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As Influência da Redes Sociais e Bem-Estar Mental: Uma Análise dos Impactos da Internet

dentro da Clínica Psicoterapêutica


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Resumo: Este artigo propõe uma investigação sobre os comportamentos manifestados durante
o processo terapêutico, que possam ser atribuídos à influência da internet sobre o paciente. As
motivações e perspectivas do paciente durante a psicoterapia frequentemente estão
interligadas a experiências nas redes sociais, obtidas por meio de pesquisas online, as quais
podem fornecer informações incompletas ou distorcidas acerca do processo terapêutico e da
própria natureza da terapia. Essa circunstância propicia o surgimento de preconceitos e
equívocos no desenvolvimento terapêutico do indivíduo. As Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICs) tornaram-se parte integrante da vida da população, expandindo
constantemente suas áreas de influência para atender diversas necessidades. Este fenômeno
afeta indivíduos de todas as faixas etárias, desde crianças até adultos e idosos, sem exceção.
Neste contexto, o presente estudo investiga intervenções que possam ser aplicadas para
psicoeducar os pacientes ao longo de seu processo terapêutico. Concluímos que a terapia
online representa uma abordagem eficaz e inexplorada, com potencial para aprimorar os
mecanismos específicos emergentes, beneficiando tanto o paciente quanto o terapeuta e
proporcionando resultados equiparáveis à terapia presencial.
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Palavra chave:

Resumo em inglês:

Introdução:

O acesso às redes sociais no Brasil tem demonstrado um aumento constante, conforme


indicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2018. Os dados revelam
que a cada ano, sete em cada dez brasileiros estão conectados à internet (IBGE, 2022).
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Essa demanda tem evidenciado uma trajetória ascendente, conforme os dados apresentados,
a proporção de brasileiros conectados à internet tem se mantido consistente, com sete em
cada dez cidadãos permanecendo online anualmente (IBGE, 2022).
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Além da utilização na vida diária, essas formas de comunicação podem surgir também
dentro do contexto clínico de psicoterapia (Zilberstein, 2015). Pois as redes sociais não estão
influenciando tão somente nos relacionamentos, mas também nas informações em que ela
proporciona na vida do indivíduo. (BARROS et al. CARMOS, SILVA, 2012).

O impacto que pode gerar na população referente a interação social e nos processos
terapêuticos é visível. (Stadter,2013), A exploração dentro da internet para o entendimento do
funcionamento da psicoterapia e de suas potenciais contribuições para a vida de uma pessoa
pode criar expectativas equivocadas e resultar em frustração em relação ao papel do psicólogo,
bem como às possíveis transformações ou conquistas que podem surgir após as sessões
terapêuticas.
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Podem interferir em ferramentas usadas para comunicação dentro da terapia no
processo de relacionamento do terapeuta e paciente. Sobre esses aspectos encontram-se
várias pesquisas que discutem a forma de lidar com a influência da tecnologia nos tratamentos
psicológicos. (Castells, 2008; Veloso, 2011).

A elaboração deste artigo possibilita uma análise aprofundada dos acontecimentos na


sociedade e do comportamento que ela adota em relação às redes sociais. Isso instiga o leitor
a refletir sobre o tema e a compreender de que forma esse fenômeno influencia diretamente o
ambiente em que ele vive, destacando as nuances e os impactos das redes sociais na
sociedade contemporânea. E na atualidade dentro da clínica terapêutica.
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Métodos

A influência da internet tem atrapalhado no tratamento psicoterapêutico?

