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1. A CONVERGÊNCIA
ECONÓMICA
2. A convergência económica
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1. INTRODUÇÃO AO
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
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O QUE É O DESENVOLVIMENTO REGIONAL?
O desenvolvimento regional é um conceito amplo que pode ser entendido como um esforço global que visa
reduzir as assimetrias regionais e promover a eficácia e a qualidade dos territórios. Desta forma, pode-se
referir que o desenvolvimento regional tem como objetivos fundamentais:
- A promoção do crescimento de um território;
- O combate às disparidades regionais;
- A otimização dos recursos e potencialidades endógenas das regiões;
- A promoção do ordenamento do território;
- A preservação ambiental;
- A garantia de uma maior participação dos diferentes atores nas soluções para os problemas criados
pelas dinâmicas regionais, especialmente no que respeita à atenuação dos, cada vez mais, evidentes
desequilíbrios territoriais e sociais.
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Fonte: Observatório Regional de Lisboa e Vale do Tejo, 2010
CONCEITOS IMPORTANTES EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL
• Crescimento Económico
Há crescimento num determinado período quando a generalidade dos agregados macroeconómicos evolui
no sentido favorável do bem-estar da generalidade das pessoas. Estes agregados são variáveis que
descrevem as facetas da atividade económica reconhecidos pelos sistemas estatísticos internacionais.
Medem a atividade segundo a produção, o rendimento e a despesa.
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CONCEITOS IMPORTANTES EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL
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CONCEITOS IMPORTANTES EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL
• Desenvolvimento Económico
Ocorre desenvolvimento económico quando a generalidade das pessoas melhora a qualidade da sua vida.
É um conceito simples mas bastante profundo.
A qualidade de vida das pessoas depende do seu rendimento, sem ele, numa economia de mercado, não
consome nada nem tão pouco desfruta de qualquer satisfação, O valor do PIB e da taxa de desemprego
são certamente bons indicadores, na qualidade de vida das pessoas, mas não chegam…
Em dado momento a qualidade de vida é afetada por variáveis como o rendimento disponível, o nível de
educação, acesso a infraestruturas e equipamentos de utilização coletiva (água, escolas, hospitais,
estradas, parques, etc.) a prevalência de infeções no estado geral sanitário da população, taxas de
mortalidade infantil, o rendimento mínimo exigível para uma vida condigna, níveis de poluição sonora,
atmosférica, dos solos, etc… Há assim uma variedade considerável de indicadores a influenciar o grau de
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desenvolvimento.
CONCEITOS IMPORTANTES EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL
O desenvolvimento económico e o crescimento económico são dois conceitos distintos mas que se
complementam reciprocamente. Podemos definir o crescimento económico como a capacidade que uma
economia (País, Região, Localidade) tem em aumentar a sua capacidade produtiva, referente à produção
de bens e serviços, tendo em consideração todos os fatores (tecnológicos, investimento, força de trabalho
e etc…) e tem como indicador, normalmente, o produto interno bruto. Ao desenvolvimento económico,
devemos acrescentar, à definição de crescimento económico anterior, a melhoria dos níveis de qualidade
de vida da população, quer ao nível da saúde, educação, emprego, etc.
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CONCEITOS IMPORTANTES EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL
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CONCEITOS IMPORTANTES EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL
• Desenvolvimento Regional
Dos exemplos de variáveis que influenciam a qualidade de vida, apercebemo-nos de como todas as
observações dependem crucialmente do local em que são medidas, assim:
➢ O rendimento de um Professor Universitário nos EUA é maior, em média, que em Portugal;
➢ A poluição atmosférica que incomoda pessoalmente alguém é a ocorrida no lugar onde passa maior
parte do tempo (veja-se a diferença de níveis cidade/campo)
➢ O acesso a um curso superior de medicina é mais barato para quem reside na cidade onde é
lecionado…
➢ Etc…
A qualidade de vida depende, em muito, do lugar onde nos encontramos.
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CONCEITOS IMPORTANTES EM DESENVOLVIMENTO
REGIONAL
• A União Europeia representa uma comunidade e um mercado interno de cerca de 500 milhões de
cidadãos, o que potencia as disparidades económicas e sociais entre os 27 Estados-Membros – dados
referentes a 2020.
• Uma em cada quatro regiões tem um PIB (produto interno bruto) por habitante inferior em 75% à média
da União Europeia com 27 Estados-Membros.
