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1.

IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO – HISTÓRICO

O estabelecimento em questão é uma clínica Odontológica, especialista em


implantes dentários. A data da sua inauguração foi dia 18 de janeiro de 2019.
A clínica tem como responsável técnico o dentista da unidade a Dr. Fábio
Ballarin portador do CRO: 49693 e do CPF: 365.132.598-94
Com um espaço físico de 143 m² a clínica é composta por uma sala de
espera (recepção) com poltronas, televisão, ar condicionado, bebedouro e
banheiros para receber bem, com qualidade e conforto nossos pacientes.
Passando pela recepção temos uma porta de vidro a qual nos dá acesso à
sala de avaliação, onde nossos pacientes são apenas avaliados e instruídos do
melhor tratamento para o seu caso, nesse ambiente não se realiza nenhum
procedimento a não ser um exame clínico.
Outro ambiente é a sala de raio X panorâmico, a qual foi todo construída
dentro das normas, com todos os cuidados necessários para um ambiente o qual
sofre constante radiação. Nesse ambiente apenas o Dr Claudio Rodrigues Filho e a
Dra. Michele Andressa Zanini Stefani tem acesso e autorização para manusear o
aparelho.
Num total nossa clínica possui 2 consultórios , onde realizamos
procedimentos odontológicos, principalmente os da especialidade de prótese. Ainda
temos um centro-cirúrgico onde realizamos as cirurgias de implantes dentários com
sedação consciente.
Para a correta higienização dos materiais temos a sala de expurgo e nossa
sala de esterilização com todos os equipamentos necessários para os processos,
como seladora e autoclave, por exemplo. Para armazenar e separar os lixos da
clínica temos um espaço com duas lixeiras grandes para o lixo contaminado e uma
separada para o lixo comum, e o DML onde o funcionário da limpeza tem os
materiais necessários para realizar a higienização da clínica.
Ainda no andar de baixo possuímos duas salas, ambas comercial, apenas
com funções administrativas, onde trabalhamos com computadores e papéis.
Nosso espaço superior conta com dois banheiros para funcionários, um
estoque onde armazenamos materiais de uso na clínica como um todo, um arquivo,
sala do pessoal do telemarketing, uma cozinha apenas para os funcionários, sala de
descanso, uma sala com bancadas que será um futuro laboratório de prótese.
2. NORMAS GERAIS DA CLÍNICA

Nossa clínica atualmente tem como horário de funcionamento das 08:00 às


19:00 de segunda a sexta-feira. Aos sábados atendemos apenas 1 veze ao mês,
que é quando realizamos Plantões
Todos os funcionários após o período de experiência receberam uniformes de
acordo com suas atividades, sendo exigido o uso durante todo o período de
atividade dentro da clínica.
Cada funcionário de acordo com sua contratação tem hora de entrar, horário
de almoço e descanso e hora para sair, sendo que qualquer atraso ou ausência seja
justificada na forma de carta ou declarações e atestados.
A clínica por ter um atendimento mais específico à paciente de terceira idade,
cobra de seus colaboradores um atendimento humanizado sempre.
Cada colaborador é responsável por seu setor, desde o atendimento, até
cuidado com seus instrumentos de trabalho e da organização.
Todos os colaboradores devem estar em dia com suas vacinas, tendo em
vista que trabalham em um local onde os riscos de contaminação são maiores.
3. ROTINAS

3.1 Rotinas na recepção

Atualmente a clínica conta com uma recepcionista a qual tem como rotina: - -
chegar na clínica no seu horário, bater seu ponto, e descer até a recepção para
realizar suas atividades, que são: atendimento pessoal e por telefone de pacientes,
entrega da ficha de anamnese para pacientes novos antes dos mesmos irem para a
avaliação, cuidar da agenda dos dentistas e dos horários disponíveis para cada
tratamento, receber e manter contato com o laboratório de prótese, confirmação e
agendamento de pacientes em tratamento, transferir ligações para o telemarketing,
cuidar da ordem e organização da recepção de uma forma geral, é a responsável
pelo acompanhamento da programação da TV que fica na recepção, pois na mesma
passa apenas vídeos institucionais e referentes à clínica.

