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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO

ACIDENTE DO TRABALHO

Livro Eletrônico
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
Maria Rafaela

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Acidente do Trabalho.....................................................................................................................................................4
1. Acidente do Trabalho.................................................................................................................................................4
2. Espécies de Acidente do Trabalho..................................................................................................................14
3. Disposições Normativas do Acidente de Trabalho. ...............................................................................18
4. Efeitos Trabalhistas do Acidente de Trabalho.......................................................................................20
5. Efeitos Previdenciários do Acidente de Trabalho................................................................................. 22
Resumo................................................................................................................................................................................29
Exercícios.............................................................................................................................................................................31
Gabarito...............................................................................................................................................................................39
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................40
Anexo..................................................................................................................................................................................... 59

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela

Apresentação
Olá, futuro(a) aprovado(a)!
Tudo bem? Estudando firme e forte? Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de
Castro. Atualmente, sou Juíza do Trabalho Substituta no TRT da 7ª Região, doutoranda em Ci-
ências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto, em Portugal, professora de preparatórios e
faculdades no Ceará, “a Terra do Sol”, e faço parte do Time do Gran Cursos. Registro que estou
muito feliz em escrever esse livro digital para você atingir o sucesso na carreira que sonha.
Eu já fui Juíza no TRT 14, Promotora de Justiça do Estado de Rondônia, analista judiciária,
professora universitária concursada etc. Em suma, essa apresentação foi para te dizer que fui
“concurseira raiz” e que é possível (SIM!) passar em concurso.
O mais importante da minha apresentação é te dizer que eu entendo sua dor e pressa para
ser aprovado em concurso. Também entendo que você quer o máximo de informações de for-
ma objetiva e clara, sem rodeios, e quer gabaritar a prova, bem como entender as nuances da
legislação. Veio ao lugar certo. Eu fiz exatamente o material que eu gostaria que meus profes-
sores tivessem feito quando estava me preparando para as provas.
Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você
surpreenda a Banca examinadora, e não o contrário. Nesse ponto, esse material vai te ajudar
a chegar à posse.
No fim do nosso material, existe toda a jurisprudência atualizada sobre o tema, exatamen-
te para que você esteja apto para as provas. Não basta saber a legislação; para o seu tipo de
prova, o conhecimento jurisprudencial é essencial!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material obri-
gatório! Então, pegue sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o marca tex-
to, a caneta e se programe para ler tudo o que preparei para você e ficar ligado no curso GRAN.
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
@juizamariarafaela

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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela

ACIDENTE DO TRABALHO
1. Acidente do Trabalho
Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou
de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente
ou temporária, da capacidade para o trabalho.

DICA
Inclui-se o EMPREGADO DOMÉSTICO no acidente de trabalho.

É um evento complexo que impacta a sociedade de diferentes maneiras, mobilizando di-


ferentes instâncias da Administração Pública e interesses das organizações empresariais e
dos trabalhadores. Também é considerado um evento que impacta a sociedade em diferentes
dimensões, cujos custos não se restringem aos aspectos econômicos.
Ou seja, o acidente do trabalho pode causar desde um simples afastamento, a perda ou a
redução da capacidade para o trabalho, até mesmo o óbito do trabalhador.
ACIDENTE DE TRABALHO GRAVE é aquele que acarreta mutilação, física ou funcional, ou
que leva à lesão cuja natureza implique comprometimento extremamente sério, preocupante,
com consequências nefastas ou fatais.

001. (ADM E TEC/PREFEITURA DE CUPIRA/GUARDA MUNICIPAL/2018) O acidente do tra-


balho pode causar desde um simples afastamento, a perda ou a redução da capacidade para
o trabalho, até mesmo a morte do trabalhador.

A assertiva está em conformidade com o art. 19 da Lei n. 8.213/1991.


Certo.

Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data


do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segrega-
ção compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para esse efeito o que
ocorrer primeiro.
O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela Perícia Médica Federal, por
meio da identificação do nexo entre o trabalho e o agravo. Trata-se da perícia do INSS.

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Para avançar nesse tema, é preciso verificar o meio ambiente de trabalho, pois é um direito
fundamental de 3ª geração (direitos de fraternidade e solidariedade). Seus titulares são inde-
terminados.
A temática dos direitos humanos/fundamentais está intimamente vinculado à teoria geral
da cidadania, com preservação e respeito à dignidade humana. Tudo isso com escopo no art.
225 da CF/88, em que a saúde é bem ambiental. O enfoque do que falamos também está em
nível internacional, como as Convenções da OIT n. 148, n. 155, n. 161 e n. 170.
CONCEITO CONTEMPORÂNEO DE ACIDENTE DE TRABALHO: existe um conceito contem-
porâneo – não se limita apenas às normas regulamentadoras, mas deve ser entendido como O
CONJUNTO DAS CONDIÇÕES INTERNAS E EXTERNAS DO LOCAL DE TRABALHO E SUA RELA-
ÇÃO COM A SAÚDE DOS TRABALHADORES.
Temos, ainda, a obrigação do empregador: manter um meio ambiente livre e sadio de qual-
quer risco, o que gera para o trabalhador o direito à reparação pelo dano moral decorrente de
sua capacidade laborativa.
Nasce, concomitantemente, a figura da PREVENÇÃO DOS INFORTÚNIOS – imposição de
deveres gerais a cargo dos empregadores e trabalhadores; inspeção prévia dos estabelecimen-
tos; embargo ou interdição; outras medidas especiais de prevenção, nos termos do art. 170 a
188 da CLT. Podemos ter, à guiza de exemplo, a Convenção n. 127 da OIT – prevenção contra a
fadiga (homens até 60kg e mulheres até 20kg em atividades contínuas ou 25kg em atividades
ocasionais).
Nessa mesma linha de raciocínio, há a obrigatoriedade do fornecimento de EPI, destacan-
do-se a Súmula n. 289 do TST:

JURISPRUDÊNCIA
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do paga-
mento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzam à
diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do
equipamento pelo empregado.

Importante trazer à baila a Lei n. 14.457/2022:

Art. 23. Para a promoção de um ambiente laboral sadio, seguro e que favoreça a inserção e a ma-
nutenção de mulheres no mercado de trabalho, as empresas com Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes e de Assédio (Cipa) deverão adotar as seguintes medidas, além de outras que enten-
derem necessárias, com vistas à prevenção e ao combate ao assédio sexual e às demais formas de
violência no âmbito do trabalho:
I – Inclusão de regras de conduta a respeito do assédio sexual e de outras formas de violência
nas normas internas da empresa, com ampla divulgação do seu conteúdo aos empregados e às
empregadas;

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II – Fixação de procedimentos para recebimento e acompanhamento de denúncias, para apuração
dos fatos e, quando for o caso, para aplicação de sanções administrativas aos responsáveis diretos
e indiretos pelos atos de assédio sexual e de violência, garantido o anonimato da pessoa denuncian-
te, sem prejuízo dos procedimentos jurídicos cabíveis;
III – Inclusão de temas referentes à prevenção e ao combate ao assédio sexual e a outras formas de
violência nas atividades e nas práticas da Cipa;
IV – realização, no mínimo a cada 12 (doze) meses, de ações de capacitação, de orientação e de
sensibilização dos empregados e das empregadas de todos os níveis hierárquicos da empresa so-
bre temas relacionados à violência, ao assédio, à igualdade e à diversidade no âmbito do trabalho,
em formatos acessíveis, apropriados e que apresentem máxima efetividade de tais ações.
§ 1º O recebimento de denúncias a que se refere o inciso II do caput deste artigo não substitui o pro-
cedimento penal correspondente, caso a conduta denunciada pela vítima se encaixe na tipificação
de assédio sexual contida no art. 216-A do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), ou em outros crimes de violência tipificados na legislação brasileira.
§ 2º O prazo para adoção das medidas previstas nos incisos I, II, III e IV do caput deste artigo é de
180 (cento e oitenta) dias após a entrada em vigor desta Lei.

O PULO DO GATO
Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de em-
pregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho. PERMANENTE OU TEMPORÁRIA!

A importância do tema para as provas é porque quando há acidentes de trabalho existem


diretamente custos para o Estado. Incumbe ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS ad-
ministrar a prestação de benefícios, tais como auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, ha-
bilitação e reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte.
Então, vêm as perguntas:

Quem é o acidentado?

Aquele que sofre ACIDENTE DE TRABALHO, conforme o art. 118 da Lei n. 8.213/1991.

E o que é o ACIDENTE DO TRABALHO?

Acidente de trabalho se caracteriza no exercício profissional e causa lesão corporal ou per-


turbação funcional que provoca a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o trabalho, nos termos do art. 19 da Lei n. 8.213/1991.

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Em conformidade com a NBR 14.280, norma brasileira da Associação Brasileira de Nor-


mas Técnicas – ABNT, acidente de trabalho é a ocorrência imprevista e indesejável, de caráter
instantâneo e traumático, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa
resultar lesão pessoal.
IMPORTANTE saber a diferença entre doença profissional e do trabalho:
a) doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Por exemplo: minerador que adquire doença no
pulmão já inerente à sua condição de mineiro; LER no digitador etc.
b) doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condi-
ções especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. Por exemplo:
alguém ficou doente na sua coluna cervical pelas péssimas condições ergonômicas da empre-
sa ou porque levantava pesos de forma inadequada e acima dos limites legais.
Vamos registrar uma tabela para te ajudar mais:

Doença Profissional Doença do Trabalho


É a adquirida ou desencadeada em função
É a produzida ou desencadeada pelo exercício
de condições especiais em que o trabalho é
do trabalho peculiar a determinada atividade
realizado
E
E
Deve estar na respectiva relação elaborada
Relacionada diretamente ao desempenho do
pelo Ministério do Trabalho
trabalho

 Obs.: Os requisitos são cumulativos!

Nesse azo, destacamos nos mapas mentais:

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Acidente do Trabalho
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Temos como espécie o ACIDENTE IMPESSOAL, ou seja, tecnicamente são aqueles cuja
caracterização independe de existir acidentado. Prefiro defini-los como ocorrências que pro-
vocam dano e/ou perda patrimonial. Uma colisão de veículo ou queda de um equipamento
ilustram esse conceito.

E o ACIDENTE PESSOAL?

É justamente o oposto. É aquele que existe a pessoa do acidentado. Há um trabalhador


lesionado que pode ser afastado ou não de suas funções laborais.
Há, ainda, os INCIDENTES. Esses também são chamados de QUASE ACIDENTES. Configu-
ram-se quando há situações nas quais houve iminência de ocorrer um acidente. Por exemplo,
um obreiro que, esteve atento, e evitou um acidente grave. Acrescento: acidente sem danos
pessoais, mas que deve ser analisado para que sejam propostas medidas para evitar sua re-
petição, é incidente.
Há doutrina interessante que menciona ACIDENTE COM PERDA DE TEMPO E ACIDENTE
SEM PERDA DE TEMPO. Vejamos na tabela:

Acidente com Perda de Tempo Acidente sem Perda de Tempo


É o afastamento temporário ou permanente
É quando ocorrem pequenas escoriações ou
do trabalhador de suas funções para sua
lesões, não levando ao afastamento da rotina
recuperação. Exemplo: Daniel sofreu acidente
de trabalho, bastando primeiros socorros e, às
de trabalho e, pela gravidade das lesões,
vezes, nem isso. Por exemplo: Daniel teve um
ficou afastado 30 dias, depois retornando. É
corte no dedo.
acidente com perda de tempo.

002. (CESPE/PETROBRÁS/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO/2022) Um pe-


dreiro, em uma escada, fazia assentamento de revestimentos cerâmicos na parede, a dois me-
tros e meio de altura, quando o degrau da escada quebrou. O pedreiro, ao se desequilibrar, caiu

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e sofreu escoriações nas pernas, o que lhe rendeu afastamento, com retorno, após três dias,
às suas atividades laborais normais. Com base nessa situação hipotética e na regulamentação
aplicável, julgue o próximo item. A queda do pedreiro é classificada como acidente impessoal.