• A Política de Coesão é o instrumento privilegiado para a realização desse objetivo promovendo o
desenvolvimento equilibrado dos 27 Estados-Membros. Seja na redução das disparidades entre os
níveis de desenvolvimento, seja na coesão social, seja na criação de oportunidades em todo o território
da União.
QUE REGIÕES?
• Todo o território da União Europeia é coberto por um ou vários dos objetivos da política de coesão.
Para definir a elegibilidade geográfica, a Comissão baseia-se em dados estatísticos.
• A Europa está dividida em vários grupos de regiões correspondentes à nomenclatura NUTS
(nomenclatura das unidades territoriais estatísticas), sendo estas regiões, no caso de Portugal, as 5
regiões do Continente (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve) e as 2 regiões Autónomas (Madeira e
Açores). 14
POLÍTICA REGIONAL EUROPEIA
A atividade do principal instrumento da Política Regional Europeia são os Fundos Estruturais da UE.
Objetivo 2: apoiar a reconversão económica e social de áreas que se defrontam com dificuldades
estruturais (em que o critério da taxa de desemprego é determinante), tais como: zonas em mutação
socioeconómica nos sectores da indústria e dos serviços; zonas rurais em declínio; zonas urbanas em
dificuldade; zonas em crise dependentes da pesca.
A partir dos regulamentos de 1998, a atribuição dos Fundos Estruturais é feita de acordo com quatro
princípios:
1. Concentração dos Fundos, tendo em conta as características das áreas e das ações a desenvolver.
De acordo com alguns especialistas, historicamente enraizada na execução dos Fundos Estruturais da
União Europeia, a Política Regional em Portugal passa atualmente por um complexo processo de
transformação.
Para ajudar a compreender esse processo e enquadrar a Política Regional Nacional e Europeia num
contexto mais alargado, organizou-se esta temática da forma que se segue, recorrendo à vasta
documentação nacional e internacional existente sobre esta matéria:
1. Anos 1918-1945: O Movimento Pan-Europeu no período entre guerras (liderado por um conde
austríaco, que sonhava com uma europa pacifica, unida e igualitária)
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POLÍTICA REGIONAL EUROPEIA
2. Anos 1945-1959: O início da cooperação possível na Europa (após a Segunda Guerra Mundial surgiram
várias organizações e organismos internacionais, entre as quais se destacam: a OCDE, BENELUX, NATO,
Conselho da Europa, a CECA, a CEE e a CEEA ou Euratom).
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POLÍTICA REGIONAL EUROPEIA
(Em 1992: o Tratado de Maastricht define os critérios de convergência entre as economias dos países
participantes – visando a moeda única e em 1993 foram suprimidos os controlos relativos ao tráfego de
mercadorias no mercado interno).
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POLÍTICA REGIONAL EUROPEIA
7. Anos 2000-2020: Uma década de expansão e uma crise global sem precedentes
Período programação 2000-2006 – Assegurar o êxito do alargamento (QCA III) (A 1 de Janeiro de 2002, o
euro tornou-se a moeda única de 300 milhões de europeus dos 12 países da União Europeia)
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DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
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DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
O Estudo Territorial sobre Portugal integra-se num programa mais vasto de estudos territoriais nacionais
da iniciativa do Comité de Desenvolvimento Territorial da OCDE. Os objetivos de tais estudos são
múltiplos visando:
- Avaliar a repartição das competências e dos recursos entre os diferentes níveis de administração;
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DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
O Estudo Territorial Nacional sobre Portugal ilustra, de uma forma prática, como a mudança no modelo de
política regional está a ser implementada.
• Estimular projetos resultantes de uma abordagem da base para o topo (down up) e baseados em recursos
regionais competitivos;
• Clarificar a função das CCDR enquanto promotores de maior coerência entre as políticas e facilitadores de
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cooperação;
DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
• Explorar mecanismos de avaliação a fim de identificar e difundir boas práticas nos projetos de
desenvolvimento regional.
• Reforçar o “papel motor” do governo central, enquanto fornecedor de orientações estratégicas e facilitador
de iniciativas criativas.
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PORTUGAL 2020 – ACORDO PARCERIA
Que Fundos Europeus Estruturais e de Investimento estão ao serviço no novo Período de Programação
2014-2020 (Portugal 2020 – Acordo Parceria)?
• FSE (Fundo Social Europeu): Tem por objetivo melhorar o emprego e as possibilidades de emprego na
União Europeia.