3.2 Rotinas no Comercial

Na área comercial contamos com uma vendedora a qual tem como rotina:
chegar no seu horário, bater seu ponto e em seguida se deslocar até sua sala onde
exerce as funções de negociação de tratamento com os pacientes, realiza venda de
tratamento de implantes, gera contrato, recebe pagamentos, monta prontuários,
mantém contato com os possíveis pacientes realizando diariamente resgates por
telefone ou whatsapp, faz alguns agendamentos principalmente de cirurgias, libera
as requisições de exames necessários para o pré-cirúrgico, responsável por passar
o fechamento diário e mensal ao financeiro. Atende e reponde dúvidas de pacientes
por telefone. No final do seu expediente cobre a recepção pelo período de 1 hora.

3.3. Rotina do Financeiro

Nosso financeiro tem como rotina cumprir seu horário de trabalho dentro do
qual, cuidar de todas as contas da clínica, contas a pagar, contas a receber, conciliar
a conta bancária com nosso sistema (Doctor Help), realizar orçamentos e compras,
pagamento dos funcionários, controle do relógio ponto, envio de documentos
mensalmente para a contabilidade, gerar boletos para os pacientes, gerar nota
fiscal, conferência de todas as vendas realizadas pelo comercial, pagamento dos
funcionários.

3.4 Rotina do Telemarketing

Nosso telemarketing é composto por uma operadora e uma supervisora, onde


ambas cumprem seus respectivos horários de trabalho. A operadora tem como
rotina realizar ligações de agendamento, e de confirmação de presença diariamente,
realiza contato telefônico e algumas poucas vezes via whatsapp, trabalha com
planilhas onde monitora assim, todas as ligações e coloca observações em cada
contato.
Já a supervisora, tem por rotina responder o Facebook da clínica e coletar os
números deixados para passar para a operadora ligar durante o dia, todos os dados
são colocados em uma planilha a mais detalhada possível, ela também responde o
whatsapp e envia mensagem de confirmação e de localização da clínica para os
pacientes agendados, Cuida da qualidade das ligações e faz ajustes quando
necessários na forma de atender o cliente, realiza algumas ligações também quando
necessárias, mostra relatórios com retorno e resultados para a diretoria.

3.5 Rotinas das Auxiliares de consultório

Com duas auxiliares de consultório: ambas realizam as mesmas atividades


na clínica, sendo que para auxílio dos procedimentos uma fica responsável pelo
auxílio da cirurgia e outra pelo auxílio dos procedimentos de clínico geral e prótese.
Durante os atendimentos é exigido o uso de EPIS os quais controlamos a
entrega através de um protocolo, onde a cada 15 ou 30 dias elas retiram e assinam.

EPIs (Equipamentos de Proteção Individual)


O equipamento de proteção individual é um uniforme para os trabalhos
clínicos. Este uniforme constitui-se de gorro descartável ou reutilizável, avental
clínico, avental cirúrgico, calça, sapatilhas ou sapato próprio do consultório, máscara
descartável, óculos de proteção e luvas

