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Congregação Cristã no Brasil. Seita ou movimento contraditório?

(Parte II)
Análise doutrinária
Já analisou o que um adepto da CCB costuma pregar? Que falam eles
quando descobrem algum novo convertido ou mesmo um membro de
alguma igreja genuinamente evangélica? Já parou para meditar no que
consiste o "evangelho" da CCB? Nesta matéria estaremos analisando
os principais argumentos e crendices da CCB.

1. Só existe salvação na CCB


A maioria dos adeptos da CCB defende tenazmente a ideia errô nea de
que a salvaçã o só é possível na sua pró pria igreja: a "gloriosa
Congregaçã o".
Desenvolveram inconscientemente a doutrina da auto-salvaçã o, ou da
religiã o salvífica, e consequentemente, por tabela, o monopó lio da
salvaçã o, com todos os direitos reservados à CCB, uma espécie de
"copyright".
Essa doutrina, estranha à s Escrituras Sagradas, faz que o adepto da
CCB sinta-se seguro psicologicamente em matéria de religiã o.
O adepto pode até praticar coisas ilícitas, viver as obras da carne
(exceto adultério) e outras coisas mais, sentindo-se seguro
unicamente pelo fato de ser membro da CCB - "a verdadeira graça".
Essa crença lhe garante um estado mental de segurança.
Historicamente a doutrina da predestinaçã o Salvo uma vez, salvo para
sempre parece ressurgir com ímpeto e bastante maquiada na CCB.
Assim, para o adepto da CCB, confiante na segurança psicoló gica que
sua organizaçã o lhe outorga (curiosamente este processo se dá com
os adeptos da STV, Mormonismo etc) nã o questiona absolutamente
nada: aceita tudo com humildade serviçal, acatando outros ensinos
errô neos e obedecendo incondicionalmente ao ensino do "Ministério
Espiritual": "a Palavra de Deus ensinada à sua Igreja nã o é para ser
discutida, porém obedecida: só assim se honra ao Senhor." 16 Dessa
forma, nem o pensar bá sico, que é a pergunta razoável que se poderia
fazer: "se só na CCB existe salvaçã o, entã o a graça de Deus teria se
manifestada somente em 1910? Ou, para ser mais exato, somente em
20 de abril de 1910 em Santo Antô nio da Platina, no Paraná no
Brasil?" nem essa pergunta, simples e natural, o adepto da CCB
consegue formular, devido ao medo da "mã o de Deus" e à explicaçã o
acima exposta.

Não preciso da CCB para ser salvo


E em nenhum outro há salvaçã o, porque também debaixo do céu
nenhum outro nome há , dado entre os homens, pelo qual devamos ser
salvos. (Atos 4.12).
Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens,
Jesus Cristo, homem. (I Timóteo 2.5).
"Disse Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao
Pai senã o por mim." (João 14.6).
Nenhuma necessidade haveria de citarmos esses versículos: porém, o
que parece ló gico e natural para nó s nã o o é para os adeptos da CCB.
A presença da ideia da religiã o salvífica é tã o enraizada na vida dos
adeptos da CCB, que, apesar de eles admitirem a salvaçã o em Jesus,
nã o a conseguem dissociar da CCB, como se, para ter Jesus,
necessariamente tivessem de ser da CCB, ou fosse impossível
conhecer Jesus sem a CCB. É por causa desse tipo de doutrina que a
CCB está longe de ser uma igreja evangélica. A coluna principal da
reforma é: solo Jesus"". Nã o existe a ideia da organizaçã o ou
instituiçã o salvadora."
2. O estudo da Bíblia
Sem dú vida o Espírito Santo opera poderosamente na vida de sua
Igreja. Pedro obedeceu ao Espírito Santo (Atos 10.19,21); os cristã os
sã o batizados em seu nome (Mateus 28.19); O Espírito Santo ensina
(João 14.26); fala (Apocalipse 2.7,11,17); guia (Romanos 8.14;
Gálatas 5.18); clama (Gálatas 4.6); convence (João 16.7.8);
regenera (João 3.6: Tito 3.5); testifica (João 15.26; Romanos 8.16);
escolhe obreiros (Atos 13.2; 20.28); julga (Atos 15.28); advoga
(João 14.16; At 5.32); envia missioná rios (Atos 13.2-4); convida
(Apocalipse 22.17); intercede (Romanos 8.26); impede (Atos 16.6-
7); contende (Gênesis 6.3).
Sabemos que o Espírito Santo é a terceira pessoa da Trindade. Ele é
eterno, onipotente, onisciente e onipresente, igual ao Pai e ao Filho
(Mateus 28.19).
A fé ortodoxa nos ensina a crer no Espírito Santo e a nos submeter à
sua direçã o, e é exatamente essa crença no Espírito Santo que nos leva
a nos preparar, examinar, meditar nas Sagradas Escrituras, que é a
Palavra de Deus escrita, e nã o o contrá rio.
O radicalismo da CCB ao proibir o estudo sistemá tico das Escrituras,
alegando a contínua direçã o do Espírito Santo, está baseado em Lucas
12.12 e João 14.16-17.
Esses versículos foram anunciados por Jesus, a fim de encorajar os
cristã os, e jamais proibir o estudo das Escrituras Sagradas.
O Consolador viria para consolar seus discípulos, confortando-os, pois
Jesus dizia que eles nã o ficariam sozinhos e nã o precisariam temer os
homens, mas confiar somente em Deus, pois o Senhor estaria com eles
todo o tempo.
O Espírito Santo orientaria e ajudando, dirigindo-lhes a vida, mas isso
nã o significa que deveriam parar de fazer tudo, para que o Consolador
o fizesse por eles. Se assim fosse, a orquestra da CCB nã o deveria
ensaiar os hinos que tocam, pois o Espírito Santo os faria tocar sem
precisar ensaiar ou aprender mú sica, mas isso a "irmandade" nã o faz,
e por que nã o faz? Nã o acreditam na direçã o contínua do Espírito
Santo? Que o homem nã o deve se preparar, e que o Espírito Santo faz
tudo?
Essa postura da CCB é muito perigosa, porque desvirtua um dos
propó sitos de Deus, que é o exame de sua Palavra. "Bem-aventurado o
varã o que nã o anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no
caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de
noite." (Salmo 1.12); "E ele disse-lhes: Por isso, todo o escriba
instruído acerca do reino dos céus é semelhante a um pai de família,
que tira do seu tesouro coisas novas e velhas". (Mateus 13.52).
É comum, apó s a apresentaçã o de argumentos e versículos da Palavra
de Deus, que desmontam a crença dos adeptos da CCB, eles dizerem:
"essa interpretaçã o é da carne" e "a letra mata, mas o Espírito
vivifica". Para sustentar esses argumentos, os mais "esclarecidos" da
CCB citam Eclesiastes 12.12 e II Coríntios 3.6.
Eclesiastes 12.12 diz: "E, demais disto, filho meu, atenta: nã o há
limite para fazer livros, e o muito estudar enfado é da carne", assim a
hermenêutica da CCB, ou como eles afirmam: "dirigidos pelo Espírito
Santo", entende que estudar a Bíblia é coisa da carne. Isso, porém nã o
é o que o texto sagrado expressa.
Salomã o diz apenas que nã o há limites em escrever, fazer livros, e o
muito estudo, que estudo? Estudos humanos, coisas deste mundo, sã o
algo cansativo: enfado da carne (Eclesiastes 1.17-18). O estudo da
Palavra de Deus, porém, é luz que ilumina nosso caminho (Salmo
119.105).
O pró prio Salomã o diz: "Filho meu, guarda as minhas palavras, e
esconde dentro de ti os meus mandamentos. Guarda os meus
mandamentos, e vive, e a minha lei, como a menina dos teus olhos.
Ata-os aos teus dedos, escreve-os na tá bua do teu coraçã o"
(Provérbios 7.1-3).
II Coríntios 3.6: "O qual nos fez também capazes de ser ministros
dum novo testamento, nã o da letra, mas do Espírito: porque a letra
mata, e o Espírito vivifica", com esse versículo a "irmandade" faz seu
brado de guerra: "a letra mata, mas o Espírito vivifica". Farei aqui a
mais rudimentar pergunta: "você já viu a letra matar alguém?" Se esse
versículo significasse o que querem os adeptos da CCB, como seria
bem-aventurado quem medita na Palavra de Deus de dia e de noite?
(Sl 1). O mais impressionante é que Deus diz que sua Palavra é vida.
Os adeptos da CCB dizem que é morte. Já ouvi adeptos da CCB dizerem
que quem estuda muito a Bíblia fica louco, opiniã o compartilhada
pelos antigos clérigos cató licos.
O que diz entã o II Co 3.6? Diz que a letra, aqui, é a lei, a lei de Moisés
dada por Deus. Por essa lei todos nó s estávamos condenados à morte,
porque pela lei ninguém se justifica: a lei mata, condena, pune, mas a
graça, o Espírito, o Senhor Jesus Cristo vivifica, porque nã o somos
justificados pelas obras da lei, mas pelo precioso sangue de Jesus
Cristo (Ef 2.8-9, I Pd 1.18-25).
Ora, esse assunto está explicado no pró prio capítulo 3 de II Coríntios:
"O qual nos fez também capazes de ser ministros dum novo
testamento, nã o da letra, mas do Espirito; porque a letra mata, e o
Espirito vivifica. E, se o ministério da morte, gravado com letras em
pedras, veio em gló ria, de maneira que os filhos de Israel nã o podiam
fitar os olhos na face de Moisés, por causa da gló ria do seu rosto, a
qual era transitó ria, como nã o será de maior gló ria o ministério do
Espírito? Porque, se o ministério da condenaçã o foi glorioso, muito
mais excederá em gló ria o ministério da justiça." (II Co 3.6-9).
Esses dois versículos usados indevidamente pelos adeptos da CCB
possuem profundo significado, menos o que a "irmandade" insiste em
dar; aliá s, os adeptos da CCB só dã o essa interpretaçã o incrivelmente
errada, porque insistem em nã o estudar a Palavra de Deus. Essa é a
ironia do problema.
Vejamos agora a ordenança de Deus ao povo no Antigo Testamento:
E ESTAS PALAVRAS, QUE HOJE TE ORDENO, ESTARÃ O NO TEU
CORAÇÃ O; E AS INTIMARÁ S A TEUS FILHOS E DELAS FALARÁ S
ASSENTADO EM TUA CASA, E ANDANDO PELO CAMINHO, E
DEITANDO-TE E LEVANTANDO-TE, TAMBÉ M AS ATARÁ S POR SINAL
NA TUA MÃ O E TE SERÃ O POR TESTEIRAS ENTRE OS TEUS OLHOS, E
AS ESCREVERÁ S NOS UMBRAIS DE TUA CASA, E NAS TUAS PORTAS
(Dt 6.6-9).
Agora o conselho de Paulo a Timó teo:
PERSISTE EM LER, EXORTAR E ENSINARÁ ATE QUE EU VÁ (I Tm
4.13).
QUANDO VIERES, TRAZE A CAPA QUE DEIXEI A TROAS EM CASA DE
CARPO, E OS LIVROS, PRINCIPALMENTE OS PERGAMINHOS (II Tm
4.13). Além de muitos outros textos que elucidam tal assunto, como:
Pv 9.9; Sl 119.9-16; Sl 19.7-8; Sl 1.1-2.
Assim, nã o é de Deus o ensino de que nã o se deve estudar ou
examinar a Bíblia. Certamente por trá s dessa ojeriza que tem a CCB ao
estudo da Palavra de Deus exista algo mais: falta de conhecimento
bíblico total, o que leva a essa atitude ou grande interesse do
"Ministério Espiritual" em manter seus adeptos ignorantes. No
primeiro caso, sabemos que os anciã es da CCB nã o conhecem a Bíblia,
e até mesmo gostam de dizer que nã o a sabem, para dar a impressã o
de que tudo que falam provem do Espírito Santo. No segundo caso, se
seus adeptos começarem a examinar as Escrituras, certamente
descobrirã o que estã o muito longe dos "Pontos De Doutrina e Da Fé
Que Uma Vez Foi Dada Aos Santos" e certamente questionarã o o
sistema. Ironicamente, no panfleto Louis Francescon - Aspectos De
Uma Vida Preciosa - I.E. de A. diz: "... Louis Francescon ... dedicou-se a
cuidadoso estudo das Sagradas Escrituras. Atraído pelas maravilhas
reveladas na Palavra do Senhor, a quem muito amava..." e "Amigo
sincero da Bíblia, Louis Francescon era admirador entusiasta do
grande ministério confiado à s Sociedades Bíblicas que operam em
todo o mundo. Prova disso foi o desejo expresso pouco tempo antes de
findar sua carreira terrena; em seu funeral, nã o se desejavam nem
coroas, nem flores. Que o dinheiro a ser gasto para esse fim revertesse
em benefício da Sociedade Bíblica Americana. Tal aconteceu,
realmente. Flores e coroas transformaram-se em possibilidade
gloriosa para que muitas almas pudessem conhecer a verdade divina,
revelada na Palavra do Senhor. Recebendo tã o significativa oferta, a
Sociedade Bíblica Americana, de que a SBB é congênere, remeteu, à
família Francescon, enternecido agradecimento."
Assim, com essa estranha doutrina de condenar o estudo da Palavra
de Deus, a CCB fica contrá ria à Bíblia e ao exemplo de seu pró prio
fundador Louis Francescon.

