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CHARTIER, R.

O Mundo como Representação [1991, 2002]

Anos 1960’ (?) Décadas 1960 e 1970 Fim dos anos 1980
Desafio antigo: Ciências sociais solapavam a Legitimidade científica renovada e centralidade institucional Editorial Annales – 1988
posição mantida pela história no campo Artigo Chartier - 1991
universitário
Resposta dos historiadores. História social quantitativa História padece com o esgotamento de aliadas tradicionais
A) Captação de frentes abertas por outros. História social da cultura em sua acepção clássica (hábitos (geografia, etnologia e sociologia)
1) novos objetos, culturais e oposições sociais, ex. povo /elite). Desafio à história se ampara na crítica aos postulados das
2) novos territórios; História sociocultural ciências sociais: 1) retorno a uma filosofia do sujeito, que
3) retorno às fundações dos Annales recusa os condicionamentos sociais; 2) primazia do político
(aparelhagens mentais); Princípios de intelegibilidade do método histórico: (mais globalizante). O urgente então é separar a história
4) uma história das mentalidades distante da 1) projeto de uma história global; das ciências sociais.
velha história das ideias quanto das 2) definição territorial dos objetos de pesquisa (local, país),
conjunturas/ estruturas; necessário à história total; I) Renúncia à descrição da totalidade social e ao modelo
5) novos modos de tratamento (análise 3) recorte social para compreender divisões culturais. braudeliano; recusa a privilegiar as determinações.
linguistica e semântica; estatísticas da Tentativas de decifrar as sociedades; consideração de que
sociologia, modelos da antropologia). 1949- Braudel – O Mediterrâneo.. práticas ou estruturas são produzidas por representações.
1958- Lucien FEBVER, Henry-Jean MARTIN, O aparecimento do
B) Por outro, não se podia abandonar a força livro (quantitativo) II) Renúncia a considerar as diferenciações territoriais como
da disciplina, o tratamento de fontes seriais; 1964- Jacques Le Goff - A civilização do Ocidente Medieval os âmbitos obrigatórios da pesquisa.
os princípios da história das economias e 1967- Frances Yates- Ideias e ideales do Renascimento
sociedades foram aplicados a novos objetos. 1968- Robert Mandrou-Magistrados e Feiticeiras ... III) Renúncia ao tirânico recorte do social. Não é possível
1972- Michel VOVELLE. Pieté baroque et déchristianisation em qualificar práticas culturais em termos sociológicos, nem
 fidelidade aos postulados da história social Provence ao XVIII siècle tudo se organiza em termos de estado e de fortuna.
1974 - Philippe Ariès - História da Morte no Ocidente: da Idade Sociedade é atravessada por pluralidade de clivagens e
Media aos nossos dias diversidade de empregos de materiais.
1975-Natalie Z. DAVIS. Culturas do povo: sociedade e cultura
1977- J. Le Goff - Para uma outra Idade Média: Tempo, Trabalho
e Cultura no Ocidente -Noção de apropriação (reformulada)
1978-Delumeau – História do medo no Ocidente
1978- Muchembled – Cultura popular e elite cultural... -------------------
1978- Georges Duby - As três ordens ou o imaginário do ----------------
feudalismo
1979 – Braudel - Civilisation matérielle, économie et capitalisme,
XVe-XVIIIe siècle
1981- Jacques Le Goff- O Nascimento do Purgatório

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