 Gorro
O gorro é de uso obrigatório para o Cirurgião-Dentista, pessoal auxiliar e
paciente durante a realização de trabalhos com alta rotação, micromotor e peças de
mão por produzirem aerossóis contendo sangue e outros fluidos corpóreos. Estes
aerossóis são constituídos de microrganismos, alergênicos, substâncias tóxicas etc.,
que atingem os cabelos da equipe odontológica e do paciente. O uso de gorro
impede que o profissional e pessoal auxiliar levem para casa ou outros locais os
microrganismos que colonizaram seus cabelos, as orelhas e também evita uma
contaminação direta, paciente/profissional.
 Avental não cirúrgico e calça
O avental não cirúrgico e a calça, elementos do uniforme para procedimentos
semicríticos, não devem ter obrigatoriamente a cor branca, apesar de possibilitar a
visualização de sujidade. Estes devem ser trocados diariamente ou quando
apresentarem contaminação visível por sangue ou outros fluidos corpóreos. Após o
dia de trabalho este uniforme deve ser descartado em saco plástico para roupa suja.
O profissional deve lembrar que a calça e o avental não estéril são de uso exclusivo
do consultório e não devem ser usados fora deste local. O avental não cirúrgico, de
preferência, deve ter gola alta do tipo “gola de padre", com mangas longas e
comprimento de 3/4 com punhos em elásticos. Ele pode ser confeccionado em
algodão ou polipropileno.

 Avental cirúrgico estéril


O avental estéril é parte do uniforme empregados para realização de
procedimentos críticos. Sua gola também é do tipo "gola de padre", com
comprimento de 3/4 cobrindo os joelhos e mangas longas com punho em elástico e
com abertura nas costas. Os materiais para sua confecção são os mesmos
empregados para o avental não cirúrgico. O avental estéril é vestido após o
profissional estar devidamente paramentado e realizado a degermação cirúrgica das
mãos.

 Máscara
A máscara se constitui na mais importante medida de proteção das vias
aéreas superiores contra os microrganismos presentes nas partículas de aerossóis
produzidas durante os procedimentos clínicos ou durante um acesso de tosse,
espirro ou fala. Estes aerossóis são considerados uma fonte de infecção de doenças
respiratórias crônicas ou agudas como o resfriado comum, tuberculose, parotidite,
coqueluche e outras.

 Óculos de proteção
Os óculos de proteção são óculos especiais que devem ser usados para
evitar que respingos de sangue ou secreções corpóreas produzidas durante o
atendimento atinjam os olhos do paciente, do profissional ou do pessoal auxiliar.

 Calçamento de luvas
As luvas são consideradas como uma "segunda pele" e se constitui na melhor
barreira mecânica para as mãos como medida de proteção do profissional, pessoal
auxiliar e do paciente. Sua prática é indispensável durante os procedimentos
odontológicos clínicos, cirúrgicos e laboratoriais em função destes procedimentos
levarem ao contato direto ou indireto com sangue e saliva. O calçamento das luvas
estéreis deve ser feito após a lavagem cirúrgica das mãos e colocação do avental
estéril. Este procedimento pode ser realizado da seguinte maneira:
1) abrir a embalagem pelas abas e dispensar o envelope sobre a mesa que deve
estar coberta com campo estéril ou o auxiliar estéril abre o pacote e o mantém
aberto;
2) desembalar as luvas cuidadosamente para não tocar sua face externa;
3) pega-se uma das luvas pelo punho, aba dobrada no lado externo, que é calçada
pela mão oposta com a palma voltada para cima, não adapte sobre a manga do
avental;
4) em seguida, pega-se a outra luva, aba dobrada no lado interno, com a mão já
com a luva (quatro dedos no interior da dobra) e calça a outra mão;
5) após calçar, ajuste as luvas sobre o punho do avental estéril;
6) introduza os dedos na aba dobrada da primeira mão e ajusta sobre o avental;
7) ajuste a luva as mãos, iniciando-se pelos dedos;
8) mantém as mãos elevadas e sem tocar em nada que não seja estéril.
Obs.: caso haja erro de algum dedo durante o calçamento das luvas, somente o
ajuste após calçar a outra luva.

