a previsão do art. 19 e do art. 20 da Lei n. 8.213/1991 que considera o aci-
dente de trajeto espécie de acidente de trabalho.
Certo.
O PULO DO GATO
Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos da referida lei: acidentes em via-
gem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por seus planos para me-
lhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusi-
ve veículo de propriedade do segurado.
Nesse âmbito, observa-se que o acidente de trajeto pode até não ensejar danos morais e
materiais se a responsabilidade pelo acidente for de culpa do próprio obreiro ou de terceiros.
O que existe, no caso acima, é a garantia provisória no emprego. Até porque são situações
distintas: responsabilidade por danos morais e materiais e a garantia provisória do emprego e
suas consequências.
Além do acidente de trajeto, há outras situações que são consideradas mediante a situa-
ção de EQUIPARAÇÃO. Já falamos no tópico anteriormente e agora vamos especificar median-
te exemplos.
A doença profissional é causada em razão da exposição contínua a agentes de risco, sejam
físicos, químicos ou outros. É como se fosse algo natural e esperado do desenvolvimento da
atividade.
A doença do trabalho se refere à patologia adquirida pelo desenvolvimento do labor, mas
isso não é presumido e nem esperado. Nota-se que o trabalhador adoece, mas é preciso provar
o nexo causal de forma mais contundente na medida em que é algo a ser construído na relação
doença e trabalho.
A doença do trabalho acontece em razão do ambiente de trabalho. A doença profissional é
causada de forma direta pela atividade profissional. São as espécies mais relevantes para as
nossas provas.
O acidente típico ocorre quando existe de forma inconteste uma lesão ao trabalhador em
razão do desempenho efetivo de seu labor. Nesse azo, a obrigação do empregador é emitir a
CAT, que é a Comunicação do Acidente de Trabalho. Se o empregador não o fizer, outros legiti-
mados podem assim proceder, como, por exemplo, o sindicato.
Obviamente que a emissão de CAT gera consequências negativas ao empregador por-
que aumenta seu risco empresarial de Acidente e, com isso, há o aumento da sua contribui-
ção social.
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Acidente do Trabalho
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Diante disso, há constante resistência na emissão desse documento, mas a lei assim o
exige. Quando existe a emissão da CAT e há necessidade de afastamento pelo INSS por mais
de 15 dias, haverá a suspensão do contrato de trabalho, mas a emissão de CAT independe se
o obreiro foi afastado ou não. Com isso, o obreiro receberá o benefício do auxílio-doença aci-
dentário e fará gozo das benesses da garantia provisória no emprego.
Repita-se no mapa mental:
Por fim, ainda temos as CONCAUSAS. Nesse azo, destaco a explicação de Cavalieri Filho
(Programa de Responsabilidade Civil, 7. ed., São Paulo: Atlas, 2007. p. 58):
A concausa é outra causa que, juntando-se à principal, concorre para o resultado. Ela não inicia e
nem interrompe o processo causal, apenas o reforça, tal qual um rio menor que deságua em outro
maior, aumentando-se o caudal. (17)
As causas preexistentes não eliminam o nexo causal. Dessa forma, as condições pessoais
de saúde do empregado vítima de acidente de trabalho não excluem a responsabilidade da
empregadora.
O mesmo se dá com as causas supervenientes, mesmo que concorram para o agravamen-
to da situação clínica. Assim, se o empregado acidentado não for socorrido a tempo, perdendo,
por esta razão, muito sangue, e vindo a falecer, essa causa superveniente, muito embora con-
corrente, não eximirá a responsabilidade do empregador.
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Acidente do Trabalho
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O PULO DO GATO
Os valores pagos como benefício previdenciário têm cunho estritamente alimentar e decorrem
da incapacidade profissional e das contribuições efetuadas pelo empregador e pelo emprega-
do no curso do contrato de trabalho. A indenização por danos materiais a cargo do emprega-
dor destina-se a compensar os danos sofridos pelo empregado em razão do acidente acarre-
tado por culpa daquele primeiro. O inciso XXVIII do art. 7º da Constituição da República prevê
que o “seguro” contra acidentes do trabalho não exclui a indenização a que está o empregador
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. O recebimento de uma verba não exclui ou reduz
a outra. Pela mesma razão, o valor do benefício previdenciário não pode ser compensado em
caso de condenação das empresas em indenizar os prejuízos materiais ou morais sofridos
pelo empregado.