3. 0 batismo

A CCB nã o reconhece o batismo efetuado por ministros do Evangelho


de outras denominaçõ es, mesmo que seja por imersã o, e em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28.19).
Nã o condenamos a fó rmula adorada pela CCB para batizar seus
adeptos. É verdade que nã o concordamos com a maneira ou forma
pela qual ela ministra o batismo nas á guas à s pessoas, sem preparo
algum, todavia nã o desmerecemos tal batismo, mas reconhecemos
que sua validade depende mais do batizado.
O grande problema sã o os argumentos levantados pela CCB, para nã o
reconhecer o batismo de outras denominaçõ es. Analisemos os
argumentos:
a) O batismo de outras comunidades cristã s evangélicas está errado,
porque utilizam a expressã o "eu te batizo". A CCB entende que ao
dizer "eu te batizo" é a carne que opera, o homem, colocando-se na
frente de Deus.
b) O batismo só é vá lido se efetuado com esta fó rmula: "Em nome do
Senhor Jesus te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo".
c) O batismo da CCB purifica o homem do pecado.
O primeiro argumento da CCB é de uma pobreza imensa: ora, qual é a
diferença entre a expressã o "eu te batizo" e a da CCB "te batizo"? Na
primeira expressã o o sujeito está explícito; na segunda o sujeito está
oculto. A diferença é essa: ou a CCB pensa que no ato batismal nã o é o
homem que batiza, mas Deus? Claro que é o homem o oficiador do
batismo. Nã o se trata da presença sobrenatural para o efetuar.
Imagine você: se um homicida, na hora de matar, alguém disser: "te
mato", e atirar. Será que o juiz nã o o condenará pelo falo de ele ter dito
"te mato", pensando com isso nã o ter sido ele? Parece que a CCB, além
de nã o conhecer a Bíblia, desconhece também a língua portuguesa.
Além do mais, se, pelo falo de utilizar a expressã o "eu te batizo",
estivermos aborrecendo a Deus, entã o Joã o Batista teria ofendido a
Deus, pois ele dizia: "eu vos batizo com á gua...". Será que a CCB acha
que Joã o Batista era carnal e se recolocava na frente de Deus?
O segundo argumento da CCB acerca da fó rmula batismal é
desprovido de autoridade, porque as igrejas cristã s evangélicas
expressam no ato do batismo que o estã o efetuando sob a autoridade
do Senhor Jesus, de acordo com sua ordenança, ou seja, em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo. Agora a CCB cria uma fó rmula
batismal e a quer impor aos outros. A mençã o do batismo em nome de
Jesus (At 2.38; 8.16; 10.48; 19.5) encontra-se em passagens bíblicas
que nã o tratam da fó rmula batismal, e, sim, de atos ou eventos de
batismo. A prova disso é que em Atos 2.28 diz: "Em nome de Jesus
Cristo"; Atos 8.16 diz: "Em nome do Senhor Jesus"; Atos 10.48 diz:
"Em nome de Jesus Cristo"; e em Atos 19.5 se lê: "Em nome do Senhor
Jesus". Se essas passagens revelassem a fó rmula batismal, seriam
iguais, pois qualquer fó rmula é padronizada. Aquelas pessoas eram
batizadas na autoridade do nome de Jesus, mesmo porque nã o é
possível que Pedro, dez dias depois da ordem de Jesus, em Mateus
28.19, agisse de modo tã o diferente, alterando a fó rmula batismal.
O terceiro argumento sobre o batismo nas á guas, com efeito salvífico,
no livreto da CCB - Resumo da Convençã o - realizada em fevereiro de
1936 - pá gina 7, estabelece acerca do batismo: "Este Sacramento se
exerce por imersã o, conforme declara no cap.2, ver.12, aos
Colossenses, praticado pela Igreja primitiva: "EM NOME DE JESUS
CRISTO", Atos 2, ver.38, e de acordo ao Santo Mandamento:
EM NOME DO PAI, E DO FILHO E DO ESPIRITO SANTO S. Mat. 28,
ver.19.".
Nesta declaraçã o a CCB classifica o batismo como sacramento.
Entende-se sacramento como um sinal exterior que concede a graça
de Deus à alma. Atribuiu-se-lhe um valor "ex opere perato", ou por
natureza, como atos de magia infalível. A palavra sacramento nã o é
bíblica. A Bíblia só se refere a ordenanças de Jesus; aliá s, duas, sendo
uma delas o batismo, e a segunda: ceia do Senhor. Sã o ordenanças
simbó licas, sem nenhum poder sobrenatural de comunicar alguma
graça especial (At 8.37; 2.41,42; Rm 6.3,4; 1 Co 11.23-26). O batismo
nã o muda a natureza do pecador. Muitos anciã os da CCB, no momento
do batismo, dentro do tanque batismal, convidam as pessoas para se
batizar para purificaçã o dos seus pecados. Grande parte dos adeptos
da CCB acredita que o batismo purifica o homem do pecado. Ora,
quem regenera é o Espírito Santo, quando a pessoa se arrepende dos
pecados e crê em Jesus (Tt 3.5-7; I Pd 1.18-19). O batismo nã o lava
pecado e sim o sangue de Cristo (I Jo 1.7; Ap 1.5; 5.9-10). A salvaçã o é
pela fé (Mc 16.15,16; Jo 3.16-36; At 16.30,31). O Senhor Jesus foi
batizado nas á guas e nunca cometeu pecado (Mt 3.13-17; Hb 4.15; I Jo
3.5), pelo contrá rio, Jesus "é o cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo" (Jo 1.29; Hb 9.26-28; I Jo 1.7).
Assim, uma das razõ es por que a CCB nã o possui registro de membros
ou cartõ es de membros é porque seria impossível tê-lo regularmente.
Imagina-se uma pessoa convidada a participar de um culto de
batismo, que entra pela primeira vez num templo da CCB, ignorando
completamente o Evangelho e ainda preso aos seus vícios e mazelas?
Naquela noite, ''se o Senhor mandar", essa pessoa entra nas á gua
batismais sem saber o que está fazendo, e, como nã o entendeu o passo
que deu, nunca mais volta, como alguém que tivesse tomado um
banho numa piscina.
Por que isso? Por causa da crença de que o batismo é um sacramento,
o que significa que tem efeito salvífico, nos mesmos moldes da Igreja
Cató lica, que afirma: "o batismo faz o cristã o". Os cató licos levam
crianças recém-nascidas à pia batismal, dado que, se morrer sem o
batismo, irá para o limbo, morrendo como pagã o. A CCB adota o
mesmo ensino da Igreja Cató lica: o de que o batismo necessá rio para
salvaçã o, interpretando Joã o 3.3.5, "nascer da á gua" como sendo o
batismo nas figuras. A palavra "á gua" de Joã o 3.5 é simbolicamente
comparada à Palavra de Deus (Efésios 5.26; Tg 1.18; I Pd 1.23). O
ladrã o da cruz salvou-se sem o batismo (Lc 23.43)