Não é verdadeiro, pois se teve a figura do obreiro acidentado; trata-se de ACIDENTE PESSO-
AL. Temos como espécie o ACIDENTE IMPESSOAL, ou seja, tecnicamente são aqueles cuja
caracterização independe de existir acidentado. Prefiro defini-los como ocorrências que pro-
vocam dano e/ou perda patrimonial. Uma colisão de veículo ou queda de um equipamento
ilustram este conceito. O ACIDENTE PESSOAL é justamente o oposto. É aquele que existe a
pessoa do acidentado. Há um trabalhador lesionado que pode ser afastado ou não de suas
funções laborais.
Errado.

E o que é acidente de trabalho por equiparação?

O art. 21 da Lei n. 8.213/1991 equipara ainda a acidente de trabalho diversas situações


que ocorrem no desempenho de suas atividades ou de forma lateral a estas, dos quais enume-
ramos aqui:

I – O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído dire-
tamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou
produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação. Temos aqui a situação de agra-
vamento da doença.
II – O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
DICA: TERCEIRO (por exemplo: cliente ou um empregado da empresa terceirizada) OU COLEGA DO
TRABALHO, podendo-se incluir, por exemplo, o prestador de serviço ou estagiário.
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
DICA NOVAMENTE: TERCEIRO (por exemplo: cliente ou um empregado da empresa terceirizada)
OU COLEGA DO TRABALHO, podendo-se incluir, por exemplo, o prestador de serviço ou estagiário.
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
DICA NOVAMENTE: TERCEIRO (por exemplo: cliente ou um empregado da empresa terceirizada) OU
COLEGA DO TRABALHO, podendo-se incluir, por exemplo, o prestador de serviço ou estagiário.
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III – A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;

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c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada dentro de seus planos
para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, in-
clusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio
de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.

O PULO DO GATO
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras ne-
cessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no
exercício do trabalho. Por exemplo: uma agressão no horário do almoço.

003. (AOCP/UFPB/MÉDICO/2014) O Gerente de uma empresa teve um problema elétrico em


sua casa e ordenou que o eletricista da empresa que gerencia fosse até sua casa resolver o
problema elétrico, pois era próximo a empresa e não tomaria muito o tempo do funcionário,
pois o mesmo estava dentro do seu horário de trabalho. Para solucionar o problema elétrico o
eletricista teve que subir no poste, mas infelizmente sofreu uma queda vindo a fraturar um dos
pés, com afastamento do trabalho por 30 dias. O médico da empresa é questionado se deve
ser considerado como Acidente de Trabalho. Sobre o caso, assinale a alternativa correta.
a) É acidente de trabalho independentemente de haver afastamento ou não.
b) É acidente de trabalho somente se o afastamento for inferior a 15 dias
c) Não se considera acidente de trabalho aquele ocorrido fora do ambiente de trabalho.
d) Não é acidente de trabalho, pois o eletricista não prestou atenção ao subir no poste.
e) É acidente de trabalho somente se o afastamento for superior a 15 dias.

No caso, configura-se o art. 21, IV, da Lei n. 8.213/1991. Existe acidente de trabalho, indepen-
dentemente do prazo. Apenas se discute a garantia provisória no emprego se o afastamento
for superior ou inferior a 15 dias. O afastamento será em razão de alguma doença ou acidente
que não tem relação com o trabalho exercido pelo segurado. Os 15 dias de afastamento não
precisarão ser seguidos. Poderá ser o afastamento de 15 dias dentro de um período de 60 dias.
Letra a.

E a GARANTIA PROVISÓRIA NO EMPREGO na sua relação com acidente do trabalho?

Chamo atenção, pois é bastante cobrada em provas e significa que, pelo prazo mínimo de
12 meses após a cessação do auxílio – doença acidentário, independentemente da percepção

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de auxílio – acidente (12 meses, e não 1 ano), o trabalhador não pode ser dispensado sem jus-
ta causa. Mas a jurisprudência admite a dispensa por justa causa ou a pedido.
Consequência – EXPEDIÇÃO DA CAT: Em caso de acidente de trabalho, cabe ao empre-
gador a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e seu envio à Previdência
Social, ainda que o acidente não gere afastamento do trabalho e concessão de benefícios pre-
videnciários. Essa comunicação deve ser feita também em caso de doenças relacionadas ao
trabalho, desenvolvidas pelo trabalhador. Dispõe, ainda, o decreto n. 3.048/1999:

Art. 336. Para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar à previdência social
o acidente de que tratam os arts. 19, 20, 21 e 23 da Lei n. 8.213, de 1991, ocorrido com o segurado
empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocor-
rência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena da multa aplicada e
cobrada na forma do art. 286.

O PULO DO GATO
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto
um acidente de trabalho ou de trajeto como uma doença ocupacional.

Caso a empresa não emita a CAT, está sujeita a multa e, nesse caso, o próprio trabalhador
pode procurar assistência do INSS ou solicitar ao sindicato que representa sua categoria. O
trabalhador acidentado ou vítima de doença adquirida no trabalho, segurado pela Previdência
Social, tem garantido o direito: à aposentadoria por invalidez, caso o ocorrido tenha como con-
sequência uma incapacidade total e definitiva para qualquer trabalho; ao auxílio-doença aci-
dentário, caso ocorra uma incapacidade temporária superior a 15 dias; auxílio-acidente, caso
ocorra limitações definitivas para o trabalho, mas não incapacidade; e pensão por morte, aos
dependentes do trabalhador vítima fatal de acidente ou doença de trabalho.

004. (CETREDE/PREFEITURA DE JUAZEIRO DO NORTE/ENFERMEIRO/2019) A Comunica-


ção de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto um aci-
dente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional. A empresa é obrigada a
informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados,
mesmo que não haja afastamento das atividades, até o __________ dia útil seguinte ao da ocor-
rência. Em caso de morte, a comunicação deverá ser __________. Assinale a alternativa que
preenche CORRETA e respectivamente as lacunas.
a) primeiro / imediata
b) terceiro / primeiro dia útil

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c) segundo / mediata
d) segundo / urgente
e) terceiro / urgente

A questão se resolve pela leitura do art. 22 da Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Letra a.

005. (VUNESP/EBSEHR/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO/2020) À luz da le-


gislação vigente, a empresa deverá comunicar o acidente à Previdência Social até o primeiro
dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de mutilação, amputação de membro ou perda de
ambos os olhos, de imediato às autoridades policial e trabalhista.

A questão se resolve pela leitura do art. 22 da Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Errado.

006. (CEPS-UFPA/UFPA/MÉDICO/2019) Em caso de morte, a comunicação CAT deverá ser


feita no máximo em 48 horas.

A questão se resolve pela leitura do art. 22 da Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Errado.

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Acidente do Trabalho
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007. (UERR/CODESAIMA/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO/2017) A comunica-


ção de acidentes do trabalho é feita mediante a emissão de um documento especial chamado
de Comunicação De Acidentes de Trabalho (CAT). Em caso de ACIDENTE, deve ser comunica-
do à autoridade competente em qual prazo?
a) Primeiro dia útil, seguinte ao da ocorrência.
b) Segundo dia útil, seguinte ao da ocorrência.
c) Terceiro dia útil, seguinte ao da ocorrência.
d) Quarto dia útil, seguinte ao da ocorrência.
e) De imediato.

A questão se resolve pela leitura do art. 22 da Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Letra a.

Temos, ainda, as espécies de CAT:


• CAT INICIAL: Acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do
trabalho.
• CAT reabertura: Reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de
acidente do trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormen-
te ao INSS.
• CAT FALECIMENTO: Falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do
trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial.

 Obs.: A CAT de comunicação de óbito só pode ser emitida após o registro da CAT inicial.

DICA
Guardar no coração o art. 22 da Lei n. 8.213/1991! Veja:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.

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Acidente do Trabalho
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§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade públi-
ca, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do
cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela
Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5º A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.

2. Espécies de Acidente do Trabalho


Primeiro, temos uma distinção muito interessante: ACIDENTE DE TRABALHO TÍPICO E ATÍ-
PICO. No primeiro caso: acontece no ambiente de trabalho e cujos riscos são decorrentes do
exercício da própria atividade laborativa.
No ATÍPICO, temos: doenças ocupacionais, as quais não decorrem necessariamente das
atividades exercidas na empresa, mas têm relação com as condições e o ambiente em que o
trabalho é desenvolvido.
Veja o mapa mental:

Além do acidente típico, há os acidentes por equiparação, que possuem as mesmas con-
sequências jurídicas. Não esqueça de ficar atento ao art. 20 e ao art. 21 da Lei n. 8.213/1991.
As doenças ocupacionais são: DOENÇA DO TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS.
Temos, ainda, as doenças com nexo técnico epidemiológico: o marco para essas caracteri-
zações é a legislação de 2006, que é a Lei n. 11.430/2006, em que a matéria relativa à prova do
acidente do trabalho sofreu significativa modificação: Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP).
Esse nexo é um índice no qual são considerados a ocupação do trabalhador na empresa, o
diagnóstico médico enquadrado na CID (Classificação Internacional de Doenças) e a sua inci-
dência estatística dentro da CNAE (Classificação Nacional de Atividade).
O NTEP gera uma presunção legal (juris tantum) de que a doença sofrida pelo trabalhador
é ocupacional, de forma a inverter-se o ônus probatório. Cuidado! PRESUNÇÃO RELATIVA!

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008. (FEPESE/PREFEITURA DE CONCÓRDIA/MÉDICO DO TRABALHO/2018) Acidente de


trabalho é um evento súbito, ocorrido no exercício de atividade laboral, independentemente da
situação empregatícia e previdenciária do trabalhador acidentado.

É preciso ter vínculo de segurado e depende do tipo de relação com o RGPS. Nesse sentido, é
o art. 19 da Lei n. 8.213/1991 que está em sentido diverso do enunciado:

Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de
empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art.
11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Errado.

Destacamos o ACIDENTE DE TRAJETO. É aquele que ocorre no deslocamento casa/traba-


lho/casa. A Jurisprudência do TST tolera alguns pequenos desvios de trajeto e horário, de acor-
do com a proporcionalidade e razoabilidade, como acidentes de trajeto, passível das mesmas
consequências jurídicas.
Mesmo quando a empresa fornece o vale-transporte, se o obreiro tiver acidente no seu
trajeto, caracteriza-se o acidente de trabalho, pois a lei não faz distinção, conforme se verifica:

Art. 21. Equiparam-se ao ACIDENTE DE TRABALHO:


d) no PERCURSO da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, QUALQUER que seja o
MEIO DE LOCOMOÇÃO, INCLUSIVE VEÍCULO DE PROPRIEDADE DO SEGURADO.

Em suma, o acidente de trajeto não depende do veículo. Dessa feita, a emissão da CAT é
um direito do acidentado de trajeto, assim como benefício acidentário e até uma possível es-
tabilidade no emprego.
Então, o acidente de TRAJETO é aquele sofrido pelo empregado no percurso da residência
para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclu-
sive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração de
percurso por motivo alheio ao trabalho. O TST admite pequenas alterações ou desvios, sempre
considerando os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
Um detalhe: se o empregado vender o vale-transporte e for para a empresa usando moto
ou carro, a empresa continua com a obrigação de emitir a CAT (Comunicação de Acidente de
Trabalho). Isso porque o acidente de trajeto existe por equiparação legal.

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O PULO DO GATO
Entre 12 de novembro de 2019 e 20 de abril de 2020 vigorou no Brasil a Medida Provisória n.
905, que pretendia a descaracterização do acidente que acontece no trajeto entre a residência
do trabalhador e seu local de trabalho. Acontece que as medidas provisórias produzem efeitos
precários. Para que continuem vigorando, elas devem ser convertidas em lei. No entanto, a MP
n. 905 não foi convertida em lei. Desse modo, os acidentes de trajeto ocorridos entre 12 de no-
vembro de 2019 e 20 de abril de 2020 não são considerados acidentes de trabalho, pois a MP
n. 905 estava em vigor neste período e excluía a possibilidade de tal caracterização. Porém,
os acidentes de trajeto anteriores e posteriores àquele período são equiparados ao acidente
de trabalho.

