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UVV- UNIVERSIDADE VILA-VELHA/ES

O MERCADO DA PIMENTA-DO REINO: UMA ANÁLISE DA


ECONOMIA REGIONAL DO ESPÍRITO SANTO.

Fabiano Montebello1
Helvécio de Jesus Jr2

RESUMO

O Brasil é um dos maiores exportadores mundiais de pimenta-do-reino. Sua


maior produção concentra-se na região norte do país, especificamente no estado do
Pará. O Estado do Espírito Santo ocupa a segunda posição no ranking brasileiro. Este
trabalho faz uma análise geral do produto, seu contexto histórico internacional, cultivo,
produção e exportação, inclusive com tabelas analíticas, com ênfase nos números
absolutos tanto para o mercado de exportação quanto de importação do produto,
considerando o desempenho dos últimos cinco anos.

Palavras-chave: Pimenta-do-reino, Brasil, Importação e Exportação.

ABSTRACT

Brazil is one of the largest global black pepper exporters. Its largest production
is concentrated in the northern region of the country, specifically in Pará State. Espírito
Santo State holds the second place in the Brazilian ranking. This paper makes a general
analysis of the product and overviews its international historical context, growth,
production and export, and provides analytical tables with emphasis in absolute
numbers for both the export and import markets of the product, considering the
performance of the past five years.

Keywords: Black pepper, Brazil, Import and Export.

______________________________________________________________________
1
Graduado em Administração (UCAM). Cursando MBA em Logística e Comércio
Exterior (UVV). Email: fabiano.montebello@gmail.com
2
Professor de Metodologia de Pesquisa. Doutor em História – Ufes; Mestre em
Relações internacionais PUC/RJ. Email: helvecio.junior@uvv.br

1
1. INTRODUÇÃO
O objetivo desse trabalho é analisar a cultura, a produção e a exportação da
pimenta-do-reino Piper Nigrum em grão, in natura, desidratada, através do
levantamento da produção e das exportações do produto nos últimos seis anos, através
de gráficos, revisão de leituras existentes e agrupamentos de dados, e enfatizar a
importante e irreversível participação do Estado do Espírito Santo neste contexto.
Pretende também informar e despretensiosamente auxiliar os atuais e novos atores deste
mercado no seu desenvolvimento e nas exportações do produto no estado do Espírito
Santo.

O número de produtores de pimenta-do-reino do gênero Piper Nigrum no


Espírito Santo vem aumentando em progressão geométrica nos últimos anos. Tal
incremento se deve à atrativa demanda pelo produto no mercado internacional, e que
por ser uma “commodity” e ter seu preço obviamente atrelado ao dólar desperta nos
produtores rurais locais o desejo pela maximização de resultados não obtidos a contento
internamente com outras culturas como agropecuária, mamão e côco, por exemplo.
Ainda que de forma incerta e não garantida, uma vez que estes novos produtores não
são “experts” no assunto, inserem-se no mercado buscando o que para alguns pode ser
realmente a chave para as portas do sucesso no agronegócio e para outros tantos nada
mais do que “ouro de tolo”. Pode-se certamente e inclusive denominar “principiantes”
estes novos atores deste mercado, mas com o aumento da produção local, as
organizações - associações e cooperativas - surgem, se fortalecem e acabam por apoiar
estes pequenos produtores, proporcionando-lhes uma segurança inédita, que
dificilmente teriam se atuassem por si só. Outrossim, os players mais experientes e
consolidados há mais tempo neste mercado têm, com esta maior oferta, oportunidades
de comprar a produção destes pequenos produtores e desta forma alavancar seus
resultados, inclusive de exportações, dado o maior volume que podem, por sua vez,
exportar.

O mercado global do que já foi chamado de “ouro negro” e que hoje se


denomina condimentos ou especiarias é extremamente complexo e movimenta cerca de
R$5,6 bilhões por ano. O crescente aumento da população mundial que demanda a cada
dia por uma maior produção de gêneros alimentícios e a busca dos produtores rurais por
produtos que sejam sinônimos de maiores rentabilidades carburam o mercado de

2
pimenta-do-reino. O Estado do Espírito Santo poderá, com as corretas políticas de
incentivo e fomento à produção deste gênero, com mercados produtores devidamente
organizados, com a utilização das mais modernas técnicas de manejo somadas às
condições ideais de clima e solo bem como com as variáveis geográficas e
características logísticas e portuárias favoráveis do Estado, alavancar o setor e contribuir
para o resultado positivo da balança comercial brasileira no que tange às exportações.

1.1 - CONTEXTO HISTÓRICO


As ervas e especiarias datam de mais de 50 mil anos atrás e são originárias
principalmente da Ásia e da região do Mediterrâneo. A maior parte sempre foi
comprada seca; a resistência a mofos e pragas durante a estocagem por meses ou anos,
durante longas viagens no mar ou na terra, foi o que proporcionou a grande expansão do
seu comércio na Antiguidade. Eram utilizadas principalmente para conservar os
alimentos.