Art. 475. O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho
durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício.
§ 1º Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-
-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao
empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477
e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser paga
na forma do art. 497.
§ 2º Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este,
o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca da
interinidade ao ser celebrado o contrato.
Art. 476. Em caso de seguro doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença
não remunerada, durante o prazo desse benefício.
O PULO DO GATO
Segurança do Trabalho é um conjunto de medidas de precaução utilizadas com o intuito de
proteger os colaboradores de uma empresa e diminuir eventuais perigos de ocorrência de aci-
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Acidente do Trabalho
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EXEMPLO
Daniel sofreu um acidente de trabalho e ficou apenas 2 dias afastados do labor, mesmo com
atestados médicos. Aqui, não existe garantia provisória no emprego. Contudo, se Daniel se
afastou por 16 dias, existe a garantia provisória.
DICA
INTERRUPÇÃO: afastamento até o 15º dia. SUSPENSÃO: afas-
tamento a partir do 16º dia. Mas se é caso de acidente de tra-
balho, SERÁ INTERRUPÇÃO.
EXEMPLO
Daniel teve uma gripe forte, estranha ao seu ambiente de trabalho. Seu atestado médico teve
20 dias. Logo, os 15 primeiros dias são interrupção, ou seja, o seu empregador arcará com
isso. Do 16º dia ao 20º dia, receberá auxílio-doença previdenciário e o contrato de Daniel estará
suspenso. Mas, se Daniel adoeceu de LER, sendo bancário, tratando-se de doença profissional,
se o seu atestado médico for de 20 dias, o contrato será interrompido, pois é caso de acidente
de trabalho.
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Acidente do Trabalho
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Admite-se a dispensa por justa causa e o TST vem aceitando o pedido de demissão, desde
que, neste último caso, homologado pelo Sindicato. Há a concepção da obrigatoriedade dessa
assistência, mesmo posteriormente à Reforma Trabalhista pela situação peculiar.
Que tal revisar num mapa mental tanta informação?
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 378 do TST: ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118
DA LEI N. 8.213/1991.
I – É constitucional o art. 118 da Lei n. 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade
provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado
acidentado.
II – São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias
e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a
despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do
contrato de emprego.
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da
garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da
Lei n. 8.213/1991.
O PULO DO GATO
O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia pro-
visória de emprego decorrente de acidente de trabalho.
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Acidente do Trabalho
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011. (INÉDITA/2022) Daniel, em contrato por prazo determinado com a Fábrica VALE TUDO
LTDA, sofre acidente de trabalho enquanto cumpria expediente. Ele teve afastamento previ-
denciário em com 60 dias. Ao retornar, foi dispensado sem justa causa com aviso prévio in-
denizado. O departamento jurídico da empresa afirmou que não existe garantia provisória no
emprego, sendo este o entendimento do TST. Nesse caso, a empresa está correta, pois não
existe garantia provisória no emprego em contrato por prazo determinado.
EXEMPLO
Daniel perdeu os dois braços e se torna incapaz para desempenhar uma função braçal. No
caso de incapacidade temporária, o obreiro teve um acidente, mas consegue retornar ao traba-
lho. Nesse caso, ele retornará, será reabilitado ou transferido de setor. Mas se a lesão persiste,
é a denominada consolidação da lesão e, aí, receberá seus salários normalmente, executando
suas funções e do INSS, um benefício chamado auxílio-acidente.
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Acidente do Trabalho
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Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida,
será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á
paga enquanto permanecer nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapa-
cidade mediante exame médico pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas
expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência
Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier
por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o
período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade
habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do afas-
tamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do início da incapacidade
e enquanto ele permanecer incapaz.