Inicialmente, é essencial abordar uma indagação que persiste para diversos


profissionais da psicologia, suscitando uma série de artigos dedicados a essa investigação:
Será que a internet interfere no trabalho dos psicólogos em contextos clínicos? Como a
internet influência de maneira positiva e negativa nos aspectos do trabalho terapêutico?
Sabemos que a ascensão da internet tem impactado significativamente a prática da
psicoterapia, introduzindo novos desafios e oportunidades. (LIMA,2016).
Ferramentas online, como videoconferências e plataformas de mensagens, têm
permitido a prestação de serviços terapêuticos à distância, ampliando o acesso dos pacientes a
profissionais de saúde mental.(LIMA, 2016). No entanto, debates éticos e questões
relacionadas à confidencialidade surgem nesse contexto, exigindo uma reflexão cuidadosa
sobre os limites e a eficácia dessas intervenções (Pereira, 2019). Ademais, a presença das
redes sociais tem se revelado como um terreno ambíguo, proporcionando tanto suporte quanto
desafios à saúde mental, levando a uma necessidade crítica de compreensão e
regulamentação (BARBEIRO et al. BARRETO, 2022).
A interseção da psicoterapia com o ambiente digital demanda constante avaliação e
adaptação, de modo a garantir a integridade e eficácia dos serviços prestados.
Os costumes dos indivíduos mudam conforme as tecnologias progridem, influenciando novas
formas de relacionamentos, pensamentos e sentimentos, decorrendo novos traços psíquicos
para os profissionais da Clinica (BARBEIRO et al. BARRETO, 2022)
O crescente uso das redes sociais tem apresentado desafios consideráveis dentro do
seu contexto Autores como LIMA, 2016, ressaltam que a exposição excessiva a plataformas
digitais pode contribuir para o fenômeno da busca do psicólogo para entender o
paciente/cliente e levantar estratégias para esse processo, o que pode gerar uma sobrecarga
emocional também dos profissionais.
Além disso, a interseção entre a vida pessoal e profissional na esfera digital pode
comprometer os limites necessários para uma prática ética e saudável, com implicações
potenciais na qualidade do atendimento ao cliente (Borges et al., Faria, 2017). Estes desafios
destacam a urgência de uma reflexão contínua sobre a utilização ética das redes sociais pelos
psicólogos, a fim de preservar o bem-estar profissional e, por extensão, a qualidade do serviço
terapêutico oferecido.

Falar sobre o mundo fantasia da internet O sujeito contemporâneo e a realidade virtual1

O uso frequente das redes sociais por parte de clientes em terapia pode ter implicações
negativas significativas no processo terapêutico. Autores destacam que a exposição constante
a conteúdos nas redes sociais pode influenciar negativamente a autoestima e a percepção do
próprio corpo, contribuindo para questões relacionadas à imagem corporal e à autoaceitação
(Silva et al. Silva, 2017). Além disso, a comparação social exacerbada, muitas vezes induzida
pelas representações seletivas da vida de outras pessoas online, pode gerar ansiedade e
insatisfação na vida pessoal dos indivíduos em terapia (Silva et al. Silva, 2017). A necessidade
constante de validação social nas plataformas digitais pode impactar a construção de relações
interpessoais saudáveis e afetar o desenvolvimento emocional (Pimentel, 2019). Outro ponto
importante é a expectativa de resultados imediatos na clínica terapêutica, semelhantes à
rapidez que a internet proporciona em muitas áreas, pode representar um perigo, pois a
jornada terapêutica demanda tempo, reflexão e um processo gradual de transformação
emocional e psicológica, esses aspectos sublinham a importância de os profissionais da saúde
mental considerarem criticamente o papel das redes sociais no bem-estar de seus clientes e
adaptarem abordagens terapêuticas conforme necessário.

