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Resumo: Este artigo propõe uma investigação sobre os comportamentos manifestados durante
o processo terapêutico, que possam ser atribuídos à influência da internet sobre o paciente. As
motivações e perspectivas do paciente durante a psicoterapia frequentemente estão
interligadas a experiências nas redes sociais, obtidas por meio de pesquisas online, as quais
podem fornecer informações incompletas ou distorcidas acerca do processo terapêutico e da
própria natureza da terapia. Essa circunstância propicia o surgimento de preconceitos e
equívocos no desenvolvimento terapêutico do indivíduo. As Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) tornaram-se parte integrante da vida da população, expandindo
constantemente suas áreas de influência para atender diversas necessidades. Este fenômeno
afeta indivíduos de todas as faixas etárias, desde crianças até adultos e idosos, sem exceção.
Neste contexto, o presente estudo investiga intervenções que possam ser aplicadas para
psicoeducar os pacientes ao longo de seu processo terapêutico. Concluímos que a terapia
online representa uma abordagem eficaz e inexplorada, com potencial para aprimorar os
mecanismos específicos emergentes, beneficiando tanto o paciente quanto o terapeuta e
proporcionando resultados equiparáveis à terapia presencial.
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Palavra chave:
Resumo em inglês:
Introdução:
O impacto que pode gerar na população referente a interação social e nos processos
terapêuticos é visível. (Stadter,2013), A exploração dentro da internet para o entendimento do
funcionamento da psicoterapia e de suas potenciais contribuições para a vida de uma pessoa
pode criar expectativas equivocadas e resultar em frustração em relação ao papel do psicólogo,
bem como às possíveis transformações ou conquistas que podem surgir após as sessões
terapêuticas.
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Podem interferir em ferramentas usadas para comunicação dentro da terapia no
processo de relacionamento do terapeuta e paciente. Sobre esses aspectos encontram-se
várias pesquisas que discutem a forma de lidar com a influência da tecnologia nos tratamentos
psicológicos. (Castells, 2008; Veloso, 2011).
Métodos
O uso frequente das redes sociais por parte de clientes em terapia pode ter implicações
negativas significativas no processo terapêutico. Autores destacam que a exposição constante
a conteúdos nas redes sociais pode influenciar negativamente a autoestima e a percepção do
próprio corpo, contribuindo para questões relacionadas à imagem corporal e à autoaceitação
(Silva et al. Silva, 2017). Além disso, a comparação social exacerbada, muitas vezes induzida
pelas representações seletivas da vida de outras pessoas online, pode gerar ansiedade e
insatisfação na vida pessoal dos indivíduos em terapia (Silva et al. Silva, 2017). A necessidade
constante de validação social nas plataformas digitais pode impactar a construção de relações
interpessoais saudáveis e afetar o desenvolvimento emocional (Pimentel, 2019). Outro ponto
importante é a expectativa de resultados imediatos na clínica terapêutica, semelhantes à
rapidez que a internet proporciona em muitas áreas, pode representar um perigo, pois a
jornada terapêutica demanda tempo, reflexão e um processo gradual de transformação
emocional e psicológica, esses aspectos sublinham a importância de os profissionais da saúde
mental considerarem criticamente o papel das redes sociais no bem-estar de seus clientes e
adaptarem abordagens terapêuticas conforme necessário.