§ 1º Quando requerido por segurado afastado da atividade por mais de 30 (trinta) dias, o auxílio-do-
ença será devido a contar da data da entrada do requerimento.
§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de
doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral.
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolida-
ção das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem
redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta por cento do salário de benefício e será
devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a
data do óbito do segurado.
§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, in-
dependentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua
acumulação com qualquer aposentadoria.
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado
o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente.
§ 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente,
quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovada-
mente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
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Acidente do Trabalho
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Por sua vez, na doença profissional, há o direito ao FGTS enquanto estiver afastado e à
estabilidade quando retornar. Além disso, deve receber do INSS o auxílio-doença acidentário
e, talvez, o auxílio-acidente.
Na doença do trabalho, quando facilmente caracterizada, existe a possibilidade de também
receber auxílio-acidente. Mas se a doença não for perceptivelmente demonstrada, ou não tiver
relação com o trabalho, o obreiro receberá auxílio-doença previdenciário.
Nesse último caso, o contrato de trabalho é suspenso e o empregador se desobriga de
pagar qualquer benefício ao obreiro, inclusive no que se refere ao FGTS. Logo, caberá à autar-
quia efetuar o pagamento do benefício. Também nesse caso não haverá os efeitos da garantia
provisória do emprego.
É preciso observar sempre a diferença entre interrupção e suspensão do contrato de traba-
lho. No primeiro caso, o empregador continua responsável por todas as obrigações trabalhis-
tas e previdenciárias. No segundo caso, não há mais essas obrigações pelo empregador.
NÃO ESQUEÇA: a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido
para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto como uma doença ocupacional.
Quando a incapacidade ultrapassar o período de quinze dias consecutivos, o segurado será
encaminhado ao INSS para avaliação médico pericial. O auxílio por incapacidade temporária
será devido ao segurado que, uma vez cumprido, quando for o caso, o período de carência exi-
gido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de quinze
dias consecutivos, conforme definido em avaliação médico pericial.
Não será devido auxílio por incapacidade temporária ao segurado que se filiar ao RGPS
já portador de doença ou lesão invocada como causa para a concessão do benefício, exce-
to quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doen-
ça ou lesão.
Será devido auxílio por incapacidade temporária, independentemente do cumprimento de
período de carência, aos segurados obrigatório e facultativo quando sofrerem acidente de
qualquer natureza.
O setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social reconhecerá o direito do segu-
rado à habilitação do benefício acidentário. Será considerado agravamento do acidente aquele
sofrido pelo acidentado quanto estiver sob a responsabilidade da reabilitação profissional.
Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo téc-
nico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapa-
cidade, elencada na Classificação Internacional de Doenças CID.
Considera-se agravo lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome
de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte,
independentemente do tempo de latência. Reconhecidos pela Perícia Médica Federal a inca-
pacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravo serão devidas as prestações
acidentárias a que o beneficiário tiver direito.
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O PULO DO GATO
O INSS ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nas hipóteses de: I – negligência quan-
to às normas-padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para proteção individual e
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Acidente do Trabalho
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LIMBO PREVIDENCIÁRIO: vamos tecer alguns comentários, mas já adiantando que o TST
entende que cabe ao empregador arcar com os pagamentos enquanto a situação do trabalha-
dor se resolve junto com o INSS. A 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu
que, na hipótese de limbo previdenciário, é do empregado o ônus de demonstrar que a empresa
recusou a sua volta ao trabalho (RRAg 1000254-19.2018.5.02.0074, DEJT 04/02/2022).
Define-se quando o empregador, ao comparecer ao trabalho após alta previdenciária, é
impedido de desempenhar suas atividades sob a justificativa da empresa de que permanece
incapacitado para o trabalho.
A jurisprudência do TST é de que a discussão quanto ao acerto ou não da alta previdenciá-
ria não afasta o fato de que, com o fim do benefício, a pessoa fica à disposição do empregador,
e este, caso entenda que ela não está apta ao serviço, deve pagar os salários devidos até que
possa ser reinserida no trabalho ou que o auxílio previdenciário seja estabelecido.