009. (CEPS/UFPA-UFPA/MÉDICO/2019) Elenilson trabalha na ALBRÁS/ALUNORTE, localiza-


da no município de Barcarena. Desde a queda da ponte que interliga os municípios Belém Bar-
carena, em abril/2019, a empresa fornece serviço de transporte rodoviário a fim de garantir o
horário de chegada dos funcionários na fábrica regularmente. No dia 06/05/2019, às 6 (seis)
horas, na cidade de Belém, saiu de sua residência, em seu próprio veículo, em direção ao termi-
nal rodoviário para pegar o ônibus da empresa. No caminho, colidiu com outro veículo, fraturou
o punho direito e foi tratado cirurgicamente. Foi encaminhado para o INSS e retornou ao traba-
lho, após alta médica e pericial, depois de 90 dias de afastamento. Com base nesse histórico,
é correto afirmar que o tipo de acidente que o referido empregado da ALBRÁS sofreu foi:
a) Acidente de trajeto.
b) Doença do trabalho.
c) Doença ocupacional.
d) Acidente do trabalho.
e) Acidente típico.

O acidente ocorreu no deslocamento casa/trabalho/casa e, por isso, denomina-se acidente


de trajeto.
Letra a.

010. (ADM E TEC/PREFEITURA DE CUPIRA/GUARDA MUNICIPAL/2018) O acidente ocorri-


do no trajeto entre a residência e o local de trabalho do segurado também é considerada como
acidente do trabalho.

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Está correta, sendo a previsão do art. 19 e do art. 20 da Lei n. 8.213/1991 que considera o aci-
dente de trajeto espécie de acidente de trabalho.
Certo.

O PULO DO GATO
Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos da referida lei: acidentes em via-
gem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por seus planos para me-
lhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusi-
ve veículo de propriedade do segurado.

Nesse âmbito, observa-se que o acidente de trajeto pode até não ensejar danos morais e
materiais se a responsabilidade pelo acidente for de culpa do próprio obreiro ou de terceiros.
O que existe, no caso acima, é a garantia provisória no emprego. Até porque são situações
distintas: responsabilidade por danos morais e materiais e a garantia provisória do emprego e
suas consequências.
Além do acidente de trajeto, há outras situações que são consideradas mediante a situa-
ção de EQUIPARAÇÃO. Já falamos no tópico anteriormente e agora vamos especificar median-
te exemplos.
A doença profissional é causada em razão da exposição contínua a agentes de risco, sejam
físicos, químicos ou outros. É como se fosse algo natural e esperado do desenvolvimento da
atividade.
A doença do trabalho se refere à patologia adquirida pelo desenvolvimento do labor, mas
isso não é presumido e nem esperado. Nota-se que o trabalhador adoece, mas é preciso provar
o nexo causal de forma mais contundente na medida em que é algo a ser construído na relação
doença e trabalho.
A doença do trabalho acontece em razão do ambiente de trabalho. A doença profissional é
causada de forma direta pela atividade profissional. São as espécies mais relevantes para as
nossas provas.
O acidente típico ocorre quando existe de forma inconteste uma lesão ao trabalhador em
razão do desempenho efetivo de seu labor. Nesse azo, a obrigação do empregador é emitir a
CAT, que é a Comunicação do Acidente de Trabalho. Se o empregador não o fizer, outros legiti-
mados podem assim proceder, como, por exemplo, o sindicato.
Obviamente que a emissão de CAT gera consequências negativas ao empregador por-
que aumenta seu risco empresarial de Acidente e, com isso, há o aumento da sua contribui-
ção social.

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Acidente do Trabalho
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Diante disso, há constante resistência na emissão desse documento, mas a lei assim o
exige. Quando existe a emissão da CAT e há necessidade de afastamento pelo INSS por mais
de 15 dias, haverá a suspensão do contrato de trabalho, mas a emissão de CAT independe se
o obreiro foi afastado ou não. Com isso, o obreiro receberá o benefício do auxílio-doença aci-
dentário e fará gozo das benesses da garantia provisória no emprego.
Repita-se no mapa mental:

Por fim, ainda temos as CONCAUSAS. Nesse azo, destaco a explicação de Cavalieri Filho
(Programa de Responsabilidade Civil, 7. ed., São Paulo: Atlas, 2007. p. 58):

A concausa é outra causa que, juntando-se à principal, concorre para o resultado. Ela não inicia e
nem interrompe o processo causal, apenas o reforça, tal qual um rio menor que deságua em outro
maior, aumentando-se o caudal. (17)

Sebastião Geraldo de Oliveira salienta que:

As concausas podem ocorrer por fatores preexistentes, supervenientes ou concomitantes com


aquela causa que desencadeou o acidente ou a doença ocupacional. (18)

As causas preexistentes não eliminam o nexo causal. Dessa forma, as condições pessoais
de saúde do empregado vítima de acidente de trabalho não excluem a responsabilidade da
empregadora.
O mesmo se dá com as causas supervenientes, mesmo que concorram para o agravamen-
to da situação clínica. Assim, se o empregado acidentado não for socorrido a tempo, perdendo,
por esta razão, muito sangue, e vindo a falecer, essa causa superveniente, muito embora con-
corrente, não eximirá a responsabilidade do empregador.

3. Disposições Normativas do Acidente de Trabalho


O acidente do trabalho tem normalização na Lei n. 8.213/1991 e no Decreto n. 3.048/1999,
na medida em que as repercussões em relação à matéria previdenciária é tema recorrente.
Observa-se que somente em alguns tópicos se trata do acidente de trabalho na CLT, des-
tacando-se as situações de interrupção do contrato de trabalho, bem como em relação aos
recolhimentos do FGTS e o efeito de pagamento de salários e demais direitos trabalhistas.

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Também se regulamentam as temáticas de conceitos, espécie e da garantia provisória no


emprego. Ainda, se observa a situação do acidente de trajeto e suas repercussões. No caso de
acidente de trabalho, além do usufruto dos efeitos da garantia provisória no emprego, ainda se
observa a possibilidade de indenizações moral, material e estética decorrente das sequelas do
acidente de trabalho.
Com isso, observa-se que, quanto maior o grau de incapacidade, aumenta-se o valor da
indenização, bem como ainda podemos incluir o pensionamento vitalício. Quando há óbito do
trabalhador, percebe-se o dano em ricochete, extensivo aos familiares.

O PULO DO GATO
Os valores pagos como benefício previdenciário têm cunho estritamente alimentar e decorrem
da incapacidade profissional e das contribuições efetuadas pelo empregador e pelo emprega-
do no curso do contrato de trabalho. A indenização por danos materiais a cargo do emprega-
dor destina-se a compensar os danos sofridos pelo empregado em razão do acidente acarre-
tado por culpa daquele primeiro. O inciso XXVIII do art. 7º da Constituição da República prevê
que o “seguro” contra acidentes do trabalho não exclui a indenização a que está o empregador
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. O recebimento de uma verba não exclui ou reduz
a outra. Pela mesma razão, o valor do benefício previdenciário não pode ser compensado em
caso de condenação das empresas em indenizar os prejuízos materiais ou morais sofridos
pelo empregado.

No caso da CLT, temos:

Art. 475. O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho
durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício.
§ 1º Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-
-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao
empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 477
e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser paga
na forma do art. 497.
§ 2º Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este,
o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca da
interinidade ao ser celebrado o contrato.
Art. 476. Em caso de seguro doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença
não remunerada, durante o prazo desse benefício.

O PULO DO GATO
Segurança do Trabalho é um conjunto de medidas de precaução utilizadas com o intuito de
proteger os colaboradores de uma empresa e diminuir eventuais perigos de ocorrência de aci-

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Acidente do Trabalho
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dentes de trabalho e doenças ocupacionais. O objetivo é oferecer um ambiente de trabalho


benéfico para que os afazeres laborais sejam alcançados da melhor maneira possível.

4. Efeitos Trabalhistas do Acidente de Trabalho


Se houver acidente de trabalho, o obreiro terá GARANTIA PROVISÓRIA NO EMPREGO.
Essa garantia existe tanto em contrato determinado como indeterminado. Não há, na lei, res-
trição expressa quanto ao tipo de contrato de trabalho. Logo, não poderá ser dispensado sem
justa causa.
A Lei da Previdência Social (Lei n. 8.212/1991) não exclui o trabalhador contratado por pra-
zo determinado da garantia de emprego. Como consequência do acidente, há a manutenção
do contrato pelo prazo de 12 meses após a alta previdenciária ou o pagamento das parcelas
salariais devidas no período.
CUIDADO: 12 MESES! O PRAZO É EM MESES. ISSO TEM RELEVÂNCIA NO SEU GABARITO.
Outro ponto: O empregado que sofre acidente de trabalho com afastamento superior a 15
dias goza de estabilidade provisória de emprego, consistindo na impossibilidade de desliga-
mento do empregado por período igual a 12 meses, visando atitudes retalhadoras por parte
do empregador. Se não tiver esse afastamento superior a 15 dias, não há garantia provisória.
Interrompe-se o contrato de trabalho quando o trabalhador sofre acidente e esse acidente
o impossibilita de desempenhar suas atividades laborativas por prazo inferior a 15 (quinze)
dias, mas recebendo seu salário.

EXEMPLO
Daniel sofreu um acidente de trabalho e ficou apenas 2 dias afastados do labor, mesmo com
atestados médicos. Aqui, não existe garantia provisória no emprego. Contudo, se Daniel se
afastou por 16 dias, existe a garantia provisória.

DICA
INTERRUPÇÃO: afastamento até o 15º dia. SUSPENSÃO: afas-
tamento a partir do 16º dia. Mas se é caso de acidente de tra-
balho, SERÁ INTERRUPÇÃO.

EXEMPLO
Daniel teve uma gripe forte, estranha ao seu ambiente de trabalho. Seu atestado médico teve
20 dias. Logo, os 15 primeiros dias são interrupção, ou seja, o seu empregador arcará com
isso. Do 16º dia ao 20º dia, receberá auxílio-doença previdenciário e o contrato de Daniel estará
suspenso. Mas, se Daniel adoeceu de LER, sendo bancário, tratando-se de doença profissional,
se o seu atestado médico for de 20 dias, o contrato será interrompido, pois é caso de acidente
de trabalho.
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Acidente do Trabalho
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Admite-se a dispensa por justa causa e o TST vem aceitando o pedido de demissão, desde
que, neste último caso, homologado pelo Sindicato. Há a concepção da obrigatoriedade dessa
assistência, mesmo posteriormente à Reforma Trabalhista pela situação peculiar.
Que tal revisar num mapa mental tanta informação?

No sentido de garantia provisória no emprego nos contratos por prazo indeterminado ou


determinado, destaca-se o TST:

JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 378 do TST: ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118
DA LEI N. 8.213/1991.
I – É constitucional o art. 118 da Lei n. 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade
provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado
acidentado.
II – São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias
e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a
despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do
contrato de emprego.
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da
garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 da
Lei n. 8.213/1991.

O PULO DO GATO
O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia pro-
visória de emprego decorrente de acidente de trabalho.

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011. (INÉDITA/2022) Daniel, em contrato por prazo determinado com a Fábrica VALE TUDO
LTDA, sofre acidente de trabalho enquanto cumpria expediente. Ele teve afastamento previ-
denciário em com 60 dias. Ao retornar, foi dispensado sem justa causa com aviso prévio in-
denizado. O departamento jurídico da empresa afirmou que não existe garantia provisória no
emprego, sendo este o entendimento do TST. Nesse caso, a empresa está correta, pois não
existe garantia provisória no emprego em contrato por prazo determinado.

Se houver acidente de trabalho, o obreiro terá GARANTIA PROVISÓRIA NO EMPREGO. Essa


garantia existe tanto em contrato determinado como indeterminado. Não há, na lei, restrição
expressa quanto ao tipo de contrato de trabalho. É o mesmo entendimento do TST através da
Súmula 378.
Errado.

Outra consequência é a INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO, ocasião em que


o empregador terá direito ao pagamento de salários e recolhimentos do FGTS. Se ainda ficar
incapacitado, total ou parcial, definitiva ou temporária, possui direito, também, à indenização.
Quando suspenso o contrato de trabalho em caso de afastamento do obreiro por doença,
não associada ao labor, o tempo de duração do benefício não será contado para nenhum efeito
diante da legislação trabalhista, em regra.
EXCEÇÃO: direito de férias, pois será computado no período aquisitivo o tempo de auxí-
lio-doença até seis meses, conforme preconizado no art. 131, inciso III, combinado com o art.
133, inciso IV, ambos da CLT.