Essas especiarias, hoje tão facilmente encontradas em qualquer mercado, já


foram responsáveis por uma verdadeira revolução. Há seis séculos, eram utilizadas para
dar sabor e conservar alimentos e também na medicina. Vendidas a preço de ouro, para
consegui-las, tamanha a sua raridade, grandes expedições eram realizadas – o que
acabou mudando o mapa do mundo: se descobrira o que ainda não fora descoberto, se
conhecera o que era até então desconhecido.
Cada região tem sua especiaria típica. Porém, Índia e China eram – e ainda são –
as origens das especiarias mais usadas. O comércio de especiarias existe desde a
Antiguidade, mas foi a partir do século XIV que as especiarias passaram a ter um novo
valor. A dificuldade de se trazer os produtos até a Europa e o preço elevado desses
condimentos tornaram as especiarias artigo de luxo, e de muito desejo. “O comércio de
especiarias na Europa expandiu-se com as Cruzadas, mas, após a Tomada de
Constantinopla pelos turcos em 1453, a rota dos mercadores europeus foi bloqueada.
Isso dificultou muito o comércio, aumentou o preço dos produtos e fez com que os
países europeus buscassem novas rotas, especialmente marítimas”, (ANA ROSA
DOMINGUES DOS SANTOS - UNB, ESPECIALISTA EM HISTÓRIA DOS
ALIMENTOS).

3
A pimenta-do-reino, originária da Índia, era uma das especiarias mais
procuradas. Era utilizada para temperar e conservar as carnes. O açafrão era usado para
o mesmo fim. Canela, cravo-da-índia, noz-moscada e gengibre serviam para dar mais
sabor aos alimentos. Além de temperar os pratos, havia a crença de que as especiarias
tinham propriedades medicinais: a canela era considerada um tônico estomacal, o cravo
era utilizado como antisséptico bucal e a noz-moscada para casos de digestão lenta,
reumatismo e gota.
Todas essas características conferiam às especiarias um valor inestimável. Tanto
que muitos comerciantes enriqueceram devido à venda de especiarias. Para se ter uma
ideia, o valor da pimenta era tão alto que alguns estudos apontam que 60 kg do tempero
chegaram a valer 52 gramas de ouro. Algumas fontes também informam que o
navegador português Vasco da Gama obteve um lucro de 6.000% com o comércio de
especiarias, em sua primeira viagem à Índia. O Mosteiro de Jerônimos, em Lisboa, foi
construído com dinheiro vindo do comércio das especiarias que Vasco da Gama trouxe
das Índias – o conjunto arquitetônico em estilo gótico, rico em detalhes, demonstrava a
riqueza de Portugal na época. Hoje pertence ao Patrimônio Mundial da Organização das
Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco). Quem tinha acesso às
especiarias eram geralmente os nobres ou então comerciantes muito ricos. Eram
utilizadas, acima de tudo, para ostentar essa privilegiada posição social”.
Vindas do Oriente e consideradas artigos de luxo, pequenas caixas de especiarias
eram oferecidas pelo soberano de uma nação como homenagem. Especiarias também
pagavam serviços, impostos, dívidas, acordos obrigações religiosas, ou seja,
funcionavam como moedas de troca, como dotes, heranças, reservas de capital,
compondo os ativos de um reino (ROSA NEPOMUCENO, 2005).
As características físico-químicas de resistência e durabilidade - o que hoje se
denomina validade - colaboraram ainda mais para se facilitar o comércio das
especiarias: mofos e pragas não eram comuns e não degradavam estes produtos, que
suportavam bem as longas travessias por mar ou por terra. Organizações como as
Companhias das Índias Ocidentais e Orientais surgiram neste contexto. A oportunidade
comercial tornou-as capazes de levantar capital (recursos de investidores cotistas)
necessário às expedições para buscar as especiarias tanto no sul da Ásia, do atual
Paquistão à Indonésia, quanto no continente americano. Segundo ANA ROSA R.
SANTOS, acredita-se que o comércio das especiarias deu origem ao mercado de ações e
de futuros, pois muitas vezes comprava-se a carga do navio que ainda ia partir em