Explicando melhor, o LIMBO ocorre quando o obreiro recebe alta do INSS, mas a empresa
se recusa a aceitá-lo, pois considera que ele ainda está doente e, portanto, não pode aceitá-lo
nos quadros da empresa.
EXEMPLO
Daniel ficou 60 dias recebendo auxílio-doença previdenciário e teve alta do INSS. Então, retor-
na à empresa, mas o setor médico entende que ele está doente. Logo, pede para ele voltar ao
INSS. Porém, o INSS reafirma que ele está apto ao retorno. Enquanto essa discussão ocorre
entre empregador e INSS, Daniel não está recebendo nem salários, nem o benefício previdenci-
ário. Quem arcará com sua subsistência? O TST entende que é o empregador. Se o INSS estiver
errado e for reconhecido esse erro judicialmente, a empresa pode entrar com ação de ressar-
cimento junto ao INSS.
Se o INSS estiver certo e for reconhecido esse acerto judicialmente, a empresa já está
arcando com a subsistência do obreiro. O que não pode é deixar o obreiro no limbo, no vácuo.
Essa é a discussão do LIMBO PREVIDENCIÁRIO. Fundamento da linha da jurisprudên-
cia do TST:
JURISPRUDÊNCIA
A recusa do empregador ao pagamento dos salários, sob o argumento de que é indevida
a cessação do benefício previdenciário, não se coaduna com os princípios constitucio-
nais da dignidade da pessoa e do valor social do trabalho.
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Acidente do Trabalho
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O PULO DO GATO
Não havendo dúvidas quanto à ocorrência de alta previdenciária, e sendo causa de pedir a re-
cusa da empresa à tentativa de retorno ao trabalho, incumbe à reclamante o ônus de compro-
var tal fato. E, quando comprovado, deve o empregador arcar com os salários e demais direitos
durante o limbo previdenciário.
012. (INÉDITA/2022) O ônus de provar a recusa do empregador quando o obreiro tem a alta
do INSS é do empregado.
A 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que, na hipótese de limbo previden-
ciário, é do empregado o ônus de demonstrar que a empresa recusou a sua volta ao trabalho
(RRAg 1000254-19.2018.5.02.0074, DEJT 04/02/2022).
Certo.
Por fim, é importante conhecer o FAP. É tratado pelo Decreto n. 6.042/2007 com a inclusão
do art. 202-A no Regulamento da Previdência Social. No cálculo do FAP, excluem-se os aci-
dentes de trajeto, por decisão do Conselho Nacional da Previdência Social. No site oficial da
Previdência Social, conseguimos informação importante para a sua prova objetiva:
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registros acidentários da Previdência Social. Pela metodologia do FAP, as empresas que registrarem
maior número de acidentes ou doenças ocupacionais, pagam mais.
DICA
É bom conhecer o teor do art. 202 do Decreto n. 3.049/1999:
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Acidente do Trabalho
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RESUMO
Acidente de trabalho se caracteriza no exercício profissional e causa lesão corporal ou per-
turbação funcional que provoca a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o trabalho, nos termos do art. 19 da Lei n. 8.213/1991.
Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do tra-
balho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Mi-
nistério do Trabalho e da Previdência Social. Doença do trabalho, assim entendida a adquirida
ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele
se relacione diretamente.
GARANTIA PROVISÓRIA NO EMPREGO: bastante cobrada em provas, significa que, pelo
prazo mínimo de 12 meses após a cessação do auxílio – doença acidentário, independente-
mente da percepção de auxílio – acidente (12 meses e não, 1 ano), o trabalhador não pode
ser dispensado sem justa causa. Mas a jurisprudência admite a dispensa por justa causa
ou a pedido.
ACIDENTE DE TRAJETO: é aquele que ocorre no deslocamento casa/trabalho/casa. A Ju-
risprudência do TST tolera alguns pequenos desvios de trajeto e horário, de acordo com a
proporcionalidade e razoabilidade, como acidentes de trajeto, passível das mesmas consequ-
ências jurídicas.