Quem pode ser batizado

a) Em Mc 1.15; 16.15 está escrito que é preciso crer em Jesus apó s ter
ouvido o evangelho, para depois receber o batismo;
b) Em Atos 2.38 e Mc 1.15 lemos que é preciso primeiramente passar
pela experiência do arrependimento, antes de passar pelas á guas
batismais. Essa experiência o pró prio fundador da CCB diz ter tido;
c) Em Mt 28.19 vemos que é preciso tornar-se discípulo de Jesus,
antes de receber o batismo. O discípulo conhece seu mestre e seus
ensinos;
d) Atos 9 mostra-nos a experiência de Paulo:
- a experiência da conversã o - (visã o na estrada de Damasco);
- abandono do pecado, da velha vida (deixou de perseguir a Igreja);
- uniã o com um novo tipo de pessoas, interesse por esse novo povo, os
filhos de comunhã o com Deus, na oraçã o. Paulo aprendeu a orar antes
de receber o batismo nas á guas.
e) No caso do eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes
(Atos 8.26-40) vemos que ele era um estudante das Escrituras, isto é,
ele já possuía algum conhecimento bíblico, de tal modo que havia
subido para adorar o Deus de Israel.
f) Já , no caso de Cornélio, que está registrado em Atos 10.1-48, o
pró prio apó stolo Pedro dá a resposta: "Pode alguém porventura
recusar a á gua, para que nã o sejam balizados estes, que também
receberam como nó s o Espírito Santo?" (Atos 10.47b);
g) O Carcereiro de Filipos, (Atos 16.17-33). Aqui vemos o carcereiro se
converter, apó s a pregaçã o de Paulo (Atos 16.32). Interessante é que o
comportamento do carcereiro mudou. Observe no versículo 33: "ele
lavou-lhe os vergõ es", de Paulo e Silas, e foi batizado.
h) É bem verdade que nos casos acima que citamos, as pessoas foram
logo batizadas. Obviamente elas tiveram essa poderosa conversã o que
já analisamos, porém nã o devemos-nos esquecer de que naquela
época, por exemplo, como é o caso do carcereiro de Filipos, nã o havia
igreja naquela cidade, nã o havia um pastor para ensinar aquele
homem, Paulo nã o sabia quando voltaria à quela cidade novamente.
Tudo isto levou vá rias vezes o apó stolo a batizar imediatamente apó s
a conversã o. Ainda hoje existem algumas exceçõ es na obra de Deus,
que levam o ministro de Deus a efetuar o batismo imediatamente. Nã o
havendo nenhuma razã o, entã o é muito importante que o novo
convertido conheça primeiro a doutrina do Senhor, antes de ser
batizado. Um dos motivos que nos leva a nã o batizar criança é
exatamente isto: ela nã o pode entender a Palavra de Deus, ela nã o
sabe o que significa tal ato, mas a partir do momento em que a pessoa
aprende a doutrina de Jesus, entã o ela está habilitada a se batizar.
Voltamos no entanto a explicar: se a pessoa realmente recebe a Cristo
e produz os frutos dignos de arrependimento, nada impede de ela ser
batizada, mas batizar qualquer pessoa, muitas vezes, na primeira vez
que a pessoa entra em um templo, está fora do ensinamento bíblico,
pois Jesus disse: "Portanto ide, ensina, todas as naçõ es, batizando-as
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19).
Infelizmente a Congregaçã o faz exatamente o contrá rio da ordenança
do Senhor, nã o obedecendo: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas
as naçõ es, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo! (Mt 28.19), pois os anciã os da CCB invertem a ordem - batizam
primeiro as pessoas, para depois torná -las discípulos de Jesus. Qual o
resultado disso? Dezenas de pessoas batizadas na CCB, nunca
deixaram de fumar e de beber, e nunca experimentaram o poder do
perdã o dos pecados; aliá s, se fizermos uma pesquisa, é bem provável
que mais de 60% da irmandade nã o possui o gozo da salvaçã o, e nã o
anda e age como devem proceder os discípulos do Senhor Jesus. Sã o
muito religiosos, cheios de tradiçã o, costumes e "supostas bênçã os",
mas de espiritualidade e conhecimento bíblico nada têm, e isso nã o
sou eu quem jugo: está aí toda a CCB, para qualquer pessoa ver e
confirmar essa realidade.
4. O uso do véu

