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1. Introdução
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Professora da UTFPR, Mestranda em Educação UNESP, moura@utfpr.edu.br.
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Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248
Universidade Estadual de Londrina, 27 a 29 de maio de 2014
GT 8 - Gênero e Educação: reflexões sobre materiais didáticos, práticas e representações –
Coord. Adriana Regina de Jesus
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Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177-8248
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Coord. Adriana Regina de Jesus
É ainda Silva (2005) quem afirma que no cenário brasileiro existe, no momento
político atual, um terreno fértil para o florescimento de novas práticas, embora projetos
educativos distintos estejam sempre em correlação de forças antagônicas. As diretrizes
são apenas documentos com um posicionamento; resta às universidades fazer a
diferença a partir da formação inicial nos cursos de licenciatura em Artes e
desempenhar seu papel social na formação continuada dos professores nas escolas e na
pós-graduação. Não podemos esquecer, nesse cenário, da sociedade civil, organizada
em associações e instituições culturais, por meio das quais cumpre seu papel de
denúncia e proposição.
O Processo de Formação dos Professores para o Ensino da Arte não está atrelada
à Lei de Diretrizes e Bases (LDB) 5.692/71, a qual estabelece a obrigatoriedade do
ensino da Arte nas escolas e colégios de I e II Graus mesmo com a criação dos Cursos
de Licenciatura Curta em Educação Artística em 1970. Mas é importante destacar que
desde a década de 1950 esse processo de formação já acontecia de forma sutil em que as
conhecidas escolinhas de arte, através de movimento tornou-se o MEA-Movimento das
Escolas de Arte normalmente conduzidas pelo município, tinham uma formação inicial
e continuada, envolvendo mais particularmente os professores que atuavam no I Grau.
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A começar pela questão que a Arte só passou a fazer parte do currículo escolar a
partir da Lei de Diretrizes e Bases de 1996, para quem estava já cursando a Faculdade
de Artes antes da Lei e também para os que posteriormente optaram por esse curso foi
uma luz no fundo do túnel. Há que se entender que o curso de Artes é diferente dos
demais por abranger várias linguagens que por princípio todas elas devem ser
dominadas pelo professor no final do curso.
Os objetivos e finalidades do ensino da Arte passaram por diversos
entendimentos e concepções. Remetendo-se historicamente aos currículos de ensino da
Arte tanto do séc. XIX como início do séc. XX as disciplinas que fizeram parte deste
campo do saber, foram o ensino da Música e do Desenho. A disciplina de Desenho
estava voltada para a formação de trabalhadores como artesãos e também na preparação
de pessoas que projetassem peças para a industrialização, a Música por conseguinte arte
requintada tanto socialmente como culturalmente ,a propósito era trabalhada nos Liceus,
Escola de Música de Belas Artes.
A música sempre foi considerada por vários autores e pesquisadores, entre eles
Loureiro (2003), Correia (2010), como elemento enriquecedor para o desenvolvimento
humano, que proporciona bem-estar e colabora para a ampliação de outras áreas
necessárias para a formação plena do indivíduo. Conforme estudos, o aprendizado
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o seu desenvolvimento expressivo de acordo com as suas aptidões, aqui cabe observar
que antes de certa forma não era sob esse olhar que o ensino da Arte era defendido.
Quando se tem uma trajetória traçada diante de um saber cultural, a Arte, o qual
se busca a Formação que subentende a melhor intenção em ensinar, há que se questionar
o por quê se perde pelo caminho, dando a entender que é simplesmente uma disciplina
que dita uma sucessão de técnicas de desenho, pintura, alguns exemplos de grandes
representantes dos períodos ou estilos.
Na medida que o ensino da Arte esteja atento ao que propõe o projeto político
pedagógico e também atenda a ansiedade do aluno, o professor deve e merece suporte
didático para a concretização dos objetivos pautados, reconhecendo a importância dessa
disciplina no contexto social, cultura e humano.
4. Considerações finais
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Referências bibliográficas
AZEVEDO, J. M .L.de. A educação como política pública. São Paulo: Cortez, 1997.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB Lei nº. 4.024 de 20 de
dezembro de 1961. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
FUSARI, Maria F.R.; FERRAZ, Maria H.C.T. Arte na educação escolar. São Paulo:
Cortez, 1992.