Entre 12 de novembro de 2019 e 20 de abril de 2020 vigorou no Brasil a Medida Provisória
n. 905, que pretendia a descaracterização do acidente que acontece no trajeto entre a residên-
cia do trabalhador e seu local de trabalho. Acontece que as medidas provisórias produzem
efeitos precários. Para que continuem vigorando, elas devem ser convertidas em lei. No entan-
to, a MP n. 905 não foi convertida em lei. Desse modo, os acidentes de trajeto ocorridos entre
12 de novembro de 2019 e 20 de abril de 2020 não são considerados acidentes de trabalho,
pois a MP n. 905 estava em vigor neste período e excluía a possibilidade de tal caracterização.
Porém, os acidentes de trajeto anteriores e posteriores àquele período são equiparados ao
acidente de trabalho.
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer
tanto um acidente de trabalho ou de trajeto como uma doença ocupacional.
O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia
provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho.
Não havendo dúvidas quanto à ocorrência de alta previdenciária, e sendo causa de pedir a
recusa da empresa à tentativa de retorno ao trabalho, incumbe à reclamante o ônus de compro-
var tal fato. E, quando comprovado, deve o empregador arcar com os salários e demais direitos
durante o limbo previdenciário.
Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos da referida lei: acidentes em
viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por seus planos para
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EXERCÍCIOS
001. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Um trabalhador sofreu amputação do 2º dedo da mão di-
reita ao operar máquina na empresa. Ficou afastado do trabalho por um período de 4 meses
e nesse período recebeu benefício previdenciário. Após recuperação completa da cicatriza-
ção da amputação, não conseguia realizar a sua atividade de trabalho, que exigia a preensão
palmar com força, mas poderia realizar outros tipos de atividade na empresa que trabalhava,
em outro setor e função. Nesse caso o benefício previdenciário que foi concedido durante o
afastamento e que tem direito a receber após retornar à outra atividade de trabalho são, res-
pectivamente, auxílio por incapacidade
a) Temporária previdenciário e reabilitação profissional.
b) Temporária previdenciário e auxílio por incapacidade acidentário.
c) Temporária acidentário e auxílio por incapacidade permanente por acidente de trabalho.
d) Temporária acidentário e auxílio-acidente.
e) Permanente por acidente de trabalho e auxílio-acidente.
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da escada quebrou. O pedreiro, ao se desequilibrar, caiu e sofreu escoriações nas pernas, o que
lhe rendeu afastamento, com retorno, após três dias, às suas atividades laborais normais. Com
base nessa situação hipotética e na regulamentação aplicável, julgue o próximo item. A queda
do pedreiro é classificada como acidente impessoal.
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( ) Acidente de trajeto.
( ) Acidente tipo.
( ) Incidente.
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027. (INÉDITA/2022) Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
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a) Incidente de trabalho.
b) Doenças Ocupacionais.
c) Acidente de trabalho.
d) Acidente ambiental.
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Acidente do Trabalho
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GABARITO
1. d 37. c
2. E 38. E
3. C 39. E
4. E 40. E
5. C 41. C
6. E 42. E
7. E 43. E
8. C 44. b
9. C 45. C
10. C 46. E
11. E 47. C
12. c 48. E
13. C 49. E
14. E 50. E
15. C
16. E
17. C
18. c
19. C
20. C
21. C
22. E
23. E
24. C
25. E
26. C
27. C
28. E
29. E
30. C
31. C
32. C
33. c
34. c
35. c
36. b
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
GABARITO COMENTADO
001. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Um trabalhador sofreu amputação do 2º dedo da mão di-
reita ao operar máquina na empresa. Ficou afastado do trabalho por um período de 4 meses
e nesse período recebeu benefício previdenciário. Após recuperação completa da cicatriza-
ção da amputação, não conseguia realizar a sua atividade de trabalho, que exigia a preensão
palmar com força, mas poderia realizar outros tipos de atividade na empresa que trabalhava,
em outro setor e função. Nesse caso o benefício previdenciário que foi concedido durante o
afastamento e que tem direito a receber após retornar à outra atividade de trabalho são, res-
pectivamente, auxílio por incapacidade
a) Temporária previdenciário e reabilitação profissional.
b) Temporária previdenciário e auxílio por incapacidade acidentário.
c) Temporária acidentário e auxílio por incapacidade permanente por acidente de trabalho.
d) Temporária acidentário e auxílio-acidente.
e) Permanente por acidente de trabalho e auxílio-acidente.