• Fundo de Coesão: destina-se aos Estados-Membros cujo Rendimento Nacional Bruto (RNB) por
habitante seja inferior a 90% da média da UE. Visa reduzir as disparidades económicas e sociais e
promover o desenvolvimento sustentável.
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PORTUGAL 2020 – ACORDO PARCERIA
Que Fundos Europeus Estruturais e de Investimento estão ao serviço no novo Período de Programação
2014-2020 (Portugal 2020 – Acordo Parceria)?
• FEAMP (Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e da Pesca): destina-se a ajudar os pescadores a
cumprir as regras da nova Política Comum das Pescas (como a proibição das devoluções ao mar, através
de investimentos em artes de pesca mais seletivas).
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PORTUGAL 2020 – ACORDO PARCERIA
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PORTUGAL 2020 – ACORDO PARCERIA
Principais diferenças entre as etapas formais de programação dos Fundos Europeus Estruturais e de
Investimento no período de programação 2007-2013 / 2014-2020
As orientações e prioridades da aplicação dos fundos estruturais estão definidas no Acordo de Parceria –
“Portugal 2020”, documento construído com base nas prioridades estratégicas de Portugal para o ciclo
2014-2020 e nos pressupostos do Acordo de Parceria, em alinhamento com a Estratégia Europa 2020 e
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como Programa Nacional de Reformas.
PORTUGAL 2020 – ACORDO PARCERIA
A fim de contribuir para a estratégia da União para um Crescimento Inteligente, Sustentável e Inclusivo,
cada FEEI deve apoiar os seguintes objetivos temáticos:
• Reforçar a competitividade das PME, do setor agrícola e do setor das pescas e da aquicultura;
• Apoiar a transição para uma economia de baixo teor de carbono em todos os setores;
• Reforçar a capacidade institucional das autoridades públicas e das partes interessadas e a eficiência da
administração pública.
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PORTUGAL 2020 – ACORDO PARCERIA
https://www.youtube.com/watch?v=PL2ArS5Coww
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2. A CONVERGÊNCIA
ECONÓMICA
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2.1. CONCEITOS E PROBLEMÁTICAS
A teoria do Crescimento Económico oferece-nos vários modelos que apresentam previsões diferentes:
Esta diversidade de corolários tem servido de estimulo à investigação empírica sobre a convergência dos
níveis de desenvolvimento quer ao nível internacional quer ao nível inter-regional.
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2.1. CONCEITOS E PROBLEMÁTICAS
(1) Assume-se uma perfeita mobilidade dos fatores capital e trabalho, ignorando na análise os efeitos de
incerteza associados ao investimento e os atritos inerentes aos movimentos migratórios,
(2) Consideram-se duas economias com estruturas semelhantes (com parâmetros relativos à poupança, à
evolução demográfica e à tecnologia idênticos, portanto com o mesmo nível de steady-state)
Steady-state – estado estável ou estacionário – situação em que as regiões convergem para um ponto
terminal e não existem diferenças a nível tecnológico, industrial, capital humano, condições estruturais
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2.1. CONCEITOS E PROBLEMÁTICAS
A explicação neoclássica para que as regiões mais pobres cresçam mais rápido do que as mais ricas reside
no facto de existirem rendimentos de crescente à escala no capital. Assim sendo, a taxa de retorno é
negativamente relacionada com o stock de capital, ceteris paribus.
Então, os países com capital escasso ou que detêm um stock de capital mais baixo, espera-se que cresçam
mais rápido, pois os retornos que os investimentos proporcionam esperam-se mais elevados. Daí o efeito
esperado de convergência do nível de rendimento (aproximação do nível de rendimento das economias
mais ricas).
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2.1. CONCEITOS E PROBLEMÁTICAS
Na teoria Keynesiana, destacam-se alguns contributos de economistas, como Myrdal (1957) e Kaldor (1970)
que conduziram ao aparecimento dos modelos de causalidade circular e cumulativa. Ao contrário dos
neoclássicos, estas abordagens partiram da conceção de espaço heterogéneo, logo, desequilibrado.
Estes economistas assumiam que, num dado momento histórico, certas regiões apresentavam vantagens em relação às
restantes (por exemplo: maiores taxas de remuneração dos fatores produtivos) que poderiam revelar-se estratégicas para a
dinâmica de crescimento económico. Essas vantagens sustentariam um círculo virtuoso de crescimento, incentivando, num
contexto de liberdade de circulação, o afluxo de fatores de produção às regiões favorecidas, sustentando assim o
crescimento económico no longo prazo. A partir do momento em que ocorria a expansão do produto, as empresas situadas
na região beneficiavam quer de economias de escala (ganhos de eficiência internos), quer de economias de aglomeração
(ganhos de eficiência externos).