O uso do vestuá rio no culto, tal como véu, chapéu, roupas etc.,
depende de cada cultura, pois "os costumes se alteraram e as
exigências também": porém, em nenhum momento discordamos dos
costumes locais de cada comunidade, respeitamos a todos, mas nã o
podemos aceitar a ideia de que tais costumes, sendo praticados,
santifiquem mais o cristã o, ou que esteja ele em situaçã o espiritual
superior à do outro pela sua prá tica. Assim sendo, se a CCB tivesse
adotado a prá tica de suas mulheres usarem o véu, mas nã o
condenasse as que nã o usam, nada teríamos a dizer.
A atitude discriminató ria dos adeptos da CCB faz que analisemos a
questã o em pauta.
Diz o Resumo dos Ensinos da CCB, de março de 1948: " Sempre que a
mulher orar ou profetizar deve estar com a cabeça coberta; é
necessá rio estar atenta para em nenhum caso ofender a Palavra de
Deus. Esta nã o se contradiz; a sabedoria do Senhor nã o nos deixou um
estatuto imperfeito". (pag. 16).
A palavra grega para "véu" é "peribaion" e significa "jogar em volta".
Ela aparece apenas duas vezes no Novo Testamento grego (I Co 11.15;
Hb 1.15).
Paulo trata aqui do símbolo da posiçã o da mulher na sociedade, de sua
submissã o ao marido, de sua posiçã o na hierarquia dos poderes e
posiçõ es. Como podemos observar, o assunto em pauta é a submissã o,
e nã o o véu, como querem os adeptos da CCB.
Segundo o Dr. Russell Norman Champlin, em seu comentá rio de I Co
11.15: Paulo continua aqui a escrever sobre a liçã o que a "natureza"
nos ensina. No caso dos homens, a natureza, segundo era refletida nos
costumes sociais de diversas naçõ es, nem sempre se mostrou
favorável ao uso de cabelos curtos pelos homens. Porém, no caso de
mulheres, havia um consenso universal acerca do que a natureza
ensina quanto aos cabelos. Ora, compete ao cristianismo respeitar a
natureza, e nã o desconsiderá -la, como sucede ao fanatismo. As
mulheres só usavam cabelos curtos como sinal de luto, como castigo
devido ao adultério, etc., embora as prostitutas costumassem rapar o
cabelo, talvez como sinal distintivo de sua profissã o, tal como hoje
geralmente usam certas vestes corno sinal distintivo.
No entanto, hoje em dia uma prostituta nã o mais pode ser distinguida
pela maneira como cuida de seus cabelos, porquanto tornou
generalizado o uso de cabelos curtos e penteados de inú meras
maneiras. No entanto, pode ser identificada por suas calças compridas
e blusas exageradamente curtas e apertadas, como também pela sua
aparência em geral. E isso significa que ela se vestirá ao má ximo,
desde uma bolsa e uma sombrinha estilizadas, mesmo que nã o esteja
chovendo. Esses sã o os sinais através dos quais ela faz propaganda.
Nos dias de Paulo, as prostitutas se davam a conhecer usando cabelos
curtos. Ela fazia o que era contrá rio à natureza a fim de atrair os
homens a afagos que também sã o contrá rios à natureza. Ora, o
apó stolo dos gentios nã o queria que as mulheres crentes imitassem as
prostitutas".
A importâ ncia do uso do véu na antiga naçã o israelita mostra-se numa
interessante narrativa do Talmude Babilô nico Yoma, Fl 47:1, que diz:
"As mulheres judias costumavam considerar uma imodéstia permitir
que outros lhes vissem os cabelos. Por essa razã o cuidavam, tanto
quanto possível, em esconde-los sob uma cobertura. Certa mulher,
cujo nome era Kimchith, tinha sete filhos; e todos ministraram como
sumo sacerdotes. Os sá bios lhe perguntaram certa feita: Que fizeste,
que és mulher tã o digna? E ela respondeu: Todas os dias os caibros de
minha casa nunca viram as madeixas de meus cabelos; isto é, nunca
foram vistos por qualquer pessoa, nem mesmo no interior de minha
casa" (extraído do Talmude Bab. Yoma. Fl 47:1).
Encerrando o assunto sobre a conduta da mulher, fica nítida e
perfeitamente compreensível a necessidade de melhor analisarmos os
textos bíblicos na sua originalidade. Muitas comunidades ainda nã o
conseguiram entender que era costume nas cidades gregas e orientais
as mulheres cobrirem a cabeça, em pú blico, salvo as mulheres
devassas. Muitas denominaçõ es hoje nã o sabem que a cidade de
Corinto estava infestada de prostitutas, que se entregavam nos
templos pagã os e infelizmente algumas mulheres cristã s,
prevalecendo-se da liberdade recém achada em Cristo. Afoitavas
punham de lado a cobertura nas reuniõ es da igreja, o que horrorizava
sem dú vida alguma as outras mulheres mais modestas. Dizia-lhes o
apó stolo Paulo que nã o afrontassem a opiniã o pú blica com relaçã o ao
que é considerado conveniente à decência feminil.
Hoje sabemos que perfeitamente que homens e mulheres tem o
mesmo valor à vista de Deus. Há , porém, naturalmente, certas
distinçõ es entre ambos os sexos, sem as quais a sociedade nã o
poderia existir. Mulheres cristã s, que vivem em sociedade pagã , devem
ser cautelosas em suas inovaçõ es, para nã o trazer descrédito à sua
religiã o. Geralmente vai mal quando as mulheres querem parecer
homens.
Cabe a cada pessoa utilizar seu penteado de maneira que nã o venha
provocar dissençõ es. É importante também que cada pessoa procure
se apresentar de melhor forma possível, sem precisar invadir a vida
particular de outra.
Finalizamos manifestando o respeito aos que querem usar véu, cabelo
crescido etc., mas novamente lembramos que esses costumes nã o
devem ser utilizados como regra de salvaçã o. Quem está acostumado
a tais prá ticas que continuem nelas: porém, nã o as imponha a
ninguém, visto que nenhuma denominaçã o evangélica é capaz de
cumprir o ensinamento de Paulo na íntegra, salvo as igrejas orientais,
onde esses costumes fazem parte da sociedade.
5. Saudaçã o

A apó stolo Paulo saú da os crentes em suas cartas da seguinte


maneira: "Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo".
(Rm 1.7); "Graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus
Cristo". (I Co 1.3); "Graça a vó s e paz da parte de Deus nosso Pai e da
do Senhor Jesus Cristo". (II Co 1.2); "Graça e paz da parte de Deus Pai
e da de nosso Senhor Jesus Cristo". (Gl 1.3); "A vó s graça, e paz da
parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo". (Ef 1.2); "Graça a
vó s, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo". (Fl
1.2); "Aos santos e irmã os fiéis em Cristo que estã o em Colossos, Graça
a vó s, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo".
(Cl 1.2); "Graça e paz tenhais de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus
Cristo". (I Ts 1.1b); "Graça e paz a vó s da parte de Deus nosso Pai, e da
do Senhor Jesus Cristo". (II Ts 1.2); "a Timó teo meu verdadeiro filho
na fé: graça, misericó rdia e paz da parte de Deus nosso Pai e da de
Cristo Jesus, nosso Senhor". (I Tm 1.2); "A Timó teo, meu amado filho:
graça, misericó rdia, e paz da parte de Deus Pai, e da de Cristo Jesus,
Senhor nosso". (II Tm 1.2); "A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé
comum, graça, misericó rdia, e paz da parte de Deus Pai, e da do
Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador". (Tt 1.4); "Graça a vó s e paz da
parte de Deus nosso Pai, e da do Senhor Jesus Cristo " . (Fm 1.3).
Já Tiago saú da os crentes em sua epístola da seguinte maneira: "Tiago,
servo de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, à s doze tribos que andam
dispersas, saú de". (Tg 1.1).
Pedro saú da assim: "Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em
santificaçã o do Espírito para a obediência e aspersã o do sangue de
Jesus Cristo: Graça e paz vos seja multiplicada" (I Pe. 1.2); e em sua
segunda epístola ele saú da assim: "Graça e paz vos sejam
multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor. (II
Pe 1.2).
Judas saú da assim: "Misericó rdia, e paz, e caridade vos sejam
multiplicadas". (Jd 1.2).
Grande nú mero de evangélicos saú dam-se com a expressã o "a paz do
Senhor", em hebraico "Shalom Adonay'', diferentemente da saudaçã o
da CCB: "Shalom El".
Enquanto "Adonay" é um termo usado especificamente ao Deus de
Israel, El-Deus é um termo genérico. Dependerá sempre do contexto
para sabermos se El-Deus se refere ao Deus de Israel ou a uma
divindade falsa qualquer.
Se formos seguir a atitude preconceituosa dos adeptos da CCB, a
saudaçã o adorada por eles seria passível de questionamento, o que
nã o ocorre pelo faro de os evangélicos, de maneira geral, respeitarem
os costumes de outras igrejas.
A CCB nos acusa de saudar com "a paz do Senhor". Citam para
justificar esse conceito a seguinte expressã o: "devemos saudar com a
paz de Deus, e nunca com a paz do Senhor, porque existem muitos
senhores mas Deus é um só".
Essa acusaçã o da CCB se desfaz em pó com somente um versículo que
Paulo escreveu na primeira carta aos Coríntios 8.5 e 6, que diz:
"Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer
no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores).
Todavia para nó s há um só Deus, Pai, de quem é tudo e para quem nó s
vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual sã o todas as coisas, e
nó s por Ele".
Prezado leitor, francamente esse conceito da CCB é no mínimo
ridículo. Nã o discordamos da CCB por ter adorado a forma "paz de
Deus" para cumprimentar. Simplesmente nã o podemos aceitar atitude
discriminató ria de seus adeptos, que pensam que, por saudarem com
a forma que eles adotaram, estarã o num estado espiritual mais
elevado, condenando todas as demais saudaçõ es. O grande problema
da "irmandade" é que eles nã o sabem, e nã o sabem que nã o sabem.
A CCB nã o consegue entender que quando saudamos com a paz do
Senhor estamos saudando com a paz do nosso grande Senhor Jesus
Cristo. Disse Jesus: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; nã o vo-lo
dou como o mundo a dá . Nã o se turbe o vosso coraçã o, nem se
atemorize". (Jo. 14.27).