O trabalhador, quando sofre um acidente de trabalho, pode ter uma incapacidade permanente
ou temporária. No primeiro caso, ele é encaminhado ao INSS e receberá aposentadoria por
invalidez. É quando o obreiro não consegue mais executar nenhuma função, mesmo que seja
transferido de setor.
EXEMPLO
Daniel perdeu os dois braços e se torna incapaz para desempenhar uma função braçal. No
caso de incapacidade temporária, o obreiro teve um acidente, mas consegue retornar ao traba-
lho. Nesse caso, ele retornará, será reabilitado ou transferido de setor. Mas se a lesão persiste,
é a denominada consolidação da lesão e, aí, receberá seus salários normalmente, executando
suas funções e do INSS, um benefício chamado auxílio-acidente.
Letra d.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
São tolerados pequenos desvios de percurso e horários, mas não para fins de reunião social ou
encontros, apesar de colegas de trabalho. Isso extrapola os limites da tolerância, da proporcio-
nalidade e da razoabilidade.
Errado.
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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
A assertiva está correta, nos termos do prazo e da obrigação existente na Lei n. 8.213/1991:
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Certo.
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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades
mórbidas: I doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministé-
rio do Trabalho e da Previdência Social.
Certo.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades
mórbidas: II doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de con-
dições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da
relação mencionada no inciso I.
Certo.
Art. 20.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa.
Errado.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
( ) Acidente de trajeto.
( ) Acidente tipo.
( ) Incidente.
Infortúnio do trabalho originado por causa violenta, súbita e imprevista é acidente tipo. Aciden-
te sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou vice-versa é
acidente de trajeto. Acidente sem danos pessoais, mas que deve ser analisado para que sejam
propostas medidas para evitar sua repetição, é incidente.
Letra c.
Mesmo quando a empresa fornece o vale-transporte, se o obreiro tiver acidente no seu trajeto,
caracteriza-se o acidente de trabalho, pois a lei não faz distinção, conforme se verifica:
Em suma, o acidente de trajeto não depende do veículo. Dessa forma, a emissão da CAT é um
direito do acidentado de trajeto, assim como benefício acidentário e até uma possível estabili-
dade no emprego.
Certo.
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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
A MP n. 905 que tratava disso não foi convertida em lei. Sendo assim, a empresa conti-
nua obrigada.
Errado.
Art. 21.
IV – O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de
seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção
utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio
de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Certo.
A assertiva está errada, na medida em que o conceito é de doença profissional. Nesse caso, a
doença do trabalho tem outro conceito. Veja a Lei n. 8.213/1991:
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades
mórbidas:
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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
I – doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho
peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do
Trabalho e da Previdência Social;
II – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação
mencionada no inciso I.
Errado.
Dispõe a norma:
Art. 336. Para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar à previdência social
o acidente de que tratam os arts. 19, 20, 21 e 23 da Lei n. 8.213, de 1991, ocorrido com o segurado
empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocor-
rência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena da multa aplicada e
cobrada na forma do art. 286.
Letra c.
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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
Todos os acidentes pessoais devem ser comunicados, nos termos do art. 22 da Lei n.
8.213/1991.
Certo.
Art. 336. Para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar à previdência social
o acidente de que tratam os arts. 19, 20, 21 e 23 da Lei n. 8.213, de 1991, ocorrido com o segurado
empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocor-
rência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena da multa aplicada e
cobrada na forma do art. 286.
Certo.
Art. 22, § 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidenta-
do, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autori-
dade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
Certo.