4
expedição – ou seja, comprava-se um produto que ainda não existia, o que se pratica
atualmente nas bolsas de mercados futuros.
Expedições marítimas e terrestres necessariamente implicavam em altos custos e
na precificação das especiarias, elevando seu valor. A figura dos atravessadores também
colaborava para manter o preço elevado. Era necessário, portanto, uma alternativa
econômica para mitigar esta questão. Portanto, países como Portugal e Espanha
passaram a buscar rotas alternativas para chegarem às fontes das mercadorias, reduzindo
despesas, cortando custos e maximizando resultados, potencializando e aumentando o
lucro. É fato que as especiarias não eram o único produto comercializado na era das
grandes navegações: marfim, seda, perfumes, tapetes eram objetos de desejo de
consumidores e alvo dos navegadores.
A Era dos descobrimentos se inciara então com esta busca por novas rotas
marítimas, que fossem livres de domínio ou da ameaça e presença de piratas. “O
processo de efetiva ocupação da América pelos Europeus a partir do Século XVI foi
ocasionado, inicialmente, pela necessidade desses povos em traçar novas rotas para
tornar mais acessível o comércio de especiarias” (RODRIGUES E DA SILVA, 2010).
Várias nações se lançaram ao mar, em busca de novas rotas para consolidar o
comércio de especiarias. Portugal e Espanha, seguidos por Inglaterra e Holanda eram os
principais atores da época, com total destaque e vantagem para os dois primeiros países,
que detinham mais tecnologia e conhecimentos de navegação. Sua presença cultural e
econômica ao longo da costa Africana e da Ásia, assim como a chegada às Américas é o
legado desta era. A importância histórica do comércio de especiarias e das navegações é
imensa, pois havia um intercâmbio natural de história, de cultura e costumes destes
diversos povos com os quais se estabelecia contato. Esta diversidade econômica,
cultural e social mudou a alimentação, o comércio e inclusive o mapa mundi.

2. DEFINIÇÃO:
A pimenta-do-reino (Piper nigrum L.) é uma planta trepadeira, originada da
Ásia, na região da Índia. É a mais importante especiaria comercializada mundialmente e
é usada em larga escala como condimento, e também em indústrias de carnes e
conservas (CONAB, 2015).

5
Segundo a ANVISA, Pimenta-do-reino - é o fruto da Piper nigrum, L, colhido
antes da maturação e dessecado (pimenta preta) ou fruto maduro, desprovido do
pericarpo (pimenta branca). O produto é designado "pimenta-do-reino-preta"ou
"pimenta-do-reino-branca" e, quando moída, "pimenta-do-reino-moída".

3. CARACTERÍSTICAS GERAIS
A pimenta-do-reino deve provir de frutos maduros ou próximos da maturação,
sãos, limpos e dessecados. Os frutos têm forma globular, medindo de 4 a 7 mm de
diâmetro com superfície rugosa.

4. CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉTICAS
Aspecto: grão globular de superfície rugosa (pimenta preta) ou grão globular de
superfície lisa (pimenta branca) ou pó heterogêneo, grosso ou fino.
Cor em grão: preta ou branco-acinzentada, de acordo com o estado de maturidade e
tratamento;
Cor em pó: cinza-escuro, mesclado de partículas acinzentadas (pimenta preta) ou
acinzentada (pimenta branca).
Cheiro: pungente.
Sabor: picante.

5. INTRODUÇÃO NO BRASIL:
A sua introdução no Brasil se originou no século XVII no Estado da Bahia
primeiramente, e sendo levada em seguida para os Estados da Paraíba, Maranhão e Pará.
A exploração econômica, no Brasil, só veio ocorrer de fato a partir de 1933, quando
imigrantes japoneses, que se destinavam ao Pará, trouxeram algumas mudas da
variedade Cingapura (Kuching) e as plantaram em Tomé-açu (PA). Apesar de produzir
pimenta-do-reino, o Brasil importava parte do que produzia e só na década de 1950
tornou-se autossuficiente (DESER, 2008). As poucas mudas introduzidas foram sendo
multiplicadas e, a partir de 1955, com o uso de adubações pesadas, tutores mortos e
outras tecnologias, a cultura proporcionou um incremento rápido na produção brasileira.
Na década de 1980 o Brasil chegou a atingir o nível de maior produtor mundial. Porém,
com a queda do valor da pimenta-do-reino na década de 90 e problemas com doenças

6
como a fusariose fizeram com que caísse de posição. E só no final da década de 90, em
1999 veio a crescer novamente, coincidindo com uma nova subida de preços. No
entanto, continua sendo um dos maiores produtores de pimenta-do-reino (CONAB,
2015).
O Pará representa mais de 80% da área plantada no País, sendo o maior produtor
nacional, seguido do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro,
mas a média de produtividade é inferior a 2,5 quilos de pimenta preta por planta. No
entanto, já existem tecnologias disponíveis que permitem obter uma produção superior a
3,5 quilos de pimenta preta por planta e aumentam a longevidade de cultivo (DESER,
2008).

6. PRODUÇÃO MUNDIAL
Os maiores produtores de pimenta-do-reino em escala mundial são, a Índia,
oscilando entre a segunda posição Brasil e Indonésia.

