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Aeroportuária
Introdução à Gestão
Aeroportuária
Apresentação
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de:
Introdução
É uma atividade produtiva, cujo objetivo é agregar valor às pessoas ou cargas, asso-
ciado às dimensões de espaço, tempo e estado. Assim, por exemplo, se uma carga
deve ser despachada de Belo Horizonte para ser entregue em São Paulo, no prazo
máximo de 48 horas, o valor agregado pela atividade de transporte se materializa se
esta carga for efetivamente entregue em São Paulo (dimensão de espaço), no prazo
estipulado (dimensão de tempo) e sem danos ou avarias (dimensão de estado).
É uma atividade que não altera a forma física das pessoas ou cargas, e como os
demais serviços, agrega elementos intangíveis a quem dela se serve. Enquanto
que, na produção de bens, o produto é resultante dos processos que lhe agregam
valor, alterando a forma física, no serviço de transporte a intangibilidade é a prin-
cipal característica, embora o próprio serviço dependa de elementos físicos, como
aeroportos, aeronaves, aerovias, dentre outros. Os serviços não podem ser apresen-
tados ao consumidor no ato da compra, o que dificulta a comercialização; desta
forma, eles são sempre vendidos para depois serem consumidos. Estes elementos
intangíveis podem ser indicadores de qualidade, como: confiabilidade, pontualidade,
segurança, conforto, alguns deles percebidos subjetivamente pelos usuários.
É uma atividade que não apresenta revenda ou estocabilidade, uma vez que se, por exem-
plo, um voo decolar com um assento vazio, este é irrecuperável e, como o produto coin-
cide com o processo, ele não pode ser armazenado.
É uma atividade que requer É uma atividade que apre- É uma atividade cuja produ-
grandes aportes de capital senta indivisibilidade da ção se dá em um ambien-
para atender as exigências oferta, ou seja, a oferta da te não controlado, o que
de sofisticação tecnológica. infraestrutura aeroportuária demanda alta sofisticação
é sempre disponível, mesmo tecnológica. O veículo de
quando não há demanda. transporte do modo aéreo
Este é um dos motivos nos é certamente um dos equi-
quais erros não são aceitos, pamentos mais sofisticados
já que os prejuízos podem desenvolvidos pelo homem.
ser irrecuperáveis. O terminal (aeroporto) e
o sistema de navegação
aérea e proteção ao voo
são igualmente sofisticados
e representam o que há de
mais avançado nas áreas de
engenharia civil (aeropor-
to) e eletrônica (navegação
aérea).
É intuitivo perceber que uma gestão eficiente em nossos aeroportos é fundamental para o
desenvolvimento do setor aéreo. Para que as administrações, tanto pública quanto priva-
da, continuem crescendo no país, é essencial conhecer as experiências oferecidas por
outros países e estudar em detalhes seu sucesso no segmento da aviação. Nos tópicos
apresentados, sempre buscaremos evidenciar cases internacionais, no sentido de analisar-
mos criticamente sua aplicabilidade nos problemas dos aeroportos brasileiros.
Aeródromos
(2.477)
Aeródromos Privados
Públicos (673) (1.804)
Demais
Aeroportos
Aeródromos
(147) Públicos (526)
saiba mais
Destaca-se que os helipontos são os aeródromos para operação exclusiva de helicópteros. Já
os heliportos, são os helipontos públicos que possuem também infraestrutura adequada para
o embarque e desembarque de passageiros e cargas.
Ainda segundo a ANAC (2013), a demanda no mercado internacional para voos com origem
ou destino no Brasil, por sua vez, mais do que dobrou desde 2004, com alta de 106,4% e
crescimento médio de 8,4% ao ano, em termos de RP (veja o gráfico 2). Em 2013, o cresci-
mento do transporte aéreo neste mercado foi de 3,8% em relação a 2012, o que representou
desaceleração em relação às taxas apuradas nos últimos anos. Ainda assim, a quantidade de
RPK em voos internacionais no Brasil alcançou o seu maior patamar desde 2004.