5. Efeitos Previdenciários do Acidente de Trabalho


O trabalhador, quando sofre um acidente de trabalho, pode ter uma incapacidade perma-
nente ou temporária. No primeiro caso, ele é encaminhado ao INSS e receberá aposentadoria
por invalidez. É quando o obreiro não consegue mais executar nenhuma função, mesmo que
seja transferido de setor.

EXEMPLO
Daniel perdeu os dois braços e se torna incapaz para desempenhar uma função braçal. No
caso de incapacidade temporária, o obreiro teve um acidente, mas consegue retornar ao traba-
lho. Nesse caso, ele retornará, será reabilitado ou transferido de setor. Mas se a lesão persiste,
é a denominada consolidação da lesão e, aí, receberá seus salários normalmente, executando
suas funções e do INSS, um benefício chamado auxílio-acidente.

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Vejamos a Lei n. 8.213/1991:

Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida,
será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á
paga enquanto permanecer nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de incapa-
cidade mediante exame médico pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às suas
expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previdência
Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade sobrevier
por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o
período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade
habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do afas-
tamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do início da incapacidade
e enquanto ele permanecer incapaz.
§ 1º Quando requerido por segurado afastado da atividade por mais de 30 (trinta) dias, o auxílio-do-
ença será devido a contar da data da entrada do requerimento.
§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de
doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral.
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolida-
ção das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem
redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta por cento do salário de benefício e será
devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a
data do óbito do segurado.
§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, in-
dependentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua
acumulação com qualquer aposentadoria.
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado
o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente.
§ 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente,
quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovada-
mente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.

O que é a incapacidade laborativa?

O conceito de incapacidade laborativa é a IMPOSSIBILIDADE DO DESEMPENHO DE TODA E


QUALQUER ATIVIDADE, FUNÇÃO OU OCUPAÇÃO LABORATIVA, SENDO CONCEITO ESSENCIAL-
MENTE TEÓRICO, SALVO QUANDO EM CARÁTER TRANSITÓRIO.

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Por sua vez, na doença profissional, há o direito ao FGTS enquanto estiver afastado e à
estabilidade quando retornar. Além disso, deve receber do INSS o auxílio-doença acidentário
e, talvez, o auxílio-acidente.
Na doença do trabalho, quando facilmente caracterizada, existe a possibilidade de também
receber auxílio-acidente. Mas se a doença não for perceptivelmente demonstrada, ou não tiver
relação com o trabalho, o obreiro receberá auxílio-doença previdenciário.
Nesse último caso, o contrato de trabalho é suspenso e o empregador se desobriga de
pagar qualquer benefício ao obreiro, inclusive no que se refere ao FGTS. Logo, caberá à autar-
quia efetuar o pagamento do benefício. Também nesse caso não haverá os efeitos da garantia
provisória do emprego.
É preciso observar sempre a diferença entre interrupção e suspensão do contrato de traba-
lho. No primeiro caso, o empregador continua responsável por todas as obrigações trabalhis-
tas e previdenciárias. No segundo caso, não há mais essas obrigações pelo empregador.
NÃO ESQUEÇA: a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido
para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto como uma doença ocupacional.
Quando a incapacidade ultrapassar o período de quinze dias consecutivos, o segurado será
encaminhado ao INSS para avaliação médico pericial. O auxílio por incapacidade temporária
será devido ao segurado que, uma vez cumprido, quando for o caso, o período de carência exi-
gido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de quinze
dias consecutivos, conforme definido em avaliação médico pericial.
Não será devido auxílio por incapacidade temporária ao segurado que se filiar ao RGPS
já portador de doença ou lesão invocada como causa para a concessão do benefício, exce-
to quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doen-
ça ou lesão.
Será devido auxílio por incapacidade temporária, independentemente do cumprimento de
período de carência, aos segurados obrigatório e facultativo quando sofrerem acidente de
qualquer natureza.
O setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social reconhecerá o direito do segu-
rado à habilitação do benefício acidentário. Será considerado agravamento do acidente aquele
sofrido pelo acidentado quanto estiver sob a responsabilidade da reabilitação profissional.
Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo téc-
nico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapa-
cidade, elencada na Classificação Internacional de Doenças CID.
Considera-se agravo lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome
de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte,
independentemente do tempo de latência. Reconhecidos pela Perícia Médica Federal a inca-
pacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravo serão devidas as prestações
acidentárias a que o beneficiário tiver direito.

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A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico epidemiológico ao


caso concreto mediante a demonstração de inexistência de correspondente nexo entre o tra-
balho e o agravo. O requerimento poderá ser apresentado no prazo de quinze dias da data para
a entrega, sob pena de não conhecimento da alegação em instância administrativa.
Caracterizada a impossibilidade de atendimento motivada pelo não conhecimento tempes-
tivo do diagnóstico do agravo, o requerimento poderá ser apresentado no prazo de quinze dias,
contado da data em que a empresa tomar ciência da decisão.
A empresa formulará as alegações que entender necessárias e apresentará as provas que
possuir demonstrando a inexistência de nexo entre o trabalho e o agravo.
A documentação probatória poderá trazer, entre outros meios de prova, evidências técni-
cas circunstanciadas e tempestivas à exposição do segurado, podendo ser produzidas no âm-
bito de programas de gestão de risco, a cargo da empresa, que possuam responsável técnico
legalmente habilitado.
O INSS informará ao segurado sobre a contestação da empresa, para que este, querendo,
possa impugná-la, obedecendo, quanto à produção de provas, sempre que a instrução do pe-
dido evidenciar a possibilidade de reconhecimento de inexistência do nexo entre o trabalho
e o agravo.
A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção
à segurança e saúde do trabalhador sujeito aos riscos ocupacionais por ela gerados. É dever
da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e do
produto a manipular.
A Perícia Médica Federal terá acesso aos ambientes de trabalho e a outros locais onde se
encontrem os documentos referentes ao controle médico de saúde ocupacional e aqueles que
digam respeito ao programa de prevenção de riscos ocupacionais para verificar a eficácia das
medidas adotadas pela empresa para a prevenção e o controle das doenças ocupacionais.
O INSS auditará a regularidade e a conformidade das demonstrações ambientais, incluin-
do-se as de monitoramento biológico, e dos controles internos da empresa relativos ao geren-
ciamento dos riscos ocupacionais, de modo a assegurar a veracidade das informações pres-
tadas pela empresa e constantes do CNIS, bem como o cumprimento das obrigações relativas
ao acidente de trabalho.
Sempre que a Perícia Médica Federal constatar o descumprimento, comunicará formalmen-
te aos demais órgãos interessados, inclusive para fins de aplicação e cobrança da multa devida.
O pagamento pela previdência social das prestações decorrentes do acidente não exclui a
responsabilidade civil da empresa, do empregador doméstico ou de terceiros.

O PULO DO GATO
O INSS ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nas hipóteses de: I – negligência quan-
to às normas-padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para proteção individual e
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coletiva; e II – violência doméstica e familiar contra a mulher. Os órgãos de fiscalização das


relações de trabalho encaminharão à Procuradoria-Geral Federal os relatórios de análise de
acidentes do trabalho com indícios de negligência quanto às normas-padrão de segurança e
higiene do trabalho indicadas para proteção individual e coletiva.

LIMBO PREVIDENCIÁRIO: vamos tecer alguns comentários, mas já adiantando que o TST
entende que cabe ao empregador arcar com os pagamentos enquanto a situação do trabalha-
dor se resolve junto com o INSS. A 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu
que, na hipótese de limbo previdenciário, é do empregado o ônus de demonstrar que a empresa
recusou a sua volta ao trabalho (RRAg 1000254-19.2018.5.02.0074, DEJT 04/02/2022).
Define-se quando o empregador, ao comparecer ao trabalho após alta previdenciária, é
impedido de desempenhar suas atividades sob a justificativa da empresa de que permanece
incapacitado para o trabalho.
A jurisprudência do TST é de que a discussão quanto ao acerto ou não da alta previdenciá-
ria não afasta o fato de que, com o fim do benefício, a pessoa fica à disposição do empregador,
e este, caso entenda que ela não está apta ao serviço, deve pagar os salários devidos até que
possa ser reinserida no trabalho ou que o auxílio previdenciário seja estabelecido.
Explicando melhor, o LIMBO ocorre quando o obreiro recebe alta do INSS, mas a empresa
se recusa a aceitá-lo, pois considera que ele ainda está doente e, portanto, não pode aceitá-lo
nos quadros da empresa.

EXEMPLO
Daniel ficou 60 dias recebendo auxílio-doença previdenciário e teve alta do INSS. Então, retor-
na à empresa, mas o setor médico entende que ele está doente. Logo, pede para ele voltar ao
INSS. Porém, o INSS reafirma que ele está apto ao retorno. Enquanto essa discussão ocorre
entre empregador e INSS, Daniel não está recebendo nem salários, nem o benefício previdenci-
ário. Quem arcará com sua subsistência? O TST entende que é o empregador. Se o INSS estiver
errado e for reconhecido esse erro judicialmente, a empresa pode entrar com ação de ressar-
cimento junto ao INSS.

Se o INSS estiver certo e for reconhecido esse acerto judicialmente, a empresa já está
arcando com a subsistência do obreiro. O que não pode é deixar o obreiro no limbo, no vácuo.
Essa é a discussão do LIMBO PREVIDENCIÁRIO. Fundamento da linha da jurisprudên-
cia do TST:

JURISPRUDÊNCIA
A recusa do empregador ao pagamento dos salários, sob o argumento de que é indevida
a cessação do benefício previdenciário, não se coaduna com os princípios constitucio-
nais da dignidade da pessoa e do valor social do trabalho.

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O PULO DO GATO
Não havendo dúvidas quanto à ocorrência de alta previdenciária, e sendo causa de pedir a re-
cusa da empresa à tentativa de retorno ao trabalho, incumbe à reclamante o ônus de compro-
var tal fato. E, quando comprovado, deve o empregador arcar com os salários e demais direitos
durante o limbo previdenciário.

Que tal um MAPA MENTAL?

012. (INÉDITA/2022) O ônus de provar a recusa do empregador quando o obreiro tem a alta
do INSS é do empregado.

A 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que, na hipótese de limbo previden-
ciário, é do empregado o ônus de demonstrar que a empresa recusou a sua volta ao trabalho
(RRAg 1000254-19.2018.5.02.0074, DEJT 04/02/2022).
Certo.

Por fim, é importante conhecer o FAP. É tratado pelo Decreto n. 6.042/2007 com a inclusão
do art. 202-A no Regulamento da Previdência Social. No cálculo do FAP, excluem-se os aci-
dentes de trajeto, por decisão do Conselho Nacional da Previdência Social. No site oficial da
Previdência Social, conseguimos informação importante para a sua prova objetiva:

O Fator Acidentário de Prevenção – FAP é um multiplicador, atualmente calculado por estabeleci-


mento, que varia de 0,5000 a 2,0000, a ser aplicado sobre as alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação
coletiva por subclasse econômica, incidentes sobre a folha de salários das empresas para custear
aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho. O FAP varia anual-
mente. É calculado sempre sobre os dois últimos anos de todo o histórico de acidentalidade e de

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registros acidentários da Previdência Social. Pela metodologia do FAP, as empresas que registrarem
maior número de acidentes ou doenças ocupacionais, pagam mais.

DICA
É bom conhecer o teor do art. 202 do Decreto n. 3.049/1999:

Art. 202. A contribuição da empresa, destinada ao financiamento da aposentadoria especial, nos


termos dos arts. 64 a 70, e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacida-
de laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho corresponde à aplicação dos seguintes
percentuais, incidentes sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no
decorrer do mês, ao segurado empregado e trabalhador avulso:
I – Um por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho
seja considerado leve;
II – Dois por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho
seja considerado médio; ou
III – Três por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho
seja considerado grave.