 Lavagem das mãos


A lavagem das mãos é uma das principais medidas para o controle da
infecção cruzada no consultório e deve ser realizada antes e após o contato
com o paciente, instrumental e artigos contaminados. A simples prática de
lavagem das mãos com água e sabão líquido é capaz de reduzir em até 80%
as infecções cruzadas.
01) retirar anéis, pulseiras, relógio das mãos e antebraços;
02) ficar em posição confortável, sem dobrar a coluna;
03) não tocar na pia com o corpo;
04) abrir a torneira com a mão não dominante, ou cotovelo, ou acionar a torneira no
comando de pé ou colocar as mãos sob a torneira com sensor elétrico que a aciona;
05) umedecer as mãos em água corrente;
06) colocar sabão comum líquido na palma da mão e espalhar pelas duas mãos e
antebraços;
07) friccionar as palmas das mãos uma contra a outra e o dorso das mãos;
08) abrir os dedos e friccionar as regiões interdigitais;
09) friccionar as pontas dos dedos e as unhas na palma da mão oposta;
10) dobrar os dedos e friccionar a região articular contra a palma da mão oposta;
11) friccionar a região lateral da mão contra a mão oposta;
12) finalmente friccionar o polegar e sua região interdigital;
13) enxaguar as mãos em água corrente, e repetir o procedimento;
14) enxugar as mãos com papel toalha descartável;

 Esterilização
O processo de esterilização constitui-se, sem dúvida, numa das mais
importantes etapas de um programa de controle de infecção. Não existe instrumental
“quase estéril “, ou ele está ou não está esterilizado. Definimos esterilização como
um processo capaz de destruir a maioria das formas de vida microbiana como
bactérias, fungos e vírus, inclusive na sua forma vegetativa e esporulada.

 Lavagem/Embalagem

1. O instrumental destinado a pré-lavagem encontra-se contaminado, portanto


requer equipamento de proteção individual adequado (gorro, máscara, óculos de
proteção, avental, luvas grossas “tipo doméstico”);
2. Transportar os instrumentais contaminados em recipiente plástico com tampa
para a sala do expurgo.
3. Colocar os instrumentais, abertos e ou desmontados, quando possíveis, em
recipiente plástico ou na cuba ultrassônica contendo solução diluída de detergente
enzimático, e aguardar o tempo de ação do produto (5 minutos) conforme
orientações do fabricante. Na esterilização ficam dois recipientes: um com o
detergente enzimático e outro com água, pois quando não for possível lavar os
instrumentais na hora, é recomendado deixá-los em água e só quando for lavar
deixar os 5 minutos no enzimático.
4. O processo de lavagem no aparelho de ultrassom, com água e detergente
enzimático e tem por objetivo a remoção de partículas aderidas de graxas, óleo,
resíduos metálicos ou resinosos, fragmentos de dente e matéria orgânica (sangue,
saliva);
5. As brocas e pontas montadas de alta e baixa rotação devem ser pré-lavadas no
aparelho de ultrassom em cuba pequena, para não ficar em contato com o fundo do
aparelho;
6. Após o tempo de ação do produto, devem-se retirar os instrumentais e proceder à
limpeza em toda superfície com esponja amarela. A esponja empregada para a
limpeza manual dos instrumentais deve ser de uso exclusivo.
7. Enxaguar em água da torneira abundantemente para a remoção de sujidades e
resíduos do detergente enzimático.
8. A secagem dos instrumentais deve ser feita com panos secos e limpos.
9. Após a secagem o instrumental realiza-se a embalagem para a esterilização, em
papel grau cirúrgico.
 Embalagem

Após a secagem o instrumental realiza-se a embalagem para a esterilização, em


papel grau cirúrgico. Algumas normas devem ser seguidas:

1. Na autoclave (calor úmido) utilizamos papel grau cirúrgico.

2. embalar o instrumental segundo a necessidade de uso para que se evite


esterilizações desnecessárias.

3. quando uma embalagem é aberta, todo o instrumental aí contido será


contaminado, necessitando nova esterilização.

