A absolvição sumária é uma verdadeira sentença absolutória, pois
nela há uma efetiva análise do mérito. A decisão faz coisa julgada formal e material, o que implica dizer que o sujeito não pode ser processado de novo pela mesma imputação, ainda que sujam provas novas. Para que ocorra a absolvição sumária há necessidade de um juízo de certeza. Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando: I – provada a inexistência do fato; II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato; III – o fato não constituir infração penal; IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV
do caput deste artigo ao caso de inimputabilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva ATENÇÃO! Para a redação do parágrafo único. Não cabe absolvição sumária se a inimputabilidade do artigo 26, caput, CP NÃO for a única tese defensiva.
Isso porque, segundo Norberto Avena, havendo outra tese
defensiva, deve-se submeter o acusado a júri popular, já que nessa sede sempre haverá a possibilidade de ser ele absolvido sem imposição de medida de segurança. 2. MOMENTO DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA NO JÚRI
Ocorre ao final da primeira fase do rito do Júri. Ou seja, após a
audiência de instrução e julgamento.
CUIDADO! Que é diferente do momento que ocorre no rito comum
(artigo 397, CPP). No rito comum, a absolvição sumária ocorre logo após a apresentação da resposta à acusação, antes, porém, da audiência de instrução e julgamento. 3. CRIMES CONEXOS
Havendo a absolvição sumária de um crime de competência do Júri
(ex: legítima defesa), eventual crime conexo não será abrangido pela absolvição sumária. Após o julgamento de eventual apelação interposta contra a absolvição sumária, o crime conexo deve ser remetido ao juízo competente.
Não pode o juiz, nesse momento, também absolver sumariamente
o acusado pelo crime conexo. 4. RECURSO
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição
Da não violação ao princípio constitucional da presunção de inocência (art. 5º, LVII, CF/88) em face da execução provisória da pena após condenação em segunda instância