No contexto da psicoeducação, estratégias eficazes podem ser empregadas para informar e


envolver os pacientes no processo terapêutico. Inicialmente, é crucial estabelecer uma
comunicação clara e transparente, apresentando informações sobre os objetivos e benefícios
da terapia (Lemes et al., Neto, 2017). A disponibilização de material informativo escrito ou
digital pode complementar essa abordagem, permitindo que os pacientes revisem as
informações no seu próprio ritmo. A incorporação de exemplos práticos e estudos de caso
relevantes pode facilitar a compreensão dos conceitos terapêuticos (Lemes et al. Neto, 2017).
Além disso, promover uma atmosfera de colaboração, onde os pacientes sintam-se
encorajados a fazer perguntas e expressar preocupações, contribui para um entendimento
mais profundo do processo terapêutico (Silva, 2020). A utilização de metáforas e analogias
pode ser uma ferramenta valiosa para simplificar conceitos complexos, tornando-os mais
acessíveis aos pacientes. Ao adotar estratégias interativas, como questionamentos reflexivos,
os profissionais podem estimular a participação ativa dos pacientes, promovendo uma maior
compreensão e adesão ao processo terapêutico. Essas estratégias, quando implementadas de
maneira ética e sensível, têm o potencial de fortalecer a parceria terapêutica, capacitando os
pacientes a se engajarem de forma mais significativa em sua própria jornada de crescimento e
transformação (Lemes et al. Neto, 2017).
● Métodos:
● Quais intervenções podem auxiliar o paciente para saber lidar com esse universo
online?

No contexto contemporâneo, o psicólogo desempenha um papel fundamental na orientação


dos pacientes sobre como lidar com o universo online de maneira saudável e equilibrada.
Primeiramente, é crucial estabelecer um diálogo aberto para compreender a relação do
paciente com as redes sociais e plataformas online. Em seguida, o psicólogo pode desenvolver
intervenções personalizadas, focando em estratégias para promover o uso consciente da
internet. Isso pode incluir a prática de pausas digitais, a definição de limites no tempo de tela e
o estabelecimento de metas realistas para o uso das redes sociais. Além disso, o profissional
pode fornecer ferramentas cognitivas e emocionais para ajudar o paciente a gerenciar a
pressão social e a comparação constante que muitas vezes ocorre online. Estratégias para
promover a autoestima e a autoaceitação também são essenciais, auxiliando o paciente a
construir uma identidade online mais autêntica e resistente às pressões externas.O psicólogo
pode capacitar o paciente a cultivar um relacionamento mais saudável e equilibrado com o
mundo online, promovendo o bem-estar psicológico em meio ao cenário digital em constante
evolução.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) emerge como uma abordagem eficaz para lidar
com os impactos negativos da internet dentro do contexto clínico. A TCC focaliza na
identificação e modificação de padrões de pensamento disfuncionais e comportamentos
inadequados. No caso dos efeitos adversos da internet, a terapia pode envolver a avaliação e
reestruturação de cognições disfuncionais relacionadas ao uso excessivo, como pensamentos
negativos sobre autoimagem alimentados por exposição constante a padrões irreais nas redes
sociais. As intervenções comportamentais podem incluir a implementação de estratégias para o
gerenciamento do tempo online, a introdução de pausas digitais e o estabelecimento de metas
realistas para o uso da internet. Além disso, a TCC pode oferecer ferramentas para lidar com a
ansiedade e o estresse relacionados à exposição online constante. Ao integrar técnicas
cognitivas e comportamentais específicas, a TCC proporciona aos clientes habilidades práticas
para enfrentar os desafios do mundo digital, promovendo mudanças positivas em seus padrões
de pensamento e comportamento em relação à internet.

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Referencia:

ALVARENGA,Arthur Barros;CARMO, Michelle Fernanda Alves; SILVA, Rafaela Luiza. A


Influência das Redes Sociais e seu Papel na Sociedade. Universidade Federal de
Minas Gerais, v. 9, n. 1, p. 1- 4, mai. 2012. Disponível em:
http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/ueadsl/article/viewFile/3031/2989
Acessado em 16 nov. 2023.
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(TA ERRADO, TEM QUE CONSERTAR)
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internet em 2022, aponta IBGE/Rio de Janeiro: o autor. Recuperado de
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv93373.pdf. Acessado em 19 nov.2023.
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