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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
Existe uma confusão entre acidente de trabalho típico e atípico. Primeiro, temos uma distinção
muito interessante: ACIDENTE DE TRABALHO TÍPICO E ATÍPICO. No primeiro caso: acontece
no ambiente de trabalho e cujos riscos são decorrentes do exercício da própria atividade labo-
rativa. No ATÍPICO, temos doenças ocupacionais, as quais não decorrem necessariamente das
atividades exercidas na empresa, mas têm relação com as condições e o ambiente em que o
trabalho é desenvolvido.
Errado.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do art. anterior, as seguintes entidades
mórbidas:
I – Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho
peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do
Trabalho e da Previdência Social.
Errado.
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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
027. (INÉDITA/2022) Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.
Art. 2º
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho.
Certo.
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela
Previdência Social.
Errado.
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Acidente do Trabalho
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O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) decidiu ontem excluir os acidentes de traje-
to (de casa para o trabalho ou vice-versa) do cálculo do chamado Fator Acidentário de Preven-
ção (FAP), mecanismo adotado para reduzir ou aumentar o Seguro Acidente de Trabalho (SAT)
– que passou a se chamar Riscos Ambientais do Trabalho (RAT). Aplicado desde 2010, o FAP
dá um bônus às empresas que investem em prevenção de acidentes de trabalho e pune as que
têm um número elevado de ocorrências. Os empregadores podem ter uma redução de 50% ou
aumento de 100% na alíquota do RAT, que é de 1%, 2% ou 3% sobre a folha de pagamentos –
com base nos índices de frequência, gravidade e custo dos acidentes.
Errado.
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade públi-
ca, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
Certo.
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Acidente do Trabalho
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Art. 20
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do
trabalho.
Certo.
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
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salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Letra c.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I – O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído dire-
tamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou
produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II – O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de
seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção
utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
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Acidente do Trabalho
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d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio
de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Letra c.
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
Letra c.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
a) 3, 1, 2.
b) 3, 2, 1.
c) 2, 1, 3.
d) Nenhuma das alternativas.
A única resposta correta é a C, nos termos do art. 22 da Lei n. 8.213/1991. A alternativa A está
errada, pois não há legitimidade exclusiva. A alternativa B está errada, pois não há necessida-
de de interposição de ação judicial. A alternativa D está errada, pois o prazo é imediato. Veja
o art. 22:
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade públi-
ca, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
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Acidente do Trabalho
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§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do
cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela
Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5º A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.
Letra c.
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Errado.
Basta o acidente, sem demonstrar nexo de causalidade, nos termos do art. 22 da Lei n.
8.213/1991.
Errado.
É obrigação do empregador emitir a CAT, como está previsto nos termos do art. 22 da Lei n.
8.213/1991.
Errado.
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Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Errado.
A CAT é obrigatória em todo tipo de acidente, caso haja afastamento ou não do obreiro, confor-
me o art. 22 da Lei n. 8.213/1991.
Errado.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
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Existe uma limitação das classificações dos acidentes de trabalho, pois excluíram as doenças
do trabalho e o acidente atípico e os de equiparação.
Errado.
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade públi-
ca, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do
cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela
Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5º A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.
Certo.
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Acidente do Trabalho
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Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdên-
cia Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autorida-
de competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de con-
tribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade públi-
ca, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do
cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela
Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5º A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.
Errado.
A questão é restritiva. A CAT, nos termos do art. 22 da Lei n. 8.213/1991, deve ser aberta em
situação de qualquer acidente de trabalho, como o acidente de trajeto, por exemplo.
Errado.
Art. 21:
II – O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho.
Errado.
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Acidente do Trabalho
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ANEXO
Legislação importante sobre o tema, tratamos aqui da Lei n. 8.213/1991:
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de em-
presa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no
inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de
proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as nor-
mas de segurança e higiene do trabalho.
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação
a executar e do produto a manipular.
§4ºO Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades
representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos ante-
riores, conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes
entidades mórbidas:
I – doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de con-
dições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante
da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvol-
va, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista
nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e
com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I – O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribu-
ído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
Maria Rafaela
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