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O uso da inteligência artificial (IA) na aviação até agora tem sido terrestre, usando a
aprendizagem de máquinas para ver tendências e anomalias especiais em vastas
quantidades de dados downlinked de aeronaves e motores. Mas a implantação da
tecnologia está rapidamente acelerando em todas as áreas, desde a visão de máquinas
para sistemas autônomos de detecção e evitar os sinais do aeroporto durante a taxiamento
automatizado para o reconhecimento de fala para o controle digital de tráfego aéreo e até
mesmo algoritmos para automatizar manobras de dogfight. Na vanguarda da aviação civil,
empresas como Daedalean AG, uma startup suíça, que desenvolvem software de controle
de voo agnóstico a aeronómico, autônomo que depende de várias formas de IA, incluindo
visão de computador, aprendizagem de máquinas e redes neurais. (PADILHA, 2021, s/n)
Pode-se dizer que o recente incidente com o Airbus A320neo da Azul em setembro de 2020
ocorreu na ocasião em que a aeronave na tentativa da aterrissagem no Aeroporto Santos
Dumont, no Rio de Janeiro. Naquele momento a aeronave estava efetivando uma
aproximação para pousar na pista vinte da esquerda (20L), todavia no momento em que o
sistema de computador da aeronave emitiu um alerta de que não haveria pista suficiente
para aterragem com segurança. A tripulação não descartou o alerta e decidiu fazer uma
reaproximação para pouso na pista citada trazendo a aeronave em uma altitude inferior,
porém a aeronave emitiu o mesmo alerta novamente de que a pista específica não estava
recomendada para o pouso em segurança (pista curta). A tripulação então se
responsabilizou pela tomada de decisão da situação e requisitou ao controle de tráfego
aéreo que se fizesse uma nova tentativa de pouso, todavia no Aeroporto Internacional do
Galeão, no Rio de Janeiro, onde a aproximação e o pouso foram bem-sucedidos. Essa
situação pode ser estudada como uma forma completa de interligação ser humano e
máquina, uma vez que a inteligência artificial do computador da aeronave não foi declinada,
porém foi respeitada pela tripulação para permitir ao comandante exercer total autonomia. O
melhor julgamento foi executado e a máquina para isso foi apenas um instrumento de
auxilio (VIANA, 2020).