 Esterilização em Autoclave

O primeiro passo para a realização de um ciclo de esterilização em


autoclaves é o conhecimento de como o aparelho funciona segundo as
recomendações dadas pelo fabricante. Etapas do ciclo de esterilização nas
autoclaves tipo “elétricas de mesa ou automáticas”;
01) verificar o nível de água destilada no reservatório;
02) dispor os pacotes de modo a permitir a circulação do vapor sem que estes
toquem as paredes do aparelho;
03) fechar a autoclave verificando se houve completa adaptação da tampa;
04) ligar o aparelho;
05) aguardar o ciclo de esterilização, seguindo as recomendações do fabricante para
a secagem.

 Controle físico, biológico e químico da autoclave


A monitorização física, biológica e química da autoclave, é realizada através de
testes realizados no equipamento.

Monitorização Física: É realizada pelo próprio operador, onde é verificado se a


autoclave atinge os parâmetros físicos de tempo, temperatura e pressão de acordo
com o ciclo, modelo e o Manual de Instruções que acompanha cada equipamento.
Monitorização Química: Realizada utilizando indicadores químicos. Aqui na clínica
utilizamos o classe 4 (SIL 250), esse indicador é multiparamétrico ( ele considera os
parâmetros essenciais: tempo, temperatura e presença de vapor), é utilizado em
cada ciclo da autoclave e muda da cor azul para cor preta. Após a finalização do
ciclo a fita do teste é arquivada em um caderno de controle.

Monitorização Biológica: São testes que vêm em tubos plásticos com tampa
permeável ao vapor, com uma fita impregnada com uma população conhecida de
esporos, separada do meio nutriente (líquido roxo), por uma ampola de vidro. Os
esporos utilizados são de Geobacillus stearotermophilus, altamente resistentes ao
calor úmido e não são patogênicos. São utilizados como desafio, pois uma vez tendo
sido eliminados, todos os outros esporos e formas vegetativas também serão.
O teste biológico é realizado da seguinte maneira: Coloca-se o teste dentro de um
pacote, que irá passar pelo ciclo de esterilização da autoclave. Sempre realizamos
esse teste na segunda-feira no primeiro ciclo da autoclave. Coloca-se o pacote teste
no ponto mais frio da autoclave, que é embaixo junto ao dreno. Terminado o ciclo,
abre-se o pacote recuperando-se o tubo plástico, aguarda-se 15 min. para que
resfrie e perca a pressão. Aperta-se a ampola plástica (ativação) consequentemente
quebra-se a ampola de vidro interna, expondo os esporos ao meio de cultura.
Coloca-se para incubar o indicador teste, que passou por esterilização,
em incubadora própria junto com outro indicador controle. O indicador controle não
vai para autoclave, mas deve ser ativado da mesma forma. O controle biológico é
realizado semanalmente.

 Rotina de troca de soluções de almotolias


Realizar o processo de limpeza e desinfecção das almotolias a cada sete dias
Encher almotolias etiqueta-las com data e vencimento, para a realização da próxima
troca.

 Prazos de validade
Materiais: Cada serviço deve realizar a validação do prazo de esterilização dos
artigos, recorrendo a testes laboratoriais de esterilidade, considerando os tipos de
embalagem utilizados, os métodos de esterilização, as condições de manuseio e os
locais de armazenamento. Usualmente as vigilâncias sanitárias têm recomendado
para os consultórios odontológicos, o prazo de sete dias desde que o pacote esteja
íntegro e seco. Essa recomendação foi baseada numa norma relativamente antiga, o
Manual de Processamento de artigos e superfícies em Serviços de Saúde, do
Ministério da Saúde de 1994, parcialmente atualizado. Na própria norma de 1994, já
existe uma opção. Quando é previsto que, se este o prazo for
considerado insuficiente, podemos proteger com uma embalagem de
armazenamento. A embalagem secundária – plástica- deverá ser adicionada logo
após a esterilização, depois que o material estiver totalmente resfriado. Assim
acondicionado, poderá ser mantido por 30 dias, desde que o conjunto permaneça
íntegro e seco (grau cirúrgico). Semanalmente as sextas feiras são avaliadas
materiais com validade de 7 dias e estado de conservação. Mensalmente ás ultima
sextas feiras, são avaliados todos os materiais com validade até 30 dias, verificando
local e estado de conservação.