Na Ásia, é cultivada na Índia, Vietnam, Indochina, Sri-Lanka, Indonésia e


Malásia; na África, em Camarões, Nigéria, República Centro-Africana e Congo; nas
Américas, em Porto Rico, Jamaica, Brasil e Bolívia, além de outros.

7. PRODUÇÃO BRASILEIRA INTERNACIONAL


O Brasil produz três tipos de pimentas exportadas no mercado internacional: a
pimenta preta, a branca e, em pequena escala, a verde. Todas essas pimentas são a Piper
nigrum, onde a diferença está no estágio de maturação na qual são colhidas. Uma vez
que o país não tem a necessidade de importar pimenta para atender o consumo interno, a
maior parte da produção, correspondente a 85%, é exportada (CONAB, 2015).

A pimenta-do-reino corresponde por quase 0,5% das vendas externas do


agronegócio brasileiro, ao lado da soja e suco de laranja, chegando a representar cerca
de 0,10% das exportações globais brasileiras (CONAB, 2015).

O Brasil é um dos maiores produtores de pimenta-do-reino, oscilando entre a


segunda e terceira posição no mercado mundial. Das 50 mil toneladas por ano, o país
exporta 45 mil, principalmente para a Europa e para os Estados Unidos (SECUNDINO,
2003).

7
A Nomenclatura Comum do Mercosul, utilizada para identificar a natureza da
mercadoria pimenta-do-reino segue:

- 09041100: Pimenta do gênero piper, não triturada, nem em pó;

- 09041200: Pimenta do gênero piper, triturada ou em pó.

Em relação às exportações mundiais de 2011 a 2016 houve um aumento


significativo na demanda do quilo liquido de pimenta, com ênfase de setembro a
dezembro, onde ocorre a colheita da mesma, embora em 2016 tenham sido exportados
30.881.652 quilos líquidos, montando em uma receita de US$ 246.501.361 FOB, contra
37.899.057 quilos líquidos com receita de US$347.507.511 dólares americanos FOB em
2015.

Tabela 1- Exportação de pimenta-do-reino, custo em dólares americanos.

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

US$ US$ US$$ US$ US$$ US$ US$


Descrição

10.418.601 17.796.628 15.064.006 26.128.962 39.745.463 36.701.056 23.451.337


JAN
13.394.161 11.768.481 14.329.946 23.231.684 22.491.615 33.154.966 25.251.129
FEV
13.679.862 14.683.280 15.108.188 18.996.392 17.099.368 31.100.179 27.715.573
MAR
11.414.632 10.592.681 16.340.068 12.524.732 25.466.821 14.414.912 18.298.601
ABR
8.312.215 12.166.218 16.870.263 7.945.193 13.273.461 9.738.178 18.022.094
MAI
8.421.482 9.758.957 11.619.156 8.312.769 13.047.018 9.564.306 12.255.189
JUN
8.421.482 14.727.404 12.502.728 13.349.841 15.232.281 4.609.239 -
JUL
12.088.176 16.122.546 9.759.586 17.446.134 19.622.925 6.575.032 -
AGO
29.345.156 17.310.489 19.029.651 30.165.700 32.037.838 19.697.376 -
SET
33.360.572 24.691.317 28.159.274 47.210.948 52.220.822 29.429.155 -
OUT
24.492.092 22.419.654 23.054.879 44.040.867 51.043.304 25.663.184 -
NOV
28.063.693 20.009.713 18.548.631 45.278.702 46.226.595 25.853.778 -
DEZ
Fonte MDIC

Tabela 2- Exportação de pimenta-do-reino, quilo liquido (Kg Líquido)

8
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Kg Kg Kg Kg Kg Kg Kg
Descrição
Líquido Líquido Líquido Líquido Líquido Líquido Líquido
JAN 2.248.028 2.543.957 2.408.432 3.492.071 4.333.012 4.303.089 3.373.029
FEV 2.791.492 1.679.013 2.294.000 3.106.579 2.439.608 3.943.150 3.930.070
MAR 2.862.597 2.016.148 2.332.786 2.531.680 1.925.126 3.720.732 4.601.502
ABR 2.336.500 1.433.704 2.537.100 1.662.240 2.756.091 1.745.506 3.204.194
MAI 1.600.740 1.705.419 2.659.024 1.011.516 1.434.951 1.136.202 3.234.013
JUN 1.532.002 1.461.933 1.839.198 1.016.303 1.362.200 1.062.997 2.449.016
JUL 745.286 2.265.796 1.980.060 1.544.485 1.511.730 473.358 -
AGO 1.960.374 2.623.942 1.508.876 1.901.526 1.946.502 740.129 -
SET 4.551.436 2.790.004 2.946.170 3.230.409 3.361.220 2.435.414 -
OUT 4.706.079 3.893.493 4.226.089 4.936.975 5.682.642 3.939.880 -
NOV 3.412.923 3.491.811 3.328.575 4.785.317 5.759.770 3.509.813 -
DEZ 3.898.958 3.182.031 2.514.655 4.952.960 5.386.205 3.871.382 -
Fonte MDIC

Atualmente, o estado do Pará é responsável por quase 84% da produção


brasileira, seguido pelo estado do Espírito Santo que concorre com mais 10% desta
produção, com o restante sendo distribuído em diversos estados. (IBGE, 2015).