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RESUMO
Acidente de trabalho se caracteriza no exercício profissional e causa lesão corporal ou per-
turbação funcional que provoca a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o trabalho, nos termos do art. 19 da Lei n. 8.213/1991.
Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do tra-
balho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Mi-
nistério do Trabalho e da Previdência Social. Doença do trabalho, assim entendida a adquirida
ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele
se relacione diretamente.
GARANTIA PROVISÓRIA NO EMPREGO: bastante cobrada em provas, significa que, pelo
prazo mínimo de 12 meses após a cessação do auxílio – doença acidentário, independente-
mente da percepção de auxílio – acidente (12 meses e não, 1 ano), o trabalhador não pode
ser dispensado sem justa causa. Mas a jurisprudência admite a dispensa por justa causa
ou a pedido.
ACIDENTE DE TRAJETO: é aquele que ocorre no deslocamento casa/trabalho/casa. A Ju-
risprudência do TST tolera alguns pequenos desvios de trajeto e horário, de acordo com a
proporcionalidade e razoabilidade, como acidentes de trajeto, passível das mesmas consequ-
ências jurídicas.
Entre 12 de novembro de 2019 e 20 de abril de 2020 vigorou no Brasil a Medida Provisória
n. 905, que pretendia a descaracterização do acidente que acontece no trajeto entre a residên-
cia do trabalhador e seu local de trabalho. Acontece que as medidas provisórias produzem
efeitos precários. Para que continuem vigorando, elas devem ser convertidas em lei. No entan-
to, a MP n. 905 não foi convertida em lei. Desse modo, os acidentes de trajeto ocorridos entre
12 de novembro de 2019 e 20 de abril de 2020 não são considerados acidentes de trabalho,
pois a MP n. 905 estava em vigor neste período e excluía a possibilidade de tal caracterização.
Porém, os acidentes de trajeto anteriores e posteriores àquele período são equiparados ao
acidente de trabalho.
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer
tanto um acidente de trabalho ou de trajeto como uma doença ocupacional.
O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia
provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho.
Não havendo dúvidas quanto à ocorrência de alta previdenciária, e sendo causa de pedir a
recusa da empresa à tentativa de retorno ao trabalho, incumbe à reclamante o ônus de compro-
var tal fato. E, quando comprovado, deve o empregador arcar com os salários e demais direitos
durante o limbo previdenciário.
Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos da referida lei: acidentes em
viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por seus planos para

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melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, in-


clusive veículo de propriedade do segurado.
O inciso XXVIII do art. 7º da Constituição da República prevê que o “seguro” contra aciden-
tes do trabalho não exclui a indenização a que está o empregador obrigado, quando incorrer
em dolo ou culpa. O recebimento de uma verba não exclui ou reduz a outra. Pela mesma razão,
o valor do benefício previdenciário não pode ser compensado em caso de condenação das
empresas em indenizar os prejuízos materiais ou morais sofridos pelo empregado.

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EXERCÍCIOS
001. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Um trabalhador sofreu amputação do 2º dedo da mão di-
reita ao operar máquina na empresa. Ficou afastado do trabalho por um período de 4 meses
e nesse período recebeu benefício previdenciário. Após recuperação completa da cicatriza-
ção da amputação, não conseguia realizar a sua atividade de trabalho, que exigia a preensão
palmar com força, mas poderia realizar outros tipos de atividade na empresa que trabalhava,
em outro setor e função. Nesse caso o benefício previdenciário que foi concedido durante o
afastamento e que tem direito a receber após retornar à outra atividade de trabalho são, res-
pectivamente, auxílio por incapacidade
a) Temporária previdenciário e reabilitação profissional.
b) Temporária previdenciário e auxílio por incapacidade acidentário.
c) Temporária acidentário e auxílio por incapacidade permanente por acidente de trabalho.
d) Temporária acidentário e auxílio-acidente.
e) Permanente por acidente de trabalho e auxílio-acidente.

002. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efei-


tos da referida lei: As doenças degenerativas e as inerentes ao grupo etário, e que produzam
incapacidade laborativa.

003. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efei-


tos da referida lei: Acidentes em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do
meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado.

004. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efei-


tos da referida lei: Acidente sofrido no horário de trabalho, porém fora do local de trabalho na
resolução de problemas particulares.

005. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efei-


tos da referida lei: Agravamento de lesão, resultante de acidente de outra origem, que se asso-
cie ou superponha às suas consequências.

006. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Acidente no percurso do local de trabalho para sua resi-


dência, qualquer que seja o meio de locomoção, mesmo que tenha interrompido seu percurso
para reunião social com os companheiros de trabalho.

007. (CESPE/PETROBRÁS/ENGENHEIRO/2022) Um pedreiro, em uma escada, fazia assenta-


mento de revestimentos cerâmicos na parede, a dois metros e meio de altura, quando o degrau

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da escada quebrou. O pedreiro, ao se desequilibrar, caiu e sofreu escoriações nas pernas, o que
lhe rendeu afastamento, com retorno, após três dias, às suas atividades laborais normais. Com
base nessa situação hipotética e na regulamentação aplicável, julgue o próximo item. A queda
do pedreiro é classificada como acidente impessoal.

008. (CESPE/PETROBRÁS/ENGENHEIRO/2022) Um pedreiro, em uma escada, fazia assen-


tamento de revestimentos cerâmicos na parede, a dois metros e meio de altura, quando o
degrau da escada quebrou. O pedreiro, ao se desequilibrar, caiu e sofreu escoriações nas per-
nas, o que lhe rendeu afastamento, com retorno, após três dias, às suas atividades laborais
normais. Com base nessa situação hipotética e na regulamentação aplicável, julgue o próximo
item. A comunicação do acidente à Previdência Social deverá ser efetuada até o primeiro dia
útil seguinte ao do acidente.

009. (FAURGS/SES-RS/ENGENHEIRO/2022) A Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, em seu


art. 19, estabelece que “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
da empresa, ou de empregador doméstico, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente”.
Nesse contexto, analise as seguintes doenças. A doença profissional, assim entendida a pro-
duzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade.

010. (FAURGS/SES-RS/ENGENHEIRO/2022) A Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, em seu


art. 19, estabelece que “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
da empresa, ou de empregador doméstico, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente”.
Nesse contexto, analise as seguintes doenças. A doença do trabalho, adquirida ou desencade-
ada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente.

011. (FAURGS/SES-RS/ENGENHEIRO/2022) A Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, em seu


art. 19, estabelece que “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
da empresa, ou de empregador doméstico, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente”.
Nesse contexto, analise as seguintes doenças. A doença degenerativa; a inerente a grupo etá-
rio; a que não produz incapacidade laborativa são acidentes do trabalho.

012. (FGV/PREFEITURA DE PAULÍNIA/ENGENHEIRO/2021) Relacione os tipos de acidente


de trabalho às suas respectivas definições.

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1. Infortúnio do trabalho originado por causa violenta, súbita e imprevista.


2. Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou
vice-versa.
3. Acidente sem danos pessoais, mas que deve ser analisado para que sejam propostas medi-
das para evitar sua repetição.

( ) Acidente de trajeto.
( ) Acidente tipo.
( ) Incidente.

A ordem correta, de cima para baixo, é:


a) 1 – 2 – 3
b) 1 – 3 – 2
c) 2 – 1 – 3
d) 2 – 3 – 1
e) 3 – 1 – 2

013. (INÉDITA/2022) Mesmo quando a empresa fornece o vale-transporte, se o obreiro tiver


acidente no seu trajeto, caracteriza-se o acidente de trabalho.

014. (VUNESP/PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/ENGENHEIRO/2021) Não é mais obrigatória


a comunicação, ao INSS, do acidente de trajeto, que é aquele sofrido pelo empregado no per-
curso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado.

015. (VUNESP/PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/ENGENHEIRO/2021) De acordo com a legis-


lação vigente, se equipara ao acidente de trabalho o acidente sofrido pelo segurado, ainda que
fora do local e horário de trabalho, na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa
para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito.

016. (VUNESP/PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/ENGENHEIRO/2021) Para fins previdenciá-


rios, se considera acidente de trabalho a doença do trabalho, assim entendida aquela produzi-
da ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante
da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

017. (VUNESP/PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/ENGENHEIRO/2021) Em conformidade com


a NBR 14.280, norma brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, acidente
de trabalho é a ocorrência imprevista e indesejável, de caráter instantâneo e traumático, rela-
cionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.

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018. (INSTITUTO UNIFIL/PREFEITURA DE TUPUASSI/TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRA-


BALHO/2021) Conforme Decreto n. 3.048/1999, Art. 336, deve-se emitir a CAT sempre que for
____________________ e com a finalidade de ____________________.
a) Informar que a ocorrência de uma doença clínica no trabalho/ manter o INSS informado.
b) Comunicar acidentes de trânsito/ prover o pagamento do benefício ao empregado.
c) Comunicar o acidente à Previdência Social/ fins estatísticos e epidemiológicos.
d) Avisar os sobre os riscos ocupacionais previstos em PPRA que podem gerar acidentes/
prevenir fiscalização do INSS.

019. (CEV/URCA/PREFEITURA DE CRATO/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de traba-
lho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.

020. (CEV/URCA/PREFEITURA DE CRATO/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) A CAT inicial irá se referir a acidente de trabalho típico, trajeto, doença profissional,
do trabalho ou óbito imediato.

021. (CEV/URCA/PREFEITURA DE CRATO/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador poderá efetivar o
registro junto à Previdência Social, evitando a possibilidade da aplicação da multa à empresa.

022. (CEV/URCA/PREFEITURA DE MILAGRES/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) Acidente típico é aquele decorrente de evento súbito e violento, no qual se consta-
ta facilmente o dano e nexo com o trabalho, relacionando-se com as condições ambientais em
que o trabalho é executado ou decorrente do próprio exercício da função.

023. (CEV/URCA/PREFEITURA DE MILAGRES/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) Doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente.

024. (CEV/URCA/PREFEITURA DE MILAGRES/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) Incapacidade laborativa é a incapacidade do acidentado de voltar a desempenhar as
funções específicas em sua atividade, em virtude de alteração provocada por acidente ou doença.

025. (SELECON/EMGEPRON/TÉCNICO/2021) A definição para acidente de trabalho vem a


ser: É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda, pelo exercício
do trabalho dos segurados especiais, desde que não provoque lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente
ou temporário.

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026. (INÉDITA/2022) Acidente de trabalho é a ocorrência imprevista e indesejável, de caráter


instantâneo e traumático, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa
resultar lesão pessoal.

027. (INÉDITA/2022) Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.

028. (VUNESP/CODEN-SP/TÉCNICO/2021) A empresa ou o empregador doméstico deverão


comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social em até 48h (quarenta e oito horas) após
a ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente.

029. (VUNESP/CODEN-SP/TÉCNICO/2021) Todos os eventos relativos à segurança e saú-


de dos trabalhadores que impliquem ônus para o INSS ou impactem o Fator Acidentário Pre-
videnciário – FAP deverão ser comunicados à Previdência Social, excetuando-se o acidente
de trajeto.

030. (VUNESP/CODEN-SP/TÉCNICO/2021) Na falta de comunicação por parte da empresa,


podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o
médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo
previsto para a empresa.

031. (VUNESP/CODEN-SP/TÉCNICO/2021) Para fins previdenciários, não são consideradas


como doença do trabalho a doença degenerativa; aquela inerente a grupo etário; aquela que
não produza incapacidade laborativa e a doença endêmica adquirida por segurado habitante
de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.

032. (VUNESP/CODEN-SP/TÉCNICO/2021) Não obstante a adoção do NTEP – Nexo Técnico


Estatístico Previdenciário, a implementação de políticas públicas na prevenção de acidentes
de trabalho é dificultada pela prática sistemática da subnotificação na comunicação do aci-
dente e da doença relacionada ao trabalho, que não impliquem afastamento do segurado por
período superior a quinze dias.

033. (OMNI/CONDERG-SP/TÉCNICO/2021) __________________ é uma ocorrência que tem po-


tencial de ocasionar um acidente de trabalho, isto é, um fato que ainda não gerou danos a
nenhum colaborador e muito menos para a empresa, porém, é capaz de desencadear conse-
quências mais graves, caso seja negligenciado. Marque alternativa CORRETA que completa o
espaço acima.