6. O ó sculo santo

A CCB insiste em adotar costumes orientais, muitos deles registrados


na Bíblia, como é o caso do ó sculo santo, pensando com isso estar em
posiçã o espiritual superior à dos outros.
Nã o discordamos da CCB pelo falo de homem beijar homem e mulher
beijar mulher, apesar de esse costume nã o ser nada elegante no
mundo ocidental, especificamente o de homem beijar homem; todavia
respeitamos seus costumes, mas jamais aceitaremos suas imposiçõ es
arbitrá rias, de que, pelo fato de homens beijarem homens e mulheres
beijarem mulheres, estã o na verdadeira comunhã o fraternal e sã o
mais perfeitos que os demais, fazendo disto uma doutrina. Isso é
simplesmente um grande absurdo. A maioria dos povos ocidentais
nã o observa o ó sculo como cumprimento, mas, sim, um leve aperto de
mã os. É por isso que nossas igrejas utilizam um cordial aperto de mã o
entre todos (homens e mulheres). Nã o pensamos que pelo fato de
saudarmos assim estamos em situaçã o espiritual superior:
simplesmente respeitamos os costumes de cada país, pois sabemos
que em nossa sociedade o beijo entre os do mesmo sexo,
principalmente no caso de homem com homem, nã o é bem visto.
Muitas vezes é interpretado como distú rbio sexual. Daí o motivo de
evitarmos tal saudaçã o aqui em nosso meio. Como diz a Palavra de
Deus: "Abstende-vos (evitai, fugir) de toda a aparência do mal". (I Ts
5.22).
A seguir alguns versículos comentados por Russell Norman Champlin,
sobre o ó sculo: Atos 20:37 - "E levantou-se um grande pranto entre
todos, e lançando-se ao pescoço de Paulo, beijjavam-no". O ó sculo
santo aparece aqui novamente. Quanto aqueles primeiros cristã os se
amavam uns aos outros. E, em puro afeto, nã o se envergonhavam de
demonstrar tal emoçã o! Cada um dos crentes se despediu de Paulo
com um abraço e um ó sculo, o que era natural dentro da expressã o
cultural dos hebreus, como também dos habitantes da Á sia Menor.
(Ver Gên. 33:4; 45:14 e 46:29). Esses costumes evidentemente faziam
parte da primitiva cultura cristã , segundo podemos depreender de
trechos bíblicos como Rm 16.16; I Co 16:20; II Co 13:12; I Ts. 5:26 e I
Pe 5:14. O ó sculo santo era usado como meio de saudaçã o afetuosa, e
nã o meramente como um gesto de despedida.
... era costumeiro, entre as naçõ es orientais, particularmente entre os
persas, que os amigos e parentes se osculassem quando se despediam,
como também quando se encontravam; ver o trecho de Rute 1:9,14
(John Gill, in loc. Ver também Xenofonte, Cyropaedia 1.1 cap 20, acerca
desse costume).
"Até hoje, no oriente, os parentes e amigos, ao se encontrarem ou ao se
despedirem, abraçam-se uns aos outros e se osculam na mã o, na face
ou no ombro. Entre os gregos e os romanos, nã o era incomum se
oscularem na cabeça". (William Jenks, in loc)
Rm 16:16 Saudai-vos uns aos outros com ó sculo santo. Todas as
Igrejas de Cristo vos saú dam"". - Temos aqui uma referência ao
""ó sculo santo"". Quanto a referências neotestamentá rias a essa
prá tica primitiva, além desta passagem, ver os trechos de Atos 20:37; I
Tes 5:26; I Co 16:20; II Cor 13:12 e Fil 4:21, dentre as quais, esta
ú ltima referencia, que provavelmente também faz alusã o a essa
prá tica. Fora dos escritos de Paulo, há alusã o ao "ó sculo santo" em I Pe
5:14."
O ó sculo era uma maneira comum de saudar no oriente, muito antes
do estabelecimento do cristianismo. Tem servido igualmente como
parte da expressã o judaica em suas saudaçõ es, tanto nas despedidas
como também na forma de demonstraçã o geral de afeto. (Ver Gen
29:11 e 33:4). Também parece ter sido um sinal de homenagem entre
os israelitas. (Ver I Sam 10:1). O ó sculo dado aos ungidos de Deus, por
semelhante modo, parece ter-se revestido de significaçã o religiosa, o
que também se verifica entre as culturas pagã s. (Ver, por exemplo, I
Reis 19:18 e Os 13:2, onde os ídolos sã o representados como está tuas
beijadas, como uma espécie de homenagem religiosa a eles prestada).
O ó sculo, por conseguinte, era uma expressã o de saudaçã o e respeito,
sendo tã o comum nas antigas culturas orientais como sã o comuns o
aperto de mã os ou o abraço nas culturas ocidentais. Em vá rias
culturas latinas ou latino-americanas, como o Brasil, particularmente
entre as mulheres, continua sendo uma forma de saudaçã o, despida
de qualquer significaçã o religiosa.
Seria mesmo de esperar que esse costume fosse preservado na igreja
cristã , como expressã o de amizade e de afeto mú tuo. Nos primeiros
tempos do cristianismo, o ó sculo santo era simplesmente uma parte
das saudaçõ es, quando os crentes se reuniam em seus cultos pú blicos,
porém nã o demorou muito para que fosse transferido para a pró pria
liturgia, primeiramente como um sinal de despedida, apó s a oraçã o
afinal, que encerrava cada reuniã o e finalmente como parte do rito da
Ceia do Senhor. Justino Má rtir (M. Apl. 1, op. 65) relata-nos como o
ó sculo santo era usado nas despedidas e na celebraçã o da Ceia do
Senhor, e como o ó sculo santo fazia parte dos cultos religiosos dos
cristã os. Justino Má rtir viveu mais ou menos em torno de 150 d.C. o
que nos permite observar que essa prá tica do "ó sculo santo", pelo
menos em alguns segmentos da igreja cristã , havia perdurado por
século e tanto. A prá tica do ó sculo santo, como parte integrante da
liturgia cristã , é mencionada nas Constituiçõ es Apostó licas (século III
d.C.) significando que houve lugares onde essa prá tica subsistiu por
nada menos de três séculos. Na Igreja Ortodoxa Grega, que representa
uma boa parcela da cristandade atual, essa prá tica tem sido
preservada até hoje, sendo praticada quando nas festividades
religiosas.
Vá rios autores defendem, com boas razõ es, a tese de que o ó sculo
santo, entre os crentes primitivos, nã o se limitava a ser praticada
entre "mulheres com mulheres" e "homens com homens". Os
costumes orientais, entretanto, indicam que o ó sculo santo era
aplicado ou na testa ou na mã o, na palma ou nas costas da mã o, e
nunca nos lá bios. Tertuliano (150 d.C), também o denominava de
"ó sculo da paz", e Clemente de Alexandria denominava-o de "ó sculo
místico" (século III d.C.).
Além do seu emprego durante as festividades religiosas, conforme se
verifica na Igreja Ortodoxa Grega até hoje, vá rios grupos cristã os
menores têm mantido essa prá tica de uma maneira ou de outra, tal
como sucede entre os chamados dunkers. (irmã os Batistas Alemã es).
Alguns eruditos bíblicos insistem em que essa prá tica é obrigató ria,
como uma ordem e uma prá tica apostó lica. Outros insistem em que se
trata meramente de uma ordem e de uma prá tica pró pria dos tempos
apostó licos, que expressava amizade e afeiçã o mú tua, crendo que essa
afeiçã o mú tua, por haver sido preservada na Igreja cristã , tornou
desnecessá ria a continuaçã o do símbolo antigo, pois, em nossas
culturas modernas, o aperto de mã os e o abraço teriam o mesmo
simbolismo que tinha o ó sculo, no oriente.
Em algumas culturas, como a dos Estados Unidos da América do
Norte, seria reputado algo inteiramente impró prio um homem oscular
a outro homem, quanto mais oscular uma mulher que nã o fosse a sua
esposa ou sua irmã carnal, dentro da comunidade evangélica ou da
sociedade em geral. Na Índia, homens costumam andar de mã os
dadas, como também sucede entre as mulheres, sem implicar a ideia
de homossexualismo. Na América do Norte e também no Brasil por
exemplo, um homem andar de mã os dadas com outro seria
considerado algo escandaloso, dando a entender alguma intençã o
sexual pervertida. Da mesma maneira o ó sculo é considerado
aberraçã o, sobretudo quando praticada entre homens. Por essa razã o
é que alguns grupos evangélicos tem achado melhor, em algumas
culturas, evitar essa forma de demonstraçã o de afeto, substituindo o
ó sculo pelo mero aperto de mã os.
"... todas as igrejas de Cristo vos saú dam..." Sã o aqui mencionadas
todas as igrejas que Paulo havia visitado ultimamente, e que tinham
alguma familiaridade com congregaçõ es cristã s de outros lugares,
através das narrativas feitas pelo apó stolo dos gentios. Havia um laço
comum de simpatia entre todas as igrejas cristã s primitivas, nã o
estando elas ainda divididas em denominaçõ es, como sucede entre os
crentes evangélicos de nossos dias, cujas denominaçõ es se distinguem
por obedecer a porçõ es diversas do novo pacto. Assim sendo, nos dias
de Paulo, todas as igrejas podiam saudar-se espiritualmente entre si,
embora nã o estivessem localizadas tã o pró ximas umas das outras de
modo que pudessem praticar a saudaçã o do ó sculo santo.