Entre os anos de 2011 a 2015, observa-se que São Paulo e Mato Grosso do Sul
diminuíram drasticamente a exportação de pimenta-do-reino e o estado de Pernambuco
começa a exportar em 2015.

Tabela 3- Principais estados que mais exportam pimenta-do-reino (em dólares americanos):

2011 2012 2013 2014 2015 2016


Descrição USS USS USS USS USS USS
Pará 151.427.989 132.770.314 158.161.226 204.189.519 227.639.182 173.751.061
Espirito Santo 27.865.553 45.743.613 34.116.018 73.382.721 108.024.458 64.234.193
Bahia 4.928.104 5.833.245 6.325.406 13.885.661 9.773.415 6.355.165
Consumo de 0 6.640 295.703 1.664.851 1.343.516 0
bordo
São Paulo 13.546.697 7.547.877 1.338.076 1.426.032 529.171 1.854.812
Maranhão 0 0 0 0 131.498 0
Rio Grande do 47.153 64.747 91.900 59.456 62.110 0
Sul
Mato Grosso 17.953 30.671 11.790 21.401 3.517 6

9
do Sul
Paraná 934 1.529 760 1.584 282 581
Minas Gerais 1.824 37.192 45.497 59 189 0
Goiás 0 9.603 0 640 122 0
Pernambuco 0 0 0 0 51 0
Rio de Janeiro 0 1.937 0 0 0 0
Fonte MDIC

Tabela 4- Principais estados que mais exportam pimenta-do-reino (quilo liquido).

2011 2012 2013 2014 2015 2016

Descrição Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido

Pará 25.012.100 20.086.650 24.078.100 23.257.950 24.903.750 21.962.735


Espirito
4.613.123 7.028.447 5.334.163 8.899.120 11.783.525 7.905.502
Santo
Bahia 849.550 849.640 921.420 1.648.615 1.001.700 752.750
Consumo de
0 640 45.500 183.500 141.500 0
bordo
São Paulo 2.155.292 1.093.069 157.873 164.580 46.688 223.674

Maranhão 0 0 0 0 15.000 0
Rio Grande
6.000 8.002 11.000 6.000 5.000 0
do Sul
Mato
Grosso do 10.050 16.904 6.750 12.100 1.500 6
Sul
Paraná 194 137 85 143 258 60
Minas
106 3.047 20.074 5 12 0
Gerais
Goiás 0 595 0 48 120 0

Pernambuco 0 0 0 0 4 0
Rio de
0 120 0 0 0 0
Janeiro
Fonte MDIC

Ocorreu um aumento significativo na importação de pimenta-do-reino para o


Brasil, tendo sido São Paulo o maior importador do país seguido do Rio de janeiro,
Paraná e Minas Gerais, entre 2011 e 2015. Podemos observar que Rondônia,
Pernambuco, Alagoas, Bahia e Santa Catarina em 2011 não produziram registros de

10
importação do produto. E o Distrito Federal, a partir de 2012, não importou mais a
pimenta-do-reino.

Países dos quais o Brasil mais importa: Itália, Espanha, África, Vietnam,
Indonésia, México, Índia, Honduras, China e França.

Tabela 5- Importação de pimenta-do-reino, em dólares americanos.

2011 2012 2013 2014 2015 2016


Descrição USS USS USS USS USS USS
JAN 12.926 8.873 80.122 62.820 124.399 735
FEV 16.566 109 74.668 99.441 85.643 16.299
MAR 20.483 30.589 52.415 30.442 8.494 69.532
ABR 7.216 22.559 50.411 45.593 83.643 134.652
MAI 34.043 79.453 28.795 56.999 65.844 98.046
JUN 15.806 11.413 72.323 15.640 65.674 68.533
JUL 323 3.163 35.946 78.315 50.750 88.301
AGO 24.196 23.289 28.200 37.661 73.239 632.298
SET 42.623 56.228 18.718 52.557 25.043 108.293
OUT 39.675 47.304 108.821 194.570 100.154 56.559
NOV 42.464 47.360 85.494 231.861 69.627 105.408
DEZ 11.288 2.139 15.489 124.070 26.401 93.770
Fonte MDIC.

Tabela 6- Importação de pimenta-do-reino, quilo liquido.