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Acidente do Trabalho
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a) Incidente de trabalho.
b) Doenças Ocupacionais.
c) Acidente de trabalho.
d) Acidente ambiental.

034. (GS ASSESSORIA E CONCURSO/PREFEITURA DE IRATI/AGENTE ADMINISTRATI-


VO/2021) Segurança do Trabalho é um conjunto de medidas de precaução utilizadas com o
intuito de proteger os colaboradores de uma empresa e diminuir eventuais perigos de ocorrên-
cia de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. O objetivo é oferecer um ambiente de
trabalho benéfico para que os afazeres laborais sejam alcançados da melhor maneira possível.
NÃO é considerado acidente de trabalho:
a) Acidentes ocorridos durante as viagens a trabalho ou para participar de programas de capa-
citação promovidos pelo empregador.
b) Negligência, imprudência ou imperícia de colegas de trabalho ou de terceiros, no exercício
das atividades laborais.
c) Acidentes ocorridos fora das dependências da empresa em que o trabalhador não esteja a
serviço do empregador.
d) Acidentes sofridos no percurso da empresa para a residência do trabalhador e vice-versa.
e) Agressão física de colegas ou de terceiros no exercício das atividades laborais.

035. (INSTITUTO EXCELÊNCIA/PREFEITURA DE TAUBATÉ/TÉCNICO DE SEGURANÇA DO


TRABALHO/2019) CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) é um formulário que a em-
presa deverá preencher comunicando o acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado,
havendo ou não afastamento. A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário
CAT, preenchido em _____vias. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
Alternativas
a) cinco
b) seis
c) três
d) Nenhuma das alternativas.

036. (INSTITUTO EXCELÊNCIA/PREFEITURA DE TAUBATÉ/TÉCNICO DE SEGURANÇA DO


TRABALHO/2019) Relacione as ocorrências com cada tipo de CAT (Comunicação de Aciden-
te de Trabalho).
1) Acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do trabalho.
2) Reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho
ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS.
3) Falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, ocorrido após a
emissão da CAT inicial.

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( ) CAT comunicação de óbito.


( ) CAT reabertura.
( ) CAT inicial.

Assinale a sequência CORRETA.


a) 3, 1, 2.
b) 3, 2, 1.
c) 2, 1, 3.
d) Nenhuma das alternativas.

037. (CESPE/PREFEITURA DE BARRA DOS COQUEIROS/CONDUTOR DE AMBULÂN-


CIAS/2020) No tocante à emissão de CAT, assinale a opção correta, a partir da situação hipo-
tética apresentada no texto 36A1-I.
a) Cabe exclusivamente à autoridade policial a emissão da CAT.
b) Na falta de emissão da CAT pelo responsável, o acidentado deverá exigi-la judicialmente.
c) Na falta de emissão da CAT pelo responsável, poderá o próprio trabalhador acidenta-
do emiti-la.
d) Em caso de acidente do trabalho que resulte na morte do trabalhador, a CAT deve ser emitida
até o primeiro dia útil seguinte.
e) Cabe exclusivamente à autoridade médica a emissão da CAT.

038. (CESPE/SEED-PR/PROFESSOR/2021) Em caso de morte, o empregador deverá comuni-


car o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.

039. (CESPE/SEED-PR/PROFESSOR/2021) A CAT deve ser emitida apenas após a confirma-


ção do nexo de causalidade entre o trabalho e o agravo.

040. (CESPE/SEED-PR/PROFESSOR/2021) A empresa poderá exigir do próprio acidentado


ou do médico que o tiver assistido a emissão da CAT.

041. (FEPESE/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/TÉCNICO EM SEGURANÇA/2019) A Co-


municação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto um
acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional. A CAT de comunicação
de óbito só pode ser emitida após o registro da CAT inicial.

042. (FEPESE/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/TÉCNICO EM SEGURANÇA/2019) Em


acidentes com casos de morte, a CAT pode realizada no máximo em até 3 dias úteis.

043. (FEPESE/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/TÉCNICO EM SEGURANÇA/2019) A CAT


é opcional nos casos de acidentes que não resultem em afastamentos das atividades do
trabalhador.

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044. (FAPEC/UFMS/ODONTÓLOGO/2018) O acidente de trabalho é informado por meio de


um documento denominado:
a) Laudo pericial.
b) Comunicação de acidente de trabalho.
c) Relatório de acidente de trabalho.
d) Parecer técnico.
e) Relatório de exame médico periódico.

045. (OBJETIVA/PREFEITURA DE CASCAVAL/TÉCNICO DE SEGURANÇA/2020) A CAT é


um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto quanto
uma doença ocupacional.

046. (FUNDEP/HRTN-MG/MÉDICO/2019) Os acidentes de trabalho podem ser classificados


em acidente típico (decorrente diretamente da atividade profissional exercida), acidente de
trajeto (ocorre no trajeto entre a residência e o local de trabalho) e doença profissional (desen-
cadeada pelo exercício de determinada atividade específica).

047. (FUNDEP/HRTN-MG/MÉDICO/2019) A empresa é obrigada a informar à Previdência So-


cial todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja
afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, exceto nos casos
de morte, onde a comunicação deverá ser imediata.

048. (FURB/PREFEITURA DE TIMBÓ/MÉDICO DO TRABALHO/2019) A CAT deve ser gerada,


exclusivamente, pelo médico da empresa.

049. (FURB/PREFEITURA DE TIMBÓ/MÉDICO DO TRABALHO/2019) Sobre a emissão da


CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), analise as afirmativas abaixo e identifique a(s)
corretas(s): Deve ser aberta quando há adoecimento decorrente do trabalho ou quando há
agravamento de doença preexistente.

050. (CESPE/EMBASA/ANALISTA/2010) De acordo com a legislação, não será caracterizada


como acidente de trabalho a agressão física sofrida pelo trabalhador, dentro da empresa, du-
rante o intervalo do almoço.

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GABARITO
1. d 37. c
2. E 38. E
3. C 39. E
4. E 40. E
5. C 41. C
6. E 42. E
7. E 43. E
8. C 44. b
9. C 45. C
10. C 46. E
11. E 47. C
12. c 48. E
13. C 49. E
14. E 50. E
15. C
16. E
17. C
18. c
19. C
20. C
21. C
22. E
23. E
24. C
25. E
26. C
27. C
28. E
29. E
30. C
31. C
32. C
33. c
34. c
35. c
36. b

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GABARITO COMENTADO
001. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Um trabalhador sofreu amputação do 2º dedo da mão di-
reita ao operar máquina na empresa. Ficou afastado do trabalho por um período de 4 meses
e nesse período recebeu benefício previdenciário. Após recuperação completa da cicatriza-
ção da amputação, não conseguia realizar a sua atividade de trabalho, que exigia a preensão
palmar com força, mas poderia realizar outros tipos de atividade na empresa que trabalhava,
em outro setor e função. Nesse caso o benefício previdenciário que foi concedido durante o
afastamento e que tem direito a receber após retornar à outra atividade de trabalho são, res-
pectivamente, auxílio por incapacidade
a) Temporária previdenciário e reabilitação profissional.
b) Temporária previdenciário e auxílio por incapacidade acidentário.
c) Temporária acidentário e auxílio por incapacidade permanente por acidente de trabalho.
d) Temporária acidentário e auxílio-acidente.
e) Permanente por acidente de trabalho e auxílio-acidente.

O trabalhador, quando sofre um acidente de trabalho, pode ter uma incapacidade permanente
ou temporária. No primeiro caso, ele é encaminhado ao INSS e receberá aposentadoria por
invalidez. É quando o obreiro não consegue mais executar nenhuma função, mesmo que seja
transferido de setor.

EXEMPLO
Daniel perdeu os dois braços e se torna incapaz para desempenhar uma função braçal. No
caso de incapacidade temporária, o obreiro teve um acidente, mas consegue retornar ao traba-
lho. Nesse caso, ele retornará, será reabilitado ou transferido de setor. Mas se a lesão persiste,
é a denominada consolidação da lesão e, aí, receberá seus salários normalmente, executando
suas funções e do INSS, um benefício chamado auxílio-acidente.

Letra d.

002. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efei-


tos da referida lei: As doenças degenerativas e as inerentes ao grupo etário, e que produzam
incapacidade laborativa.

Pelo contrário, referidas situações excluem a caracterização do acidente de trabalho, confor-


me a leitura do art. 19 a 21 da Lei n. 8.213/1991.
Errado.

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003. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efei-


tos da referida lei: Acidentes em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do
meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado.

Exatamente, as referidas situações excluem a caracterização do acidente de trabalho, con-


forme a leitura do art. 19 a 21 da Lei n. 8.213/1991. Isso porque existe um proveito direto ou
indireto do empregador em razão do estudo do obreiro.
Certo.

004. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efei-


tos da referida lei: Acidente sofrido no horário de trabalho, porém fora do local de trabalho na
resolução de problemas particulares.

Pelo contrário, referidas situações excluem a caracterização do acidente de trabalho, conforme


a leitura do art. 19 a 21 da Lei n. 8.213/1991. O fato de ir resolver problemas particulares quebra
o nexo causal. É o caso do trabalhador que vai até o banco ou lotérica, durante seu expediente,
para pagar suas contas pessoais e sofre uma queda. Nesse caso, não é acidente de trabalho.
Mas se o obreiro se deslocou para pagar as contas da empresa, é acidente de trabalho.
Errado.

005. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efei-


tos da referida lei: Agravamento de lesão, resultante de acidente de outra origem, que se asso-
cie ou superponha às suas consequências.

Exatamente, as referidas situações excluem a caracterização do acidente de trabalho, confor-


me a leitura do art. 19 a 21 da Lei n. 8.213/1991.
Certo.

006. (FCC/TRT4/ANALISTA/2022) Acidente no percurso do local de trabalho para sua resi-


dência, qualquer que seja o meio de locomoção, mesmo que tenha interrompido seu percurso
para reunião social com os companheiros de trabalho.

São tolerados pequenos desvios de percurso e horários, mas não para fins de reunião social ou
encontros, apesar de colegas de trabalho. Isso extrapola os limites da tolerância, da proporcio-
nalidade e da razoabilidade.
Errado.

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Acidente do Trabalho
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007. (CESPE/PETROBRÁS/ENGENHEIRO/2022) Um pedreiro, em uma escada, fazia assenta-


mento de revestimentos cerâmicos na parede, a dois metros e meio de altura, quando o degrau
da escada quebrou. O pedreiro, ao se desequilibrar, caiu e sofreu escoriações nas pernas, o que
lhe rendeu afastamento, com retorno, após três dias, às suas atividades laborais normais. Com
base nessa situação hipotética e na regulamentação aplicável, julgue o próximo item. A queda
do pedreiro é classificada como acidente impessoal.

A assertiva não prospera, na medida em que se identifica um obreiro no acidente de trabalho.


Por isso, é um acidente pessoal.
Errado.

008. (CESPE/PETROBRÁS/ENGENHEIRO/2022) Um pedreiro, em uma escada, fazia assen-


tamento de revestimentos cerâmicos na parede, a dois metros e meio de altura, quando o
degrau da escada quebrou. O pedreiro, ao se desequilibrar, caiu e sofreu escoriações nas per-
nas, o que lhe rendeu afastamento, com retorno, após três dias, às suas atividades laborais
normais. Com base nessa situação hipotética e na regulamentação aplicável, julgue o próximo
item. A comunicação do acidente à Previdência Social deverá ser efetuada até o primeiro dia
útil seguinte ao do acidente.

A assertiva está correta, nos termos do prazo e da obrigação existente na Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Certo.

009. (FAURGS/SES-RS/ENGENHEIRO/2022) A Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, em seu


art. 19, estabelece que “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
da empresa, ou de empregador doméstico, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente”.
Nesse contexto, analise as seguintes doenças. A doença profissional, assim entendida a pro-
duzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade.

A assertiva está em conformidade com a Lei n. 8.213/1991:

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Acidente do Trabalho
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Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades
mórbidas: I doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministé-
rio do Trabalho e da Previdência Social.
Certo.

