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Karl Polanyi
Karl Polanyi
Smith: O homem que busca os interesses privados desde dos primórdios, tem uma tendência à
permutar ( na troca levar vantagem) esse indivíduo de mentalidade capitalista.
• Ou seja, na visão de Polanyi, Smith está generalizando, ao dizer que sendo um processo
natural a economia de mercado vem desde os primórdios e estiveram presentes mesmo antes
do capitalismo.
• Polanyi critica isso afirmando que essa ideia de economia de mercado não pode ser aplicada
a todas as sociedades
• Polanyi afirma que a tendência do indivíduo a permuta é dominante as economias de
mercado, mas não é dominante as economias antes do capitalismo.
Ele se pergunta que outros princípios são dominantes nas sociedades anteriores ao capitalismo.Polanyi
apresenta uma crítica à essa visão clássica dos economistas
Para rebater Smith ele fala que lucro não é uma motivação central nas economias anteriores ao
capitalismo. Não existia a busca do interesse privado.
Que princípios são esses que vão organizar a economia? Ele chama atenção para 3.
• Os indivíduos fazem parte de uma sociedade e tudo que eles trocam é de forma simétrica
equivalente. Ele dá como exemplo uma comunidade da melanésia ocidental.
• O princípio de reciprocidade está presente principalmente nas relações de parentesco.
• Ele é institucionalizado pela simetria
Princípio de domesticidade
O fato de existir trocas, mercadorias e preços não é suficiente para afirmar a existência desse sistema
de permuta
• Polanyi fala que a troca com preços fixos significa que a economia não esta integrada pelo
mercado, mas sim, pelas políticas administrativos do Estado.
• Isso existia no Mercantilismo. O estado intervia e não deixava que o mercado segue seu preço
natural.
• Não há liberdade de comercialização. O Estado mercantilista intervia com o intuito de mediar e
impedir a competição, uma vez que, ela gera a competição, monopólios e os mesmos geram o
controle sobre os preços.
Esse impedimento dos indivíduos a busca do interesse privado afeta s lei da oferta e da procura, ou
seja, a feta esse sistema de permuta.
Logo, a crítica de Polanyi é que para que exista a permuta os preços de mercadoria têm que ser
determinados pelos preços de mercado. E não pode haver nenhuma intervenção.
Tem que haver a livre competição. Preços regulados pela lei da oferta e da procura.
Capítulo, 4, 5 e 6- Polanyi
Ele concorda com Smith quando ele afirma que estamos vivendo uma economia de mercado.
Como se explica essa passagem da economia com mercado ( regulados pelo Estado) para a economia
de mercado?
O mercado externo e o mercado local eram mercados complementares. Situação geográfica- troca.
Transação.
Quando surge o mercado local? Através do mercado externo/ mercado à longa distância.
• Nesse processo de troca as expedições se encontram nos portos, cabeceiras dos rios, vai se
constituindo um mercado local.
• Nesse sentido, Polanyi inverte aquela proposição smithiana de que os mercados surgem através da
tendência natural do indivíduo à permuta. Polanyi afirma que esse indivíduo nunca existiu.
Como se passa dessa economia com mercado onde os princípios dominantes eram reciprocidade, e
tlas para a economia de mercado onde o princípio dominante é a permuta?
Essas cidades vão controlando os mercados locais. Instituindo mercados afim de promover um bom
funcionamento, elas vão regulando impedindo a competição.
• Polanyi afirma que desde das origens esses mercados locais que dão origem às cidades vão ser
controlados pelas cidades.
• Em seguida, Polanyi fala do mercado nacional ou mercado interno. Este é um mercado que surge
a partir da intervenção do Estado. Ele suspende as barreiras criadas pelas cidades.
• Surge o mercado nacional a partir do Estado Nacional.
• As práticas mercantilistas que eram aplicadas às cidades, agora vão ser aplicadas ao nível nacional
• Esse Estado vai mediar evitando a competição e preservando esse mercado.
• É um mercado subordinado aos interesses das comunidades.
• Os atacadistas capitalistas que compravam barato e vendiam caro é que vão controlar o mercado
externo.
Economia de mercado:
• É um sistema econômico controlado, regulado e dividido, apenas por mercados. ( pág. 81)
• Isso é o que temos hoje, tudo que se produz é para vender no mercado. Antes se produzia para a
subsistência.
• Todo esse sistema é voltado e controlado pelo mercado.
• A ordem e distribuição é voltada a esse mecanismo auto regulável.
• Exemplo: se a terra foca completamente submetida ao Estado, ela pode ser destruída. Nesse
sentido a sociedade reage.
• O que acontece quando o trabalho fica completamente submetido aos interesses de mercado?
Exploração.
• A sociedade reage o Estado intervém a fim de preservar a própria sociedade.
A condição de existência é que esses 3 componentes, terra, trabalho e dinheiro estejam submetidos
aos interesses de mercado.
• Antes a terra tinha uma tal grau de controle, ela era a base de todo sistema feudal. Quem tinha
terra tinha status. Era passada por descendência, assim como o trabalho que ali se realizava.
• O trabalho não era livre, mas sim ligado à terra. Não existia mercado de trabalho.
• As terras não estavam disponíveis no mercado, elas estavam ligadas a todo um sistema de ordens
feudais.
• Não é como hoje que o homem visa apenas o lucro
Polanyi afirma que esses 3 componentes vão ser controlados/ limitados pelo próprio Estado.Mas ao
mesmo tempo ele realiza ações para limitar os resultados destrutivos desse sistema capitalista. tanto
controlando o crédito, como controla hoje, como limitando a competição.
• Enquanto a máquina ou uma ferramenta barata não qualificada não houve qualquer mudança na
relação do mercador com a indústria.
• Todo esse período do mercantilismo, os mercadores que compravam as máquinas/ matérias
primas, contratavam para produzir suas mercadorias
• Comércio e indústria eram intimamente associados.
• As maquinas eram muito simplificadas.
São 3 elementos que tem de estar disponíveis no mercado para esse sistema funcionar: terra, trabalho
e dinheiro. E assim o Estado intervém para deixar esses 3 elementos livres e assim se forma a economia de
mercado. Logo essa economia não advém de o indivíduo ter tendência à permuta, mas sim de instrumentos
e ações do Estado. Pois é ele quem vai liberar esses 3 elementos para formar essa economia de mercado.