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2.1. CONCEITOS E PROBLEMÁTICAS
Processo
cumulativo de Economias de
crescimento Efeitos de escala
escala
Economias Efeitos de
externas aglomeração
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2.1. CONCEITOS E PROBLEMÁTICAS
O quadro de análise Neo-Schumpeteriano, no seu modelo inicial, considera que o crescimento depende de
dois impulsos principais:
i. A Inovação, na medida em que esta origina, na economia onde tem lugar, aumentos de eficiência
na utilização dos recursos, expansão da procura pela geração de novos mercados, etc.
Inovação → Divergência
ii. A Difusão, sendo que o processo de difusão gera efeitos análogos ao da inovação, nos países ou
regiões adotantes das inovações ocorridas no exterior.
Difusão → Convergência
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2.1. CONCEITOS E PROBLEMÁTICAS
Com o objetivo de assegurar a convergência duradoura, que constitui um elemento indispensável para a
realização da União Económica e Monetária (UEM), o Tratado de Maastricht estabeleceu cinco critérios de
convergência que cada Estado membro deve respeitar para poder aderir à moeda única. A análise do
respeito destes critérios de convergência fez-se sobre a base de comunicações da Comissão e do Banco
Central Europeu (BCE). Estes critérios são os seguintes:
- A relação entre o défice público e o produto interno bruto não deve ultrapassar os 3%;
- A relação entre a dívida pública e o produto interno bruto não deve ultrapassar os 60%;
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2.1. CONCEITOS E PROBLEMÁTICAS
- Um grau de estabilidade duradoura dos preços, e uma taxa de inflação média (observados durante um
período de um ano antes da análise) que não deve ultrapassarem mais de 1,5% os dos três Estados
membros que apresentem os melhores resultados em matéria de estabilidade de preços;
- As taxas de juro de longo prazo não devem superar em mais de 2% dos três Estados membros que
apresentemos melhores resultados em matérias de estabilidade de preços;
- Participação no mecanismo europeu de taxas de câmbio (mecanismo que limita as flutuações entre o euro
e as moedas nacionais) durante dois anos.
Convém, no entanto, salientar que uma vez na zona euro, os Estados-Membros devem continuar a respeitar
os critérios relativos ao défice orçamental e à dívida pública.
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2.2. MEDIDAS DE CONVERGÊNCIA
Para a definição empírica do processo de convergência tem sido proposta a existência de uma
correlação negativa entre o rendimento per capita inicial e o ritmo de crescimento, para uma dada cross-
section de países ou de regiões. Neste contexto somos conduzidos ao conceito de convergência Beta.
Estamos perante convergência Beta quando as economias mais pobres tendem a crescer mais
rapidamente do que as mais ricas.
A convergência Sigma, por outro lado, está presente quando a dispersão dos níveis de produto per
capita efetivo de um conjunto de economias tende a diminuir ao longo do tempo.
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2.2. MEDIDAS DE CONVERGÊNCIA
Se os níveis de crescimento per capita de duas economias se aproximam ao longo do tempo é porque a
economia mais pobre está a crescer mais rapidamente.
Por outras palavras uma condição necessária para que exista convergência Sigma é a existência de
convergência Beta.
Teoricamente, podemos encontrar convergência Beta sem que ocorra convergência Sigma – é possível a
região mais pobre crescer mais rapidamente do que a mais rica sem se observar uma diminuição da
dispersão dos rendimentos ao longo do tempo. Por isso a convergência Beta, embora necessária, não é
condição suficiente para a convergência Sigma.
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2.2. MEDIDAS DE CONVERGÊNCIA
pobre).
tempo
Conclusões: 0 t
0 t
taxa de crescimento da economia B (a economia inicialmente mais rica vê o
seu rendimento per capita crescer a uma taxa superior) – ausência de Ln(y) – logaritmo do PIB per capita de
duas economias, A e B, ao longo do
convergência Beta tempo
Ln(y)
Conclusões: A
vê o seu rendimento per capita crescer a uma taxa superior) – Temos Ln(y) – logaritmo do PIB per capita de
duas economias, A e B, ao longo do
convergência Beta. tempo
Há muito que a literatura empírica sublinha a realidade socioeconómica assimétrica que Portugal
apresenta, contrastando sobretudo litoral e interior, mas também “Norte” e “Sul”. A presente comunicação
analisa a evolução das assimetrias ao nível dos municípios do país. Na análise da convergência a que se
procedeu usou-se como proxy do nível de bem-estar ou de desenvolvimento dos municípios o Indicador
per capita de Poder de Compra (IpcPC) no período 1995-2009.