010. (FAURGS/SES-RS/ENGENHEIRO/2022) A Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, em seu


art. 19, estabelece que “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
da empresa, ou de empregador doméstico, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente”.
Nesse contexto, analise as seguintes doenças. A doença do trabalho, adquirida ou desencade-
ada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente.

A assertiva está em conformidade com a Lei n. 8.213/1991:

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades
mórbidas: II doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de con-
dições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da
relação mencionada no inciso I.
Certo.

011. (FAURGS/SES-RS/ENGENHEIRO/2022) A Lei n. 8.213, de 24 de julho de 1991, em seu


art. 19, estabelece que “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço
da empresa, ou de empregador doméstico, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente”.
Nesse contexto, analise as seguintes doenças. A doença degenerativa; a inerente a grupo etá-
rio; a que não produz incapacidade laborativa são acidentes do trabalho.

Não são acidente do trabalho, conforme a Lei n. 8.213/1991:

Art. 20.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa.
Errado.

012. (FGV/PREFEITURA DE PAULÍNIA/ENGENHEIRO/2021) Relacione os tipos de acidente


de trabalho às suas respectivas definições.

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Acidente do Trabalho
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1. Infortúnio do trabalho originado por causa violenta, súbita e imprevista.


2. Acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou
vice-versa.
3. Acidente sem danos pessoais, mas que deve ser analisado para que sejam propostas medi-
das para evitar sua repetição.

( ) Acidente de trajeto.
( ) Acidente tipo.
( ) Incidente.

A ordem correta, de cima para baixo, é:


a) 1 – 2 – 3
b) 1 – 3 – 2
c) 2 – 1 – 3
d) 2 – 3 – 1
e) 3 – 1 – 2

Infortúnio do trabalho originado por causa violenta, súbita e imprevista é acidente tipo. Aciden-
te sofrido pelo empregado no percurso da residência para o local de trabalho ou vice-versa é
acidente de trajeto. Acidente sem danos pessoais, mas que deve ser analisado para que sejam
propostas medidas para evitar sua repetição, é incidente.
Letra c.

013. (INÉDITA/2022) Mesmo quando a empresa fornece o vale-transporte, se o obreiro tiver


acidente no seu trajeto, caracteriza-se o acidente de trabalho.

Mesmo quando a empresa fornece o vale-transporte, se o obreiro tiver acidente no seu trajeto,
caracteriza-se o acidente de trabalho, pois a lei não faz distinção, conforme se verifica:

Art. 21. Equiparam-se ao ACIDENTE DE TRABALHO:


d) no PERCURSO da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, QUALQUER que seja o
MEIO DE LOCOMOÇÃO, INCLUSIVE VEÍCULO DE PROPRIEDADE DO SEGURADO.

Em suma, o acidente de trajeto não depende do veículo. Dessa forma, a emissão da CAT é um
direito do acidentado de trajeto, assim como benefício acidentário e até uma possível estabili-
dade no emprego.
Certo.

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Acidente do Trabalho
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014. (VUNESP/PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/ENGENHEIRO/2021) Não é mais obrigatória


a comunicação, ao INSS, do acidente de trajeto, que é aquele sofrido pelo empregado no per-
curso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do empregado.

A MP n. 905 que tratava disso não foi convertida em lei. Sendo assim, a empresa conti-
nua obrigada.
Errado.

015. (VUNESP/PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/ENGENHEIRO/2021) De acordo com a legis-


lação vigente, se equipara ao acidente de trabalho o acidente sofrido pelo segurado, ainda que
fora do local e horário de trabalho, na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa
para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito.

A assertiva está em conformidade com a Lei n. 8.213/1991:

Art. 21.
IV – O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de
seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção
utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio
de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Certo.

016. (VUNESP/PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/ENGENHEIRO/2021) Para fins previdenciá-


rios, se considera acidente de trabalho a doença do trabalho, assim entendida aquela produzi-
da ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante
da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

A assertiva está errada, na medida em que o conceito é de doença profissional. Nesse caso, a
doença do trabalho tem outro conceito. Veja a Lei n. 8.213/1991:

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes entidades
mórbidas:

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Acidente do Trabalho
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I – doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho
peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do
Trabalho e da Previdência Social;
II – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação
mencionada no inciso I.
Errado.

017. (VUNESP/PREFEITURA DE JAGUARIÚNA/ENGENHEIRO/2021) Em conformidade com


a NBR 14.280, norma brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, acidente
de trabalho é a ocorrência imprevista e indesejável, de caráter instantâneo e traumático, rela-
cionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal.

A referida norma diz:

Acidente do trabalho: Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada com o


exercício do trabalho, que provoca lesão pessoal ou de que decorre risco próximo ou remoto dessa
lesão; o acidente inclui tanto ocorrências em relação a um momento determinado, quanto ocor-
rências ou exposições contínuas ou intermitentes, que só podem ser identificadas em termos de
período de tempo provável.
Certo.

018. (INSTITUTO UNIFIL/PREFEITURA DE TUPUASSI/TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRA-


BALHO/2021) Conforme Decreto n. 3.048/1999, Art. 336, deve-se emitir a CAT sempre que for
____________________ e com a finalidade de ____________________.
a) Informar que a ocorrência de uma doença clínica no trabalho/ manter o INSS informado.
b) Comunicar acidentes de trânsito/ prover o pagamento do benefício ao empregado.
c) Comunicar o acidente à Previdência Social/ fins estatísticos e epidemiológicos.
d) Avisar os sobre os riscos ocupacionais previstos em PPRA que podem gerar acidentes/
prevenir fiscalização do INSS.

Dispõe a norma:

Art. 336. Para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar à previdência social
o acidente de que tratam os arts. 19, 20, 21 e 23 da Lei n. 8.213, de 1991, ocorrido com o segurado
empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocor-
rência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena da multa aplicada e
cobrada na forma do art. 286.
Letra c.

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019. (CEV/URCA/PREFEITURA DE CRATO/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) A empresa é obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de traba-
lho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.

Todos os acidentes pessoais devem ser comunicados, nos termos do art. 22 da Lei n.
8.213/1991.
Certo.

020. (CEV/URCA/PREFEITURA DE CRATO/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) A CAT inicial irá se referir a acidente de trabalho típico, trajeto, doença profissional,
do trabalho ou óbito imediato.

É o que versa o Decreto n. 3.048/1999:

Art. 336. Para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar à previdência social
o acidente de que tratam os arts. 19, 20, 21 e 23 da Lei n. 8.213, de 1991, ocorrido com o segurado
empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocor-
rência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena da multa aplicada e
cobrada na forma do art. 286.
Certo.

021. (CEV/URCA/PREFEITURA DE CRATO/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) Se a empresa não fizer o registro da CAT, o próprio trabalhador poderá efetivar o
registro junto à Previdência Social, evitando a possibilidade da aplicação da multa à empresa.

Correto, nos termos da Lei n. 8.213/1991:

Art. 22, § 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidenta-
do, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autori-
dade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
Certo.

022. (CEV/URCA/PREFEITURA DE MILAGRES/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) Acidente típico é aquele decorrente de evento súbito e violento, no qual se consta-
ta facilmente o dano e nexo com o trabalho, relacionando-se com as condições ambientais em
que o trabalho é executado ou decorrente do próprio exercício da função.

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Acidente do Trabalho
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Existe uma confusão entre acidente de trabalho típico e atípico. Primeiro, temos uma distinção
muito interessante: ACIDENTE DE TRABALHO TÍPICO E ATÍPICO. No primeiro caso: acontece
no ambiente de trabalho e cujos riscos são decorrentes do exercício da própria atividade labo-
rativa. No ATÍPICO, temos doenças ocupacionais, as quais não decorrem necessariamente das
atividades exercidas na empresa, mas têm relação com as condições e o ambiente em que o
trabalho é desenvolvido.
Errado.

023. (CEV/URCA/PREFEITURA DE MILAGRES/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) Doença do trabalho é aquela adquirida ou desencadeada em função de condições
especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente.

O conceito é de doença profissional, conforme a Lei n. 8.213/1991:

Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do art. anterior, as seguintes entidades
mórbidas:
I – Doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho
peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do
Trabalho e da Previdência Social.
Errado.

024. (CEV/URCA/PREFEITURA DE MILAGRES/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABA-


LHO/2021) Incapacidade laborativa é a incapacidade do acidentado de voltar a desempenhar
as funções específicas em sua atividade, em virtude de alteração provocada por acidente
ou doença.

O conceito de incapacidade laborativa é a IMPOSSIBILIDADE DO DESEMPENHO DE TODA E


QUALQUER ATIVIDADE, FUNÇÃO OU OCUPAÇÃO LABORATIVA, SENDO CONCEITO ESSENCIAL-
MENTE TEÓRICO, SALVO QUANDO EM CARÁTER TRANSITÓRIO.
Certo.

025. (SELECON/EMGEPRON/TÉCNICO/2021) A definição para acidente de trabalho vem a


ser: É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda, pelo exercício
do trabalho dos segurados especiais, desde que não provoque lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, permanente
ou temporário.

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Acidente do Trabalho
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A assertiva está em desconformidade com o teor do art. 19 e do art. 20 da Lei n. 8.213/1991.


Errado.

026. (INÉDITA/2022) Acidente de trabalho é a ocorrência imprevista e indesejável, de caráter


instantâneo e traumático, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa
resultar lesão pessoal.

Em conformidade com a NBR 14.280, norma brasileira da Associação Brasileira de Normas


Técnicas – ABNT, acidente de trabalho é a ocorrência imprevista e indesejável, de caráter ins-
tantâneo e traumático, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resul-
tar lesão pessoal.
Certo.

027. (INÉDITA/2022) Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho.

A assertiva está nos termos da Lei n. 8.213/1991:

Art. 2º
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as normas de
segurança e higiene do trabalho.
Certo.

028. (VUNESP/CODEN-SP/TÉCNICO/2021) A empresa ou o empregador doméstico deverão


comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social em até 48h (quarenta e oito horas) após
a ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente.

Os prazos estão errados, conforme a Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela
Previdência Social.
Errado.

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Acidente do Trabalho
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029. (VUNESP/CODEN-SP/TÉCNICO/2021) Todos os eventos relativos à segurança e saú-


de dos trabalhadores que impliquem ônus para o INSS ou impactem o Fator Acidentário Pre-
videnciário – FAP deverão ser comunicados à Previdência Social, excetuando-se o acidente
de trajeto.

O Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) decidiu ontem excluir os acidentes de traje-
to (de casa para o trabalho ou vice-versa) do cálculo do chamado Fator Acidentário de Preven-
ção (FAP), mecanismo adotado para reduzir ou aumentar o Seguro Acidente de Trabalho (SAT)
– que passou a se chamar Riscos Ambientais do Trabalho (RAT). Aplicado desde 2010, o FAP
dá um bônus às empresas que investem em prevenção de acidentes de trabalho e pune as que
têm um número elevado de ocorrências. Os empregadores podem ter uma redução de 50% ou
aumento de 100% na alíquota do RAT, que é de 1%, 2% ou 3% sobre a folha de pagamentos –
com base nos índices de frequência, gravidade e custo dos acidentes.
Errado.

030. (VUNESP/CODEN-SP/TÉCNICO/2021) Na falta de comunicação por parte da empresa,


podem formalizá-la o próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o
médico que o assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo
previsto para a empresa.

A assertiva está correta, conforme a Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade públi-
ca, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
Certo.

031. (VUNESP/CODEN-SP/TÉCNICO/2021) Para fins previdenciários, não são consideradas


como doença do trabalho a doença degenerativa; aquela inerente a grupo etário; aquela que
não produza incapacidade laborativa e a doença endêmica adquirida por segurado habitante
de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou
contato direto determinado pela natureza do trabalho.
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A assertiva está em conformidade com a Lei n. 8.213/1991:

Art. 20
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo
comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do
trabalho.
Certo.

