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Funcionamento do Sistema de Aviação Civil
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Funcionamento do
Sistema de Aviação Civil
OBJETIVO
DE APRENDIZADO
• Compreender o sistema aeroportuário nacional e internacional, os órgãos reguladores e
componentes desse sistema.
UNIDADE Funcionamento do Sistema de Aviação Civil
A partir da década de 1960, a gestão passou a ser pautada com base em empresas
públicas, a descentralização institucional e a aproximação com o modelo de gestão pri-
vado, resultando em maior fortalecimento da União frente aos estados.
Com base nas necessidades de haver um Órgão que se responsabilizasse pela infra-
estrutura aeroportuária, cria-se a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
– INFRAERO, no ano de 1972, cuja responsabilidade era substituir os militares na im-
plantação, administração, operação e exploração da infraestrutura aeroportuária.
Até 2005, a regulação do sistema de aviação civil do Brasil era realizada pela DAC,
visando a uma administração direta. Porém, por meio da Lei no 11.182, cria-se a ANAC
como autarquia especial vinculada ao Ministério da Defesa. O Setor se fragmentou e
deixou de possuir um órgão central.
A SAC (Secretaria Nacional de Aviação Civil) é criada no ano de 2007, como uma
Secretaria Especial do Ministério da Defesa, e passa a ser responsável pelo planejamento
estratégico, além da aprovação dos planos diretores, dos planos aeroviários estaduais e dos
projetos dos aeroportos.
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À ANAC, como Agência, coube a questão de implementação, de manuais, de pro-
gramas e de políticas, entre outros.
No Brasil, como já foi dito, a gestão está, em sua maioria, realizada pela INFRAERO,
que subdividiu a gestão em sete Superintendências Regionais (SR) em que estão inseridos
os aeroportos brasileiros, sendo em Brasília-DF, a sede gestora dessas SRs disponíveis em
nosso país (KNUPP; CALTABIANO; MANFREDINI; GOMES, 2014).
Estrutura Organizacional
Como em qualquer outra estrutura organizacional, um aeroporto possui uma distri-
buição de cargos e responsabilidades. Existe um organograma de funções que facilita o
entendimento dos processos, como se pode observar na imagem a seguir.
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Diretor do aeroporto
Para cada uma das estruturas, temos as explicações das funções, a seguir.
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O gerente de operações por terra é o responsável por todas as operações realizadas
por terra, tais como: procedimentos de segurança, verificação de atividades perigosas e
atividades nas dependências do aeroporto.
Ao gerente de prédios e dependências cabe cuidar dessas instalações, que são adjuntas
da área de carpintaria, elétrica, marcenaria e outros.
Dessa forma, percebe-se que a gestão de aeroportos não é uma tarefa fácil. Tam-
pouco pode ser exercida por qualquer pessoa, pois os turnos são diferenciados, incluem
finais de semana e horário noturno, além de ser uma pessoa com características admi-
nistrativas e de gestão.
ANAC
As Agências Reguladoras brasileiras são órgãos que regulam a administração de áre-
as específicas, de forma direta ou indireta.
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A Legislação que cria a ANAC (Lei 11.182) norteia as atribuições e reafirma a ques-
tão da regulação e da fiscalização de atividades no Setor, norteadas por diretrizes gover-
namentais, cujas competências são:
• Representar o Brasil junto a organismos internacionais de aviação e negociar acor-
dos e tratados sobre transporte aéreo internacional;
• Emitir regras sobre segurança em área aeroportuária e a bordo de aeronaves civis;
• Conceder, permitir ou autorizar a exploração de serviços aéreos e de infraestru-
tura aeroportuária;
• Estabelecer o regime tarifário da exploração da infraestrutura aeroportuária;
• Administrar o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);
• Homologar, registrar e cadastrar os aeródromos;
• Emitir certificados de aeronavegabilidade atestando aeronaves, produtos e proces-
sos aeronáuticos e oficinas de manutenção;
• Fiscalizar serviços aéreos e aeronaves civis;
• Certificar licenças e habilitações dos profissionais de aviação civil;
• Autorizar, regular e fiscalizar atividades de aeroclubes e escolas e cursos de aviação civil;
• Reprimir infrações às normas do setor, inclusive quanto aos direitos dos usuários,
aplicando as sanções cabíveis.
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Principais normativos Lei nº 11.182/2005 e Decreto nº 5731/06
Fiscalizar e regular as atividades de aviação civil e infraestrutura ae-
roportuária e aeronáutica. Adotar medidas necessárias para o aten-
Finalidades
dimento de interesse público e para o desenvolvimento da aviação
civil, da infraestrutura aeroportuária e aeronáutica do país.