 Rotina de limpeza dos consultórios após cada atendimento


Após cada atendimento é feita a limpeza e manutenção do consultório. Recolhem-se
todos os resíduos gerados durante o atendimento. Os instrumentais são
direcionados para o expurgo para passar pelo processo de limpeza, desinfecção e
esterilização. Na sequência realiza-se a limpeza das bancadas, equipamentos como
cadeira odontológica e bancadas, com álcool 70% e trocam-se todas as barreiras
mecânicas como filmes de PVC ou sacos plásticos que utilizamos para proteger as
pontas das canetas, tríplice, além da alça do refletor e ponta de fotopolimerizador. A
cuspideira é higienizada com hipoclorito e uma escovinha própria e de uso exclusivo
para cada consultório (cada consultório tem seu kit de limpeza). Os sugadores são
descartáveis e após os atendimentos sugasse hipoclorito e água para higienizar as
mangueiras do sugador.

3.6. Rotina da auxiliar de limpeza

Nossa clínica conta com uma auxiliar de limpeza, a qual tem como rotina cumprir
seu horário de trabalho realizando tarefas diárias que buscam a limpeza,
desinfecção e organização da clínica. Dentre suas atividades vamos citar e explicar
como realiza cada uma.

 Limpeza e Manutenção de Geladeira

A limpeza de geladeiras para clinicas que possuem centro cirúrgico, e guardam


medicações que sua manutenção de vida é sendo resfriada, e cozinhas.
A limpeza deve ser feita semanalmente, a auxiliar odontológica (centro cirúrgico) e
equipe de limpeza (cozinha) irá esvaziar a geladeira, antes de desligá-la;
descongelar a geladeira; usar a técnica do pano úmido com água e sabão; Limpeza
interna e externa; realizar após a limpeza a desinfecção com álcool 70%.
 Desinfecção do piso

O tratamento dado ao piso da sala de clínica deve ser realizado diariamente no


início do expediente ou no final, quando da realização de procedimentos semicríticos
e antes de cada procedimento se ele for crítico. Os produtos que utilizamos são
hipoclorito de sódio 1%, o qual é utilizado puro no chão dos consultórios e centro
cirúrgico e nas demais salas desinfetantes, álcool e o próprio hipoclorito.

 Desinfecção das paredes da sala clínica

As paredes da sala de clínica não se constituem em fontes primárias de


infecção cruzada, mas devem ser realizadas uma vez por semana ou quando houver
a presença visível de sangue, muco ou pus. Em caso de contaminação por
secreções corpóreas o tratamento dado à parede é o mesmo dado ao chão da sala
de clínica. A desinfecção deve ser semanal quando não houver sujidade ou
secreção usando produtos à base de fenol sintético ou amônio quaternário O uso de
hipoclorito de sódio deve ser evitado pois sua ação corrosiva pode afetar a pintura e
o reboco.

 Desinfecção de armários e bancadas.

A desinfecção dos armários deve ser realizada entre cada atendimento de paciente,
principalmente quando são realizados procedimentos semicríticos ou críticos. Antes
de se aplicar o desinfetante uma limpeza prévia com água e sabão deve ser
realizada, onde for visível a presença de sujidades21. Os armários devem ser de
superfície lisa, impermeável e de preferência de cor clara para facilitar a desinfecção
e a visualização de sujidades. Os desinfetantes que podem ser usados são aqueles
a base de fenol sintético e álcool 70%.

 Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)


Na odontologia existem vários tipos de lixo devido à diversidade de materiais
utilizados para seu exercício. A saúde dos trabalhadores e pacientes, os riscos para
a saúde pública relacionados com o transporte e eliminação e os efeitos ecológicos
nos leva a classificar os lixos em várias categorias:
Lixo geral: formado por papéis, caixas, restos alimentares e demais substâncias
inservíveis. Não apresenta riscos para a saúde ou ao meio ambiente, dispensando
tratamento especial e embalamento especial.

Lixo patológico: tecidos, órgão, dentes e partes do corpo humano e animais


utilizados em pesquisa, sangue e outros fluidos corporais requerem esterilização ou
incineração, antes de ser enterrado.

Lixo químico: são restos de produtos químicos utilizados na


Odontologia, principalmente as soluções para desinfecção e/ou esterilização química
do instrumental, as soluções reveladores e fixadoras de radiografias, as soluções
desinfetantes do consultório e outras. O lixo contaminado por essas substâncias
química citotóxicas devem ser separados, envasados em recipientes plásticos
resistentes, empacotados em saco de lixo hospitalar e destinados a vala séptica.

Lixo infeccioso: são os resíduos, como gaze, algodão, pontas de sucção de sangue
descartável, luvas, máscaras, avental descartável e outros, contaminados com
agentes patogênicos em concentrações ou quantidades suficientes para causar
doenças. O seu acondicionamento no consultório deve ser feito em lixeira que tenha
tampa acionada por pedal e no seu interior deve ser colocado um saco de lixo
especial (segundo norma da ABNT) na cor branca com cruz vermelha e dizeres "lixo
hospitalar" ou na sua falta sacos de lixo comuns duplos. O seu recolhimento deve
ser realizado todos os dias ou quando a lixeira estiver cheia, e depositado para
recolhimento em local apropriado, devendo o pessoal auxiliar usar paramentação
com luva grossa e manusear o lixo o mínimo possível. O seu destino deve ser a vala
séptica.

Lixo infeccioso contundente: os instrumentos cortantes e contundentes devem ser


acondicionados separadamente do lixo, em embalagens resistentes a perfurações
com inscrição externa na embalagem de lixo contaminado e descontaminada com
hipoclorito a 1%. Quando cheias estas embalagens não devem ser depositadas
junto ao lixo infeccioso e destinados à vala séptica. Quando não houver essa coleta
de lixo hospitalar cabe ao profissional a sua destruição.

Lixo farmacêutico: são produtos farmacológicos empregados na Odontologia, com o


formocresol, tricresol formalina, eugenol, vernizes, cimentos, materiais
restauradores, medicamentos de uso sistêmico e outros, quando vencidos devem
ser embalados em recipiente plásticos resistentes e empacotados em saco de lixo
hospitalar e destinados a vala séptica.

 Destinos
Os Resíduos de serviços de saúde ou lixo geral, são retirados dos consultórios e são
acondicionados em saco branco leitoso, resistente a ruptura e vazamento,
impermeável, e substitutivas, respeitados os limites de peso de cada saco. São
retirados 2 vezes ao dia, final da manhã 11:00 e final da tarde 18:00. São
armazenados em sala própria, até serem acondicionados e recolhidos pela empresa
TERRA VIVA, que é a empresa encarregada por tal material. São recolhidos pelas
funcionárias da limpeza, portando EPIs próprios para tal função.
Após a coleta é feita a limpeza das lixeiras com detergente e água.
Os lixos infecciosos ou contundentes, perfuro cortantes, são retirados dos
consultórios, sala de esterilização e expurgo após completos até o limite e/ou 1
semana de uso. Sempre retirados no fim da tarde 18:00. Após fechado, é lacrado e
selado com fita adesiva pelas auxiliares, com EPI próprio, para ser armazenados em
sala própria. É levado para sala de armazenamento pela equipe de Limpeza, com
EPI próprio até ser coletado pela empresa TERRA VIVA, encarregada pelo material.