032. (VUNESP/CODEN-SP/TÉCNICO/2021) Não obstante a adoção do NTEP – Nexo Técnico


Estatístico Previdenciário, a implementação de políticas públicas na prevenção de acidentes
de trabalho é dificultada pela prática sistemática da subnotificação na comunicação do aci-
dente e da doença relacionada ao trabalho, que não impliquem afastamento do segurado por
período superior a quinze dias.

Este é um fenômeno e consequência do NTEP no Brasil.


Certo.

033. (OMNI/CONDERG-SP/TÉCNICO/2021) __________________ é uma ocorrência que tem po-


tencial de ocasionar um acidente de trabalho, isto é, um fato que ainda não gerou danos a
nenhum colaborador e muito menos para a empresa, porém, é capaz de desencadear conse-
quências mais graves, caso seja negligenciado. Marque alternativa CORRETA que completa o
espaço acima.
a) Incidente de trabalho.
b) Doenças Ocupacionais.
c) Acidente de trabalho.
d) Acidente ambiental.

A resposta está na Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do

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salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Letra c.

034. (GS ASSESSORIA E CONCURSO/PREFEITURA DE IRATI/AGENTE ADMINISTRATI-


VO/2021) Segurança do Trabalho é um conjunto de medidas de precaução utilizadas com o
intuito de proteger os colaboradores de uma empresa e diminuir eventuais perigos de ocorrên-
cia de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. O objetivo é oferecer um ambiente de
trabalho benéfico para que os afazeres laborais sejam alcançados da melhor maneira possível.
NÃO é considerado acidente de trabalho:
a) Acidentes ocorridos durante as viagens a trabalho ou para participar de programas de capa-
citação promovidos pelo empregador.
b) Negligência, imprudência ou imperícia de colegas de trabalho ou de terceiros, no exercício
das atividades laborais.
c) Acidentes ocorridos fora das dependências da empresa em que o trabalhador não esteja a
serviço do empregador.
d) Acidentes sofridos no percurso da empresa para a residência do trabalhador e vice-versa.
e) Agressão física de colegas ou de terceiros no exercício das atividades laborais.

Salvo a alternativa C, todas estão previstas na Lei n. 8.213/1991:

Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I – O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído dire-
tamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou
produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
II – O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III – a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de
seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção
utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;

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Acidente do Trabalho
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d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio
de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Letra c.

035. (INSTITUTO EXCELÊNCIA/PREFEITURA DE TAUBATÉ/TÉCNICO DE SEGURANÇA DO


TRABALHO/2019) CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho) é um formulário que a em-
presa deverá preencher comunicando o acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado,
havendo ou não afastamento. A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário
CAT, preenchido em _____vias. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.
Alternativas
a) cinco
b) seis
c) três
d) Nenhuma das alternativas.

São três vias, conforme se extrai da interpretação da Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
Letra c.

036. (INSTITUTO EXCELÊNCIA/PREFEITURA DE TAUBATÉ/TÉCNICO DE SEGURANÇA DO


TRABALHO/2019) Relacione as ocorrências com cada tipo de CAT (Comunicação de Aciden-
te de Trabalho).
1) Acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do trabalho.
2) Reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho
ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS.
3) Falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, ocorrido após a
emissão da CAT inicial.

( ) CAT comunicação de óbito.


( ) CAT reabertura.
( ) CAT inicial.

Assinale a sequência CORRETA.


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Acidente do Trabalho
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a) 3, 1, 2.
b) 3, 2, 1.
c) 2, 1, 3.
d) Nenhuma das alternativas.

CAT INICIAL: acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do trabalho.


CAT reabertura: reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de aciden-
te do trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente ao INSS.
CAT FALECIMENTO: falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho,
ocorrido após a emissão da CAT inicial.
Letra b.

037. (CESPE/PREFEITURA DE BARRA DOS COQUEIROS/CONDUTOR DE AMBULÂN-


CIAS/2020) No tocante à emissão de CAT, assinale a opção correta, a partir da situação hipo-
tética apresentada no texto 36A1-I.
a) Cabe exclusivamente à autoridade policial a emissão da CAT.
b) Na falta de emissão da CAT pelo responsável, o acidentado deverá exigi-la judicialmente.
c) Na falta de emissão da CAT pelo responsável, poderá o próprio trabalhador acidenta-
do emiti-la.
d) Em caso de acidente do trabalho que resulte na morte do trabalhador, a CAT deve ser emitida
até o primeiro dia útil seguinte.
e) Cabe exclusivamente à autoridade médica a emissão da CAT.

A única resposta correta é a C, nos termos do art. 22 da Lei n. 8.213/1991. A alternativa A está
errada, pois não há legitimidade exclusiva. A alternativa B está errada, pois não há necessida-
de de interposição de ação judicial. A alternativa D está errada, pois o prazo é imediato. Veja
o art. 22:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade públi-
ca, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.

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Acidente do Trabalho
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§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do
cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela
Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5º A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.
Letra c.

038. (CESPE/SEED-PR/PROFESSOR/2021) Em caso de morte, o empregador deverá comuni-


car o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência.

O prazo está errado, conforme a Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Errado.

039. (CESPE/SEED-PR/PROFESSOR/2021) A CAT deve ser emitida apenas após a confirma-


ção do nexo de causalidade entre o trabalho e o agravo.

Basta o acidente, sem demonstrar nexo de causalidade, nos termos do art. 22 da Lei n.
8.213/1991.
Errado.

040. (CESPE/SEED-PR/PROFESSOR/2021) A empresa poderá exigir do próprio acidentado


ou do médico que o tiver assistido a emissão da CAT.

É obrigação do empregador emitir a CAT, como está previsto nos termos do art. 22 da Lei n.
8.213/1991.
Errado.

041. (FEPESE/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/TÉCNICO EM SEGURANÇA/2019) A Co-


municação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto um
acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional. A CAT de comunicação
de óbito só pode ser emitida após o registro da CAT inicial.

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CAT FALECIMENTO: falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho,


ocorrido após a emissão da CAT inicial.
Certo.

042. (FEPESE/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/TÉCNICO EM SEGURANÇA/2019) Em


acidentes com casos de morte, a CAT pode realizada no máximo em até 3 dias úteis.

O prazo está errado, conforme a Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
Errado.

043. (FEPESE/PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/TÉCNICO EM SEGURANÇA/2019) A CAT


é opcional nos casos de acidentes que não resultem em afastamentos das atividades do
trabalhador.

A CAT é obrigatória em todo tipo de acidente, caso haja afastamento ou não do obreiro, confor-
me o art. 22 da Lei n. 8.213/1991.
Errado.

044. (FAPEC/UFMS/ODONTÓLOGO/2018) O acidente de trabalho é informado por meio de


um documento denominado:
a) Laudo pericial.
b) Comunicação de acidente de trabalho.
c) Relatório de acidente de trabalho.
d) Parecer técnico.
e) Relatório de exame médico periódico.

Nos termos do art. 22 da Lei n. 8.213/1991, é a CAT.


Letra b.

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045. (OBJETIVA/PREFEITURA DE CASCAVEL/TÉCNICO DE SEGURANÇA/2020) A CAT é


um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto quanto
uma doença ocupacional.

A alternativa está em conformidade com o art. 22 da Lei n. 8.213/1991.


Certo.

046. (FUNDEP/HRTN-MG/MÉDICO/2019) Os acidentes de trabalho podem ser classificados


em acidente típico (decorrente diretamente da atividade profissional exercida), acidente de
trajeto (ocorre no trajeto entre a residência e o local de trabalho) e doença profissional (desen-
cadeada pelo exercício de determinada atividade específica).

Existe uma limitação das classificações dos acidentes de trabalho, pois excluíram as doenças
do trabalho e o acidente atípico e os de equiparação.
Errado.

047. (FUNDEP/HRTN-MG/MÉDICO/2019) A empresa é obrigada a informar à Previdência So-


cial todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que não haja
afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, exceto nos casos
de morte, onde a comunicação deverá ser imediata.

A assertiva está em conformidade com o art. 22 da Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato,
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Pre-
vidência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade públi-
ca, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do
cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela
Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5º A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.
Certo.

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048. (FURB/PREFEITURA DE TIMBÓ/MÉDICO DO TRABALHO/2019) A CAT deve ser gerada,


exclusivamente, pelo médico da empresa.

A assertiva está em desconformidade com o art. 22 da Lei n. 8.213/1991:

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Previdên-
cia Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autorida-
de competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de con-
tribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, seus
dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade públi-
ca, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do
cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela
Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5º A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.
Errado.

049. (FURB/PREFEITURA DE TIMBÓ/MÉDICO DO TRABALHO/2019) Sobre a emissão da


CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), analise as afirmativas abaixo e identifique a(s)
corretas(s): Deve ser aberta quando há adoecimento decorrente do trabalho ou quando há
agravamento de doença preexistente.

A questão é restritiva. A CAT, nos termos do art. 22 da Lei n. 8.213/1991, deve ser aberta em
situação de qualquer acidente de trabalho, como o acidente de trajeto, por exemplo.
Errado.

050. (CESPE/EMBASA/ANALISTA/2010) De acordo com a legislação, não será caracterizada


como acidente de trabalho a agressão física sofrida pelo trabalhador, dentro da empresa, du-
rante o intervalo do almoço.

A assertiva está em desacordo com a Lei n. 8.213/1991:

Art. 21:
II – O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho.
Errado.

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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Acidente do Trabalho
Maria Rafaela

ANEXO
Legislação importante sobre o tema, tratamos aqui da Lei n. 8.213/1991:
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de em-
presa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no
inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a
morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de
proteção e segurança da saúde do trabalhador.
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as nor-
mas de segurança e higiene do trabalho.
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação
a executar e do produto a manipular.
§4ºO Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os sindicatos e entidades
representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento do disposto nos parágrafos ante-
riores, conforme dispuser o Regulamento.
Art. 20. Consideram-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes
entidades mórbidas:
I – doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo
Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
II – doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de con-
dições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante
da relação mencionada no inciso I.
§ 1º Não são consideradas como doença do trabalho:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvol-
va, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista
nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e
com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei:
I – O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribu-
ído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;

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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela

II – O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:


a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro
de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada
ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro
de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III – A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade;
IV – O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou pro-
porcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada dentro de
seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomo-
ção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que
seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de
outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é conside-
rado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que,
resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às consequências
do anterior.
Art. 21-A. A perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) considerará ca-
racterizada a natureza acidentária da incapacidade quando constatar ocorrência de nexo téc-
nico epidemiológico entre o trabalho e o agravo, decorrente da relação entre a atividade da
empresa ou do empregado doméstico e a entidade mórbida motivadora da incapacidade elen-
cada na Classificação Internacional de Doenças (CID), em conformidade com o que dispuser
o regulamento.
§ 1º A perícia médica do INSS deixará de aplicar o disposto neste artigo quando demons-
trada a inexistência do nexo de que trata o caput deste artigo.
§ 2º A empresa ou o empregador doméstico poderão requerer a não aplicação do nexo
técnico epidemiológico, de cuja decisão caberá recurso, com efeito suspensivo, da empresa,
do empregador doméstico ou do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social.

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Acidente do Trabalho
Maria Rafaela

Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho


à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de
imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite
máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e
cobrada pela Previdência Social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus
dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio aciden-
tado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer
autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela
falta do cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança,
pela Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5º – A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.
Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho,
a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da
segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito
o que ocorrer primeiro.

Maria Rafaela

Juíza do trabalho substituta da 7ª Região. Doutoranda em Direito pela Universidade do Porto/Portugal.


Mestre em Ciências Jurídicas pela Universidade do Porto/Portugal. Professora de cursos de pós-gradua-
ção na Universidade de Fortaleza - Unifor. Palestrante. Professora convidada da Escola Judicial do TRT 7ª
Região. Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho. Professora de cursos preparatórios
para concursos públicos. Formadora da Escola de Magistratura do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Cargos desempenhados: foi juíza do trabalho substituta no TRT 14ª Região, promotora de justiça titular do
MPRO, analista judiciária do TJCE; professora concursada do quadro permanente na Universidade Federal
de Rondônia; professora concursada temporária na Universidade Federal do Ceará. Aprovada em outros
concursos públicos. Autora de artigos científicos publicados.

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