2011 2012 2013 2014 2015 2016


Descrição Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido
JAN 397 318 9.664 1.476 15.882 184
FEV 540 2 1.421 2.394 4.107 871
MAR 415 907 1.758 861 460 2.667
ABR 82 640 1.031 1.435 2.272 32.187
MAI 760 1.457 5.677 2.340 2.242 3.099
JUN 677 265 1.377 684 1.827 2.560
JUL 17 143 974 2.337 2.223 3.164
AGO 715 544 838 1.309 6.976 71.835
SET 3.329 3.144 4.442 2.408 1.024 26.935
OUT 774 1.092 2.808 10.440 3.378 2.200
NOV 1.169 1.726 2.436 29.875 2.389 21.960
DEZ 240 140 321 25.645 945 8.229
Fonte MDIC

11
Tabela 7- Estados que mais importam pimenta-do-reino, em dólares americanos.

2011 2012 2013 2014 2015 2016

Descrição USS USS USS USS USS USS

São Paulo 119.398 202.918 383.076 380.190 133.557 291.346

Rio de 88.352 124.911 192.397 84.012 92.510


94.404
Janeiro

Paraná 48.065 32.321 61.888 295.698 282.849 266.499

Minas Gerais 4.982 0 21.957 11.992 28.316 16.271

Distrito
760 0 0 0 0 0
Federal

Rondônia 0 0 0 12.975 12.590 0

Pernambuco 0 0 8.835 15.574 31.976 23.296

Alagoas 0 0 0 108.132 158.860 77.339

Bahia 0 0 37.396 0 458 3.670

Santa 8.888 13.339 13.011 46.293 83.439


0
Catarina
Fonte MIDC.

Tabela 8 - Estados que mais importam pimenta-do-reino, quilo liquido.

2011 2012 2013 2014 2015 2016

Descrição Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido

São Paulo 2.434 6.171 24.732 31.998 17.222 83.372

Rio de Janeiro 2.889 2.769 3.542 5.792 2.691 2.800

Paraná 3.765 1.273 2.360 12.777 12.849 10.884

Minas Gerais 21 0 766 558 1.220 572

Distrito Federal 6 0 0 0 0 0

Rondônia 0 0 0 4.000 3.000 0

Pernambuco 0 0 337 612 1.167 699

Alagoas 0 0 0 25.101 3.796 3.115

12
Bahia 0 0 765 0 17 95

Santa Catarina 0 165 245 366 1.763 2.919

Fonte MIDC.

Os principais modais utilizados na exportação da pimenta-do-reino são


marítimos, aéreo e rodoviários, respectivamente por ordem de volume, dando destaque
ao transporte marítimo na categoria FOB. E a respeito da importação aparecem o
marítimo e o aéreo, representando 1% do que é importado.

Os portos mais utilizados para a exportação do produto são respectivamente


Barcarena/PA, Belém/PA, Santos/SP, Vitória/ES, Rio de Janeiro/RJ, Rio de Janeiro -
Sepetiba/RJ, Fortaleza/CE, Salvador/BA e Recife-Suape/PE.

Os principais compradores da pimenta-do-reino do Brasil, são os estados


Unidos, que no ano de 2014 importaram 11 mil toneladas, seguidos da Alemanha com 9
mil toneladas e França com 2 mil toneladas. Houve considerável evolução na
exportação do produto para a Alemanha e uma redução significativa para a Holanda.

Tabela 9- Exportação Brasileira para os principais compradores, em Kg

2011 2012 2013 2014 2015 2016


Descrição Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido Kg Líquido

USA 12.821.040 9.660.913 11.683.091 11.690.140 1.727.500 7.297.482

Alemanha 5.015.884 5.521.000 6.810.000 9.687.900 1.438.000 9.235.200

França 1.731.800 1.629.768 1.628.500 2.184.000 188.000 2.173.500

Espanha 1.301.500 2.370.000 2.253.200 1.582.375 372.500 2.564.000

Holanda 1.902.000 1.022.815 998.370 351.000 2 1.537.850

México 2.014.100 2.399.199 1.936.470 2.192.000 66.000 1.865.410

Argentina 1.024.102 1.361.342 1.406.942 1.052.450 81.500 1.061.375

Vietnam 1.250.000 203.000 750.000 2.067.100 150.000 668.670

Outros 5.585.989 4.919.214 3.108.392 3.365.096 309.510 7.042.165

Fonte. MDIC.

13
8. A PIMENTA-DO-REINO NO ESPÍRITO SANTO:
O estado do Espirito Santo é o segundo maior produtor e exportador nacional de
pimenta-do-reino, com uma média de 6,7 mil toneladas produzidas. Concentrando o seu
plantio na região norte do estado, com destaques nas cidades de São Mateus e Jaguaré,
equivalente a 75% da área cultivada e da produção (CONAB,2015).

O Espirito Santo possui 7.162 hectares de área plantada de pimenta-do-reino,


sendo 3720 hectares em produção e 3.442 hectares em formação (IBGE,2015).