O funcionário de limpeza deverá usar E.P.I; nunca efetuar varredura a seco


para não provocar a presença de partículas em suspensão; usar carrinhos próprios
para transportar o material de limpeza e dos sacos de lixo; ter noção perfeita da
diferença entre limpar este ambiente e outros ambientes; como por exemplo, uma
residência; começar a limpeza da área menos contaminada para a mais
contaminada: Centro Cirúrgico, Consultórios, Recepção, cozinhas, banheiros, etc.;
limpar em sentido único de cima para baixo (do teto para o chão), nunca em vaivém;
não usar panos que limparam o chão com os panos usados para limpar o armário
clínico equipo odontológico; usar solução desinfetante após a limpeza e lavagem
com água e detergente, Recomenda-se os seguintes desinfetantes: solução de água
sanitária (hipoclorito de sódio) a 1% para pisos, paredes, banheiros, balcões e
superfícies; e fenol sintético para equipamentos , torneiras e todos os dispositivos
metálicos, chamamos a atenção que hipoclorito de sódio e corrosivo de metais.
Todo o material usado (baldes, panos, vassouras, carrinhos, etc.) deve ser limpo e
desinfetado (solução de hipoclorito de sódio, exceto quando houver metal).
Conduta do Profissional Acidentado Após Exposição.

Na eventualidade de exposição acidental a material biológico, o profissional de


saúde deve seguir as instruções abaixo citadas:
- Cuidados locais: Lesões decorrentes de acidentes com materiais pérfurocortantes,
como agulhas, bisturis e tesouras potencialmente contaminados, devem ser,
imediatamente, lavadas com água e sabão ou solução antisséptica detergente
(Clorexidina). As membranas mucosas e a pele devem ser lavadas com água
corrente em abundância, soro fisiológico 0,9%, repetindo a operação várias vezes.
- Notificação: No momento do acidente, deverá ser feita a notificação à chefia
imediata, a qual, por sua vez, notificará a vigilância sanitária e/ou o setor
responsável para avaliar o acidente e determinar a conduta, o mais precocemente
possível, idealmente nas primeiras duas horas, e no máximo, até 72 horas após o
acidente. O Departamento Pessoal deve emitir a Comunicação de Acidente de
Trabalho (CAT), cujo verso será preenchido pelo médico do trabalho que atender o
acidentado, a fim de documentar o acidente para efeitos legais. É importante que
tais casos sejam bem documentados e notificados ao Programa Estadual DST/AIDS
para que se possa ter dados consistentes da ocorrência dos acidentes no estado e
para que se possa trabalhar com controle e prevenção dos mesmos.
- Material biológico envolvido: Devem ser considerados fluidos biológicos de risco,
os seguintes materiais: sangue, líquido orgânico contendo sangue e líquidos
orgânicos potencialmente infectantes e saliva.
- Todos os estabelecimentos de saúde devem ter conhecimento do protocolo
(Condutas na Exposição Ocupacional a Material Biológico - HIV e Hepatite B) assim
como do fluxo de atendimento, para que o trabalhador de saúde chegue à Unidade
de Referência 24 hs para o primeiro atendimento, se possível com a Ficha do
SINAN preenchida (2 vias) e em tempo hábil para início da quimioprofilaxia, se for o
caso. (Serão distribuídos cartazes resumos do protocolo de atendimento aos
serviços de saúde). A ficha de Notificação do SINAN estará disponível nos
estabelecimentos de saúde (nos locais onde o acidente pode acontecer). Se houver
necessidade, o ideal é que a quimioprofilaxia e imunoprofilaxia sejam instituídas nas
primeiras 2 (duas) horas após a exposição, ou, no máximo, até (trinta e seis) horas.
Em casos específicos a quimioprofilaxia poderá ser iniciada até 72(setenta e duas)
horas após a exposição, mas sua eficácia é duvidosa.
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
(POP)

PLANALTO CLÍNICA ODONTOLÓGICA


Belo Horizonte
Março 2021

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