O Uso do beijo como ó sculo santo""

O manual de procedimentos (ou Pontos de Doutrina e Fé), pá gina7,


estabelece: "O ó sculo santo deve ser dado de coraçã o na despedida do
serviço ou em caso de viagem, todavia sempre entre irmã os ou entre
irmã s de per si." Com tal declaraçã o a CCB faz distinçã o entre sexos, e
se perguntarmos por que essa distinçã o? a resposta é ó bvia, "por
causa da malícia". Logo, o ó sculo ou beijo é apenas uma forma de
saudaçã o, e nã o ó sculo ou beijo santo. Se fosse realmente santo, nã o
haveria distinçã o de sexo. Paulo declara em Gá latas 3.27-28: "Porque
todos quantos fostes batizados em Cristo, já vos revestistes de Cristo.
Nisto nã o há judeu, nem grego; nã o há servo, nem livre; nã o há macho,
nem fêmea..."
Se somos um em Cristo e se nã o há diferença de sexo: "nem macho,
nem fêmea", entã o o ó sculo ou beijo para ser santo, deveria ser
liberado entre irmã os de ambos os sexos, indistintamente. Mas, o que
ocorre? Os homens beijam os homens e as mulheres beijam as
mulheres. Ademais, embora o beijo seja simbolo do amor, pode servir
para encobrir a maldade do coraçã o. Exemplo temos em II Samuel
20.9-10 e Lucas 22.47. Por isso, o mesmo escritor em Hebreus 13.1
admoesta: "Permaneça o amor fraternal". Pode existir amor fraternal
sem ó sculo? Pode existir ó sculo sem amor fraternal? A resposta
sempre será : sim. Entre possuir ó sculo sem amor fraternal e amor
fraternal sem ó sculo, é preferível ficar com amor fraternal sem ó sculo.
De modo que, na CCB existe sim ó sculo, mas nã o ó sculo santo como se
apregoa.

7. O dízimo

Ensinam os anciã os da CCB, e seus adeptos vivem alardeando que


dízimo é da lei e que maldito e hipó crita é quem dá e quem recebe. A
Bíblia ensina que o dízimo é santo: a CCB ensina que é profano. A
Bíblia ensina que o dízimo é do Senhor (Lv 27.30); a CCB ensina que o
dízimo é para os ladrõ es. Jesus nã o condenou a prá tica do dízimo (Mt
23.33); condenou, sim, os hipó critas que desprezavam os principais
preceitos da Lei de Deus, mas nã o condenou o dízimo praticado até
pelo pai dos crentes, Abraã o. (Gn 14.20). O autor da epístola aos
Hebreus falou sobre a prá tica do dízimo na dispensaçã o (Hb 7.8-9).
Veremos agora o dízimo antes da Lei Gn 14:18-29; 28.20-11; o dízimo
na Lei Lv 27.30-34; Ml 3.8-10; o dízimo na Graça Mt 23.33, Hb 7.8-9.
Quem começou a dar o dízimo foi o pai dos crentes, Abraã o (Gn 14.20-
22). No Novo Testamento o Senhor Jesus disse que a nossa justiça
deveria exceder a dos escribas e fariseus, e estes davam o dízimo até
das mínimas coisas. Nã o damos o dízimo para alcançar a salvaçã o,
mas porque já estamos salvos, pela fé na obra de Cristo, e o dízimo é
uma forma bíblica de contribuir. A Palavra de Deus nos diz: "Dai pois a
César o que é de César; e a Deus o que é de Deus" (Lc 20.25). A CCB dá
a César o que é de César, mas quando é para dar a Deus inventa muitos
argumentos e obstá culos. Assim eles demonstram ser mais fiéis a
César (Governo) do que a Deus. O dízimo é um sinal, uma prova de
que você nã o é dono, mas devedor. Obviamente, jamais deveremos
admitir ou apoiar os que procuram obrigar o povo de Deus a
contribuir (II Co 9.7). Nã o apoiamos isso, pois acreditamos que quem
estuda as Escrituras certamente entenderá que nã o deve faltar
alimento na casa de Deus e, movido, pelo Espírito Santo, com
singeleza de coraçã o, irá descobrir as virtudes provenientes da forma
genuinamente bíblica de contribuir: o dízimo.
Segundo o ensino "Resumo dos Ensinos da CCB", pá g. 17,18 "...a lei
dada por Deus a Moisés está dividida em três partes ou três leis: civil,
moral e cerimonial. A lei cerimonial com suas ordenanças foi
cumprida..." "e como consequência o dízimo, como parte dessa lei
cerimonial, foi abolido. Nã o mais pertence à s exigências que devem
ser atendidas pelos cristã os".
Nã o há base bíblica para a divisã o da lei em três partes. É apenas
artificial tal divisã o. A lei dada por Deus a Moisés é um todo, uma
unidade (Gá latas 3.10,11). Essa lei findou na cruz (Cl 2:14-17);
entretanto, para as pessoas pouco afeitas ao estudo da Bíblia, é difícil
descobrir que o dízimo foi dado antes. O dízimo se prova dentro do
Novo Testamento, ou melhor dizendo, dentro da nova aliança (Hb 8. 6-
13). Vejamos:
a) O dízimo de Abraã o é relatado era em Gênesis 14.18-20 e repetido
em Hebreus 7.4-6. É a primeira vez que aparece a palavra dízimo na
Bíblia. A lei foi só dada 430 anos depois de Abraã o (Gl 3:6-9). Nã o
havia mandamento para o dízimo. O dízimo nasceu da espontaneidade
de Abraã o. Se nasceu voluntariamente de Abraã o 430 anos antes da
lei, certamente que o dízimo nã o pertencia à lei. Um paralelo entre
Abraã o e o cristã o; Melquisedeque e Jesus nos ajudam a entender
melhor a questã o do dízimo: Abraã o é chamado pai da fé (Rrn 4:16; Gl
3:7-9); logo, os cristã os de todo o mundo sã o filhos de Abraã o.
Melquisedeque, por sua vez, é um tipo de Jesus Cristo (Hb 7:1-3). O
sacerdó cio de Cristo tem que ver com o sacerdó cio de Melquisedeque
e é um sacerdó cio eterno (Hb 7.24). Abraã o reconhece a
superioridade de Melquisedeque, e dá -lhe o dízimo de tudo (Gn
14.20). Melquisedeque nã o recusa: aceita e dá sua bênçã o. Assim, o
crente (filho de Abraã o) recebe a bênçã o de Cristo (Melquisedeque). A
lei já passou (Rm 6.14,10.4; Ef 2.11-14).
b) A Segunda razã o para o pagamento do dízimo está no parecer de
Jesus em Mateus 23.23. O Senhor Jesus ensina o mais importante da
lei - "o juízo, a misericó rdia e a fé. Estas coisas devem ser praticadas,
sem a omissã o do dízimo da hortelã , coentro e cominho". É certo que
Jesus nã o era contrá rio ao dízimo, mas a favor dele. Alega-se que Jesus
estava se dirigindo aos fariseus hipó critas, e nã o aos discípulos. É
verdade, mas perguntamos: Qual crente pode dispensar a prá tica da
justiça, da misericó rdia e da fé? Pode existir cristã o sem fé? (Rm
10.17; Ef 2.8-10; Hb 11.6).
Mas se por um lado a CCB condena agressivamente o sistema de
contribuiçã o - o dízimo - e a coleta pú blica, por outro, estabelece
vá rios tipos de contribuiçã o que vã o pesar mais do que o dízimo
bíblico. Publicamente nã o fazem coletas, de modo que a pessoa que
entra pela primeira vez tem a impressã o de que na CCB nã o se fala em
dinheiro. Funciona tudo como no jeovismo, que faz convites ao povo
em geral e imprimem nos seus folhetos: "NAO SE FAZ COLETA". O
certo é que já a fizeram de porta em porta, quando venderam suas
revistas.
Assim também, na CCB há as seguintes ofertas:
1. OFERTA DA PIEDADE: É uma contribuiçã o para os pobres da CCB;
2. OFERTA PARA COMPRA DE TERRENOS: Aquisiçõ es de
propriedades;
3. OFERTA PARA FINS DE VIAGEM: Destina-se ao custo das viagens
dos anciã os;
4. OFERTA PARA CONSERVAÇAO DE PREDIOS: Trata-se de
contribuiçã o para reformas de prédios e afins;
5. OFERTA DE VOTOS: Quando alguém testemunha em resultado de
uma bênçã o recebida, dá a sua contribuiçã o como o cató lico, quando
faz promessa aos santos. Como se recolhem todas essas ofertas, se nã o
sã o feitas publicamente? Tudo é colocado na mã o do porteiro, logo na
entrada da casa de oraçã o, onde os envelopes indicam o destino que
se deve dar ao dinheiro. É assim que se fazem contribuiçõ es mais
numerosas e mais pesadas do que o dízimo, mas de modo oculto para
os de fora. O que é a coleta? Coleta é o ato de coletar dízimos e ofertas
(I Co 16.1-3). Deve ser feita de modo claro, como se lê em Lucas 21.1-
4, e nã o as escondidas, uma vez que, em oculto, se dá esmolas (Mt 6.2-
4). "Quando, pois, deres esmolas, nã o faças tocar trombeta diante de
ti, como fazem os hipó critas nas sinagogas e nas ruas, para serem
glorificados pelos homens, Em verdade vos digo que já receberam o
seu galardã o. Mas, quando tu deres esmola, nã o saiba a tua mã o
esquerda o que faz a direita, para que a tua esmola seja dada
ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto te recompensará
publicamente".
8. Só anciã o é diá cono