A variedade Cingapura, ao que parece, foi introduzida primeiramente em


Linhares, com mudas originarias do Pará e, posteriormente, novas introduções foram
efetuadas a partir do Estado da Bahia. Atualmente, no Espírito Santo, cultiva-se área
superior a 2.300 ha, predominando as cultivares Cingapura, Bragantina, Guajarina e
Laçara.

Os bons resultados financeiros proporcionados pelo cultivo da pimenta do reino


vêm aumentando, a cada ano, a produção no Espírito Santo. Para expandir o cultivo,
muitos produtores capixabas estão até trocando o café pela pimenta.

A colheita de pimenta-do-reino destacou-se no ano de 2015, alcançando


acréscimo de 82,5% na produção, com expansão de 50% na área colhida, segundo os
dados do Boletim da Conjuntura Agropecuária do Espírito Santo. Já a produção de café,
no mesmo período, diminuiu 20,2%, tendo queda também na área colhida, que reduziu
0,8% (CONAB,2015).

As cidades que tiveram uma representatividade maior na produção de pimenta-


do-reino foram São Mateus, Jaguaré, Vila Valério, Boa Esperança e Sooretama. Em
Vila Valério, por exemplo, em três anos houve um salto de 100 para 600 hectares de
plantação de pimenta, que já é produzida em 31 municípios do estado do ES.0°S e
altitudes de até 2.400 m (CONAB,2015).

A seguir, tabela com histórico da área e da produção de pimenta-do-reino de


2010 a 2015, onde se pode observar que no período de 2010 a 2014 a produção estava
estável, com pouca variação e em 2015 houve um salto considerável. E também
observa-se que sua área cultivada aumentou substancialmente no em 2015.

Tabela 10- histórico da área e da produção de pimenta-do-reino

14
ANO ÁREA (hectares) PRODUCAO (toneladas)
2010 2.322 7.478
2011 2.340 6.589
2012 2.381 6.670
2013 2.383 6.728
2014 2.565 7.290
2015 3998 13863
Fonte: IBGE.

9. A ACEPE
Com o objetivo de estabelecer a representatividade do setor de especiarias e
contribuir para a regulamentação do setor, impulsionando as soluções de entraves que
ainda atingem os empresários locais, além de fomentar a melhoria no padrão de
qualidade das especiarias capixabas ofertadas ao mercado internacional, foi fundada a
Associação Capixaba dos Exportadores de Pimentas e Especiarias, a ACEPE. Seu atual
presidente, Sr. Rolando Martin, entrevistado pelo autor, gentilmente colaborou com este
trabalho respondendo à algumas questões sobre o cenário atual e a posição do Estado do
Espírito Santo no setor. A transcrição da entrevista, na íntegra, segue abaixo:

1. Quais são os grandes desafios enfrentados pelo setor no ES?


Igualmente ao Vietnam, o Espírito Santo está com problemas na
comercialização da sua pimenta-do-reino para a comunidade Econômica
Europeia, já que nas pimentas importadas dessas origens os importadores estão
fazendo análise de resíduo de pesticidas e está se encontrando pesticidas em
níveis fora dos permitidos para alimentos dentro da C.E, além de produtos de
uso proibidos em alimentos.
A comunidade Econômica Europeia está com restrições também na
importação de pimentas produzidas com altos níveis de Antraquinona (resíduo
de fumaça na pimenta-do-reino). A antraquinona está também na lista de
pesticidas a serem analisados pela C.E.E..

2. Se o senhor fosse governador do ES, o que faria para


melhorar o setor?

15
Estabeleceria um programa de EDUCAÇÃO do produtor rural, (através
do INCAPER e IDAF), para produzir uma pimenta dentro dos padrões exigidos
pelos mercados consumidores, e em especial a C.E.E., já que esse é nosso
melhor mercado;
Construiria um laboratório para análise de resíduos químicos no centro
da produção de pimenta-do-reino, no norte no ES, para fazer a análise de 600
moléculas. Com isso poderíamos monitorar qual o produtor que esta aplicando
pesticida irregularmente e pesticidas proibidos pelos mercados consumidores.
Proibiria a produção e compra de secadores com fogo direto, pois este
tipo de secagem gera uma pimenta com resíduo antraquinona, restringindo as
exportações da pimenta para a C.E.E.
Certificaria internacionalmente os produtores rurais que queiram produzir
um produto de qualidade.

3. Percebe-se, no cenário atual, uma grande corrida de grandes


produtores, alguns mais capacitados e aptos, e também muitos
outros menos ou nada capacitados – os quais podemos até
considerar “aventureiros” – em direção ao cultivo da pimenta-do-
reino. Além disto, sabe-se que o Vietnam pretende de fato
implantar uma produção de cerca de 1,5 milhão de árvores do
produto na região sul da BA e extremo norte do ES. Qual sua
visão sobre o que pode acontecer com o mercado, caso haja um
excesso de oferta na região?

