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Com expressivo respeito é que a delegação do Reino da Suécia comparece à reunião proposta pelo
Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) para abordar uma crise tão significativa e
buscar sua melhor resolução por meio da mediação, visando paz e a segurança mundial. O Reino da
Suécia acredita na diplomacia e está disposto a dialogar com todas as demais nações presentes no
CSNU, pois somente assim as peculiaridades e os interesses de cada Estado poderá ser devidamente
defendido e representado.

A princípio, a agitação que marcou a Tchecoslovaquia durante meses em 1968 tem sido
motivo de conflito com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas na medida em que o
primeiro-secretário do Partido Comunista da Tchecoslováquia, Alexander Dubcek, anuncia reformas
políticas que garantem mais liberdade aos seus cidadãos. No entanto, enquanto atua em consoante
aos intelectuais tchecoslovacos que defendem a ideia de promover um “socialismo com rosto
humano”, contraria os interesses da zona de influencia da URSS e do setor ortodoxo quando passa a
promover movimentos revolucionários que geram fissuras no Partido Comunista (PC), tais quais as
reformas propostas no “Manifesto das duas mil palavras”, redigido por Ludvik Vaculik, do
movimento estudantil checoslovaco, apoiados por países como Iugoslávia, Romênia e Hungria.

Portanto, pode-se inferir que a fração que assumiu o governo Tchecoslováquia pretende
“desestalinizar” o país depois da morte de Stalin, Secretário Geral do PC, e, representa interesses
independentes perante Moscou por meio do Programa de Ação que apregoa “democratização,
reabilitação e federalização”. Dessa forma, carateriza uma manifestação popular que busca
autodeterminar sua estrutura politica e aparato estatal, a fim de obter liberdade frente aos interesses
de URSS.

Perante a crise, o Reino da Suécia considera mister garantir a faculdade de uma nação
possuir autonomia sobre suas decisões acerca do seu território e sua população, conforme sua
própria soberania nacional e defende, em função da democracia, a liberdade dos Intelectuais da
União dos Escritores, da Academia das Ciências e do Instituto de Ciências Econômicas que
iniciaram um amplo movimento de questionamento à política econômica do PC e exalta a livre
manifestação de ideias, a luta contra a censura, a liberdade de expressão e a livre criação artística e
científica.

Assim, como proposta de intervenção, considera-se que a melhor solução do conflito seja na
qual um mediador neutro e imparcial facilite o dialogo entre os representantes da Tchecoslováquia e
da URSS em amplo debate, para que seja construído, com autonomia e fluidez, o melhor acordo
para ambos os envolvidos, de maneira pacifica e que não agrida o status quo da atual ordem, nem
desestabilize o frágil equilíbrio existente. Para tal proposito, esta conferência do CSNU deve ter
foco no aspecto da soberania nacional dos envolvidos.

Grato pela compreensão,

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