A partir deste panorama geral do transporte aéreo brasileiro, vamos nos concentrar em
alguns dados relacionados à infraestrutura aeroportuária presente no Brasil. Segundo a
Anac (2013), temos hoje no Brasil 147 aeroportos espalhados geograficamente pelo país,
como mostra a figura 2. O estado com o maior número de aeródromos utilizados em 2013
foi o Amazonas, com 19, seguido por Minas Gerais - 15, Pará – 12 e São Paulo - 11.
Oito aeroportos encontram-se na região Sudeste, quatro na região Nordeste, três na região
Centro-Oeste, três na região Sul e dois na região Norte. Os dois aeroportos com maior
número de decolagens foram os de Guarulhos e Congonhas, que juntos representaram
18,55% das decolagens em etapas domésticas de voos.
A ANAC foi criada em 2005, substituindo o Departamento de Aviação Civil (DAC) como
autoridade de aviação civil e reguladora do transporte aéreo no país. A ANAC tem como
atribuições, dentre outras, regular e fiscalizar as atividades da infraestrutura aeroportuária.
REDE INFRAERO
N
O L
Boa Vista
RORAIMA AMAPÁ
São Gabriel S
da Cachoeira
(Iauaretê) Macapá
Val-de-Cans
Conceição do Araguaia
Tarauacá
Petrolina Recife
Cruzeiro PERNAMBUCO
do Sul ACRE
Porto Velho Palmas
Alta Floresta ALAGOAS
Rio Branco RONDÔNIA Paulo Afonso Maceió
Porto Nacional
Ji-Paraná TOCANTINS
SERGIPE
BAHIA Aracajú
MATO GROSSO
Confins
MATO GROSSO DO SUL Uberaba Belo Horizonte
Uberlândia
Corumbá Campo Grande Carlos Prates ESPÍRITO SANTO
SÃO PAULO
Ribeirão
Poços de
Varginha Vitória
Preto
Presidente Caldas
Prudente Campinas Campos dos Goitacazes
São José Santos RIO DE JANEIRO
Bauru dos Campos Dumont Macaé
Ponta Porã Congonhas Jacarepaguá
Londrina Farol de São Tomé
Campo de Marte Galeão
Guarulhos
PARANÁ
Rio de Janeiro:
Bacacheri Curitiba Farol de São Tomé
Foz do Iguaçu Enchova
Estação Prestadora de Serviços Joinville São Paulo: Albacora
de Telecomunicações e de Tráfego Aéreo SANTA CATARINA Bonsucesso
Marlim
Navegantes Tucuruvi
Lages
EPTA Categoria “Especial”
RIO GRANDE DO SUL Florianópolis
EPTA Categoria “A” Uruguaiana Criciuma
EPTA Categoria “C”
Porto Alegre
Sede Pelotas
Bagé
Aeroporto Internacional
Aeroporto Doméstico
Aeroporto Concessionária
Concessão para a construção parcial, manuten-
Internacional de do Aeroporto
ção e exploração do Aeroporto internacional de 2014 30 anos
Tancredo Neves/ Internacional de
Tancredo Neves/Confins.
Confins Confins S.A.
Espero que os conceitos aqui estudados possam ser úteis para você.
Referências
ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. Anuários do Transporte Aéreo. 2013. Disponível em: http://www2.
anac.gov.br/estatistica/anuarios.asp. Acesso em: 02 ago. 2015.
ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. Lista de Aeródromos Públicos e Privados. 2015. Disponível em:
http://www.anac.gov.br/Area.aspx?ttCD_CHAVE=8. Acesso em: 02 ago. 2015.
ASHFORD N. J. et al. Operações Aeroportuárias. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
BRASIL. Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986. Código Brasileiro de Aeronáutica. Edição Federal, Brasília.
INFRAERO - Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária. Mapa da Rede Infraero. 2015. http://www.
infraero.gov.br/index.php/br/institucional/a-infraero.html. Acesso em: 05 ago. 2015.
YOUNG S.B.; WELLS Alexander.T. Aeroportos: Planejamento e Gestão. Porto Alegre: Bookman, 2014.