A pimenta-do-reino e igual a qualquer outro commodity, quanto maior a


oferta do produto menor o preço desse produto, pois a próxima safra
certamente virá, e se o produtor não vender o produto logo, poderá sua
produção de um ano se juntar à produção do próximo ano, pressionando os
preços pra baixo.

16
4. Na sua opinião, o que se pode esperar do Brasil perante o
mercado global nos próximos 10 – 20 anos? Onde se pretende e se
consegue chegar?

O Brasil tem uma vantagem comparativa em relação aos outros


produtores mundiais: clima e solo ideais para se produzir uma pimenta de
qualidade, Além disso, os portos para exportação do produto estão perto dos
centros produtores, seja no ES ou PA. Porém, se quisermos vislumbrar um
futuro de melhores preços e vendas mais fáceis, temos que resolver os
problemas fitossanitários.

5. Ao que se pode atribuir a grande queda do preço da


commodity no mercado nos últimos 2 anos?

A queda do preço da pimenta do Reino se acentuou somente em 2017,


devido a superprodução de pimenta-do-reino do Vietnam. Somente essa origem
está produzindo este ano 200.000 toneladas do produto, quase metade do
consumo mundial.

6. Associação ou cooperativa? Qual o futuro do setor organizado


na sua visão?

As duas coisas são importantes para a pepericultura Brasileira, de um


lado as cooperativas educam e fortalecem o setor produtivo; do outro lado as
associações organizam as vendas no cenário internacional, A ACEPE tem
debatido muito esses assuntos, e achamos que a QUALIDADE é chave para o
SUCESSO.

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Pretendeu-se neste trabalho proporcionar, de forma muito sintética, mas objetiva
e estruturada, através de tabelas, uma comparação do período de 2011 a 2015 das
exportações e importações da pimenta-do-reino no Brasil, abrangendo os países que

17
importam e os estados brasileiros que exportam. Focamos na ênfase ao estado do
Espirito Santo, que investe mais a cada dia mais nesta atividade agrícola fomentando o
mercado produtor da commodity.

Destacam-se os Estados Unidos como maiores importadores de pimenta-do-


reino do Brasil, abrangendo 41% das exportações brasileiras, seguidos da Alemanha,
que vem aumentando significativamente a sua compra. O estado do Pará continua
sendo o maior produtor de pimenta-do-reino do Brasil, seguido do Espirito Santo e
Bahia.

No cenário atual a pimenta-do-reino é uma das atividades agrícolas com maior


rentabilidade, pois gera ótimas receitas sem a necessidade de grandes espaços e com
custos baixos. Atraídos pelo que se apelida de “ouro negro”, agricultores estão deixando
de lado outros tipos de cultivos para se dedicarem exclusivamente à plantação de
pimenta-do-reino. E há, como consequência imediata, dos excelentes resultados obtidos,
muitas outras pessoas entrando no ramo, sem sequer saber como exportar.

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABEP. Estatísticas. www.abep.com.br, acesso em 2016.

DESER. Departamento de estudos sócio econômico. www.deser.org.br/, acesso em 2016.

EMBRAPA. Pimenta-do-reino. www.embrapacpatu.gov.br, acesso em 2016.

MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio

SECUNDINO, W. (Coord.). 2003. Pimenta-do-reino. São Mateus. INCAPER, 2003.


Disponível em: 28 de fevereiro 2014.

NEPOMUCENO, R. M. - O Brasil na rota das especiarias: o leva-e-traz de cheiros, as


surpresas da nova terra (2005).

RODRIGUES, RONALDO DA S. e DA SILVA, ROBERTO R. - A história sob o olhar da


química: as especiarias e sua importância na alimentação humana (2010).

DUARTE, M. de L. R.; POLTRONIERI, M. C.; CHU, E. Y.; OLIVEIRA, R. F. de; LEMOS, O.


F. de; BENCHIMOL, R. L.; CONCEIÇÃO, H. E. O. da; SOUZA, G. F. de - A Cultura da
Pimenta do Reino (2006).

18
12. SITES ELETRÔNICOS
http://www.ceplac.gov.br/radar/pimentadoreino.html

http://www.incaper.es.gov.br/

Anvisa - http://www.portal.anvisa.gov.br

Revista Pré-Univesp - 2015 - http://pre.univesp.br/alimentos-que-mudaram-a-


historia#.WNBQuG8rIdU

http://www.revistacampoenegocios.com.br/pimenta-do-reino-alta-rentabilidade-atrai-
produtores-para-a-atividade/

http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/15_08_26_16_06_06_conjuntura_de_pi
menta-do-reino_2015_.pdf

http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?lang=&sigla=es

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