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2.2. MEDIDAS DE CONVERGÊNCIA
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2.2. MEDIDAS DE CONVERGÊNCIA
ii. Verificar se há uma associação entre posição geográfica dos municípios e desenvolvimento, para
perceber as razões da chamada litoralização do país;
iii. Identificar que fatores estão na base da convergência ou divergência de níveis de desenvolvimento
económico dos municípios portugueses.
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As Assimetrias Regionais em Portugal: análise da convergência vs
divergência ao nível dos municípios
José Ferreira Silva e J. Cadima Ribeiro – Núcleo de Investigação em políticas Económicas da Universidade do Minho - NIPE WP 13/ 2013
Conclusões:
i) em primeiro, é de relevar a existência de um
comportamento regular de diminuição da dispersão no
período objeto de análise, ou seja, verifica-se
convergência σ;
ii) é possível distinguir duas fases distintas de
convergência: na primeira fase, entre 1995 e 2004,
denota-se uma tendência forte de convergência,
evidenciada por uma diminuição acentuada da
dispersão; na segunda fase, entre 2004 e 2009, verifica-
se uma desaceleração da convergência, evidenciada
por uma ténue diminuição da dispersão; por fim,
iii) constata-se que as assimetrias existentes no território
continental português são superiores às que existem 51
nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
As Assimetrias Regionais em Portugal: análise da convergência vs
divergência ao nível dos municípios
José Ferreira Silva e J. Cadima Ribeiro – Núcleo de Investigação em políticas Económicas da Universidade do Minho - NIPE WP 13/ 2013
De acordo com os resultados das estimações realizadas, os coeficientes de convergência são negativos e
apresentam significância estatística, como seria de esperar. Portanto, os resultados obtidos são favoráveis
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à hipótese de convergência absoluta do IpcPC entre os municípios nacionais para o período de 1995-2009.
As Assimetrias Regionais em Portugal: análise da convergência vs
divergência ao nível dos municípios
Conclusões Finais
É legitimo esperar-se que o aprofundamento do processo europeu de integração económica tenha vindo a
conduzir a uma interação crescente entre as diferentes economias integrantes.
Em 1998, para as regiões NUTS II, temos Inner London, no Reino Unido, a registar um nível relativo do
PIB por habitante de 243% da média da U.E., enquanto por ex: Ipeiros (região grega) aparece com um PIB
por habitante de 42% da média da U.E.
Em 1998, das 206 regiões NUTS II, 46 registavam um PIB por habitante inferior a 75% da média da EU
(incluindo 5 das 7 regiões Portuguesas).
Nas regiões NUTS II da U.E., em 2009, o PIB per capita variou entre 28% da média da U.E.-27, em
Severozapaden, na Bulgária, e 343% na região de Inner London, no Reino Unido (ver Mapa1).
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O uso de paridades de poder de compra padrão (PPS) torna possível
comparar o poder de compra em todas as regiões dos Estados-Membros
onde existem moedas diferentes e diferentes níveis de preços.
- Nas regiões NUTS 2 da UE, o PIB per capita variou entre 28% da
média da UE27 (6400 PPS) em Severozapaden, na Bulgária, e 343%
(85800 PPP) na região de Inner London, no Reino Unido.
- O Luxemburgo, (com 266% da média UE-27), a região de Bruxelas
(216%), e a região alemãd e Hamburgo (188%) ocupam as segunda a
quarta posições na tabela das regiões como PIB per capita mais elevado,
seguidas das regiões circundantes das capitais da Eslováquia, da França
e da República Checa com 178%, 177% e 175% da média UE-27,
respetivamente.
- Muitas das regiões com elevado PIB per capita correspondem a regiões
circundantes das capitais ou regiões contíguas – é o caso da Bélgica, da
República Checa, Dinamarca, Irlanda, Espanha, França, Luxemburgo
(que é apenas uma região), Países Baixos, Áustria, Eslováquia, Mapa 1: PIB per capita, imparidade de poder de
compra padrão (PPS), por NUTS II da U.E., em58
%
Finlândia, Suécia e Reino Unido. da média da U.E.-27, 2009 Fonte: Eurostat
Em 2014, as regiões europeias que registaram um PIB per capita,
em PPS:
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