É outra invençã o da CCB. À luz da Palavra de Deus, a CCB nã o é uma


igreja completa: seu ministério nã o está completo, e um ministério só
é completo quando está de acordo com a Palavra de Deus; portanto,
biblicamente, a CCB é uma igreja com ministério incompleto.
Quanto à s passagens que dizem respeito ao ministério da igreja: Ef
4.11; Atos 6; Tt 1.5; Hb 13.7-17, certamente os membros da CCB as
desprezaram, ou entã o, ignorantemente, dirã o que essas passagens
sã o espirituais, e nã o materiais. Só que quando se refere somente a
anciã os e diá conos aí tornam-se misteriosamente materiais.

Uma igreja defeituosa e pré-fabricada

Aqui está a estranha formaçã o da CCB, estra'nha por nã o existir na


Bíblia esta espécie de hierarquia religiosa
- Anciã o e Diá cono;
- Cooperador de Adultos;
- Cooperador de Jovens;
- Encarregado de Orquestra;
- Porteiro;
- Mú sicos;
- A irmandade em geral
É ó bvio que existem outras funçõ es. Essas seriam as mais conhecidas.
A CCB odeia a palavra "pastor". Seus adeptos alimentam ó dio mortal
aos "pastores". Para eles todo o pastor é ladrã o. Essa doutrina
aprenderam com os anciã os: seus mestres. Eles ensinam que todos os
pastores sã o do diabo, e adoram chamá -los de ladrã o. Para dar
consistência no ensino, declaram existir um só pastor: Jesus Cristo,
baseando seus ensinamentos no Evangelho de Sã o Joã o 10.16 e no
Salmo 23. A CCB nã o consegue entender a Palavra de Deus. Seus
líderes continuam cheios de preconceitos. É claro que uma pessoa
normal jamais aceitaria essas ideias por vias normais, mas acabam se
rendendo pelo cansaço e pelo misticismo. O que leva hoje muitas
pessoas a se escravizarem debaixo desse sistema religioso, sem
questioná -lo em hipó tese alguma, é a maneira sagaz de seus líderes e
adeptos manejarem a Palavra de Deusa fazendo-se porta-vozes do
Espírito Santo, infalíveis, supostos detentores da verdade eterna.
Quem questiona qualquer ensino da CCB, dizem eles, questiona a
Deus, de forma que nã o se pode discordar ou questionar na CCB.
Todos sã o guiados sem vontade pró pria a obedecer mente à palavra
dos anciõ es.
O anciã o "ensina" que todo o pastor é ladrã o. A irmandade inteira sai
repetindo o uso assunto, como se fosse um eco do anciã o. A
irmandade nã o pensa, nã o analisa, nã o busca apoio bíblico, nã o ora,
mas fidedignamente sai como robô s imitando as palavras dos anciõ es,
como fazem as chamadas "Testemunhas de Jeová".
Para a CCB o correto é o cargo de "anciã o". Anciã o, bispo, presbítero,
superintendente possuem o mesmo significado. A CCB condena a
palavra presbítero mas ainda nã o descobriu que anciã o é a forma
hebraica para presbítero, ou bispo, no grego.
A CCB é tã o contraditó ria que comete deslizes impensáveis, no
pará grafo nú mero 10 das doutrinas da CCB, diz: "Nó s cremos que o
Senhor Jesus Cristo tomou sobre Si as nossas enfermidades. Está
alguém entre vó s doente? Chame os PRESBÍTEROS da Igreja, e orem
sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. E a oraçã o da fé
salvará o doente, e o Senhor o levantará ; e se houver cometido
pecados, ser-lhe-ã o perdoados (Mateus, 8:17; Tiago 5:14,15)". Ora, se
para os crentes da CCB somente a palavra anciã o está certa, por que
colocaram em seu texto essa passagem bíblica? Veja como eles caem
em suas pró prias armadilhas.

A manutençã o dos obreiros (I CO 9:4-14)

Este texto é uma defesa de Paulo sobre o sustento dos obreiros. Os


que pensam doutro modo ficam sem argumentos ante a clareza e
objetividade com que o apó stolo trata o assunto. Vejamos o texto na
íntegra: "Os dízimos eram destinados aos levitas e sacerdotes (Nm
18:21-24; Hb 7.5), para que houvesse sempre mantimento na Casa de
Deus (Ml 3.10). Os filhos de Levi e os ministros do altar, por sua vez,
pagaram os dízimos dos dízimos recebidos (Nm 18.26).
Paulo, como os demais judeus, tinha uma profissã o alternativa:
fazedor de tendas (Atos 18.3). Desse oficio provinha o necessá rio para
o seu sustento, pois temia escandalizar os irmã os e nã o queria correr
o risco de ser interpretado como aventureiro, em Corinto.
A Bíblia ensina ainda que o obreiro é digno do seu salá rio (I Co 9: 4-
14; I Tm 5:18). Paulo ainda recomenda que o obreiro nã o se envolva
com negó cios estranhos ao seu ministério pastoral (II Tm 2:4). O
mesmo decidiu a novel Igreja de Jerusalém (Atos 6:4). O mesmo pode
ser dito do ministério pú blico de Jesus (Mc 1:18; Jo 12:6; 13:29). Paulo
mesmo nã o recusou o seu sustento (II Co 11:8; Gl 6:6). Viver do
Evangelho, em I Coríntios 9.14, significa tirar o seu sustento do
ministério que exerce como pastor.