Composição de conflitos (Art. 8 XX, da Lei). Processo decisório
Poderes normativos e decisórios (Arts. 26-28 da Lei e Arts. 42 e 45 do Decreto). Diversas competências
elencadas nos Artigos 4º e 9º do Decreto
Controle Pontual da Administração Central, Poder Judiciário, Tri-
Formas de controle bunal de Contas, Controle Social (Ouvidoria, Consulta e Audiência
Pública). Lei 9784/1999.
Celebrará convênios com órgãos e entidades do governo compe-
Cooperação com outras entidades
tentes sobre a matéria (Art. 6º da Lei).
Fonte: Adaptada de CUELLAR, 2008 apud SENA, 2010
Infraero
A INFRAERO – Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária foi constituída
pela Lei 5862, de 1972, e é uma empresa pública com personalidade jurídica de direito
privado, com administração financeira e patrimônio próprio.
O relatório de 2019 foi realizado por áreas gestoras da Infraero e relacionou resulta-
dos com base nas estratégias definidas pela Administração.
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• Conselho Fiscal: órgão independente fiscalizador dos atos dos Administradores,
que atua em defesa da Empresa e dos seus acionistas;
• Conselho de Administração: órgão colegiado de deliberação estratégica, respon-
sável por fixar a política de orientação geral dos negócios da Infraero, definir as di-
retrizes, nomear e acompanhar o desempenho da Diretoria Executiva. É composto
por sete membros, eleitos pela Assembleia Geral, sendo no mínimo 25% desses
membros independentes;
• Comitê de Auditoria: órgão de suporte ao Conselho de Administração, no que
se refere ao exercício das funções de auditoria e de fiscalização da qualidade das
demonstrações contábeis, à efetividade do sistema de controles internos, e à efeti-
vidade das auditorias interna e independente;
• Diretoria Executiva: órgão executivo de administração e representação da Infraero,
ao qual cabe assegurar o funcionamento regular da Empresa em conformidade com
a orientação geral traçada pelo Conselho de Administração. É constituída de um
Presidente e três diretores;
• Auditoria Interna: vinculada ao Conselho de Administração, responsável por rea-
lizar auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, administrativa, patri-
monial e operacional, além de aferir a adequação dos controles internos, a efetivi-
dade do gerenciamento dos riscos e processos de governança;
• Ouvidoria: vinculada ao Conselho de Administração, a quem compete receber e exa-
minar as sugestões, reclamações e denúncias de investidores, empregados, fornece-
dores, clientes, usuários e da sociedade em geral, relativas às atividades da Empresa;
• Comissão de Ética: representa a Infraero na Rede de Ética do Poder Executivo Fe-
deral e atua como instância consultiva dos dirigentes, empregados e colaboradores da
Empresa, dentre outras atribuições
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Polícia Federal
A PF – Polícia Federal foi criada há 66 anos como órgão permanente do Sistema Na-
cional de Segurança Pública, como estabelecido no Artigo 144 da Constituição Federal
do Brasil, 1988.
Está presente em vários países, com 11 adidâncias policiais e seis escritórios de ligação.
Sua atuação, como dito, é diversificada e inclui segurança pública para a preservação
da ordem pública, pessoas, bens investigação dos crimes federais, como, por exemplo:
os crimes contra a Previdência Social, saques fraudulentos de FGTS e seguro-desem-
prego, contrabando e descaminho, moeda falsa, peculato e corrupção praticados por
servidor público federal, desvio de verbas públicas federais, crimes eleitorais, narcotráfi-
co, tráfico de armas, lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro, tráfico de
pessoas, trabalho escravo, crimes contra o meio ambiente e crimes cibernéticos, dentre
outros que tenham repercussão internacional ou interestadual, exercendo papel de polí-
cia marítima, aeroportuária e fronteiras, principalmente, na repreensão do tráfico.
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Quanto ao Registro das Aeronaves, deverá ser realizado junto à Gerência Técnica do
Registro Aeronáutico Brasileiro – GTRAB.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Florianópolis, Viracopos e Brasília são os melhores aeroportos do país
https://bit.ly/31kHubX
O setor de aviação civil no Brasil: impactos da crise de 2006/2007 e criação da ANAC para geração de
inovação
https://bit.ly/3dctg2n
Normas e regulamentos da Infraero
https://bit.ly/3sbsSHn
Estrutura da ANAC
https://bit.ly/3r8BCwF
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Referências
AFONSO, P. R. C. F. Coordenação no Sistema de Aviação Civil do Brasil. ENAP –
Escola de Administração Pública, 2018. Disponível em: <http://repositorio.enap.gov.
br/handle/1/3531>.
Sites Visitados
ANAC. Atuação Internacional. ANAC, 2020. Disponível em: <https://www.anac.gov.
br/A_Anac/internacional>.
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