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Genograma

•Estrutura prática para compreensão dos padrões


familiares.
•Registro de informações sobre os membros de uma
família e suas relações em pelo menos três gerações.
•Excelente recurso para avaliação e intervenção
clínica.
•Origem: medicina da família. Mapeamento da saúde
familiar – Genetograma.
• Contextualização cultural e histórica.

Fonte: McGoldrick, M.; Gerson, R., Petry, S. Genogramas. Porto Alegre: Artmed, 2012. Dra.Mariana G.Boeckel e Dra.Laíssa Prati 1
 Perspectiva sistêmica:
considera os membros da
família interligados na vida e na
morte, na história familiar,
cultural e social.

Fonte: McGoldrick, M.; Gerson, R., Petry, S. Genogramas. Porto Alegre: Artmed, 2012. Dra.Mariana G.Boeckel e Dra.Laíssa Prati 2
Dra.Mariana G.Boeckel e Dra.Laíssa Prati 3
Possibilidades
 Instrumento para anamnese inicial,
 Instrumento psicoterapêutico – individual,
familiar,casal,grupos,
 Instrumento avaliativo
◦ processo de avaliação psicológica
◦ avaliação do processo psicoterapêutico.
◦ pesquisa científica.

Dra.Mariana G.Boeckel e Dra.Laíssa Prati 4


As cinco etapas norteadoras
(Boeckel & Prati, 2016)

1. Contextualização da estrutura familiar e avaliação da


utilidade de uso do Genograma
2.Investigação relacional da família de origem de um
dos membros do casal
3. Investigação relacional da família de origem do outro
membro do casal
4. Investigação relacional da família atual
5. Associações transgeracionais e conexão com a
demanda/objetivo da avaliação.

Dra.Mariana G.Boeckel e Dra.Laíssa Prati 5


1. Contextualização da estrutura familiar e
avaliação da utilidade de uso do Genograma
 Sugere-se a utilização do Genograma na etapa final do
processo avaliativo - investigar hipóteses relacionais
elaboradas durante as etapas avaliativas anteriores.
 Contextualização inicial da família (já elaborada nas
fases iniciais da avaliação) e delineamento dos objetivos.
 Utilizar por quais motivos?
 O delineamento dos objetivos deverá ser constituído
por hipóteses de possíveis associações entre o sintoma
que originou a avaliação e a dinâmica familiar.
 Vínculo com paciente e com família.

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2. Investigação relacional da família de
origem de um dos membros do casal
 Construção propriamente dita
 Três gerações
 Início por uma das famílias dos genitores.
 Quem são as pessoas, idades, qual a origem cultural da família,
características pessoais marcantes de cada um e da família como
um todo,proximidades,distanciamentos e rompimentos entre o
membros,semelhanças e diferenças entre as gerações,histórias das
relações relevantes ao tratamento/problema apresentado, gênero,
doenças,luto,morte,rupturas,mudanças geográficas,entre outros.
 Orienta-se que essas informações colhidas sejam registradas pelo
psicólogo,preferencialmente,junto ao desenho gráfico do
genograma para que todos possam acompanhar,observar,fazer
conexões.

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3. Investigação relacional da família de
origem do outro membro do casal

 Essa etapa começa quando se percebe que a


narrativa acerca de uma das partes da família está
encerrada.

 Propõe-se, então, que o outro membro do casal


parental relate sua história familiar. Segue-se o
mesmo modelo adotado na segunda etapa.

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4. Investigação relacional da família atual
 A partir das fotos ou de outros recursos, o terapeuta
investiga a história da constituição da família atual.
Sugere-se iniciar como o casal se conheceu, buscando
acessar o contrato conjugal e padrões relacionais.

 Nesse momento, é importante compreender como o


casal se vincula com as famílias de origem, níveis de
individuação, hierarquias, regras, limites, fronteiras,
comunicação, planejamento familiar, tempo livre,
recursos, potencialidades, resiliência, etc.

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5. Associações transgeracionais e conexão
com a demanda/objetivo da avaliação
 Buscar associações transgeracionais como um todo e
a conexão disso com a demanda/objetivo da
avaliação.
 Recursos e estratégias funcionais das famílias e dos
indivíduos ao longo do tempo.
 No transcurso do processo, as conexões se fazem
presentes à medida em que a família apresenta-se
preparada para tal; no entanto, é interessante
retomar os principais aspectos na etapa final.
 Devolução participativa. Pode vir junto com as
devoluções dos demais instrumentos utilizados.

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Perguntas sobre as relações
 Alguns exemplos:
◦ Existem membros na família que não se falam
ou que já tiveram um período em que não se
falava?
◦ Existe alguém que teve ou tem sérios conflitos?
◦ Existem membros na família que são
extremamente próximos?
◦ Quem presta ajuda quanto necessário?
◦ Em quem os membros da família confiam?

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 Todos os casais têm algum tipo de dificuldade. Que
tipos de problemas e conflitos vocês encontram? E
quanto ao casamento de seus pais e dos seus
irmãos?
 Como é o relacionamento de cada um de vocês
com cada filho? Algum membro da família em
particular já teve problemas em lidar com os filhos?
 Quais são as dinâmicas de poder nas relações
familiares?
 Existem certos membros que são intimidados por
outros?
 Existem certos membros que têm mais poder de
definir o que acontecerá nas relações?
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 O quanto você acha que e eram
próximos?
 Quais foram as relações mais próximas?
 Quais foram as relações mais distantes?
 Quem era parecido com quem?
 Algum membro da família era/é “cuidador”?
“doente”? “louco”? “egoísta”? “mau”? “forte”?
“fraco”? “dominador”? “bem-sucedido”? “mal-
sucedido”?....
 Quem é visto como acolhedor? Como
frio/distante?
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 Pode ser interessante perguntar como os
membros da família atual seriam caracterizados
por outros membros da família que não estão ali
presentes.
 Rótulos e apelidos.
 Padrões de relação de proximidade, distância,
conflito, etc., podem se repetir em outras
gerações.

Fonte: McGoldrick, M.; Gerson, R., Petry, S. Genogramas. Porto Alegre: Artmed, 2012. Dra.Mariana G.Boeckel e Dra.Laíssa Prati 14
Fatores contextuais
 Valores, conexões culturais, religiosas,
socioeconômicas,comunitárias.
 As influências contextuais incluem:
◦ Afiliações institucionais
◦ Atividades físicas, psicológicas, espirituais, etc.
◦ Grupos de apoio
◦ Instituições comerciais e governamentais (sistema
legal, político, assistência social, empresas que
influenciam,etc.)
◦ Valores ou interesses (educação, comida, esportes,
música,arte,atividades ao ar livre,etc.).
Fonte: McGoldrick, M.; Gerson, R., Petry, S. Genogramas. Porto Alegre: Artmed, 2012. Dra.Mariana G.Boeckel e Dra.Laíssa Prati 15
Etnia, religião, imigração
 Histórias étnicas,de migração.
◦ Resgate dos impactos históricos da família.

 Práticas e influências religiosas.


◦ Impactos na família.
◦ Crenças.
◦ Atribuições causais.

Fonte: McGoldrick, M.; Gerson, R., Petry, S. Genogramas. Porto Alegre: Artmed, 2012. Dra.Mariana G.Boeckel e Dra.Laíssa Prati 16
Boeckel, M., Prati, L.E. (2016). Genograma Familiar. In: Hutz, C.,
Bandeira, D.R., Trentini, C.M., Krug, J. S. Psicodiagnóstico. Coleção
Avaliação Psicológica. Porto Alegre: Artmed.

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