9. Pregaçã o do evangelho
''Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura" Mt
26.18
Jesus nã o ordenou para que seus discípulos esperassem, até que
alguém sentisse que deveria aceitar o Evangelho. Jesus jamais disse ao
pecador: "Se sentires e fores ao templo será s salvo". Ao contrá rio, Ele
disse à igreja: "Ide por todo o mundo; pregai o evangelho a toda
criatura" (Mc 16.15). A CCB ignora este versículo, pois se existe um
versículo que mais a incomoda sobre o assunto de evangelismo, tal
versículo, é este. Se nã o obedecemos a esse mandamento, pecamos
contra a Palavra do Senhor Jesus Cristo, mas a CCB, além de nã o
obedecer ao mandamento, escarnece dos que obedecem à ordem de
Cristo.
A CCB defende que nã o se deve sair para evangelizar, utilizando-se
novamente de versículos bíblicos fora do contexto. Eis aqui os
versículos citados pela CCB: Mateus 6.5; Mateus 7.6; Mateus 12.18-21.
Apegados a estes versículos a CCB busca desesperadamente justificar
sua recusa ao "ide" do Senhor Jesus.
É comum ouvirmos da irmandade que os crentes vã o à praça pú blica,
para se aparecer, escandalizando a Palavra de Deus. Muitos nã o citam
nada da Bíblia para defender essa ideia; outros, porém, citam os
versículos acima mencionados. É importante o leitor saber que a
Igreja cresceu porque todo o novo cristã o bem como todos os
membros, cheios do Espírito Santo, saíam para todas as partes
anunciando, pregando o Evangelho. Dizer que quando alguém vai a
algum lugar pú blico para anunciar o evangelho, o faz para aparecer, é
atitude desprovida de qualquer realidade bíblica e nã o bíblica. Será
que quando Estêvã o pregava fazia isto para aparecer? E Paulo? Será
que na Grécia ele fazia isto para se aparecer? Será que no dia de
Pentecoste, quando Pedro ficou de pé e pregou publicamente, fez isso
para aparecer? (At 2.14-36). Será que Paulo, quando pregou na cadeia
de Filipos, fez isso para aparecer (At 16.25-34), e quando ele pregou
no areó pago para os filó sofos: fez isso para aparecer? (At 17.22-31).
Será que homens de Deus imitariam esse exemplo só para aparecer?
Pense bem nisto, leitor: se esse estranho argumento da CCB é
proveniente de Deus.
Outro argumento da CCB é que devemos pregar ou anunciar o
evangelho somente quando sentirmos, ou melhor, quando o Espírito
Santo mandar. Esse argumento da "irmandade" é muito interessante
porque eles só sentem que devem "anunciar", ou o Espirito Santo só
fala para eles "anunciarem", quando coincidentemente alguém aceita
a Jesus em alguma igreja evangélica: aí ele vem anunciar a "Gloriosa
Congregaçã o". Estranho, porque antes que a pessoa se converta,
ninguém sente, e o Espírito Santo nã o manda ninguém! Mas ao
contrá rio: quando descobre que alguém aceitou a Jesus em alguma
igreja evangélica, aí imediatamente sentem a chamada! Você acha isso
normal?
Prezado leitor, sinceramente espero ainda que algum dia a CCB se
desperte e aprenda o que é fazer a obra de Deus, e como é importante
nos esforçarmos para divulgá -la. Vejamos o ensinamento da Palavra
de Deus:
"E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissã o dos
pecados, em todas as naçõ es, começando por jerusalém". (Lc 24.47).
"Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vó s; e
ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e
Samaria, e até aos confins da terra" (Atos 1.8).
"De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos e
todos os dias na praça com os que apresentavam" (At 17.17).
"E no dia de sá bado saímos fora das portas, para a beira do rio, onde
julgávamos ter lugar para oraçã o; e, assentando-nos, falamos à s
mulheres que ali se ajuntaram" (At 16.13).
"E, havendo passado ali aqueles dias, saímos, e seguimos nosso
caminho, acompanhando-nos todos, com suas mulheres e filhos até
fora da cidade; e, postos de joelhos na praia, oramos (At 21.5).
Eu sou devedor, tanto a gregos como a bá rbaros, tanto a sá bios como a
ignorantes. E assim quanto está em mim, estou pronto para também
vos anunciar o evangelho, a vó s que estais em Roma"" (Rm 1.14-15)."
Porque se anuncio o evangelho nã o tenho de que me gloriar, pois me é
imposta essa obrigaçã o; e ai de mim, se nã o anunciar o evangelho (I
Co 9.16).
"'Porque também a nó s foram pregadas as boas-novas, como a eles,
mas a palavra da pregaçã o nada lhes aproveitou, porquanto nã o está
misturada com a fé naqueles que a ouviram". (Hb 4.2). Ainda podemos
citar Lc 13:23; 14:21-23; 13:26; Mc 1:15-20; Mt 8:1 e muitos outros
exemplos na Palavra de Deus.
Para concluirmos, observe o testemunho do fundador da CCB, Louis
Francescon: "No mesmo ano, ouvi o Evangelho por meio da pregaçã o
do irmã o Miguel Nardi. Em Dezembro de 1891 tive do Senhor a
compreensã o do novo nascimento". (CCB - Histó ria da Obra de Deus,
revelada pelo Espírito Santo, no século atual - IV ediçã o - pá g. 07 -
1977).
Veja, leitor: os adeptos da "Gloriosa Congregaçã o" entram em conflito
com o ensinamento de Jesus, dos apó stolos e de seu fundador. Nã o
pouparam nem o pró prio fundador, mas, como se nã o bastasse isso,
observe a seguir os hinos que eles cantam em seus cultos.
Pelo que pudemos observar os adeptos da CCB, estã o em desacordo
com seus pró prios ensinamentos, ou entã o talvez estejam tao
acostumados a ler sem pensar, que nã o podem ver mais nada, pois
estã o totalmente debaixo de um certo "misticismo religioso": o medo
de fazer qualquer observaçã o acerca de qualquer ponto doutriná rio
destoante da Bíblia, pois temem a desgraça que lhe trará a mã o de
Deus. É comum os "sossegados" e os "rebeldes" receberem oraçõ es
praticamente "diabó licas", além da conhecida expressã o: "cuidado
com a mã o de Deus".
Um certo adepto da CCB, lendo esse comentá rio, disse-me que os
hinos nã o estã o mandando ninguém pregar fora do templo, pois os
hinos nã o dizem que é para ir à s praças, ruas etc. Segundo dizia ele, a
igreja é o lugar onde devemos ouvir a Palavra; porém, para a
infelicidade dele, nã o é isso que diz o hino 209, do biná rio Louvores e
Sú plicas a Deus, cujo título é "Levemos a mensagem com amor", pois
na estrofe 2 diz expressamente o hino: "...por terra, pelo ar e pelo mar,
o evangelho vamos proclamar..." Só nã o enxerga essa realidade quem
nã o quer ver, pois acredito que no mar e no ar nã o existe templo, salvo
se a Congregaçã o inventar algum, talvez um navio-templo ou aviã o-
templo, quem sabe?
Finalizamos este pequeno comentá rio fazendo o seguinte alerta: Será
que a CCB ao invés de criticar a pregaçã o do evangelho fora do templo,
nã o deveria imitar o Senhor Jesus, a Igreja primitiva, os apó stolos e
todos os verdadeiros discípulos de Cristo, que sem se intimidar
levaram as boas novas para todo o mundo? Será que nã o lhes seria
mais glorioso entrar na seara e trabalhar? Para nó s, uma ú nica palavra
do Salvador Jesus Cristo vale mais do que todos os argumentos
infundados da CCB, ou seja: "IDE POR TODO O MUNDO E PREGAI O
EVANGELHO A TODA A CRIATURA." (Mt 28.18). Ver At 17.17; 20.20.

10. Oraçã o somente de joelhos

Como atentar ao conselho de Paulo I Tessalonicenses 5:17: "Orai sem


cessar"?
Se a oraçã o deve necessariamente ser de joelhos, ter-se-ia que passar
o dia de joelhos?Dizem os adeptos da CCB que somos fariseus porque
oramos de pé.
É verdade que o texto de Lucas 18.11 declara que o fariseu estando
em pé, orava e sua oraçã o nã o foi ouvida. Mas no versículo 13 declara
que o publicano achava-se também em pé e sua oraçã o foi ouvida,
versículo 14. Logo, nã o é a posiçã o do corpo que influiu na resposta a
oraçã o, mas a situaçã o do coraçã o (Is 1.15-16; 9.1-2).

A Bíblia aponta vá rias posiçõ es para oraçã o:

- Oraçã o com olhos abertos e em pé - Gn 18:22; Jo 11:41-42;


- Oraçã o sentado - At 2:1-4;
- Oraçã o de có coras - I Reis 18:42;
- Oraçã o no ventre do peixe - Jn 2.1-3;
- Oraçã o deitado na cama - Is 38.2-3.
Assim nã o há posiçã o exala para a oraçã o. Podemos orar sempre e em
todo lugar. Efésios 6.18; I Tessalonicenses 5.17 e I Timó teo 2.8.

Peculiaridades pró prias da Congregaçã o Cristã no Brasil

- Nã o tem mecanismos formais para comunicaçã o, exceto uma circular


bimestral que anuncia as datas e locais dos pró ximos batismos, nã o
distribuem folhetos, revistas, jornais;
- Tem um ú nico manual de procedimento intitulado "Reuniõ es e
Ensinamentos" datado de 25, 26 e 27 de março de 1948 e "Pontos de
Doutrina e da Fé Que Uma Vez Foi dada aos Santos" (VII ediçã o);
- Nega possuir hierarquia;
- Nã o possui registros de membros;
- Nã o faz coletas pú blicas nas reuniõ es;
- O membro da CCB vai ao templo em média três vezes por semana;
- A Ceia do Senhor é celebrada anualmente com um só pã o e partido
com a mã o e também com um só cá lice;
- Proibiçã o taxativa de assistir cultos em outras igrejas;
- Cerimô nias de casamento nã o se realizam no templo. O crente da
CCB deve também abster-se de participar de festas de casamentos de
pessoas nã o pertencentes à CCB, sob a alegaçã o participar de coisas
sacrificadas aos ídolos;
- Cerimô nias fú nebres sã o proibidas nos templos;
- Proibidos os cultos de vigília de fim de ano
- Pedidos de oraçã o por estranhos só sã o atendidos se o Espirito Santo
determinar;
- Uso imoderado de bebidas alcoó licas;
- Blasfêmia contra o espírito Santo é a prá tica de adultério;
- Proibiçã o de os pró prios crentes fotografarem durante os cultos. Só
permitido por estranhos;
- Sono da alma no intervalo entre a morte e a ressurreiçã o.

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